impressao (6)
impressao (6)
impressao (6)
AULA 5
Olá! Bem-vindo(a) à mais uma aula de Expressão Oral. O foco dessa aula
é analisarmos a fala nas mais diferentes situações e nos mais diversos ambientes
profissionais. Vamos ver, por exemplo, diferenças entre as formas de se falar no
rádio, na televisão e em outros meios, como os diferentes formatos presentes
atualmente na internet. Além disso, vamos abordar também técnicas para
melhorar a performance ao falar em público, bem como analisar a importância de
dar espaço para o interlocutor também poder falar, exercitando a chamada escuta
ativa. Por fim, analisaremos como sincronizar a fala com imagens ou mesmo com
outros sons, para a produção de bons resultados profissionais.
Bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
2
ouvintes é praticar a chamada escuta ativa, ou seja, demonstrar interesse
enquanto o outro fala e incentivá-lo, com perguntas, a falar.
Pesquise
Sugerimos como início de atividade, a leitura do artigo O Jornalismo na
Era Digital: impactos percebidos por repórteres e editores, disponível no link:
< https://portalintercom.org.br/anais/sudeste2019/resumos/R68-0800-1.pdf.
Acesso em: 25 fev. 2021.
Nesta aula, você vai encontrar os seguintes temas:
3
1.1 A fala nos diferentes veículos de comunicação
Você já deve ter percebido que há diferenças nas maneiras de falar entre
profissionais de televisão, de rádio, de vídeos institucionais, blogs e outros
formatos. Mesmo que se note um traço comum, de oralidade e coloquialidade, há
diferenças sensíveis que fazem com que cada veículo tenha sua própria
identidade.
No rádio, por exemplo, o ritmo normalmente é mais dinâmico, ao mesmo
tempo em que os profissionais precisam falar muito mais do que nos veículos que
também transmitem imagens. Enquanto na televisão as falas são
complementadas por imagens, no rádio é preciso descrever com maior
detalhamento acontecimentos, circunstâncias e situações.
Mesmo em relação às características da oralidade e coloquialidade, no
rádio a tendência pela adoção de um linguajar simples e popular é ainda maior do
que nos outros veículos. O rádio é um veículo muito popular, ouvido por todas as
camadas da sociedade. Por isso, a fala do comunicador deve ser simples e
compreensível para o grande público.
Na televisão, consideram-se as imagens como informações importantes
para a contextualização. Por isso, não há necessidade de ser tão descritivo
quanto no rádio. O ideal é saber aproveitar ao máximo as informações visuais e
tornar a fala um complemento dessas informações. Da mesma forma que no rádio,
busca-se falar de forma simples e coloquial, embora no rádio essas características
sejam ainda mais perceptíveis. A televisão também é tida como um veículo de
grande massa, que atinge as mais diversas classes sociais, mas, na média, sua
linguagem não é tão popular quanto a do rádio.
O ritmo na televisão também é dinâmico e busca-se preencher todas as
pausas, sem deixar lapsos na programação. Entretanto, como algumas vezes
asimagens são as informações principais, nem tudo é preenchido com palavras,
como acontece no rádio. Em telenovelas, filmes exibidos na televisão e mesmo
em reportagens, é comum a utilização de cenas sem textos falados, preenchidos
com sons ambientes ou com músicas, como pequenos clipes, o que torna o ritmo
geral menos acelerado do que no rádio.
Na web, por sua vez, encontramos os mais diferentes formatos, desde
esquetes de áudio até vídeos institucionais, comerciais em vídeo e canais do
Youtube, por exemplo. Assim como no rádio e na televisão, os formatos
4
informativos disponibilizados na internet tendem a adotar linguagem simples e
compreensível, a não ser aqueles produtos feitos para mercados segmentados,
direcionados a públicos específicos. Estes por vezes adotam vocabulário técnico
e jargões típicos do público a que se destinam.
