ECONOMIA E COMÉRCIO INTERNACIONAL

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ECONOMIA E COMÉRCIO

INTERNACIONAL
Índice
AS TESES DO LIVRE CAMBISMO ......................................................................................................... 2
TESES PROTECCIONISTAS ................................................................................................................... 3
Tipos de Proteccionismos ............................................................................................................... 4
OS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA COMERCIAL DOS ESTADOS ......................................................... 5
Formas de aplicação dos direitos aduaneiros ............................................................................... 5
Justificação de aplicação dos direitos aduaneiros......................................................................... 5
Tipos de Direitos Aduaneiros ............................................................................................................. 6
Os Efeitos dos Direitos Aduaneiros .................................................................................................... 6
As Pautas Aduaneiras ......................................................................................................................... 7
Os Contingentes Pautais..................................................................................................................... 8
As Subvenções .................................................................................................................................... 8
Formas De Concessão De Subvenções ............................................................................................... 9
Dumping.............................................................................................................................................. 9
Os Novos Tipos de Dumping .............................................................................................................. 9
A Política de Substituição das Importações..................................................................................... 11
Balanças de Pagamentos .................................................................................................................. 12
O Mercado de Câmbios .................................................................................................................... 13
O Investimento Internacional .......................................................................................................... 15
Tipos de Financiamentos .............................................................................................................. 15
Vantagens e desvantagens do investimento ............................................................................... 16
Formas de Investimento Internacional ........................................................................................ 16
Economia e Comércio Internacional

AS TESES DO LIVRE CAMBISMO


A doutrina livre cambista tem por base a autorregulação dos mercados, partindo do
pressuposto que a divisão internacional do trabalho provocaria o aumento da produção
permitindo aos consumidores procurarem os bens com menor custo, esta doutrina foi
implementada no decorrer do século XVIII e os seus defensores defendiam que os Estados
deveriam se especializar em conformidade com as suas dotações e factores, assim, cada
país procuraria produzir bens para os quais estava melhor apetrechado e daí permutava-os
para o benefício de todos os Estados participantes do comércio internacional. Isto significa
que utilizando estes recursos, o país poderia produzir bens que substituísse as importações
em parte ou na totalidade, em suma o que estes autores nos dizem é que se esses recursos
forem bem empregues, ou seja em produções com a enorme eficácia económica e
destinada à exportação do rendimento nacional aumentaria e propiciaria a aquisição de
importação estrangeiras com custos mais favoráveis, levando assim o equilíbrio da balança
comercial dos Estados.

Existem vários argumentos a favor do livre cambismo entre os quais destacamos os de


Mauricie Bié (1965) e de Raymond Barre (1997). Para esses dois autores o livre cambismo
propicia o bem-estar colectivo através da proporcionalidade dos factores ou seja em função
da especialização pela via dos factores e das trocas internacionais, com base no princípio
da vantagem comparada, essa especialização consegue cambiar o efeito poupança e criar
condições mais propícias para o investimento, por outro lado, o livre cambismo está na base
da concorrência e por isso provoca inovação entre os produtos mundiais, por último o livre
cambismo permite o desenvolvimento de produção em massa, gerando economia de escala
que beneficia sobretudo os consumidores.

Neste conjunto de argumentos encontramos uma linha de argumentação claramente


contrária ao proteccionismo, nomeadamente:

1- A protecção acaba com o espírito de concorrência, pois esta fomenta um conjunto


de privilégios;
2- A protecção prejudica o consumidor, pois, naturalmente provoca uma subida de
preços e a qualidade dos produtos tende a diminuir;
3- A protecção prejudica a interdependência económica mundial.

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TESES PROTECCIONISTAS
As teses proteccionistas surgiram entre os séculos XVII e XVIII e tiveram como um dos
principais autores o norte-americano Alexander Hamilton que foi um dos pais fundadores
dos EUA e o 1º Secretário do Tesouro deste país. Todavia, foi o alemão Friederich List que
mais estudou a temática do proteccionismo. Em 1837 LIST publicou o seu livro “O Sistema
Nacional de Economia Política” onde introduz duas novas ideias sobre a Escola
Proteccionista, designadamente:
1- O fim da política comercial não deve ser apenas o enriquecimento da Nação, mas
sim o de criar indústrias que propiciem o desenvolvimento da Nação;
2- As indústrias e as empresas têm o poder de criar riquezas e tal poder é mais
importante que a própria riqueza.
O proteccionismo elaborado por LIST possui traços importantes, tais como:
1- O proteccionismo é justificável quando tem por finalidade a educação industrial da
Nação.
2- O proteccionismo só é legítimo, mesmo fora as indústrias nascentes enquanto elas
não tiverem suficientemente desenvolvidas, ou seja, com mão de obra pouco
qualificada, hábitos a adquiridos pelos consumidores e ausência de economias de
escala.
3- A protecção nunca deve estender-se à agricultura, porque para LIST existe entre os
Estados uma divisão natural e vantajosa das suas culturas e que medidas
protecionistas só iriam perturbar tal divisão.
Para os defensores do proteccionismo, o mesmo é justificável ou aceitável quando tem por
base os seguintes objectivos:
1- Manutenção do emprego e do rendimento Nacional, pois, uma enorme invasão de
produtos estrangeiros nos mercados internos dos Estados diminuiria os empregos e
consequentemente os rendimentos dos cidadãos nacionais. Por exemplo os
objectivos fundamentais da política de substituição das importações do Governo
angolano são a arrecadação de receitas, autossuficiência do Estado e o aumento do
emprego no país.
2- Para protecção das indústrias nascentes, a criação de indústrias com forte
tecnologia exige o apoio dos Estados, estes apoios podem ser através de subvenções
participação de capital, isenções fiscais, etc. Por exemplo este foi o argumento
usado pelo governo angolano durante muitos anos para não aderir a zona de
comércio livre da SADC.
3- Por questões relativas à autonomia nacional, isto é tornar o Estado o mais
autossuficiente possível, menos dependente do exterior porque em caso de guerra
teria menos problemas.

