TCC

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 14

CONTABILIDADE GERENCIAL: FERRAMENTA PARA GESTÃO DE MICROS E

PEQUENAS EMPRESAS

David Câmara de Lima

Alessandro Antunes Leandro

RESUMO

Este trabalho irá apresentar a contabilidade como forma importante para gerenciamento das
empresas, com enfoque dentro de micros e pequenas empresas. Tendo como objetivo de
demonstrar alguns dos pontos mais importantes que um contador deve levar em
consideração para uma boa administração. De uns tempos para cá, foi observado que a
maior dificuldade das empresas é que o empresário não possui conhecimento de como gerir
de forma adequada, tampouco conhecem as ferramentas que poderiam auxiliá-lo. As
informações contidas são de grande relevância para empresários que iniciaram ou
pretendem abrir seu negócio. No estudo de caso, foi citado um exemplo conforme pesquisas
de acontecimentos, em que a empresa não possuía o acompanhamento de um profissional
qualificado. A metodologia deste trabalho de conclusão de curso deu-se através de pesquisa
documental, onde se fez uso de materiais já elaborados: livros, artigos científicos, revistas, e
enciclopédias na busca e abstração de conhecimento sobre a contribuição da contabilidade
na gestão das micro e pequenas empresas. As empresas organizadas não se perdem em
meio às suas obrigações tributárias, pois além do apoio imprescindível dos contadores,
existem diversos sistemas integrados de gestão, inclusive online, permitindo um melhor
controle sobre o recolhimento de impostos, gerenciamento de produtividade e melhores
opções na tomada de decisões. Através de pesquisa documental, onde se fez uso de
materiais já elaborados: livros, artigos científicos, revistas, e enciclopédias na busca e
abstração de conhecimento sobre a contribuição da contabilidade na gestão das micro e
pequenas empresas. O reflexo desse contexto tem sentido o aumento no número de
trabalhos voltados à análises das problemáticas das pequenas empresas, antes bastante
escassos

Palavras-Chave: Pequenas Empresas, gestão, importância do contador, riscos.


1 INTRODUÇÃO

Este trabalho descreve a importância da gestão dos contadores para as micro e


pequenas empresas, definição de contabilidade gerencial, as principais ferramentas
para gestão, o planejamento estratégico, controle e custos.

As empresas de pequeno e médio porte normalmente não possuem um controle


gerencial que forneça as informações contábeis para tomada de decisões. Através do
resultado pode-se comprovar que a contabilidade gerencial contribui positivamente
para o sucesso das micro e pequenas empresas, desde que os empresários estejam
dispostos a passar as informações reais para que os contadores possam auxiliá-los
nas melhores tomada de decisões.

Por fim a análise do que pode ocorrer quando as empresas não possuem o
acompanhamento dos profissionais contábeis, os principais riscos que as empresas
podem sofrer, sendo as mais comuns, os atrasos nos pagamentos das obrigações
tributárias.

1.1 Objetivo

Demonstrar a importância da gestão de um profissional da Contabilidade através de


relatórios contábeis para a tomada de decisões.

1.2 Problema

Qual a importância dos profissionais da contabilidade na gestão das micro e pequenas


empresas e como a contabilidade gerencial pode contribuir com as organizações na
tomada de decisões assertivas?

1.3 Justificativa

As pequenas empresas vêm ocupando a maior porcentagem com relação a novos


empreendimentos no país. Apresentada por alguns como uma provável solução para o
problema de níveis crescentes de desempregos ou como um modelo de flexibilidade
em uma economia globalizada, as pequenas empresas têm aparecido como temática
constante de discussões e objetos de políticas de incentivo e proteção.
2 MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Classificação dada em razão de um faturamento acerca de algumas pessoas ou


empresários que temos classificados na legislação.

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão


às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei,
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou
pela eliminação ou redução destas por meio de lei. (Constituição Federal de
1988).
O que define a partir de um faturamento, micro empresas terá um faturamento de até
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), e de pequeno porte que acima desse
valor de micro chegue até 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais),
conforme lei complementar n° 155 de 27 de Outubro de 2016 que altera a Lei
Complementar n° 123 de 14 de dezembro de 2006.

