IC 343 Aminocidos 24 II

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Ácidos aminados e peptídios-proteínas

As proteínas são polímeros que tem relação com as reações biológicas , interferem com
os processos vitais dos organismos. A maior parte de informações genéticas tem há ver
com as proteínas. Muitas conhecidas como enzinas catalisam e regulam as reações biológicas.
As proteínas respondem por diversas funções como proteção, armazenamento de substâncias
nos organismos vivos, transporte de oxigênio dos pulmões para outros tecidos do corpo. As
toxinas como o veneno de cobra e bactérias, etc.
São moléculas grandes com PM variando de alguns milhares a diversos milhões. Assim
como os carboidratos e os ácidos nucleicos, entre outras de alto PM, as proteínas são
Polímeros. Polímeros esses constituídos de moléculas de baixo PM, os ácidos aminados.
Essas moléculas possuem um grupo amino e uma carboxila. Sua diversidade de funções
e propriedades são provenientes dos diferentes números e combinações estruturais de
apenas uns poucos ácidos aminados.

Amino ácidos, ácidos aminados, suas estruturas


Os 22 aminoácidos que são as principais unidades construtoras das proteínas estão apresentados
Em uma tabela. Os nomes vulgares que aprecem são aceitos pela IUPAC e usados invariávelmente
em vez de nomes mais sistemáticos
A maioria são adquiridos pela dieta.
Esses nomes estão geralmente relacionados com as fontes
de obtenção originais.
Ex. a asparagina isolada do suco de aspargos.
AA -São todos ácidos com um grupo amina em alfa.
Com exceção da glicina (R = H), todos os ácidos aminados[AA] são quirais e possuem a
mesma configuração. Possuem pelo menos um C*
Esta configuração é definida como L,
relacionando-os como gliceraldeido.
As proteínas são polímeros lineares
com ligações amídicas, união do grupo
amino em alfa de um AA aminoácido ao
grupo carboxila do outro formando uma
amida. Essas ligações são chamadas
de ligações peptídicas.
A variação da cadeia lateral (R)
respondem pelas propriedades dos
peptídeos e das proteínas.
Mais simples: R=H (Glicina)

A hidrólise de proteínas em meio ácido ou


alcalino produz uma mistura de diferentes
AA.
Embora a hidrólise de proteínas naturais
possa levar a até cerca de 22 AA diferentes,
todos eles possuem uma importante
característica estrutural em comum: com
exceção da glicina, quase todos AA possuem
configuração ”L” no carbono a. Isto é, a
mesma do gliceraldeído.
Observar para cada AA quais são os grupos R.
Esses respondem pelas diferentes propriedades
dos mesmos nas estruturas dos peptídeos ou das
Proteínas.
Estão destacados os 8 que são essenciais
para o ser humano adulto. Outros dois são
essenciais na fase do crescimento, em vermelho.
Classificação de acordo com as características da
cadeia lateral. São:
a) Cadeia lateral hidrofóbica, essas tem tendência a
localizarem-se em uma vizinhança apolar orgânica,
não aquosa.
b) Cadeia hidrofílica, tem afinidade por água
Obs.: a isoleucina tem um segundo carbono quiral
A prolina é o único AA mais importante que tem um
grupo amino secundário. Uma particularidade que
traz propriedades importantes em uma proteína.
Pois apesar do anel heterocíclico do triptofano pos-
suir uma ligação N-H tem dificuldade de formar
ligação de H com água. Sendo, então menos
Hidrofílica.
A metionina tem uma função sulfeto, mas a água
forma ligação de H, mais fraca do que com grupo
éter.
Os ácidos aspártico e glutâmico têm um grupo
carboxila em sua cadeia lateral. A maioria dos meios
fisiológicos são aproximadamente neutro (PH em
torno de 7). Nestas condições ficam na forma de
carboxilatos. O sal de sódio do ácido glutâmico
(glutamato monossódio, MSG) é usado na indústria de
alimentos para melhorar o sabor.
Três AA possuem cadeias laterais básicas. A lisina
contém um grupo amino, que em solução neutra fica
Quase protonado. A arginina tem uma função a função
amina com essa mesma propriedade na lisina (grupo
guanidino.

