Livro E-book Profartes Compactado 1-Compressed Compressed
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experiências no âmbito
do ProfArtes
organizadores
Ensino e Pesquisa em Artes
experiências no âmbito do ProfArtes
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F383e
ISBN: 978-85-495-0309-1
CDD: 700
CDU: 7.0
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IV IV
Reitoria
Edward Madureira Brasil
Agradecimentos
Esta publicação não teria sido possível sem a
inestimável colaboração das pessoas e instituições descritas
a seguir. Recebam nossos mais sinceros agradecimentos:
Sumário
Prefácio: Experiências fundantes, VIII
Cleomar Rocha
Introdução, 1
Antenor Ferreira Corrêa
Flávia Motoyama Narita
Prefácio
Experiências fundantes
Cleomar Rocha
Introdução
Antenor Ferreira Corrêa
Flávia Motoyama Narita
Referências
1
A formação acadêmica
e profissional no contexto
da rede ProfArtes
Antonia Pereira
4 A rede que consolidou o ProfArtes foi articulada a partir das atividades da Coordenação
da Área de Artes da CAPES e, particularmente, da gestão dos processos de avaliação. Nesse
contexto, é importante citar e agradecer ao Professor Milton Sogabe (UNESP), à época
Coordenador Adjunto da área de Artes e à Profa. Lúcia Pimentel (UFMG) Coordenadora
para Assuntos de Mestrado Profissional, pelo apoio e disponibilidade incondicional na
implementação deste importante projeto para a área de artes.
8 Ensino e Pesquisa em Artes
Contextualização
Objetivos
(3) uma atuação docente que busque o declínio das taxas de evasão
dos alunos durante o percurso da Educação Básica na Escola
brasileira;
(5) uma atitude pró-ativa dos professores em relação aos alunos com
graus distintos de atipicidade;
O Devir
O espírito Interdisciplinar
Referências
EISNER, Elliot. The Arts and the creation of mind. New Haven: Yale
University Press, 2002.
2
Punk e Pedagogia
Little Kids Rock desafia
a hegemonia da
educação musical nos EUA1
Gareth Dylan Smith
Tradução: Flávia Motoyama Narita
Introdução
2 Nota da Tradutora: muitas palavras, em inglês, são comuns aos gêneros masculinos e
femininos. Nessa tradução, optei pela apresentação de ambos os gêneros quando senti não
prejudicar a fluência do texto. Outras vezes busquei alternar os gêneros.
18 Ensino e Pesquisa em Artes
Williams, 2011).
Um componente central da capacitação oferecida por Little
Kids Rock é introduzir os professores e as professoras à abordagem
pedagógica de “música como uma segunda língua” (M.S.L.). Como
apontado por Powell e Burstein (2017, p.246), M.S.L. “é menos sobre
música como uma ferramenta comunicativa (linguagem) e mais
sobre aprendizagem musical. Assim, Aprendizagem Musical como
Aprendizagem de Segunda Língua (M.L.S.L.L., em inglês) poderia
ser uma descrição mais precisa”. Desenvolvida a partir do trabalho
de Krashen (1982), sobre aquisição de segunda língua, a abordagem
relembra aspectos da aprendizagem musical informal de Green
(2002, 2008) e incorpora princípios de Suzuki sobre aprendizagem
da língua na pedagogia do violino (Wish, 2017, p.5). M.S.L. aborda
a aprendizagem musical de maneira não-formal, em que professores
adotam uma postura de facilitadores (Cremata, 2017) em vez de
oferecerem instrução direta. M.S.L. compreende aprendizagem
musical como:
Um processo natural, subconsciente, similar ao modo como as
pessoas aprendem suas línguas nativas. Baseia-se na utilização
significativa da nova língua e na comunicação natural. Os falantes
focam não na “exatidão correta” de seus discursos, mas no ato
comunicativo. (Wish, 2017, p.10)
Little Kids Rock tem recebido sua cota justa de crítica, suspeita
e deturpação de suas ideias durante essa década e meia em que vem
buscando cumprir sua missão. Tem sido acusada de várias formas de
apoiar uma indústria debilitada de vendas de violões, de encerrar a
participação de todas as outras formas de música nas escolas que não
sejam conjuntos de bandas modernas, e de substituir professores e
professoras licenciados em música por não-músicos sem qualificação
que têm uma parca noção de como se toca um ukulelê (nenhuma
dessas acusações representa de longe o trabalho da organização com
precisão). Entretanto, vivendo a letra da música “Tubthumping”, de
Chumba-Wumba – “Eu fui derrubado, mas eu me levanto novamente,
você nunca vai me deixar para baixo”5 (Chumbawamba, 1997) – o
espírito indomável de Little Kids Rock e sua valente determinação
de revolucionar a educação musical nacionalmente são as marcas do
ethos da organização. Mais recentemente, como mencionado acima,
Little Kids Rock tem envidado esforços orquestrados e contínuos
para trabalhar em parceria com principais influenciadores em
educação musical, desde acadêmicos de universidades e faculdades
a administradores encarregados de arte-educação nos municípios e
nos estados.
Conclusões
Referências
Americans for the Arts. Arts facts: SAT scores and the arts 1999-2015.
Washington, D.C.: Americans for the Arts, 2015.
