Derivada Lateral
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Matemtica I
Lio 12 Derivada de uma funo num ponto. Derivadas laterais. Interpretao fsica e geomtrica. Regras usuais de derivao.
Definio 1 (Derivada de uma funo num ponto): Seja D um intervalo de IR com mais de um ponto. Diz-se que f : D IR IR diferencivel ou tem derivada em a D quando existir e for finito o limite lim
x a
df ( a ) . Assim escrevemos, dx
f ' ( a ) = lim
ou, fazendo a mudana de varivel x = a + h ,
f ( x ) f (a ) x a x a
f ' ( a ) = lim
f (a + h ) f (a ) . h 0 h
simples de observar que a noo de derivada de uma funo num ponto tem um carcter local, isto , depende apenas do comportamento da funo numa vizinhana do ponto (arbitrariamente pequena). Observe-se tambm que, quando existe, a derivada de uma funo num ponto nica. Exemplo 1: Verifique que a derivada da funo f ( x ) = mx + b a funo constante de valor m , isto ,
f ' ( x ) = ( mx + b ) = m .
Tendo em conta o exemplo 6, podemos considerar os casos particulares: 1. ( x ) = 1 ; 2. ( k ) = 0
( k uma constante).
(e )
x
= ex .
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( sen( x ) ) ( cos ( x ) )
= cos ( x )
= sen ( x )
e em a = 2 , embora no esteja definida direita de 2. Considerando o exemplo anterior podemos ento definir: Derivada lateral direita no ponto a ao limite, se existir e for finito,
f ' ( a + ) = lim+
x a
f ( x ) f (a ) ; x a f ( x ) f (a ) . x a
f ( a ) = lim
x a
Proposio 1: Se a funo est definida numa vizinhana de a ento a derivada existe se e s se as derivadas laterais so iguais. Exemplo 4: A funo f ( x ) = x no tem derivada no ponto a = 0 , embora existam as derivadas laterais nesse ponto. (Verifique). Proposio 2: Se f diferencivel num ponto a ento f contnua em a . Observao: Atendendo o resultado anterior, uma funo que no seja contnua num ponto no diferencivel nesse ponto. Interpretao fsica: Dada uma funo y = f ( x ) , a taxa de variao mdia entre x1 e x 2 definida pelo quociente entre a alterao verificada na varivel dependente e a alterao na varivel independente: Taxa de variao mdia =
y f ( x 2 ) f ( x 1 ) . = x x 2 x1
De facto, a noo de derivada surge naturalmente quando se pretende exprimir certas noes como a velocidade ou a acelerao de um ponto mvel sobre uma recta. Todos sabemos calcular a velocidade
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mdia ao percorrer uma dada distncia s em funo do tempo t , ou seja, supondo que a posio do mvel em cada instante t dada por uma funo s ( t ) (lei do movimento), a velocidade mdia entre entre dois instantes t e t 0 distintos o quociente entre o espao percorrido e tempo gasto: Velocidade mdia = e a velocidade instantnea ser dada por Velocidade instantnea = lim
t t0
s s ( t ) s ( t 0 ) = t t t0 s (t ) s (t 0 ) . t t0
De maneira anloga se define acelerao no instante t 0 como sendo a ( t 0 ) = lim funo v a funo velocidade.
v ( t ) v ( t0 ) , onde a t t 0 t t0
Exemplo 5: Suponha que a lei do movimento de um ponto numa trajectria rectilnea dada por
Interpretao geomtrica: Seja uma funo definida numa vizinhana de a e diferencivel no ponto a . Considere-se o grfico de f e seja A o ponto a, f ( a ) . O valor f ( a ) o declive da recta tangente ao grfico de f no ponto A . Com efeito, uma razo
onde X o ponto x , f ( x ) e a recta tangente ao grfico no ponto A = a, f ( a ) a posio limite das rectas secantes AX quando x a . A equao da recta tangente ao grfico de f no ponto A portanto
y = f ( a ) + f ( a )( x a )
Em particular se f ( a ) = 0 , ento a recta tangente a recta horizontal de equao y = f ( a ) .
Exemplo 6:
2 1. Escreva a equao da recta tangente ao grfico da funo f ( x ) = x no ponto A = ( 3,9 ) .
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Tem-se f ( 3 ) = 6 e portanto a equao da recta y = 9 + 6 ( x 3 ) y = 6x 9 . 2. Verifique que a recta tangente parbola de equao y = 2 x x 2 no ponto (1,1) horizontal e escreva a equao dessa recta. Proposio 3: Uma funo f diferencivel num ponto a se e s se:
f ( x ) = f ( a ) + f ( a )( x a ) + r ( x )
(1)
onde r ( x ) uma funo contnua e nula no ponto a (infinitsimo no ponto a ) que satisfaz:
lim
r (x ) =0 xa x a
(2)
Pela relao expressa em (1) pode dizer-se que f aproximadamente linear numa vizinhana de a . Essa relao traduz o facto de uma curva e a sua tangente diferirem muito pouco nas proximidades do ponto de contacto. A relao expressa em (2) significa que o erro r ( x ) que se comete ao tomar o valor
Dfa ( h ) = f ( a ) h . Usa-se a diferencial para obter um valor aproximado do acrscimo da funo pela
expresso
f (a + h ) f (a ) f ( a ) h
Exemplo 7: Use a diferencial da funo f ( x ) = aproximado de f ( x ) = 102 . Ora,
1 1 tem-se 102 10 + . 10 20
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Regras usuais de derivao: Teorema 1: Sejam D um intervalo com mais de um ponto, f , g : D IR duas funes diferenciveis em a D e k IR . Ento as funes kf , f + g e f .g so diferenciveis em a e tem-se:
(f + g ) (a ) = f (a ) + g(a )
A derivada do produto dada pela regra:
( f .g ) ( a ) = f ( a ) .g ( a ) + f ( a ) .g ( a )
Em particular temos, 1. ( kf ) ( x ) = kf ( x ) ; 2. x n
( )
= nx n 1 , n IN . (Derivada da potncia) 1 f ( a ) f (a ) = f 2 (a )
g ( a ) .f ( a ) f ( a ) .g ( a ) f (a ) = g 2 (a ) g
Exemplo 8:
4 3 2 3 2 1. A derivada da funo polinomial f ( x ) = x 2x + x + 10 f ( x ) = 4 x 6x + 2x .
( tg ( x ) )
cos ( x )
2
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( sen ( f ) ) ( cos ( f ) )
= cos ( f ) .f = sen ( f ) .f
(e )
f
= e f .f
( )
( )
( f ) ( b ) = f (1a ) .
1
( ln ( x ) )
m
1 ; x
( x) = m
1
m
x m 1
(x )
= .x 1 , 0
( arc cos ( x ) )
= =
1 1 x 2 1
;
( arcsen( x ) )
( arctg ( x ) )
1 x 2
1 1+ x 2
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( ln ( f ) )
f f
1
(f ) ' = f
f ', 0
( arc cos ( f ) )
= =
f'
1 f 2
f
( arcsen( f ) )
( arctg ( f ) )
1 f 2
f 1+ f 2
sen ( x ) = tg ( x ) . cos ( x )
1 2 2 1 . ( ln( x ) ) 3 . x = 3 3 3x . ln ( x )