Caderno de Erros Criminologia

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Caderno de erros de criminologia

RESUMO DOS CONCEITOS


CONCEITO DE CRIME: basicamente, para a criminologia, o crime é entendido como um
problema social e comunitário, abrangendo quatro elementos constitutivos:
- incidência massiva na população (não se pode tipificar como crime um fato isolado);
- incidência aflitiva do fato praticado (o crime deve causar dor à vítima e à comunidade);
- persistência espaço-temporal do fato delituoso (é preciso que o delito ocorra reiteradamente por
um período significativo de tempo no mesmo território);
- e consenso inequívoco acerca de sua etiologia e técnicas de intervenção eficazes (a criminalização
de condutas depende de uma análise minuciosa desses elementos e sua repercussão na sociedade).

CONCEITO DE CRIMINOSO:
- Escola clássica: o criminoso é um ser que pecou, optando pelo mal, apesar da possibilidade de
escolha.
- Escola positiva: o criminoso é um ser preso à sua deformação patológica. Foi durante essa escola
que ocorreu o apogeu do valor do estudo do criminoso.
- Escola Correcionalista: o criminoso é um ser inferior e incapaz de governar por si próprio,
devendo o Estado agir de maneira pedagógica e piedosa.

CONCEITO DE PENA: Em uma visão geral, a pena é uma forma de retribuição, de privação de
bens, imposta ao criminoso em razão do delito cometido. Existem três grandes correntes sobre o
tema:
- Teoria absoluta: a pena é vista como um imperativo de justiça, no sentido de que se pune porque
um delito foi cometido. Para esta teoria, a pena é consequência de um injusto praticado.
- Teoria relativa: a pena não é consequência do crime, mas ocasião para que seja aplicada, se
baseando na necessidade social. Possui como finalidade a intimidação da população, bem como a
prevenção particular.
- Teoria mista: esta teoria conjuga as duas acima, abordando o caráter retributivo da pena, porém
acrescenta a este os fins da ressocialização do criminoso e intimidação.
Introdução a criminologia
Métodos da criminologia:
Biológicos e sociológicos. Como ciência empírica e experimental que é, a criminologia
utiliza-se da metodologia experimental, naturalística e indutiva para estudar o delinquente, não
sendo suficiente, no entanto, para delimitar as causas da criminalidade.
Segundo Nestor Sampaio Filho:
A criminologia se utiliza dos métodos biológico e sociológico. Como ciência empírica e
experimental que é, a criminologia utiliza-se da metodologia experimental, naturalística e indutiva
para estudar o delinquente, não sendo suficiente, no entanto, para delimitar as causas da
criminalidade. Por consequência disso, busca auxílio dos métodos estatísticos, históricos e
sociológicos, além do biológico. (Penteado Filho, Nestor Sampaio Manual esquemático de
criminologia, Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012, p. 22).

Conceito de criminologia:
Criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da
pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo e trata de ministrar
uma informação válida e contrastada sobre a gênese, dinâmica e variações principais do crime,
contemplando-o como problema individual e social, assim como sobre os programas para sua
prevenção especial, as técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e os diversos
modelos ou sistema de respostas ao delito.
A criminologia é uma ciência do “ser”, empírica, na medida em que seu objeto (crime,
criminoso, vítima e controle social) é visível no mundo real e não no mundo dos valores, como
ocorre com o direito, que é uma ciência do “dever-ser”, portanto normativa e valorativa

Controle social

1.Controle social formal: também conhecido como controle regulativo, decorre do controle
exercido pelo Estado, isto é, pelo sistema de justiça. Ex. Ministério Público; Penitenciárias; Polícia,
Poder Judiciário, dentre outros.
2.Controle social informal: decorre das relações das relações sociais. Ex.: Igrejas; escola, entre
outros.
Tome nota:
A criminalidade real corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes. A
criminalidade revelada corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do Estado.
A cifra negra corresponde à quantidade de delitos não comunicados ou não elucidados dos crimes
de rua.

TEORIA DO ETIQUETAMENTO
A questão trata da teoria do etiquetamento, labelling approach, interacionismo simbólico, reação
social que defende que a criminologia muda de enfoque e passa a buscar não as causas do crime,
mas sim quem é definido como desviante. As teorias do conflito, de cunho argumentativo trazem
como principais nomes Lemert, Becker, Bonger. Entendem que a harmonia social decorre da força e
da coerção, em que há uma relação entre dominantes e dominados. São exemplos de teorias do
conflito o labelling approach (interacionismo simbólico, etiquetamento, reação social) e a teoria
crítica ou radical.

ESCOLA DE CHICAGO
A Escola de Chicago preceitua que o ambiente influencia no aumento da criminalidade.
Integrante da moderna criminologia, a Escola de Chicago passou a considerar que o crime
não depende unicamente do indivíduo, mas muito mais do ambiente e grupos a que pertence.
Dessa forma, a Escola de Chicago buscou estudar a realidade social das cidades tentando entender
onde e por qual motivo há aumento de criminalidade em determinadas regiões, para só então
estabelecer a política criminal adequada para a intervenção social.
A Escola de Chicago fomentou a utilização de métodos de pesquisa que propiciou o
conhecimento da realidade da cidade antes de se estabelecer a política criminal adequada para
intervenção estatal.

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