ARTIGO 2
ARTIGO 2
ARTIGO 2
Douglas ROMANI2
Tiago MAINIERI3
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – FAPEG4
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO
Resumo
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Trabalho apresentado no DT 7 – Comunicação, Espaço e Cidadania do XV Congresso de Ciências da
Comunicação na Região Centro-Oeste, realizado de 30 de maio a 01 de junho de 2013.
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Publicitário, Especialista em Gestão de Pessoas e Marketing pela PUC-GO. Mestrando do Programa de Pós-
Graduação da Facomb-UFG.Linha de Pesquisa em Mídia e Cidadania. E-mail:[email protected].
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Orientador. Bolsista de Pós Doutorado Jr, (CNPq) na UFRJ. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP.
Professor Adjunto da UFG. Professor Permanente do PPGCOM.
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Fundação fomentadora do projeto através de concessão de bolsa de mestrado ao autor do trabalho.
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relativamente recente e ainda não ter parâmetros bem definidos. Elizabeth Brandão
(2009), ao defender que esta expressão ainda não tem um conceito claro e que o termo
estaria em construção, levanta cinco possibilidades de aplicação ou de contextos para
aplicação do mesmo: comunicação organizacional, comunicação científica,
comunicação governamental, comunicação política e comunicação da sociedade civil
organizada. Dentro dessas várias possibilidades este último conceito vem ganhando
destaque, tanto pela atualidade do mesmo, que o coloca de antemão contextualizado
com a realidade vivenciada, quanto pela participação dos públicos que ele engendra.
Trata-se de entender a comunicação pública como uma prática democrática e social da
comunicação, que leva em conta o cotidiano e o interesse dos públicos específicos. Esse
tipo de conceituação se afasta da forma mais comum de se entender a comunicação
pública, que é a comunicação de ordem governamental, em que a comunicação muitas
vezes é unilateral e visa, dependendo do governo em questão, uma efetiva ou aparente
prestação de contas para a comunidade, sem levar em conta os anseios, o diálogo e o
interesse público de fato. Este afastamento entre as aplicações mais comuns do termo
permite que a emissão da comunicação parta de qualquer lugar e promova discussões
acerca de assuntos variados, pensados por quaisquer pessoas e/ou grupos.
Por esse aspecto recorrente de estabelecimento de pré-requisitos para se definir a
comunicação pública, este trabalho irá se apoiar nesse viés de comunicação pública
como uma prática democrática e social da comunicação, que suscita o aspecto da
aproximação com o cotidiano dos grupos e as práticas políticas dos mesmos.
Como ressalta Jorge Duarte (2009), a comunicação pública demanda alguns
aspectos para sua consecução: dar prioridade ao interesse público em detrimento de
interesses individuais ou coorporativos, colocar o cidadão como central no processo, ir
além do que tão somente prover informações, adaptar às ferramentas de acordo com os
públicos e, por fim, admitir a complexidade da comunicação e trabalhá-la como uma
coisa única. Entre todos esses aspectos é preciso destacar que a centralidade do cidadão
no processo é imprescindível no sentido de não apenas levar informações, mas sim
fornecer ferramentas para o acesso dessas pessoas de modo que seja estabelecido um
diálogo para garantir uma comunicação de fato, em que existe uma troca.
Segundo Brandão (2009) a utilização da terminologia comunicação pública para
designar a disseminação de informações úteis para construção da cidadania começou a
ser empregada a partir do governo Lula. Buscando manter a imagem que o presidente
gerou durante sua campanha eleitoral, vários conceitos foram estabelecidos para buscar
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nortear a comunicação feita pelo governo. Sem entrar nos méritos da intencionalidade
da comunicação promovida e nem na avaliação do que foi feito em relação ao que foi
proposto, houve avanços em relação à preocupação em se comunicar com a população.
Contudo, essa comunicação dita pública, apesar de apresentar avanços, ainda não
consegue alcançar alguns pressupostos para uma CP plena, sobretudo em relação à
questão dialógica. Trazer respostas sobre ações relacionadas ao público, apresentar as
instituições e seus serviços, divulgar ações de comunicação cívica, que são alguns dos
pressupostos apresentados por Monteiro (2009) como inerentes à comunicação pública,
demonstram que houve alguma evolução a partir do marco da eleição de Luís Inácio
Lula da Silva à presidência. Mas a dificuldade de se estabelecer canais de troca entre
governo e população, além da divulgação de informações parciais e pré-selecionadas
pelo governo, impede que se fale em comunicação voltada, de fato, para o público.
Graça Monteiro (2009) traz a discussão sobre a CP para o campo da mensagem,
relevando um pouco o papel do receptor. Fazendo isso a autora realoca a definição de o
que é ou não comunicação pública para o campo do interesse público, onde a pauta de
discussões passa a ser definida por meio de negociações entre as partes envolvidas.
Partindo dessa vertente, podemos assumir que a definição proposta por Heloiza
Matos está próxima de levar em conta os pressupostos para uma comunicação pública
real: “processo de comunicação instaurado em uma esfera pública que engloba Estado,
governo e sociedade, um espaço de debate, negociação e tomada de decisões relativas à
vida pública do país” (MATOS, 2009. p.49). O que talvez não tenha sido levado em
consideração é que comunicação pública não ocorre somente em questões que afetam o
país. Dentro de cidades ou mesmo bairros, devem existir processos comunicacionais
voltados para o debate político de temas de relevância para os grupos locais.