As produções que mais têm alcançado sucesso na web perante o público,
são exatamente os de comunicadores que falam de forma simples. Vídeos
caseiros, com edições simples, sem grandes efeitos tecnológicos, estão entre os
mais procurados. Nas redes sociais, os arquivos mais compartilhados são os
pequenos, com poucos segundos de duração. Vídeos com mais de três minutos
são considerados longos para as redes sociais.
Saiba mais
Como dica de uma melhor comunicação em diversos ambientes, sugerimos
assistir o material a seguir: <https://www.youtube.com/watch?v=H5L-CfmklKc>.
Acesso em: 25 fev. 2021.
5
forma como se fala no Brasil, em linguagem coloquial), abrangendo inclusive a
linguagem corporal. Tudo isso faz parte do código, que deve ser compartilhado
entre emissor e receptor. Isso quer dizer que devemos adaptar nossa linguagem
ao nosso público. Utilizar linguajar técnico ou pernóstico, por exemplo, pode nos
distanciar do público e fazer com que ele perca o interesse em prestar atenção no
que temos a dizer.
Ao falar em público, o orador deve estar o tempo todo atento a sinais que
a plateia emite, demonstrando seu grau de interesse e atenção. Olhares de
dúvida, por exemplo, podem sinalizar que as pessoas não estão compreendendo
completamente o que é abordado – e então o orador atento pode corrigir sua
comunicação, explicando de novo alguns tópicos, de forma mais didática.
Posturas de tédio podem demonstrar desinteresse, e o orador pode buscar
alternativas para tornar sua fala mais atraente. Olhares atentos e pequenos sinais
de aprovação (como fazer “sim” com a cabeça) demonstram interesse e podem
motivar ainda mais o orador. Ou seja, é preciso captar as mensagens sutis do
público que demonstram se as pessoas estão atentas e interessadas no conteúdo
abordado. Ter um planejamento sobre o que se pretende falar é importante para
que nada de importante seja esquecido. Mesmo as pessoas que preferem falar de
improviso podem ter mais segurança em suas apresentações se elaborarem um
breve roteiro do que pretendem falar. Nesses casos, não é necessário que o
roteiro seja um texto para ser lido pelo orador, mas pode ser apenas uma
sequência de tópicos importantes a fim de que o orador discorra sobre eles.
2.1 Conteúdo
Leitura obrigatória
Para que você se aprofunde nos estudos sobre a oralidade, propomos a
leitura do capítulo 7, do livro Comunicação e Expressão, da autora Cleide de Bacil
de León, disponível na biblioteca virtual.
7
sua audiência, o orador pode falar mais diretamente a ela.
Como a segmentação de mercado é uma realidade cada vez mais
perceptível, é imprescindível que o orador conheça bem o público com quem
pretende se comunicar. Utilizar uma linguagem jovem ao se dirigir a pessoas da
maturidade, por exemplo, pode provocar mal-entendidos e estranhamentos,
enquanto o contrário é capaz de gerar desinteresse por parte dos jovens.
Conhecer o vocabulário específico de um setor ou uma empresa, como siglas e
jargões, pode ajudar na aproximação com esse público, no caso de uma palestra
assim segmentada.
A segmentação ocorre com diferentes características, como idade, cultura,
classe social, minorias e outras. Para falar a um público específico, quanto mais
o orador conhecê-lo, mais propriedade terá ao se dirigir a ele.3.1 Saber ouvir
Mesmo em situações aparentemente sem interação, como uma aula,
palestra, discurso ou apresentações públicas, o comunicador deve se habituar a
perceber sinais enviados pela plateia para melhorar sua comunicação. Quando
não há como perceber esses sinais (em um programa de rádio, por exemplo, em
que o locutor não vê seu público), deve imaginar as reações do público, como
forma de buscar sempre a comunicação mais direta e simples, que não provoque
dúvidas em sua interpretação.