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Economia e Comércio Internacional

4- Para aumento das receitas públicas, esta justificação ocorre com maior frequência
nos países em vias de desenvolvimento porque estes Estados são muito
dependentes destas receitas para financiar os seus orçamentos.

Tipos de Proteccionismos
Segundo a doutrina os principais tipos de protecionismos são:
1- O Proteccionismo Ofensivo, este tem como objectivo o crescimento económico
assente em grandes unidades económicas de protecção, normalmente na produção
de bens duradouros. Por exemplo a indústria automóvel, de maquinaria pesada ou
de construção civil.
2- O Proteccionismo Defensivo, este destina-se a garantir a observância de indústrias
competitivas e de valor estratégico para o Estado, por conseguinte tem
normalmente uma justificação social. Por exemplo a indústria mineira ou petrolífera
em Angola.
3- O Proteccionismo Orçamental, este é elaborado fundamentalmente pelos países
em vias de desenvolvimento, utilizando elevados direitos aduaneiros ou outro tipo
de impostos como forma de financiamento do seu Orçamento do Estado.
4- Proteccionismo para Aproveitamento de Recursos, este tem como objectivo
incentivar a produção de determinados recursos naturais utilizando direitos
aduaneiros e técnicas de incentivo à exportação.

Caixa de Perguntas
Livre Cambismo vs. Protecionismo: Quais são os principais benefícios e desvantagens do livre
cambismo em comparação com o protecionismo para economias emergentes?

Benefícios do livre cambismo: estimula a eficiência econômica, inovação e crescimento ao


promover a competição internacional e a alocação eficiente de recursos baseados em vantagens
comparativas.
Desvantagens do livre cambismo: pode prejudicar indústrias nascentes e levar à dependência
excessiva de importações, afetando a segurança econômica.
Benefícios do protecionismo: protege indústrias emergentes, preserva empregos locais e pode
reduzir a dependência de produtos estrangeiros.
Desvantagens do protecionismo: pode resultar em preços mais altos para os consumidores,
ineficiências econômicas e retaliação comercial por outros países.

Especialização e Vantagem Comparativa: Como os países podem identificar suas vantagens


comparativas e especializar-se em setores que maximizem seus benefícios económicos?

Os países podem identificar suas vantagens comparativas analisando recursos naturais, níveis de
educação, infraestrutura e capacidade tecnológica. Políticas de investimento em setores
estratégicos e educação também são cruciais para desenvolver essas vantagens.

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OS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA COMERCIAL DOS ESTADOS


Os direitos aduaneiros são o principal e mais importante instrumento da política comercial
dos Estados. Direitos Aduaneiros são impostos estabelecidos pelos Estados e que vêm
consignados em pautas aduaneiras, que se refletem sobre as mercadorias que circulam pela
fronteira de certa área delimitada por princípios técnico-jurídicos, denominada por
território aduaneiro. Por exemplo os Portos e Aeroportos.

Formas de aplicação dos direitos aduaneiros


Desse modo, podem ser aplicados direitos aduaneiros sobre as mercadorias a importar (os
direitos aduaneiros de importação), sobre as mercadorias a exportar (direitos aduaneiros
de exportação) e sobre as mercadorias que transitam pelo território aduaneiro, isto é que
têm como destino final o território de Estados terceiros (direitos aduaneiros de trânsito).
Em relação aos direitos de trânsito importa sublinhar que estes são geralmente aplicados a
mercadorias de países insulares ou de países encravados, como são os casos da Suíça e da
Áustria na Europa ou da Zâmbia aqui na região da África Austral.

