AULA 03 - ADM MEDICAÇÕES

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ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAÇOES
TERAPIA MEDICAMENTOSA E
NUTRICIONAL
Conceito:
São atos médicos realizamos com o objetivo de tratar uma
doença ou desordem. Um procedimento terapêutico é o
tratamento propriamente dito de uma condição já
diagnosticada.
Tipos:
Enteral;
Parenteral.
Parenteral Indireta.
Terapia ENTERAL
Entérico -> relativo á intestino; intestinal.

A absorção de medicamentos consiste em sua


passagem para a corrente sanguínea após
administração por via de sistema digestório.

Vias:
• Oral;
• Sublingual;
• Retal.
VIA ORAL
Terapêutica simples e econômica
utilizando o trato gastrointestinal para
absorção do medicamento.

Material: Bandeja contendo medicação


no copo descartável identificado, copo
com água, seringa e triturador de
comprimidos se necessário.
VIA ORAL
1. Lavar as mãos, reunir o material e PROCEDIMENTO
conferir os certos;
2. Oferecer a medicação (em um
copo identificado) e um copo com
água, esperar o paciente deglutir;
3. Por sonda nasogástrica, os
comprimidos triturados e diluídos
em água devem ser administrados
com seringa identificada;
4. Recolher o material, lavar as
mãos e registrar.
VIA SUBLINGUAL
Terapêutica rápida com absorção da
medicação através da fina
membrana sublingual para os vasos
da base da língua.

Material: Bandeja contendo


medicação no copo descartável
identificado.
VIA SUBLINGUAL
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos, reunir o material e
conferir os certos;
2. Colocar o comprimido abaixo da
língua do paciente e orientá-lo a não
mastigar ou deglutir o comprimido;
3. Recolher o material, lavar as mãos e
registrar a medicação.
VIA RETAL
Finalidade: Terapêutica através da
mucosa retal ou esvaziamento
intestinal.

Material: Bandeja contendo luvas


de procedimento, supositórios ou
enema (solução glicerinada), papel
higiênico e gazes.
VIA RETAL
1. Lavar as mãos, reunir o material e PROCEDIMENTO
conferir os certos;
2. Isolar o paciente (uso de biombo) e
explicar-lhe o procedimento;
3. Posicioná-lo em decúbito lateral com
a perna fletida (posição de Sims);
4. Calçar luvas e retirar o medicamento
da embalagem. Nos casos de
supositório colocá-lo sobre uma
gaze;
5. Afastar as pregas interglútea e
introduzir o medicamento no reto;
VIA RETAL
6. Introduzir o supositório até depois do
esfíncter e pressionar até passar o espasmo
PROCEDIMENTO
de expulsão;
7. Introduzir a sonda retal do frasco de enema
e pressioná-lo até que todo o líquido seja
introduzido;
8. Orientar o paciente a aguardar o máximo de
tempo que conseguir sem evacuar;
9. Encaminha ao banheiro, ou colocar
aparadeira embaixo do paciente.
10. Recolher o material, retirar as luvas, lavar
as mãos, registrar a medicação e fazer as
anotações de enfermagem relativas ao
efeito do procedimento.
Terapia PARENTERAL INDIRETA
Vias:
Tópica:
• Cutânea, Vaginal, Ocular, Intra-nasal e Otológica
Respiratória:
• Inalatória ou Pulmonar
Terapia PARENTERAL INDIRETA- Via Tópica

Via tópica ou por administração epidérmica,


aplicação de substâncias ativas diretamente na pele,
ou em áreas de superfície de feridas, com efeito
local, tais como, pomadas, cremes, sprays,
loções, colutórios, pastilhas para a garganta.

Finalidade: Terapêutica com ação anti-séptica ou


antiirritativa.

Material: Bandeja contendo espátula, luvas de


procedimentos e medicação.
Terapia PARENTERAL INDIRETA- Via Ocular

Finalidade: Tratamento de doenças oftalmológicas


( nos olhos) e dilatação de pupilas para exame;

Material necessário: Bandeja contendo medicação


sob forma de colírio ou pomada, lenço de papel e
luvas de procedimentos.
Terapia PARENTERAL INDIRETA- Via Ocular
Terapia PARENTERAL INDIRETA- Via Otológica

Finalidade: Tratamento de infecção no


ouvido ou para remoção de cerúmen em
grande quantidade;

Material: Bandeja contendo o


medicamento, lenço de papel, luva de
procedimentos e algodão.
Terapia PARENTERAL INDIRETA- Via Intra-nasal/ Nasal

Finalidade: tratamento de infecção ou


congestão nasal ( no nariz).