A histidina possui o anel imidazólico, esse tem um N


relativamente básico, em soluções neutras ficam pro-
tonadas.
Vejam na tabela (a) aminoácidos essenciais = adquiridos pela dieta.
O grupo NH2 reage com ácido nitroso da mesma forma que as aminas primárias e produzem N2
Ponto Isoelétrico pI

Esta tabela destaca o PI


Ponto isoelétrico, que representa
O pH onde a concentração do íon
dipolar dos respectivos AA será
máxima
E as concentrações dos ânions e
cátions serão iguais.
Cada AA tem seu próprio pI.
Ex.: a alanina em uma solução fortemente ácida (pH = 0) estará na forma catiônica sendo pKa para
carboxila se estiver protonada (forma catiônica) seria 2,3. Este valor é menor do que o pKa de
ácidos carboxílico.
Daí a forma catiônica da Ala corresponde ao pKa do ácido mais forte. Mas ela perde H+ mais
facilmente na forma dipolar, seu pKa quando protonada é 9,7.
Ponto isoelétrico da Alanina:

Forma dipolar
O aumento do pH de
2,3 para 9,7 a forma predominante
será a do íon dipolar.
Em pH 6,0 [o pI] a concentração
do íon dipolar será máxima.
Quando o pH atinge 9,7 (pKa do íon
dipolar). A metade do íon dipolar
está convertida na forma aniônica.
Então à medida que o pH se
aproxima de 14, a forma iônica é
predominante.

Cada AA terá seu pI diferente


Dependendo das propriedades
Dos grupos R do mesmo.
EX.: qual o pI da Lys?:
Outra reação dos AA:
Reagem com ninidrina em uma reação complexa e formam um produto púrpura intenso.

Esta reação é usada para determinar a quantidade de AA mesmo em pequena quantidade.

Outras reações acontecem com os grupos funcionais das cadeias laterais dos AA.
Ex.: o grupo tiólico da cisteína(grupo com enxofre), por exemplo, é fácilmente oxidado fornecendo
a cistina. Esta pode
ser reduzida para retornar à cisteína. Essas são muito importante no aspecto estrutural das proteínas.

As ligações amídicas formadas entre o grupo amina de um AA com ácidos carboxílicos


de outro AA formam os peptídeos.
Síntese de a-aminoácidós:
1. Aminólise direta a partir do ácido a-halogenado.
Possui baixo rendimento, por isso é pouco usado.
Ex.: preparação do leucina.

2. A partir da ftalimida potássica , sintese de Gabriel.


Possui alto rendimento. Há a formação mistura de epímeros D e L.

a) Ex.: preparação da metionina:


a-bromo maleato de dietila

Mostra a síntese de:


a) DL-leucina
b) DL-alanina

DL significa a mistura dos dois estereoisômeros como produto na síntese


Depois devem ser separados.
Leucina:
H2N
Cl
CO2H
O
Leucina
O

O O
Cl O 1) KOH H2N

N-K+ + O O 2)H+ CO2H


N
O
O O
O
OH
OH

OH

Alanina:

NH2
Cl
OH
O
O
O
4. Resolução de AA.
Exceto a glicina, todos os AA preparados em laboratório formam-se formas racêmicas.
Por isso é necessário separar esses estereoisômeros para obter o L-AA natural.
Isso pode ser feito através do uso da enzima diacilases. Enzimas que catalisam a hidrólise de
N-acilaminoácidos em organismos vivos. A enzima quiral hidrolisa apenas os N-acilamino ácidos
de configuração L. e os produtos são separados.

Mistura racêmica

5. Sínteses Estereosseletivas de AA.


Utilizam-se catalisadores quirais de hidrogenação,
derivados de metais de transição.
Há uma variedade de catalisadores como exemplo o
complexo de ródio como
R-1,2-bis(difenilfosfino)propano. Um composto
conhecido como “R-profos”. Faz-se reação de R-
profos com o complexo de ródio do norbonadieno IC-343 NÃO
(NBD) que forma o complexo quiral do ródio.
Peptídeos e proteínas
O termo proteína é utilizado para polímeros de AA com PM acima de 5.000 a 10.000 que
correspondem a 40 até 80 unidades de AA. As moléculas menores são chamadas de peptídeos.
Os peptídeos são classificados quanto o número de AA constituintes. Como dipeptídeos,
tripeptídeos, polipeptídios, etc.
Utilizam-se os símbolos
Dos AA para representar
os peptídeos.(veja tabela)
Os nomes dos mesmos
Segue como o exemplo
ao lado.

Por convenção usa-se representar e dar os nomes aos peptídeos colocando-se o grupo a-amino
á esquerda e o grupo carboxila livre à direita. Dessa forma o nome valilisilserina representa
o tripeptídeo no qual a valina é o AA N-terminal e a serina o AA C-terminal e a lisina no meio.
Observe que inicia com o AA N-terminal
em sequência com terminação il e o
com C-terminal com terminação ina.
Na representação usam-se os símbolos
de cada AA contendo três letras.