Justificação de aplicação dos direitos aduaneiros


Por outro lado, parece-nos fácil justificar a necessidade que os Estados têm em aplicar
direitos aduaneiros à importação, nomeadamente de natureza económica, pois estes
tendem a aumentar receitas fiscais dos Estados e são um incentivo às indústrias nacionais
dos mesmos, já em relação aos direitos de trânsito a sua única justificação é de natureza
económica, pois visa o aumento das receitas públicas, já que estes produtos não serão
consumidos internamente.
Todavia, alguns Estados aplicam direitos aduaneiros à exportação, sendo que do ponto de
vista da racionalidade económica tal não faz muito sentido porque a generalidade dos
países procura contrariamente subvencionar a exportação das suas mercadorias, porém em
determinadas situações existem justificações para que tal ocorra, designadamente:
1- Para aumento das receitas públicas;
2- Por forma a controlar os preços e os mercados;
3- Por razões relativas à segurança nacional do Estado.
Em relação à segunda justificação temos de perceber que existem produtos que dada a sua
importância e escassez não devem sair do território com enorme facilidade, assim aplicar
direitos aduaneiros elevados a estes produtos é uma forma de se obstruir a sua exportação
e é totalmente legal.
Por outro lado, em relação à terceira justificação a questão é ainda mais sensível porque
prende-se com a segurança do Estado, assim produtos como o urânio enriquecido,
determinados softwares informáticos ou armas sofisticadas devem estar sujeitos a elevados
direitos aduaneiros de exportação.

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Tipos de Direitos Aduaneiros


Existem várias classificações segundo diversos autores sobre os tipos de direitos
aduaneiros, todavia a mais consensual diz-nos que existem tradicionalmente 4 tipos de
direitos aduaneiros, nomeadamente os direitos aduaneiros específicos, os direitos Ad-
Valorem, os direitos mistos e por último os direitos variáveis.
Os DIREITOS ESPECÍFICOS são aqueles onde se cobram uma determinada quantia que vai
incidir sobre a unidade física da mercadoria, esta unidade pode ser desde o seu peso,
comprimento, largura, etc.
Já os DIREITOS AD-VALOREM são aqueles em que os Estados cobram uma determinada
percentagem sobre o valor dos produtos, o valor intermédio destes produtos é achado
tendo por base as regras dos acordos da OMC.
Já em relação aos DIREITOS MISTOS o Estado faz uma cobrança simultânea dos dois
primeiros direitos aduaneiros.
Por último, os DIREITOS ADUANEIROS VARIÁVEIS são aqueles que cuja taxa varia em
função do preço da mercadoria importada ou exportada, estes direitos são também por isso
conhecidos como direitos niveladores, pois aproximam os preços dos produtos ao preço do
mercado interno.
De uma forma geral todos os direitos acima citados têm aspectos positivos e negativos, os
direitos específicos dada a sua facilidade de determinação são menos propensos a fraude,
já os Ad-Valorem têm como principal vantagem acompanharem o fenómeno da inflação,
mas tornam-se mais complexos pois a sua determinação deve sempre obedecer a critérios
rigorosos como o tempo, o local, os custos de transporte, a variação de preços, etc.
Portanto, os Estados devem optar por aqueles que face a sua situação económica em
determinado momento melhor correspondem aos seus objectivos, sem prejuízo de uma
eventual alteração futura.

Os Efeitos dos Direitos Aduaneiros


Analisar os efeitos dos direitos aduaneiros enquanto principal instrumento da política
comercial dos Estados remete-nos para um aspecto importante da política económica dos
Estados, pois em nossa opinião os direitos aduaneiros em particular, mas todos os
instrumentos de uma maneira geral têm como objectivo eliminar as distorções entre as
vantagens e os custos empresariais e sociais.
Deste modo, os efeitos dos direitos aduaneiros são:
1- Sobre o consumo, pois tende a baixar o consumo do bem porque o mesmo fica mais
caro e desse modo menos pessoas compram-no;

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Economia e Comércio Internacional

2- Sobre a produção, pois neste caso os direitos aduaneiros propiciam um aumento da


produção nacional, pois a procura do bem nacional tende a aumentar por forma a
colmatar a lacuna do bem importado;
3- Sobre as receitas públicas, tal como já vimos atrás os direitos aduaneiros aumentam
as receitas dos Estados, sendo este um dos seus principais objetivos;
4- Sobre o emprego, este efeito tem ligação direta com o segundo efeito, porque se
aumenta a produção nacional proporcionalmente deverá aumentar o emprego
nestes países, por forma a cobrir a procura interna do bem.