Material: Bandeja contendo medicamento,


lenço de papel e luvas de procedimentos.
Terapia PARENTERAL INDIRETA- Via Vaginal

Terapêutica utilizando a mucosa vaginal


para a absorção de geléias e cremes no
tratamento de patologias ginecológicas.

Material: Bandeja contendo luvas de


procedimento, medicação prescrita,
aplicador vaginal e absorvente íntimo
externo.
Terapia PARENTERAL
Parentérico -> O termo parental provém do grego “para” (ao lado)
e “enteros” (tubo digestivo), significando a administração de
medicamentos “ao lado do tubo digestivo”ou sem utilizar o trato
gastrointestinal.
Vias:
• Intramuscular (IM);
• Intravenosa (IV) ou Endovenosa (EV);
• Subcutânea (SC);
• Intradérmica (ID).
Terapia
PARENTERAL USO DE SERINGA
Corpo
Bico

bisel

haste
calibre
Êmbolo
Comprimentos e calibres
(Agulha - 30 x 7)
30 = 30 comprimento (mm)
7 = 0,7 largura (mm)
Via Intradérmica - ID
• Via muito restrita - Pequenos volumes - de 0,1 a 0,5 mililitros

• Usada para reações de hipersensibilidade


➢ provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria)
➢ sensibilidade de algumas alergias
➢ fazer desensibilização e auto vacinas
➢ aplicação de BCG (vacina contra tuberculose) - na inserção inferior do
músculo deltóide.
Via Intradérmica - ID PROCEDIMENTO
MATERIAL:
• Seringa de pequeno volume com
a medicação prescrita e
identificada;
• Agulha fina de bisel curto (13 x
3,8 ou 4,5);
• Algodão e luvas de
procedimento.
Bísel: para cima.
ADMINISTRAÇÃO:
1. Agulha com ângulo de 15º ou paralelo
a superfície da pele, a fim de atingir a
camada dérmica da pele;
2. A penetração da agulha não deve
passar de 2 mm (penetrar somente o
bisel, este é para cima);
Via Intradérmica - ID Executando a técnica
1. Lavar as mãos, reunir o material e
conferir os certos;
2. Explicar o procedimento ao paciente;
3. Expor as áreas de aplicação;
4. Calçar as luvas de procedimento e
fazer antissepsia local com algodão
sem álcool de cima para baixo;
5. Distender a pele e introduzir somente o
bisel da agulha para cima;
6. Injetar medicação e observar a
formação de pápula;
7. Retirar a agulha e não massagear;
8. Recolher o material, retirar as luvas,
lavar as mãos e registrar a medicação.
Via Subcutânea - SC
• Também chamada via hipodérmica,
indicada para drogas que sejam absorvidas
de forma contínua e lentamente;
• É uma via que não tolera substâncias
irritantes;
• A expansibilidade do tecido subcutâneo só
permite introduzir até 1,0ml.
• Usada para administração de vacinas (anti-
rábica e anti-sarampo), anticoagulantes
(heparina) e hipoglicemiantes (insulina).

Áreas de aplicação: Face anterior da coxa,


região periumbilical, face anterior e posterior do
braço, região escapular;
Via Subcutânea - SC
Material:
Agulhas utilizadas
Aspiração 25 x 7 ou 25 x 8;
Aplicação 13 x 3,8, 13 x 4,5.
Seringas de 1 a 2 ml contendo medicação
prescrita e identificada.
Algodão embebido em álcool a 70%;

Angulações da agulha

• Indivíduos magros: ângulo de 30°;

• Indivíduos normais: ângulo de 45°;

• Indivíduos obesos: ângulo de 90º.