32 Ensino e Pesquisa em Artes
3
Espiritualidade crítica: desenvolvendo
alguns conceitos para uma educação
musical humanizadora
Heloisa Feichas
Introdução
Considerações finais
Referências
4
Breve História da Escola de Teatro
Popular (ETP) ou
Aprendizagens
político-teatrais em tempos
de colapso
Julian Boal
não militantes por duas razões: a primeira é que “raiva boa é raiva
organizada”, do tipo de raiva que encontra um espaço para poder
se tornar produtiva, para organizar ações concretas contra o novo
regime que se desenha. Muitos dos atores e atrizes que encontramos
não tinham espaços de militância para se organizar e, portanto,
seus anseios de luta poderiam não ter ido além do evento da eleição
caso não tivéssemos aberto a escola para que nela participassem.
A segunda razão é que entendemos que nossa formação é bastante
rudimentar e só se complementará na prática.
objetivo triplo:
dizer que a arte também nos pertence. Pertencer aqui não significa
dizer que somos donos dela, que podemos vendê-la, no atacado ou
aos pedacinhos. Que a arte nos pertence, significa que somos nós
que podemos torná-la melhor. Se a produção pertencesse, de fato, à
classe trabalhadora, ela não seria caótica e destrutiva como de fato
ela é hoje, a ponto de não sabermos se haverá amanhã. Ela seria
harmoniosa, capaz de dar mais sentido ao mundo e a cada pessoa que
faz parte dele. Se a cultura fosse nossa, de fato, todos os problemas,
toda a tacanhez que vemos nos palcos pequeno-burgueses (política
ou socialmente) desapareceria. Nós somos aqueles que podem
tornar a cultura melhor. Todas nossas dificuldades, nossa falta de
tempo, nossa falta de acúmulo, são, nos nossos melhores momentos,
o espelho da dificuldade da classe trabalhadora de se apoderar do
mundo. Nós somos os débeis e magníficos portadores do amanhã.
E por isso, apesar de todos nossos problemas, de todas nossas
dificuldades, a ETP tem um sentido tão forte. E se fizermos bonito,
seremos a prova de que é possível se sobrepor a essas dificuldades,
que é possível sim que, tomando os termos de Benjamin, algo de
novo e belo surja “com a sobriedade de um amanhecer”.
Interfaces da Pesquisa Sobre Teatro em Comunidade e Teatro na Escola 63
5
Interfaces da Pesquisa Sobre Teatro em
Comunidade e Teatro na Escola
1 O grupo TEMA – Teatro de Máscaras do Ciem - teve origem no Centro Integrado de Ensino
Médio (CIEM), escola de aplicação das propostas pedagógicas que eram desenvolvidas na
Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e que teve um curto período de
funcionamento, em decorrência do Golpe de 1964 e dos sucessórios acontecimentos que
promoveram o desmonte da estrutura universitária.
Interfaces da Pesquisa Sobre Teatro em Comunidade e Teatro na Escola 65
Figura 1: Boletim da Escola de Teatro Político e Vídeo Popular do DF, diagramado pela
professora Simone Menezes Rosa, integrante da coordenação da escola e do Coletivo Terra
em Cena.
Interfaces da Pesquisa Sobre Teatro em Comunidade e Teatro na Escola 73
Figura 4: Boletim informativo da EPNBraz, cuja experiência foi registrada e analisada pela
professora Simone Menezes Rosa (2018), em dissertação defendida no ProfArtes da UnB.
84 Ensino e Pesquisa em Artes
Referências
ARAUJO, Adriano Duarte de. Alice no CEF 316 e o que ela encontrou
por lá: a história de uma escola por meio de teatro, 2018. Dissertação
(Mestrado Profissional em Artes) – Instituto de Artes, Universidade
de Brasília.
6
Companhia Negra de Revistas:
Cultura, Raça e Nação
Beatriz da Silva Lopes Pereira
André Luís Gomes
2 A ideia foi disseminada por Francis Galton, responsável por criar o termo, em 1883.
Ele imaginava que o conceito de seleção natural de Charles Darwin – que, por sinal, era
seu primo – também se aplicava aos seres humanos. O Brasil não só ‘importou’ a ideia
como criou um movimento interno de eugenia. Médicos, engenheiros, jornalistas e muitos
nomes considerados a elite intelectual da época no Brasil viram na eugenia a ‘solução’
para o desenvolvimento do país. Segundo a antropóloga social Lilia Schwarcz, a eugenia
oficialmente veio ao país em 1914, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com uma
tese orientada por Miguel Couto, que publicou diversos livros sobre educação e saúde
pública no país. Quando se deparou com a tese orientada por Couto, o médico e sanitarista
Renato Kehl (1889-1974), considerado o pai da eugenia no Brasil, achou que a comunidade
científica tinha que se esforçar mais. Ele acreditava que a melhoria racial só seria possível
com um amplo projeto que favorecesse o predomínio da raça branca no país. Disponível
em: <www.geledes.org.br/o-que-foi-o-movimento-de-eugenia-no-brasil-tao-absurdo-que-
e-dificil-acreditar>.
8 Trata-se de outro texto, porém publicado na mesma coletânea (Hall, 2011, pp.317-330).
Companhia Negra de Revistas 99
Referências