As Pautas Aduaneiras
Tal como vimos quando falamos sobre o conceito de direitos aduaneiros, estes são
aplicados ou vêm consignados em pautas aduaneiras, pautas aduaneiras são relações de
mercadorias feitas com base numa hierarquia dos produtos tributários, onde vem expressa
a indicação das respetivas taxas tributáveis.
Existem tradicionalmente 3 tipos de sistemas pautais, nomeadamente:
1- O sistema de pauta única, também conhecido como o sistema de maior autonomia
aduaneira, este caracteriza-se por aplicar a mesma pauta a todas as mercadorias,
independentemente do país de origem ou procedência. Este é o sistema mais
simples que existe porque dá a possibilidade aos Estados de aumentarem ou
diminuírem os direitos sempre que o acharem necessário, daí a maior
independência nacional do Estado, o sistema de pauta única é uma consequência da
doutrina do livre cambismo1.
2- O sistema da pauta geral e pautas convencionais, este sistema aplica uma pauta
geral a todas as mercadorias originárias de países com os quais não há nenhum
acordo de comércio, por outro lado aplica uma pauta convencional às mercadorias
originárias de países com os quais existem acordos de comércio, porém por estas
resultarem de acordos ou tratados entre as partes a sua alteração fica sempre
sujeita ao consenso entre as partes contratantes, ao contrário do que ocorre no
sistema da pauta geral, convém sublinhar que quando mal aplicadas às pautas
convencionais podem resultar em sacrifícios ou perdas incomensuráveis para as
indústrias nacionais dos Estados, em nome do princípio da reciprocidade de
tratamento.
3- Sistema de pautas duplas, este sistema tem a característica de contemplar duas
pautas, uma pauta que é aplicada de maneira genérica a todos os países
denominada por pauta máxima, justamente por conter direitos aduaneiros mais
elevados, e uma segunda pauta aplicada a um grupo restrito de países denominada
por pauta mínima, por conter direitos aduaneiros mais baixos e que resultam
igualmente de acordos entre os Estados, todavia o Estado concedente pode

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Doutrina que promove o livre comércio entre os países, sem tarifas ou barreiras comerciais

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modificar a pauta sempre que quiser e bem entender, ao contrário da pauta


convencional sendo esta a sua principal vantagem, porque ambas as pautas, máxima
e mínima podem ser alteradas a qualquer momento pelo Estado, o que lhe atribui
maior autonomia.

Os Contingentes Pautais
Contingente é a política que determina a fixação de quantidades ou valores máximos que
se podem importar ou exportar de um certo produto em um determinado período, os
chamados contingentes de importação ou de exportação.
Se por um lado percebe-se porque é que alguns Estados aplicam contingentes à importação,
nomeadamente no sentido de reduzirem a dependência externa e de fundamentarem a
protecção das indústrias nacionais, por outro lado os contingentes à exportação quando
bem aplicados visam essencialmente evitar que matérias-primas tão escassas saiam do país
e evitar a descida vertiginosa dos preços dos produtos no mercado Internacional. Por
exemplo contingente de exportação é o que o cartel da OPEP faz em relação ao petróleo,
estabelecendo limites de produção aos países membros.
Importa frisar que cabe ao organismo de tutela do Estado determinar o valor do
contingente global ou seja, a quantidade Máxima que se deverá importar naquele período,
bem como, será repartida esta quantidade pelos diversos países fornecedores da respetiva
mercadoria geralmente denominada por quota, por último deve existir algum rigor e
supervisão no modo de distribuição de mercadoria sujeitas a contingentes aos
importadores e comerciantes nacionais, pois, caso não aconteça poderá advir daí alguma
especulação e aproveitamento, que em último caso será prejudicial ao consumidor.

As Subvenções
Têm como objetivo fornecer benefícios aos produtores e exportadores nacionais em
detrimento de produções estrangeiras, esta política comercial pode ser adotada por um
Estado quando determinada produção sectorial (de petróleo, café, algodão) esteja
ameaçada pela concorrência externa obrigando ao Estado a conceder um subsídio àquela
unidade de produção nacional para a sua sobrevivência, as subvenções são ajudas de custo
não são ajudas de cariz protecionista que de uma maneira geral são proibidas pelas grandes
convenções internacionais, nomeadamente e inicialmente pelo GATT e depois pela OMC.
Podemos enumerar duas razões para recurso a uma política de subvenção por parte de
um Estado, a primeira tem que ver com o apoio das indústrias transformadoras com
respaldo semelhante aos aumentos da protecção das indústrias já a segunda tem que ver
com incentivo às indústrias para que estas possam conquistar mercados mais
competitivos e alargados.

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Formas De Concessão De Subvenções


Os Estados geralmente concedem as subvenções da seguinte forma:
1- Fornecer critérios às empresas com dimensão exportadora com taxas de juros
altamente bonificadas, ou seja, muito baixas e de retorno a longo prazo. Por
exemplo a PRODESI.
2- Permitir deduções fiscais a essas empresas, isto é, o Estado selecciona um conjunto
de empresas que deixa de pagar ou pagam um custo mais baixo.
3- Fornecer às empresas seguros de crédito à exportação, isto é o Estado passa a
financiar esses seguros atribuindo maior confiança e menos riscos à operação.
4- Apoio do Estado em relação ao marketing e publicidade destas empresas, ou seja,
o Estado cria um conjunto de organismos que apoiam determinadas empresas em
publicidade e marketing promovendo a imagem destas empresas no exterior do
país. Por exemplo a AIPEX.