As Micro e pequenas empresas ocupam grande parte da economia e fazem parte das
mais de 90% das empresas brasileiras (segundo pesquisa SEBRAE - Serviço de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas).

Fazem parte do perfil das micro e pequenas empresas, de serviços como: padarias,
cabeleireiros, consultores de informática, costuras, escritórios de advocacia e outros.

As empresas comerciais de pequeno porte são papelarias, armarinhos, varejo de


moda, lanchonetes e outros.

Com a importância das MPES para a economia o governo estruturou várias políticas.
Políticas como a Lei Geral das Micro e pequenas empresas, que foi criada em 2006 e
consiste em uma Lei que amplia as vantagens das MPES e regularizam diversas
empresas quanto a classificação econômica e registro dessas empresas.

Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Ela foi instituída
em 2006 para regulamentar o disposto na Constituição Brasileira, que prevê o
tratamento diferenciado e favorecido à microempresa e à empresa de pequeno
porte. (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE,
2019).
Lei das Micro empresas oferecem uma série de facilidades, dentre elas estão:
facilidades tributárias, tratamento diferenciado em licitações públicas e outras
vantagens como a tributação pelo regime simplificado.
2.1 Falta da gestão das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

Após a abertura das empresas, os empresários se deparam com as dificuldades para


mantê-las “saudáveis”, independente do faturamento fiscal e enquadramento tributário
dessas empresas, a dificuldade ou falta de habilidade de gerirem as empresas em
questões muitos destes empresários possuem poucas instruções, muitos deles não
possuem graduações em ensinos superiores e nem mesmo técnicos em áreas afins a
quais trabalham e os que possuem tais graduações, não foram ensinados de formas
adequadas a gerirem o seus negócios.

O problema é muito comum entre as pequenas e médias empresas do varejo.


Os gestores culpam a falta de tempo ou o desconhecimento de ferramentas
que possam auxiliar nessa tarefa, mas esse é um grande risco para o negócio,
tanto de sofrer desvios de mercadorias como de investir em produtos indevidos
e acabar ficando com o dinheiro parado. (Revista Exame, 2014)
Muitas dessas empresas não possuem um sistema de gestão comercial nem mesmo
uma planilha financeira que possibilite o básico que é o controle de caixa, alguns
empresários não têm conhecimento de informática suficiente para o uso dessas
ferramentas, sendo assim, vivemos uma precariedade no que se diz respeito a
conhecimento empresarial, o que inviabiliza a continuidade ou a prosperidade de
muitos negócios, levando muitos a falir no primeiro ano de funcionamento ou ir no
máximo até o segundo ano. Há uma cultura empresarial de que basta as empresas
fazerem um excelente serviço, obtendo um grande volume, ocasionando um
faturamento razoável.

3 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial atende aos usuários internos das empresas responsáveis


pelas tomadas de decisões. Processo de identificação, mensuração, análise e
comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para
planejamento e controle das empresas, para assegurar o uso apropriado de seus
recursos. A contabilidade gerencial fornece informações necessárias para a
administração e para o desenvolvimento das empresas.

A contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração,


acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações
financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e
controle dentro de uma organização e para assegurar o uso apropriado de seus
recursos. (MARQUES, Wagner Luiz 2011).
Os contadores são profissionais capazes de interpretarem e explicarem os dados
contábeis para os donos dos negócios, diretores e gerentes das empresas. A partir
dessa análise do faturamento, lucros e despesas, os diretores possam tomar decisões
estratégicas mais eficazes.

Um papel semelhante no planejamento e no controle para gerentes que estão


dentro de unidades empresariais e que são parte central no projeto e na
operação de sistema de contabilidade gerencial. [...] Os orçamentos nas
empresas refletem as condições quantitativas de como alocar recursos
financeiros para cada subunidade organizacional, com base em suas
atividades e nos objetivos de curto prazo. [...] Assim, um orçamento é uma
expressão quantitativa das entradas de dinheiro para determinar se um plano
financeiro atingirá os objetivos organizacionais. Orçamentação é o processo de
preparação dos orçamentos. (ATKINSON, Anthony A. 2000)
Se analisarmos o fluxo de caixa mensal das empresas, os profissionais da
contabilidade podem fornecer dados suficientes aos gerentes de recursos humanos
para medir a produtividade de sua equipe e assim tomar decisões de contratação,
demissão ou até bonificação de cargo.