Podem, assim como os AA, apresentarem


Cargas.
Muitos peptideos possuem propriedades
biológicas importantes como o grupo dos
Peptideos conhecidos como endorfinas,
Possuem leucina-encefalina.
Outros exemplos: -Há proposta que a morfina e compostos correlatos exerçam efeitos sobre os sítios
receptores destinados às endorfinas. Essas são isoladas de tecidos cerebrais de mamíferos e tem
efeito semelhante ao opio.
O nanopeptídeo vasopressina é um hormônio liberado pelo hipotálamo.

Este exemplo tem os S de duas cisteínas incorporados em um anel contendo o dissulfeto


A C-terminal (glicina)está como uma amida.
Esse peptídeo tem função de regulação do balanço de água, afeta a velocidade de excreção de agua pelos rins .
Esquema de representação de um peptídeo:

A estrutura covalente de um polipeptídeo ou proteína chama-se estrutura primária


Esquema abaixo:
O R O R
N O
N N N
R
R O O

Usar a tabela e montar um peptidio


Ex.: AlaValGli
O R H O GliLeuIleuFen
Etc
H2N N
N OH
R H o R
Determinação das estruturas dos peptídeos e proteínas
Os diferentes peptídeos e proteínas diferem om dou outro não só pela composição dos AA mas
Também pela sequência em que eles estão dispostos.
Quase todos os peptídeos, exceto os mais simples, o número de sequências possíveis é enorme.
20 AA diferentes podem, ocupar cada posição do peptídeo. Sendo grande o número de possibilidade.
Ex. o número de um tripeptídeo estruturalmente diferente seria 203 = 8.000.
Um decapeptídeo seria 2010 = 10.240x109 possibilidades. Consideram-se que não há átomos suficiente
Na terra para construir uma molécula de um dos 2020 peptídeos com 20 AA.
Um ponto muito importante, além da identificação, é a determinação da sequencia dos AA de um
peptídeo ou proteína. E assim entender suas funções.

Para determinar a composição em AA de uma proteína ou peptídeo, considera-se primeiro


se eles estão completamente hidrolisados em seus AA constituintes. Esta mistura de AA é,
então, separada e a quantidade de cada um é determinada.
A intensidade da cor na solução contendo AA indica quanto deste AA particular está presente.
Usaram um analisador de AA, um cromatógrafo cujo cromatograma está representado na figura
A intensidade da cor formada pela reação com ninidrina e o eluente
emergente da coluna é representada gráficamente versus o volume do
eluente.
Na hidrólise : usaram aquecimento com HCl
Na coluna usaram partículas de poliéster com funções iônicas de
sulfonato (-SO3-)
Os AA com cadeias laterais básicas levam a um tempo muito grande a
para emergir e foram analisados usando uma coluna menor.

[Ref. Herman G. Richei, Jr., pg. 229.]


Identificação dos AA N-terminal e C-terminal
Para definir qual AA no peptídeo ou proteína é o N ou C terminal faz-se reação com 2,4-
finitrofluorobenzeno. A preseça dos dois grupos nitro fortemente retiradores de és neste
composto sofre SN por um grupo amino mais facilmente do que a maior parte dos haletos de
arila.
O único grupo amino em a de um peptídeo ou proteína que está disponível para essa reação
pertence ao AA N-terminal
Depois da hidrólise os AA N-terminal estará na forma de seu derivado N-2,4-dinitrofenila(de cor
amarela) . Que é separado e caracterizado como o N-terminal.
Os demais AA estarão presentes sem substituição.
Para o C-terminal faz-se uso de uma enzima conhecida como carboxipeptidase. Esta enzima,
isolada do pâncreas, catalisam específicamente a hidrólise da ligação peptídica que une o AA C-
terminal da cadeia.

Ex.:
Por exemplo os peptídeos abaixo:
A: contem uma Ala, Gly e uma Ser.
Com a identificação dos AA N-terminal
e C-terminal, sua sequência é definida
como sendo Ala-Ser-Gly.
Os outros da mesma forma.
Cada peptídeo representa um segmento
da cadeia original do peptídeo Z.
A combinação dos seguimentos.
Daí a sequência do peptídeo Z deve ser: Val-Ala-Ser-Gly-Phe-Asp
Para um peptídeo de alto PM ou proteína usa fragmentos dos mesmos que se superpõem
E cujas sequência podem ser determinadas.
A sequência total pode ser deduzida pela combinação dos fragmentos.
Ex. a insulina um hormônio que tem um papel importante do controle do nível de glicose.
Ela tem duas cadeias de AA unidas pela ligação dissulfídica entre cisteínas incusive na cadeia A.
A hidrólise parcial fornece fragmentos menores que mantem as ligações dissulfídicas intactas.
Estruturas da oxitocina
e da vasopressina
Dê os nomes dos
resíduos de AA.

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