Dumping
O dumping é uma forma de discriminação dos preços, ou seja, é uma situação em que os
operadores nacionais vendem no mercado externo os seus produtos há um preço mais
baixo do que aquele que esses mesmos produtos são vendidos no seu próprio país. Esta
prática começou a ganhar relevo no decorrer do século XIX quando determinados Estados
passaram a conceder às suas indústrias, prémios de exportação.
A prática de dumping constituiu uma questão altamente controversa no âmbito das
organizações internacionais e do comércio Internacional e tem como objetivo fundamental
a conquista de quotas de mercado, isto é, vender a maior quantidade possível de produtos
do que os seus concorrentes, o dumping só é aplicável em duas ocasiões, a primeira prende-
se com a existência de monopólio, ou seja esta empresa tem de inserir-se num mercado de
concorrência imperfeita, onde lhe é permitida uma política de fixação de preços, a segunda
ocasião prende-se com a consolidação dos mercados nacionais, pois estes não podem
permitir que os residentes nacionais tenham acesso aos bens destinados à exportação.

Os Novos Tipos de Dumping


Podemos enumerar como novos tipos de dumping os seguintes:
1- O dumping ambiental ou ecológico, esta deriva do não cumprimento de
determinadas regras obrigatórias relativas ao ambiente, nomeadamente na
construção de grandes centros comerciais, polos industriais ou habitacionais que
geralmente geram um elevado teor da poluição.

2- O dumping social, este está ligado à proteção social que as empresas devem ter em
relação aos seus colaboradores, assim quando as empresas não respeitam o período

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Economia e Comércio Internacional

de férias, os finais de semana ou feriados, não atribuem seguros de saúde ou não


pagam o 13º aos seus colaboradores estão a praticar dumping social.

3- O dumping cambial, este tem como objetivo a desvalorização competitiva da sua


moeda por forma a tornar os seus produtos mais baratos, tendo como objetivo
vender a maior quantidade possível dos seus produtos.
Caixa de Perguntas

Efeitos dos Direitos Aduaneiros: De que maneira a aplicação de diferentes tipos de direitos
aduaneiros pode influenciar a competitividade das indústrias nacionais?

Direitos específicos: aumentam a previsibilidade de receitas, mas podem ser injustos com produtos
de baixo valor.
Ad-valorem: adaptam-se às variações de preços, mas são mais complexos de administrar.
Mistos e variáveis: combinam características dos dois anteriores, oferecendo flexibilidade, mas
também complexidade administrativa.
Em geral, os direitos aduaneiros podem proteger indústrias locais, mas também podem aumentar
os custos para consumidores e reduzir a competitividade internacional.
Impacto dos Contingentes Pautais: Como os contingentes pautais podem ser usados
estrategicamente para equilibrar a balança comercial de um país?
Contingentes pautais limitam a quantidade de produtos importados/exportados, ajudando a
proteger indústrias locais e a manter a estabilidade dos preços no mercado interno. Eles também
podem ser usados para equilibrar a balança comercial e promover a autossuficiência em setores
estratégicos.
Subvenções Estatais: Quais são os riscos e benefícios de conceder subvenções às indústrias nacionais
para enfrentar a concorrência externa?

Benefícios: ajudam indústrias a competir internacionalmente, preservam empregos e estimulam a


inovação.
Riscos: podem distorcer o mercado, criar dependência de apoio estatal e gerar disputas comerciais
internacionais.
Dumping: Quais são as melhores estratégias para um país se proteger contra práticas de dumping
que possam prejudicar suas indústrias locais?
Para se proteger contra o dumping, os países podem aplicar medidas antidumping, que envolvem
investigar e, se necessário, impor tarifas sobre produtos vendidos a preços injustamente baixos. A
cooperação internacional e a adesão a regras comerciais da OMC também são importantes.

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Economia e Comércio Internacional

A Política de Substituição das Importações


Esta política teve início nos países em vias de desenvolvimento imediatamente a seguir ao
final da Segunda Guerra Mundial estava ligada na altura há uma certa ideia de
industrialização a qualquer preço, a implementação desta política tinha como argumento a
defesa das indústrias nascentes com uma dose elevada de protecionismo, daí que
determinados países em vias de desenvolvimento aumentaram os direitos aduaneiros,
estabeleceram restrições quantitativas, entre outras medidas de cariz proteccionista.
A aplicação de protecionismo tendo como argumento a proteção das indústrias nascentes
só é útil ou benéfica quando tem por base 3 aspectos fundamentais nomeadamente:
1- O Estado deve acumular mão-de-obra especializada e capital suficiente para
obtenção de uma vantagem comparativa potencial.

2- Esta protecção deve propiciar a industria nascente competitividade suficiente por


forma a conquistar mercados externos.