3.1 Principais Ferramentas da Contabilidade Gerencial

3.1.1 Orçamento

A partir dos orçamentos será traçado os caminhos a serem seguidos, realizando todas
as diretrizes necessárias para atingir-se as metas.

3.1.2 Fluxo de Caixa

Ferramenta de importância para gestão de qualquer negócio, é o controle mediante o


qual se obtém as entradas e saídas de caixa, os valores operacionais e o valores a
transportar (valor poderá ser maior caso se obtenha lucro ou menor em caso de
prejuízo), mediante a qual as empresas terão capacidade de verificar os pagamentos
por determinados períodos, verificando se há possibilidades de investimentos, e qual a
melhor data para se programar determinadas compras.

3.1.3 Balanço Patrimonial

As informações contidas no Balanço Patrimonial, é uma poderosa ferramenta


disponível aos gestores da organização e, também, para os seus usuários e clientes
internos e externos, que conseguem visualizar a situação da empresa, e auxiliar nas
tomadas de decisões, com o objetivo de aumentar seus resultados, assim como,
mostra uma visão estratégica do plano da empresa, sendo possível visualizar o futuro,
as limitações e as potencialidades da organização.

3.1.4 Demonstração de Resultado do Exercício – (DRE)

A DRE evidencia qual foi a receita, os custos e despesas do período, bem como o lucro
(ou prejuízo) da operação.

Tão logo o demonstrativo seja disponibilizado pela contabilidade devemos fazer uma
análise criteriosa e comparativas das informações de modo a constatar se o resultado
apresentado está dentro daquilo que esperávamos, ou se a rentabilidade do negócio
ficou abaixo ou acima da expectativa.

3.2 Contabilidade na Tomada de Decisões

As organizações não têm recursos para desperdiçar é preciso ter cautela e segurança
nas decisões a serem tomada, pois isso indicará se a empresa terá lucro ou prejuízo.

O administrador de um negócio precisa ter dados precisos que indiquem qual o


caminho mais seguro a ser tomado. Qualquer decisão, sendo ela de curto, médio ou
longo prazo, deve ser cautelosamente avaliada quanto a seus riscos e oportunidades.

“A tomada de decisão depende da existência de informações fidedignas em


tempo hábil. A qualidade da decisão está intimamente condicionada à
informação existente, por isso a informação afeta profundamente a vida das
pessoas” (PEREIRA; FONSECA, 2009, p. 25).
É extremamente importante que as informações contábeis evidenciem, com
transparência, a quem possa interessar todas as transações que proporcionaram os
resultados atuais, bem como as ações futuras que repercutem no caminho que a
empresa pretende seguir. A contabilidade gerencial expõe os números que possibilitam
que o processo de tomada de decisões seja feito com menos riscos e mais acertos.
Logicamente, a chance de erros e falhas sempre vai existir, mas com as informações
corretas ela é bem menor do que com a simples aleatoriedade de uma gestão
desinformada.

Com isso, a contabilidade gerencial se torna uma fonte de informações de alta


credibilidade e objetividade que podem aumentar o conhecimento sobre a própria
empresa, seu negócio e seu mercado, minimizando os riscos do processo de tomada
de decisões.

4 PLANEJAMENTO

Ter visão de longo prazo e traçar caminhos para atingirmos os objetivos. Definir um
rumo e identificar as ações que precisam ser feitas hoje para ter ganhos amanhã,
verificar todas as condições dos negócios para fazer a qualquer momento, as
correções que sejam necessárias.

Errar no papel é bem melhor do que errar no mercado. Esta é justamente a


função de um plano de negócios: pensar em cada etapa da trajetória de uma
empresa, desde a pesquisa até o desenvolvimento, descrevendo por escrito os
objetivos e quais caminhos devem ser seguidos para alcançá-los, buscando
diminuir riscos e incertezas. (SEBRAE, 2022)

4.1 Planejamento Estratégico

Identificar a melhor direção para as empresas, estratégias que devem seguir, um


conjunto de métodos e medidas na execução desses empreendimentos, visando
determinado objetivo. Visa racionalidade na tomada de decisões e alocações de
recursos a longo prazo.

Existem três perguntas necessárias para o planejamento estratégico.