Bísel: para baixo ou para cima.
Via Subcutânea - SC
Executando a técnica
1. O medicamento preparado com uma
seringa apropriada;
2. Uma agulha de tamanho apropriado;
3. Luvas;
4. Duas compressas de gaze com álcool.
5. Quando estiver administrando insulina,
inverta suavemente e role o frasco para
homogeneizar o medicamento. Não agite
o frasco porque bolhas de ar poderiam
entrar na seringa e reduzir a dose
administrada;
Via Intramuscular - IM
Via muito utilizada, devido absorção rápida
Músculo escolhido:
➢ deve ser bem desenvolvido
➢ ter facilidade de acesso
➢ não possuir vasos de grande calibre
➢ não ter nervos superficiais no seu trajeto
Volume injetado:
• região deltóide - de 2 a 3 mililitros
• região glútea - de 4 a 5 mililitros
• músculo da coxa - de 3 a 4 mililitros
Via Intramuscular - IM
Áreas de aplicação:
• Ventro-glútea
• Face antero-lateral da coxa
• Dorso-glúteo
• Deltóide
Via Intramuscular - IM
Material:
Agulhas utilizadas
Aspiração; 40x12.
Aplicação 25 x 7; 25 x 8; 30x 7 e 30 x 8.
Seringas de 3 a 5 ml contendo medicação
prescrita e identificada.
Algodão embebido em álcool a 70%;

Angulações da agulha

• Indivíduos magros: ângulo de 45°;

• Indivíduos normais e obesos: ângulo de 90º.


Bísel: Lateralizado ou para baixo.
Via Intramuscular – IM- Região Deltoide
Executando a técnica
1. Traçar um retângulo de 3 a 5 cm abaixo do acrômio ou medir 4
dedos abaixo do ombro, com o antebraço flexionado.
2. Fazer técnica Z ou prega.
3. A agulha deve ser introduzida no músculo com uma angulação
de 90º.
4. Aspirar para verificar se não há retorno sanguíneo.
5. Apertar o êmbolo até finalizar o conteúdo.
6. Região contra-indicada em caso de pouca musculatura ou
pessoas extremamente magras;
7. Não se deve administrar mais de 3 ml de medicação. Indica-se
2 ml.
Via Intramuscular – IM- Região Ventro- Glútea
Executando a técnica
1. Posição do paciente: decúbito lateral, ventral ou em
pé.
2. Colocar a mão esquerda no quadril direito do
paciente, apoiar o dedo indicador sobre a espinha
ilíaca. Espalmando-se a mão, afastar o dedo médio
do indicador, formando uma área em V limitada
pelos dedos abertos.
3. Fazer a prega.
4. Introduzir a agulha com angulação dirigida
ligeiramente à crista ilíaca;
5. A agulha deve ser introduzida no músculo com uma
angulação de 90º.
6. Aspirar para verificar se não há retorno sanguíneo.
7. Apertar o êmbolo até finalizar o conteúdo.
8. Não se deve administrar mais de 5 ml de
Via Intramuscular – IM- Região Dorso-Glútea
Executando a técnica
1. Posição do paciente: decúbito lateral, ventral, dorsal
ou sentado;
2. Traçar um eixo horizontal com origem na saliência
mais proeminente da região sacra e outra eixo
vertical, originando-se na tuberosidade isquiática;
3. Fazer técnica Z ou prega.
4. Introduzir a agulha com angulação dirigida
ligeiramente à crista ilíaca;
5. A agulha deve ser introduzida no músculo com uma
angulação de 90º.
6. Aspirar para verificar se não há retorno sanguíneo.
7. Apertar o êmbolo até finalizar o conteúdo.
8. Não se deve administrar mais de 5 ml de
medicação. Indica-se 4 ml.
Via Intramuscular – IM- Região Antero-Lateral da Coxa
Executando a técnica
1. Posição do paciente: decúbito dorsal com membro
inferior em extensão ou sentado com flexão da perna.
2. Os limites poderão ser determinados superiormente,
com distancia de 12 a 15 cm abaixo do trocanter maior
e inferiormente com 9 a 12 cm acima do joelho. A faixa
de aplicação é 7 a 10 cm de largura.
3. Fazer técnica Z ou prega.
4. Introduzir a agulha com angulação dirigida ligeiramente
5. A agulha deve ser introduzida com angulação oblíqua
(45º) ao eixo longitudinal da perna em direção podálica;
6. Aspirar para verificar se não há retorno sanguíneo.
7. Apertar o êmbolo até finalizar o conteúdo.
8. Não se deve administrar mais de 4 ml de medicação.
Indica-se 3 ml.
Via Intravenoso ou Endovenoso- IV ou EV
Introdução de medicação diretamente na veia (CUIDADO).
• Aplicação:
membros superiores
evitar articulações
melhor local: face anterior do antebraço “esquerdo”
• Indicações
necessidade de ação imediata do medicamento
necessidade de injetar grandes volumes - hidratação
introdução de substâncias irritantes de tecidos
Via Intravenoso ou Endovenoso- IV ou EV - VEIAS UTILIZADAS

