Monitoria de Urologia - P2 (1)
Monitoria de Urologia - P2 (1)
Monitoria de Urologia - P2 (1)
de urologia
Maria Eduarda dos Santos
UNIG I 2024
Tumores do
parênquima
renal
Quando estamos diante de uma massa renal, nós podemos
estar diante de 3 situações: Nódulo cístico, nódulo complexo,
nódulo sólido.
FATORES PROGNÓSTICOS
Tipo histológico, grau de anaplasia celular (Furhman),
estadiamento, característica sarcomatóide e apresentação
clínica inicial.
Tumor de Wilms (nefroblastoma)
Ocorre em 72% dos casos antes dos 5 anos (pico aos 3 anos);
Histologia favorável (90%) / Histologia desfavorável (10%);
Mesmo em doença metástatica a sobrevida é de 60% se for
um tipo histológico favorável.
Câncer de bexiga
2ª neoplasia maligna mais frequente do TU.
Mais frequente em brancos.
Mais comum no sexo masculino.
Ocorre na 6ª década de vida.
Apresenta alta taxa de recorrência após ressecção completa do
TU.
Incidência vem aumentando e a mortalidade reduzindo.
85% dos tumores são localizados e 15% cursam com
disseminação linfonodal ou a distância.
Fatores de risco Carcinogênese
Tabagismo - 50% (aumenta em 4x) Contato prolongado do urotélio com
– principal. substâncias cancerígenas
Exposição ocupacional - 15-35%
(corante, borracha, têxtil, Alterações celulares/genéticas
petrolífera).
Traumatismos físicos no urotélio Displasia
(infecção, instrumentação e
cálculos). Carcinoma in situ
Radioterapia pélvica.
Tumor de urotélio
Metástases
Linfonodos retroperitoneais.
Fígado.
Pulmão.
História natural
85% - localizados
15% - invasivos
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Cistoscopia com ressecção por
meio de biópsia transuretral
Estadiamento
Exames
RX de tórax (metástase pulmonar).
TC de abdome - tumor alto grau (lesão do TU
superior).
TC de abdome - tu invasivo (acomentimento
muscular e/ou extravesical).
Tratamento
TU superficial de TU superficial de Carcinoma in
baixo risco (Ta, alto risco (T1, N0, situ
N0, M0, M0 ou alto grau/ BCG tópico.
papilomas) características de Cistectomia radical
Ressecção
recorrência) (se não houver
melhora).
transuretral da RTU + BCG tópico
bexiga. (imunoterápico - tto
Cistectomia parcial adjuvante).
(TU dentro de -> CI BCG: leucemia, linfoma
divertículo, TU na de Hodgkin, ITU, gravidez,
cúpula vesical). transplantado e lactante.
Tratamento
FATORES PROGNÓSTICOS
Profundidade da invasão da parede vesical (principal),
grau histológico, estadiamento, carcinoma in situ,
multifocalidade, aspecto da lesão, tempo de recidiva.
Tumor de pelve renal e ureter
São raros (5% das neoplasias uroteliais).
Faixa etária: 6ª e 7ª década de vida.
Incidência maior no sexo masculino.
Mais frequentes na pelve do que no ureter.
Alta taxa de recorrência.
Etiologia Patologia
Medicamentos Carcinomas uroteliais ou de
(ciclofosfamida, células transicionais (90%).
citostáticos). Carcinoma de células
Outros = tumor de bexiga. escamosas (10%).
Adenocarcinoma (1%).
Fatores de risco Metástase
(progressão)
Contiguidade: parênquima
Estádio da doença
renal e gordura peripiélica.
(disseminação).
Linfática: linfonodos
Grau histológico.
regionais.
Tipo histológico.
Hematogênicas: osso >
Neoplasia vesical
fígado > cérebro > pulmão.
concomitante.
Carcinoma in situ local.
Diagnóstico
Clínica Laboratório Imagem
Hematúria Hemograma USG das vias
macroscópica. completo (anemia). urinárias altas.
Dor lombar. EAS (hematúria). Urografia excretora.
Massa palpável. Ureia e creatinina. Pielografia retrógrada.
Sintomas sistêmicos: PSA. TC.
anorexia, perda de
peso e dor óssea Urografia excretora no Tu de ureter:
(doença metastática). Anel de guardanapo,
Falha de enchimento, Sinal de Bergman,
Sinal da taça de vinho
Estadiamento
Tratamento
TU localizados (T1-T3, TU localmente avançado
N0, M0) (T4, N0, M0)
Nefroureterectomia radical e Nefroureterectomia seguida de
linfadenectomia regional. quimioterapia sistêmica com
M-VAC.
TU metastáticos (Tqq, FATORES PROGNÓSTICOS
N1-N3 ou M1) Grau de lesão e seu
Quimio sistêmica com M-VAC estadiamento (principal);
seguida de ressecção ou radio presença de invasão
das lesões residuais. linfovascular.