1 – Onde você está hoje? Clareza, saber descrever como sua empresa está
hoje. 2 – Onde nós queremos chegar? Sabendo exatamente como se encontra
hoje,

automaticamente terá a resposta de onde quer chegar.

3 – Como que a gente vai chegar lá? Buscar recursos para onde você quer

chegar.

Essas questões não tem prazos definidos, podendo ser de curto a longo prazo, mas
sempre quando existir necessidade de fazer com que as empresas alavanquem.

Todo planejamento de metas a curto, médio e longo prazo precisa de


acompanhamento de resultados, para isso os indicadores definidos na
construção dessas metas e as métricas coletadas em cada setor vão contribuir
para identificar o quão próxima ou distante de alcançar o sucesso a sua
empresa está. Blog da Zendesk, 2022)
5 CONTROLE

Função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho dos


subordinados para assegurar que os objetivos das empresas sejam atingidos.

Controlar abrange acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados


obtidos com previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis, ou de outra
forma, compreende a medida do desempenho em comparação com os
objetivos e metas predeterminados, inclui a coleta e a análise de fatos e dados
relevantes, as análises das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas
e, se necessários, o ajuste dos planos. (LACOMBE, 2003, p. 173).

5.1 Controle Gerencial na Contabilidade

O controle gerencial é uma importante tarefa, sendo muitas vezes desprezadas pelos
gestores. Controlar gerencialmente é acompanhar o desenvolvimento da tarefa com o
objetivo que foi estabelecido no planejamento. Mesmo sendo uma ferramenta de
tamanha importância alguns gestores não a controlam, não visualizando como uma
ferramenta de verificação do andamento dos planos, mas sim como acompanhamento
do controle dos subordinados.

A contabilidade Gerencial por sua vez está extremamente associada com o processo
de controle gerencial, assegurando que os recursos sejam obtidos e aplicados
eficientemente na realização dos objetivos de uma organização.

O sistema de informação gerencial pode ser compreendido como um conjunto de


subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer
subsídios ao processo de gestão de uma empresa.

Para que a informação contábil seja usada no processo de administração, é


necessário que essa informação contábil seja desejável e útil para as pessoas
responsáveis pela administração da entidade. (PADOVEZE, 2010, p. 47).
Os Sistemas de Suporte à Decisão devem ser dinâmicos, flexíveis e devem suprir as
informações necessárias para a tomada de decisão.

O gerenciamento contábil pode ser divido em três processos: Planejamento: decidir o


que as empresas ir vai fazer.

Operação: usam-se os dados contábeis para transmitir planos, para guiar a empresa
no sentido em que a administração deseja que ela caminhe.
Apuração e análise do desempenho: na medida que as operações prosseguem, usam-
se dados contábeis na apuração e na análise de desempenho com a finalidade de
fazer melhores planos para o próximo período.

5.2 Controle de Contas à Pagar

O controle de contas à pagar permite que os empresários fiquem permanentemente


informados sobre: os vencimentos dos compromissos; prioridades de pagamentos de
títulos ou duplicatas e montante de valores à pagar, entre outras questões.

5.3 Controle de Contas à Receber

O controle de contas a receber possibilita, aos empresários, o conhecimento por


exemplo de: montante dos valores à receber; contas vencidas e ou à vencer; clientes
que não pagam em dia e programação de cobrança, dentre outros.

6 CUSTOS

Custos são gastos, que ocorrem necessariamente para fabricação dos produtos das
empresas, ou seja, gastos para desenvolvimento de novos produtos, que estão ligados
à área industrial das empresas.

Conforme Leone (2008, p.21), a Contabilidade de Custos é uma atividade


que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou
obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os,
produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais.
Os custos dividem-se em: Custos Variáveis e Custos Fixos

6.1 Custos Variáveis

Correspondem a tudo o que é gasto para a produção ou comercialização dos seus


produtos ou serviços, como por exemplo, os impostos sobre mercadorias e comissão
de vendedores.

6.2 Custos Fixos

São aqueles gastos rotineiros, como pagamento de contas, fornecedores, funcionários,


aluguéis, entre outros.
O controle de gastos é essencial para fornecer as informações necessárias sobre a
rentabilidade e desempenho das atividades das empresas. Além disso, essa gestão
auxilia o planejamento, controle e desenvolvimento das diversas operações.