3- A interdependência estatal deve ir ao encontro de falhas de mercado, por forma a


preencher as lacunas existentes.
A política de substituição das importações dos países em vias de desenvolvimento assenta
em 3 grandes objectivos, nomeadamente:
1- A diminuição do desemprego;
2- A redução da dependência externa;
3- Ultrapassar a produção primária, porque nos países em vias de desenvolvimento
existe uma enorme estrutura primária que absorve elevadas percentagens das
populações, que trabalha fundamentalmente no campo e no setor agrícola, assim a
política de substituição das importações visa inverter este quadro, diversificando a
mão de obra especializada.
Importa realçar que alguns dos países que aplicaram esta política não tiveram nenhum
avanço em relação aos países desenvolvidos, outros conseguiram no, sobretudo
determinados países da América Latina e da Ásia, por isso parece-nos avisado destacar que
os resultados dependeram da formação profissional e qualificação dos trabalhadores por
um lado, e da organização social e das técnicas de gestão das empresas por outro.
Em soma, uma política de substituição das importações tem as seguintes limitações:
1- Morosidade na industrialização, pois são políticas de médio e longo prazos, que
dependem muito da dimensão dos mercados e da elasticidade na oferta;
2- O não rompimento total com a dependência externa, porque ela sempre existirá,
pois os países desenvolvidos são os detentores das patentes, tecnologia de ponta e
know-how;

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Economia e Comércio Internacional

3- Uma eventual instabilidade social, que pode ser provocada por uma contração por
falta de divisas levando ao subir aproveitamento dos equipamentos e em última
análise ao desemprego de muitas pessoas;

4- Quando mal aplicada esta política pode gerar um efeito desigual na repartição dos
rendimentos, principalmente em termos geográficos, por isso deve existir uma
correta divisão do trabalho e uma distribuição equitativa, segundo o princípio da
proporcionalidade geográfica em todo o território nacional.
Caixa de Perguntas
Política de Substituição das Importações: Quais são os principais desafios enfrentados por países que
implementam a política de substituição das importações para desenvolver suas indústrias?
Desafios incluem a necessidade de investimentos significativos em infraestrutura e educação, a
criação de um ambiente de negócios favorável e a superação de possíveis ineficiências como a
falta de competitividade das indústrias nascentes.

A implementação de uma política de substituição das importações tem justificações carregadas de


uma dose elevada de proteccionismo que só é útil a sua aplicação quando tem por base quais
aspectos fundamentais?
A acumulação de mão de obra especializada por parte dos Estados, assim como de capital
suficiente para a obtenção de uma potencial vantagem comparativa, propiciar às indústrias
nascentes competitividade suficiente que possibilite a conquista de mercados externos, e quando
a interdependência estatal vai ao encontro de falhas de mercado, por forma a preencher lacunas
existentes.

Quais são os objectivos da política de substituição das importações?


A diminuição do desemprego, redução da dependência externa e ultrapassar a produção primária

Que limitações tem a política de substituição das importações?


Morosidade na industrialização, o não rompimento total da dependência externa, uma eventual
instabilidade social e a repartição desigual dos rendimentos

Balanças de Pagamentos
A Balança de Pagamentos é um documento contabilístico que regista de forma sistemática
os fluxos de activos reais financeiros e monetários, realizados no decurso de um certo
período, normalmente um ano entre os residentes e os não residentes de um país. Dentro
deste conceito podemos enquadrar os termos transações económicas que pode ser
celebradas entre um residente e um não residente de um país (por exemplo as remessas
dos emigrantes), e o termo activo que pode englobar movimentos de capitais, saldos
financeiros externos e bens duradouros adquiridos noutros países.

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Economia e Comércio Internacional

Para obtermos o valor oficial da balança de pagamentos de um Estado é necessário somar


o valor de outras seis (6) balanças, nomeadamente:
1- A Balança Comercial, esta regista a diferença entre as importações e exportações
de um Estado num certo período;
2- Balança de Serviços, esta regista a diferença entre certos serviços prestados ao
estrangeiro e os serviços recebidos no país, dentro dela encontramos por exemplo
os fretes marítimos ou os seguros;
3- Balanças de Transferências Unilaterais, nesta balança encontramos as remessas
dos emigrantes, os rendimentos do turismo e os fundos da ajuda pública para o
desenvolvimento. O somatório destas 3 primeiras balanças (Comercial, de Serviços
e de Transferências Unilaterais) determina o valor real da Balança de Transações
Correntes.
4- Balanças de Movimentos de Capitais a médio e longo prazos, nesta balança
encontramos os empréstimos e financiamentos, as amortizações e o somatório
destas 4 primeiras balanças determina o valor oficial da Balança Básica;
5- A Balança de Movimento de Capitais de Curto Prazo não Bancários, nesta
encontramos os créditos de fornecedores e os empréstimos de curto prazo;
6- A Balança de Movimento de Capitais de Curto Prazo Bancários, nesta encontramos
as operações com o FMI e as reservas em ouro dos Estados. Assim, o somatório
destas 6 balanças dá origem ao valor oficial das Balanças de Pagamentos dos
Estados.