Hiperplasia
prostática
benigna
Tumor benigno mais comum no homem;
Patologia do envelhecimento;
Ocorre na zona de transição;
Há um alongamento com tortuosidade do canal uretral.
Mecanismo de ação
Mecanismo estático: provocado pelo
crescimento da glândula -> uretra
tortuosa e alongada -> obstrução do
fluxo de saída.
Mecanismo dinâmico: relacionada a
ação das fibras adrenérgicas (próstata
pequena) -> contração da musculatura
-> processo obstrutivo.
Fisiopatologia
Resposta inicial:
Crescimento da glândula -> uretra tortuosa e alongada -> obstrução->
LUTS (sintomas irritativos e obstrutivos) -> hipertrofia vesical e
instabilidade do detrusor -> esvaziamento incompleto -> retenção urinária.
Resposta tardia:
Trabeculações ≠
divertículos
Manifestações clínicas
(luts)
Sintomas obstrutivos: hesitação miccional, gotejamento terminal,
diminuição do calibre do jato urinário e sensação de urina residual.
Sintomas irritativos: disúria, polaciúria e urgência miccional.
Medicamentoso Cirúrgico
Alfa-bloqueadores (Tansulozina, Ressecção transuretral da
Doxazosina): agem no mecanismo próstata (próstatas menores);
dinâmico, relaxando a Prostatectomia aberta simples
musculatura. (próstatas maiores).
Inibidores da 5-alfa-redutase
(Finasterida, Dutasterida): agem Retenção urinária por
no mecanismo estático, provável HPB -> cateter de
grosso calibre
diminuindo o volume da próstata.
Tumores de
testículo
Ocorre em adultos jovens (15 a 40 anos).
Prevenção x Diagnóstico precoce.
Tumor sólido.
Principal tipo histológico: tumor de células germinativas (95%).
Tumores germinativos
Seminomas Não seminomatosos
Melhor prognóstico dentre os 1) Carcinoma embrionário 26%;
tumores de células germinativas. 2) Teratocarcinoma 26%;
1) Seminoma clássico; 3) Teratoma 5%.
2) Seminoma anaplásico; 4) Coriocarcinoma 1% (pior
3) Seminoma espermatocítico. prognóstico - mais invasivo);
5) Saco vitelino (80% na criança).
Tumores não germinativos
Primários Secundários
1) Células de Leydig 1-3%; 1) Linfomas 6-8%;
2) Células de Sertoli 0,5-1% 2) Metástases.
3) Sarcomas 1-2%.
Epidemiologia
Seminomas: 30 anos de idade.
Não seminomatosos: 20-30 anos de idade.
Etiologia
Criptorquidia – principal fator de risco;
Trauma;
Atrofia testicular;
Fatores genéticos;
Infecções; Tem que ser
Microlitíase testicular. acompanhados!
Linfática Hematogênica
Linfonodos retroperitoneais. Pulmão; Cérebro;
Fígado; Ossos.
Clínica
Massa testicular indolor – principal; Dor lombar (por compressão);
Aumento do volume testicular; Linfadenopatia;
Tosse; Sintomas de doença metastática
Massa supraclavicular e abdominal; (massa abdominal, hidrocele).
Diferença:
dor! Diagnóstico diferencial
Orquiepididimite: Torção do cordão espermático;
Hidrocele exclusiva; Orquite granulomatosa;
Hérnia; Trauma testicular.
Priapismo recorrente
Fisiopatologia: Hemácias falcêmicas geram uma obstrução -> impedem a troca
sanguínea.
Etiologia: Anemia falciforme.
Exame físico: Sinal de Prehn -> ao elevar a bolsa testicular, diminuímos o peso
do testículo e assim temos melhora da dor.
Diagnóstico: USG com Color Doppler da bolsa testicular -> hiperfluxo sanguíneo;
EAS e hemograma.
Diagnóstico: USG com Color Doppler da bolsa testicular -> ausência de fluxo
sanguíneo ou hipofluxo; EAS e hemograma.
Diagnóstico: Clínico.
Fisiopatologia da ereção
Na ereção há uma alteração dos corpos cavernosos do pênis.
O principal neurotransmissor para a ocorrência da ereção é o óxido nítrico
(relaxa a musculatura lisa e aumenta o aporte sanguíneo).
A fosfodiesterase 5
transforma o GMPc em 5’GMP
(forma inativa do GMPc)
Neurotransmissores anti-
ereção: noradrenalina
(principal)
Fatores de risco
DM; Depressão;
HAS; Drogas;
Doença vascular periférica; Diminuição da testosterona;
Hipercolesterolemia; Obesidade;
Tabagismo; Hiperlipidemia;
Alcoolismo;
Teste da ereção fármaco induzida:
Etiologia possui valor quando é positivo