7 PROBLEMAS CAUSADOS PELA FALTA DE GESTÃO - ESTUDO DE CASO

A empresa fictícia criada para a demonstração dos problemas causados pela falta de
gestão contábil em uma empresa, especificamente o não pagamento de tributos,
chama-se JESS LTDA, tem por atividade venda de roupas e acessórios femininos,
fundada na cidade de Lages SC em 21 de Novembro de 2007 conta com o quadro de
18 funcionários.

A empresa JESS LTDA recebeu uma notificação constando que a mesma por motivos
de não pagamento do crédito, e decorrido o prazo deste, sem que o contribuinte
apresentasse alguma defesa, foi incluída a inscrição na dívida ativa.

“A dívida ativa é o cadastro que todo governo tem, seja municipal, estadual ou
federal, que reúne as informações de todas as pessoas que possuem algum
tipo de débito com aquele governo”. (Edmundo Emerson de Medeiros,
professor de direito tributário do Mackenzie)

7.1 Dividas

As empresas devem pagar todos os tributos devidos em relação a suas atividades, e


estar de acordo com a lei, não havendo o controle, essas dívidas podem acabar
esquecidas, ficando em débitos com os órgãos fiscalizadores, causando um
endividamento que o proíbam de fazer certas operações.

7.2 Imposto Atrasados

Quando as empresas se veem em dificuldades econômicas, acabam por não pagarem


os impostos, mas nem sempre o motivo será dificuldades financeiras, e sim por
questões de investimentos.

Quando um imposto deixa de ser pago a primeira consequência será os acréscimos no


pagamento. A taxa de pagamento federais é 0,33% podendo chegar até 20% nos
primeiros 60 dias. Além da multa existe a correção do valor através do Juros Selic, que
são definidos pelo governo e fixados pelo banco central.
Existes alguns impostos que quando se faz o recolhimento, serão pagos valores
próprios e de terceiros. Quando as empresas pagam os salários dos funcionários, será
descontado uma parcela desse valor para INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e
quando recolhem as guias de INSS serão pagos as GPSs (guias da previdência social)
incluindo a parte das empresas e a parte dos funcionários, deixar de pagar as duas
partes implicará em acréscimos financeiros, mas deixar de pagar a parte dos
funcionários (o que é chamado de apropriação indébita), que podem levar a
consequências criminais, sendo um dinheiro que não é da empresa, e que se apropriou
indevidamente, precisa ser tomado os devidos cuidados com os impostos descontados
de terceiros. Caso não existir o pagamento ou o parcelamento as empresas serão
comunicadas, tornando-se dívidas ativas e posteriormente a execução, mas sempre o
governo irá avisar antes, geralmente com uma notificação.

7.3 Os Empregados

Os trabalhadores não ficarão sem dar as entradas em suas aposentadorias pelo motivo
de as empresas não terem repassado os valores das contribuições, mas é possível
aproveitar o tempo de serviço sem o recolhimento da mesma. Ainda assim existe a
possibilidade de validar o tempo de serviço, apresentando à Previdência Social outras
provas como recibos de pagamentos de salários, reclamações trabalhistas entre
outras. A solução pode ser tanto administrativa como judicialmente, há casos em que
um recurso administrativo com as cópias dos documentos citados acima é o suficiente
para resolver a questões. No entanto, caso não seja possível, deverão os empregados
recorrerem à Justiça Federal. E ainda, poderão propor ações contra as empresas para
serem ressarcidos dos seus direitos.

As empresas organizadas não se perdem em meio às suas obrigações tributárias.


Além do apoio imprescindível dos contadores, existem sistemas integrados de gestão,
que funcionam online, permitindo um melhor controle sobre o recolhimento de
impostos, evitando prejuízos e transtornos.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o grande crescimento das micro e pequenas empresas, a concorrência no
mercado fica cada vez mais acirrada, o acompanhamento de um profissional
qualificado é fundamental para manter uma empresa “saudável”.

Neste trabalho foi identificado alguns pontos essenciais que devem ser analisados pelo
profissional contábil, a retirada de dados em relatórios como fluxo de caixa, balanço
patrimonial e demonstração do resultado são peças chave para se planejar estratégias
para o presente e o futuro da empresa na tomada de decisões.