Nos casos de entrevistas e outras formas de comunicação interpessoal,
devemos desenvolver a habilidade de saber ouvir. Vivemos em uma sociedade
muito competitiva, em que as pessoas são impelidas a falar o tempo todo, como
forma de buscar destaque e reconhecimento. No entanto, no afã de falarmos para
atrair a atenção dos outros, esquecemo-nos de ouvir. Um exemplo ocorre nas
relações de compra e venda, em que, muitas vezes, os vendedores se preocupam
mais em falar do que ouvir e, assim, não se abrem para escutar as demandas dos
próprios clientes – e podem insistir em oferecer algo diferente do que o outro quer
comprar.
As pessoas costumam entrar em competições inconscientes quando estão
conversando. Se uma fala de um acidente de carro, a outra conta que já sofreu
acidentes mais espetaculares. Se uma fala sobre uma dor, a outra certamente dirá
que tem ou já teve dores piores.
Nos ambientes de trabalho, em geral isso é ainda mais perceptível. Se
alguém está ao computador ou ao celular, digitando, e outra pessoa chega
perguntando algo, comumente aquele que está ocupado nem dirige o olhar ao
8
interlocutor, além de responder apenas com um balbucio. O aconselhável, para
melhorar a comunicação pessoal, é procurar estar inteiro em cada ação que se
dispuser a fazer. Quando alguém lhe perguntar algo, portanto, largue
momentaneamente o celular ou o computador, volte-se por completo para a
pessoa, ouça e responda. A habilidade de saber ouvir deve ser exercitada.
Saiba mais
Para você conhecer um pouco mais sobre falar em público, dê uma olhada
no link a seguir: <https://www.napratica.org.br/como-se-apresentar-em-publico/>.
Acesso em: 25 fev. 2021.
9
que as imagens já estarão mostrando cor, modelo e detalhes do carro, o que não
precisa ser repetido nas palavras ditas. Texto e imagem devem ser
complementares. É necessário que a soma das informações visuais e das palavras
faladas componha o conteúdo que chega ao receptor. É como fazemos,
naturalmente, na fala presencial, complementando as palavras com a
interpretação de nossa linguagem corporal. É preciso, portanto, valorizar o
conteúdo visual, considerando-o como informação tão importante quanto as
palavras. Por vezes, a imagem, por si, traz a informação necessária. Em outras
vezes, é necessário destacar algum pormenor ou descrever algum detalhe.
A tecnologia também pode ser utilizada na valorização da imagem como
conteúdo. Efeitos como distorção de imagens, congelamentos, câmera lenta e
aceleração de cenas auxiliam na transmissão do conteúdo que se pretende passar
ao público. Tudo isso também deve ser bem entrosado com os efeitos sonoros,
como veremos a seguir. Elementos gráficos e destaques em textos são outros
recursos de produção de imagens que explicitam e valorizam as informações.
Saiba mais
Para aprofundar um pouco mais seus estudos sobre como entrosar texto a
imagens, sugerimos o link a seguir: < https://www.terra.com.br/economia/vida-de-
empresario/blog-the-speaker/como-falar-diante-das-cameras-conheca-as-
tecnicas-de-oratoria-para-gravacao-de-
video,57da72655d16fbb2230cd50a7d8a2db93ohjf5ud.html. Acesso em: 25 fev.
2021.
10
para valorizar o resultado final transmitido ao ouvinte. Vinhetas, sons em
background (também chamado de BG, é o som de fundo, com música ou som
ambiente), inserções sonoras no meio de uma fala e outras alternativas são comuns
nos programas de rádio.
5.2 O comunicador
11
5.3 A sonoplastia no cinema e na TV
Curiosidade
Como a edição de sons é um tema que normalmente desperta a
curiosidade de todos, indicamos aqui dois links interessantes sobre a trilha para
cinema e também sobre os efeitos sonoros, curta aí:
<https://www.youtube.com/watch?v=FvDj6axO1dk> e
< https://www.youtube.com/watch?v=6nVtRBY7fz8>. Acesso em: 25 fev.
2021.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
12
FINALIZANDO
13
REFERÊNCIAS
<https://prezi.com/_zmacragmnak/diferencas-de-impacto-entre-a-radio-e-a-
televisao/>. Acesso em: 25 fev. 2021.
14