O Mercado de Câmbios
O mercado cambial é o local onde se efectuam operações de compra e venda de moeda
estrangeira, a taxa de câmbio é o preço de uma moeda expresso noutra moeda, ou seja, a
relação de valor entre moedas.
Essas taxas são normalmente fixadas pelos mercados de câmbios tendo em conta a procura
pela moeda e a confiança que se deposita na mesma, as taxas de câmbio surgiram para
regular os pagamentos ou as transferências entre residentes de diferentes países.
Os mercados de câmbio têm as seguintes características:
1- São mercados contínuos, ou seja, nunca estão fechados, estão sistematicamente a
funcionar, pois fecha o mercado de Tóquio e reabre o mercado do Reino Unido ou
dos EUA (fuso horário);
2- São mercados altamente sensíveis, porque eles variam em função dos indicadores
económicos, tais como determinados acontecimentos políticos e sociais em alguns
países, bem como a publicação de indicadores económicos ou previsões das
Organizações Internacionais;

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Economia e Comércio Internacional

3- São mercados altamente voláteis, ou seja, os preços podem variar com frequência,
muito por culpa de alguns dos aspectos supracitados (Continuidade, Sensibilidade e
Volatibilidade);
Os principais actores dos mercados de câmbio são as Sociedades Comerciais, os Bancos
Comerciais, as Instituições Financeiras não Bancárias e por último os Bancos Centrais dos
Estados.
As Sociedades Comerciais (empresas), em função da sua necessidade de operarem em
mercados estrangeiros, por meio das importações e exportações necessitam naturalmente
de divisas.
Os Bancos Comerciais, estes são provavelmente o elemento mais importante do mercado,
pois geralmente passam por eles as transações económicas internacionais que se reflectem
em créditos e débitos tanto pelas empresas como pelas pessoas singulares.
As instituições financeiras não bancárias, que passaram a ter uma importância muito maior
a partir da década de 80 do século XX, nomeadamente o FMI e o Banco Mundial.
Os Bancos Centrais dos Estados, fundamentalmente através da compra e venda das
reservas líquidas internacionais.
Por último importa sublinhar que as moedas têm 3 funções essenciais, a primeira é a de
intermediária de trocas, ou seja, meio de troca, a segunda é a de medida de valor, isto é,
indica o valor das coisas, e por último é a de reserva de valor, que tem que ver com a
confiança que se deposita na moeda.

Caixa de Perguntas
Como é que se determina o valor da Balança de Transações Correntes?
Como é que se determina o valor oficial da Balança Básica?
Diga como se determina o valor da Balança de Pagamento dos Estados?

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Economia e Comércio Internacional

O Investimento Internacional
Esta área insere-se no capítulo dos movimentos internacionais de capitais e é sem margem
de dúvidas uma das áreas mais importantes da Economia Internacional. O Investimento
Internacional tem 3 funções principais, nomeadamente:
1- Financiar o crescimento económico dos Estados;
2- Estabilizar os ciclos económicos internacionais;
3- Promover o equilíbrio das contas e atenuar o desequilíbrio da balança de pagamento
dos Estados.
Desse modo podemos definir como investimento directo no estrangeiro (IDE) todos
aqueles que são efectuados com o fim de adquirir um interesse duradouro numa empresa
que exerça as suas actividades no território de uma economia diferente da do investidor,
com o objectivo deste ter um poder de decisão efectivo na gestão da empresa (conceito do
FMI).
As principais motivações que estão na base de um investimento internacional são:
1- Factores económicos e financeiros, pois o investidor terá acesso a matérias primas
mais baratas, bem como mão de obra mais barata, por outro lado a procura da
diversificação do investimento diminuindo assim o risco global de rentabilidade do
investidor.

2- Os factores estratégicos, por razão de sobrevivência do investidor, pela criação de


economias de escala que deu origem à deslocalização industrial, mas também por
redução dos custos de distribuição e de transporte, ou por forma a conquistar novos
mercados futuramente muito competitivos, através de incentivos locais que podem
passar por oferta de infraestruturas e de subvenções directas.

Tipos de Financiamentos
Os tipos de Investimento Internacional podem ser classificados tendo por base 2 critérios,
o primeiro é o critério da qualidade do investimento, neste critério encontramos o
investimento privado que é aquele que é feito por uma entidade privada, normalmente
uma empresa, encontramos o investimento público que é aquele que é feito por um Estado
ou por uma Organização Internacional, e por último encontramos o investimento misto
que é uma combinação dos dois primeiros (por exemplo as parcerias público privadas
“PPP”).
O segundo critério é o da duração do investimento, neste critério encontramos o
investimento de curto prazo que é aquele que vai até 1 ano, o investimento de médio prazo
que é aquele que varia entre 1 a 5 anos e por último, o investimento de longo prazo que é
aquele que tem uma duração superior a 5 anos.