A contabilidade, em especial a contabilidade gerencial, está mais presente do que


nunca nas decisões e no cotidiano das empresas. O pequeno empresário deve cobrar
de seu contador maior participação no que diz respeito a assessoria e ao apoio na
administração de sua empresa. O contador, por sua vez deve abandonar a figura de
mero cumpridor das obrigações fiscais e como um mal necessário às organizações
empresariais e ser um agente de transformação, um assessor nas decisões tomadas,
alguém que extraia dos números as informações necessárias para as decisões, um
suporte a administração segura.

Com a competição globalizada e as mudanças constantes no mercado, para uma


organização se manter saldável e rentável, ela terá que se aprimorar constantemente,
a fim de se tornar mais preparada possível para tais situações. A contabilidade
gerencial é uma ferramenta que traz consigo um conjunto de técnicas e procedimentos
contábeis, dentre elas, a contabilidade de custos, planejamento orçamentário e a
análise das demonstrações contábeis, que, quando combinados, fornecem informações
de valor agregado auxiliando no processo de tomada de decisões nas organizações.
REFERENCIAS

PADOVEZE, Clovis Luis. Contabilidade gerencial. Um enfoque em sistema de


informação contábil. 5ª ed. São Paulo, Atlas, 2008, p. 33, p. 35 - 37, p. 47,p. 70, p.
79, p. 310, p. 330, p. 332, p.335, p. 501 - 502 p. 571, p. 609 e p. 611.

MIOTTO, Neivandra; LOECKYI, Jéferson. A importância da contabilidade gerencial


na tomada de decisão nas empresas. UNICENTRO - Revista eletrônica Lato Sensu.
5ª ed. 2008,p.4-6. Arquivo eletrônico disponível em:
https://docplayer.com.br/55754658-A-importancia-da-contabilidade-gerencial-na-
tomada-de-decisao-nas-empresas.html Acesso em: 03 Setembro de 2022.

PIZZOLATO, Nélio Domingues. Introdução à contabilidade gerencial. 2ª ed. Revis. E


Ampl. São Paulo: Makron Books, 2000, p. 195.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Arquivo


eletrônico disponível: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Estudos
%20e%20Pesquisas/Participacao%20das%20micro%20e%20pequenas
%20empresas.pdf Acesso em: 18 Setembro de 2022

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/passo-a-passo-para-elaborar-o-
plano-de-negocios-de-sua-
empresa,d7296a2bd9ded410VgnVCM1000003b74010aRCRD Acesso em: 07
Setembro de 2022

Blog da zendesk – Metas a curto, médio e longo prazo. Arquivo eletrônico disponível:
https://www.zendesk.com.br/blog/metas-a-curto-medio-e-longo-prazo/ Acesso em: 23
Setembro de 2022

EXAME Os 5 pecados da gestão de estoque de uma empresa. Arquivo eletrônico


disponível em: https://exame.com/pme/os-5-pecados-da-gestao-de-estoque-de-uma-
empresa/ Acesso em: 10 Setembro de 2022

MARQUES, W.L. Contabilidade Gerencial: A necessidade das


empresas. 3ª ed. Paraná: Clube de Autores ,2011
REDE JORNAL CONTÁBIL. INSS: O que fazer quando a empresa não realiza o
pagamento da Contribuição do funcionário. Arquivo eletrônico disponível
em: https://www.jornalcontabil.com.br/inss-o-que-fazer-quando-a-empresa-nao-realiza-
o-pagamento-da-contribuicao-do-funcionario/ Acesso em: 17 Setembro de 2022

LACOMBE, FRANCISCO; HEILBORN, GILBERTO, Administração. Princípios e


Tendencias 3ª ed. São Paulo Saraiva, 2015

LEONE, George S. Guerra. Custos Planejamento, implantação e controle. 3 ed. São


Paulo: Editora Atlas, 2008

BANKER, Rajiv D.; KAPLAN Robert S.; ATKINSON, Anthony;. YOUNG, S. Mark.
Contabilidade Gerencial. 1 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000

PEREIRA, Maria José Lara Bretas, FONSECA, João Gabriel Marques. Faces da Decisão:
Abordagem Sistêmica do Processo Decisório. LTC, 2009.

Você também pode gostar