REGIÃO CEFÁLICA - utilizada em recém-natos


REGIÃO CERVICAL - veias jugulares
VIA SUBCLÁVIA - MUITO UTILIZADA EM UTI
• para injeção de medicamentos
• para infusão de alimentação parenteral
• para acesso venoso central
• para monitorização - PVC, Swan-Ganz
• dificuldade de acesso venoso
• em UTI - para acesso venoso central
MEMBROS SUPERIORES:
• veias cefálica, basílica
• para manutenção de via venosa contínua
• veia intermediária do cotovelo
• para coletas de sangue
• para injeções únicas de medicamentos
• dorso da mão
• veias metacarpianas dorsais
• para injeções únicas
Via Intravenoso ou Endovenoso- IV ou EV - MÉTODOS
CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS
• Cateteres Agulhados
• Indicação: infusões de curta duração, baixo volume, em bolus ou push, pacientes c/ veias muito
finas e comprometidas
• Contra indicação: nunca utilizar com solução vesicante/ irritante.

O USO DEVE SER LIMITADO À ADMINISTRAÇÃO DE DOSE


ÚNICA E COLETA DE AMOSTRA DE SANGUE PARA
ANÁLISE CLÍNICA
Esses dispositivos são numerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais
calibrosa) ao 25 (agulha menor e menos calibrosa).
Via Intravenoso ou Endovenoso- IV ou EV - MÉTODOS
CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS
• Cânula Intravenosa
• Indicação: infusões de média duração até 72 ou 96 horas

• Material: Teflon ou Poliuretano

• São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso)


até o 26 (menor e mais fino).
Via Intravenoso ou Endovenoso- IV ou EV
Material:
• Seringa de acordo com o volume do
medicamento a ser diluído;
• Agulha;
• Frasco de soro com solução prescrita;
• Equipo para soro e suporte para soro;
• Medicamentos quando prescrito para
colocar dentro do soro;
• Butterfly (scalp) ou gelco;
• Algodão com álcool a 70%;
• Esparadrapo ou micropore;
• Garrote e luvas.

Bísel: para cima;


Via Intravenosa ou Endovenosa IV ou EV
Executando a técnica
1. Lavar as mãos;
2. Preparar a medicação conforme técnica;
3. Levar a bandeja com os materiais para perto do
paciente;
4. Explicar o que vai ser feito, expor a área de
aplicação, verificando as condições das veias;
5. Calçar as luvas;
6. Garrotear o membro uns 4 dedos acima do local
escolhido para injeção.
7. Em pacientes com muitos pelos, pode-se proteger a
pele com pano ou com a roupa do paciente.
8. Orientar o paciente para abrir e fechar as mãos
algumas vezes e depois conservá-la fechada,
mantendo o braço imóvel;
9. Fazer anti-sepsia do local, com movimentos de
baixo para cima.
Via Intravenosa ou Endovenosa IV ou EV
Executando a técnica
10. Fixar a veia com o polegar da mão dominante;
11. Colocar o indicador da mão dominante sobre o
canhão da agulha, e com os demais dedos, segurar
a seringa.
12. O bisel da agulha fica voltado para cima;
10. Evidenciada a presença de sangue na seringa,
pedir ao paciente para abrir a mão;
11. Retirar o garrote e injetar a droga lentamente,
observando as reações do paciente;
12. Terminada a aplicação, apoiar o local com algodão
embebido em álcool, retirar a agulha e comprimir o
vaso com algodão;
13. Solicitar ao paciente para permanecer com o braço
distendido;
14. Retirar as luvas e lavar as mãos;
15. Fazer as anotações necessárias.

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