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Economia e Comércio Internacional

Vantagens e desvantagens do investimento


As vantagens do investimento directo no estrangeiro (IDE) para o país que acolhe (recebe)
o investimento
1- Cria emprego (a criação de emprego), quando bem aplicado pode até gerar emprego
qualificado, aumentando a formação profissional dos seus colaboradores;

2- Permite o acesso a tecnologias de ponta a este país;

3- Tem efeito positivo na balança de pagamentos do país e aumenta o know-how;

4- Aumenta a concorrência e a competitividade no país acabando, portanto, com os


monopólios instalados, o que geralmente leva à diminuição dos preços de certos
produtos e aumenta a qualidade dos mesmos

As desvantagens do investimento directo no estrangeiro (IDE) para o país que recebe o


investimento
1- Estas empresas que fazem o investimento procuram sempre influenciar o poder
político dos Estados;

2- Quando o investimento não dá certo pode provocar instabilidade ou crise social,


principalmente com o fecho das empresas e o consequente desemprego de muitas
pessoas;

3- O país pode ficar muito dependente de um investimento ou investidor e isso pode


causar danos enormes.

Formas de Investimento Internacional


As 10 formas de investimento internacional são:
1- As Join-Venture;
2- As fusões ou aquisições;
3- Os acordos de licença;
4- O Franshising;
5- O Contrato de Gestão;
6- O Contrato Chave na Mão;
7- O Contrato Produto na Mão;
8- O Contrato de Partilha de Produção;
9- O Contrato de Serviço de Risco;
10- A Subcontratação Internacional.

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Economia e Comércio Internacional

1- Joint Venture:

É uma parceria empresarial onde duas ou mais empresas se unem para formar uma nova entidade
empresarial com o objetivo de realizar um projeto específico ou explorar um novo mercado.
Exemplo: Duas empresas de diferentes países se unem para desenvolver um novo produto
tecnológico que será comercializado globalmente.

2- Fusões ou Aquisições:

A fusão ocorre quando duas empresas se combinam para formar uma nova empresa. A aquisição
ocorre quando uma empresa compra outra. Exemplo: Uma empresa multinacional adquire uma
empresa local para expandir suas operações em um novo mercado.

3- Acordos de Licença:

Um acordo onde uma empresa (licenciador) concede a outra (licenciado) o direito de usar sua
propriedade intelectual, como patentes, marcas ou tecnologia. Exemplo: Uma empresa de software
licencia seu programa para uma empresa estrangeira, permitindo que esta última comercialize o
software em seu mercado local.

4- Franchising:

Um modelo de negócios onde uma empresa (franqueadora) permite que outra (franqueada) use
sua marca, produtos e modelo de negócios. Exemplo: Uma cadeia de fast food americana concede
franquias a empresários em diversos países, permitindo a expansão global da marca.

5- Contrato de Gestão:

Um acordo onde uma empresa fornece expertise gerencial para operar uma unidade de negócios
em outro país. Exemplo: Uma empresa de hotelaria internacional administra um hotel sob sua
marca em um país estrangeiro, enquanto o proprietário local fornece o capital e as instalações.

6- Contrato Chave na Mão:

Um contrato onde uma empresa projeta, constrói e entrega uma instalação completa e operacional
a outra empresa. Exemplo: Uma construtora internacional projeta e constrói uma fábrica em outro
país, entregando a instalação pronta para operação ao cliente.

7- Contrato Produto na Mão:

Similar ao contrato chave na mão, mas focado na entrega de um produto específico, pronto para
uso. Exemplo: Uma empresa de tecnologia desenvolve um sistema de TI completo e o entrega a
uma empresa estrangeira, pronto para ser implementado.

8- Contrato de Partilha de Produção:

Comum na indústria de petróleo e gás, onde uma empresa estrangeira realiza a exploração e
produção, a partilhar os resultados com o governo ou empresa local. Exemplo: Uma empresa
petrolífera entra em um acordo com um governo estrangeiro para explorar um campo de petróleo,
compartilhando os lucros da produção.

9- Contrato de Serviço de Risco:

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Um contrato onde uma empresa assume o risco e os custos de exploração ou desenvolvimento de


recursos naturais, recebendo uma parte da produção ou receita como pagamento. Exemplo: Uma
empresa de mineração investe em exploração mineral em um país estrangeiro, assumindo todos os
custos e riscos, mas com direito a uma parte do minério extraído.

10- Subcontratação Internacional:

Uma empresa terceiriza a produção de bens ou serviços para empresas em outros países,
geralmente para reduzir custos ou melhorar a eficiência. Exemplo: Uma fabricante de roupas dos
EUA subcontrata a produção para uma fábrica na Ásia para aproveitar os menores custos de mão-
de-obra.

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