Para que essa participação popular ocorra, é imprescindível que os cidadãos,
tenham acesso a informações. O problema ocorre quando a informação é pouco
acessível a grande parte da população. Para Jorge Duarte (2009), além da falta de
recursos para o acesso, o déficit educacional entre as camadas populacionais menos
favorecidas pressupõem uma maior dificuldade de compreender o significado de tudo
aquilo que precisam conhecer para ajudar na construção de seus processos de cidadania.
Contudo, segundo dados do PNAD 2011 do IBGE5, 96,9% da população
brasileira possui pelo menos uma TV em casa. Motivado por tal discrepância, Venício
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G1. Disponível em <http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/numero-de-casas-com-tv-supera-o-das-que-tem-
geladeira.html> Acesso em 18 de abr. 2013.
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Lima (2009) cita dados de 2006 do Instituto Vox Populi para apresentar que quase 60%
dos entrevistados declararam que a televisão era sua maior fonte de informação política.
Esse destaque da mídia, sobretudo da TV, na forma com que os cidadão têm acesso às
informações acaba trazendo para os meio de comunicação de massa um papel que não
cabia a eles, mas que os torna ainda mais fortes e onipresentes na sociedade moderna.
Trata-se das funções de construir uma agenda política, transmitir informações políticas,
fiscalizar o governo, criticá-lo e direcionar as demandas da população.
Junte-se a isso a incapacidade política dos cidadãos, conforme defendido por
Márcia Duarte (2009), e o consequente mutismo decorrente desta incapacidade e
teremos um cenário pronto e acabado para que os meios de comunicação possam
permear e, não raro, coordenar a forma com que os cidadãos entram em contato com a
política, agora não mais tratando exclusivamente da gestão do Estado, mas sim das
práticas políticas inerentes a qualquer sociedade. Essa “espiral do silêncio”, conforme
conceito apresentado por Elisabeth Neuman (1995), tende a fazer com que a “voz”
dominante seja sempre a dos meios de comunicação, pois até recentemente, até o
surgimento e popularização da internet, não existiam formas contundentes e eficazes de
se apresentar pontos de vista alternativos para uma grande quantidade de pessoas. Essa
falta de espaço potencializava a prática do discurso único.
O surgimento e popularização da internet deu início a uma fase de discussão de
comunicação pública mediados pelas mídias de massa. É importante frisar que são
processos coexistentes e que a internet não é capaz de solucionar de imediato alguns
vícios da forma de se praticar a CP. Contudo, as possibilidades trazidas aproximam o
cidadão do processo. Mas quem é esse cidadão e o que se espera dele?
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por isso a questão do acesso à informação se torna tão importante e o papel das mídias
ganha destaque. A internet propicia uma variedade muito maior de canais, pontos de
vista e permite inclusive que o próprio cidadão seja produtor de conteúdo.
Entretanto, conforme coloca German (2000), as camadas sociais que não têm
condições financeiras necessárias à compra de equipamentos e ao pagamento para o uso
da rede ficam alijadas do progresso econômico e social. Por conta disso, a desigualdade
entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos estaria aumentando e o mundo estaria
passando a ser dividido entre pessoas conectadas e isoladas. Corroborando com a ideia,
Lorenzo Vilches fala que “O mundo não se divide entre ricos e pobres, mas entre os
informados e aqueles que ficaram de fora da era das conexões” (VILCHES, 2003. p.32).
Sem entrar nos méritos das razões do isolamento, a falta de acesso à rede,
durante muito tempo, resumia-se a não fazer parte de determinadas interações sociais
pela rede e de reduzir as possibilidades de aquisição de conteúdos disponíveis. Contudo,
com a recente popularização massiva da web, em que pese que, segundo dados do
Fecomércio-RJ/Ipsos6, apenas 48% da população brasileira tinha acesso à rede até
novembro de 2011, muitos processos de órgãos governamentais tem passado a ser
oferecidos com exclusividade de forma online. Tal fato vai de encontro com as
premissas básicas de uma comunicação pública, tendo em vista que não há, conforme
defende Jorge Duarte (2009), adaptação das ferramentas de acordo com o público e o
cidadão não é colocado na centralidade do processo.
Para tentar minimizar essa questão o Governo Federal tem implementado alguns
planos para popularização da internet. Ainda sem ter parâmetros suficientes para medir
o resultado destes programas, as iniciativas dos governos são necessárias, pois os
“isolados” padecem de problemas que vão além do acesso à rede.
Contudo, apesar dos contratempos, a rede traz também um mundo de
possibilidades e processos que, paulatinamente, tendem a inserir nos processos
comunicacionais formas mais completas e democráticas de diálogo. Pode-se observar,
por exemplo, que apesar de muitos brasileiros não terem acesso à internet, todos aqueles
que o possuem podem recorrer aos mesmos conteúdos. Ademais, o cidadão pode ser o
responsável pelo desencadear o processo comunicativo como emissor.
Em relação a isso, Negroponte (2000) diz que a internet permite que cada pessoa
funcione como uma rede de TV não autorizada, o que propicia uma mudança estrutural
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To Be Guarany. Disponível em <http://tobeguarany.com/internet_no_brasil.php> Acesso em 18 abr. 2013.
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Um exemplo para demonstrar de que forma a internet pode funcionar como uma
esfera pública moderna para propiciar um espaço de discussão e mobilização é o
movimento que foi criado pelo Facebook denominado “Fora Marconi”, organizado com
o intuito de afastar de seu cargo o Governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo.
Este estudo sobre o movimento supracitado foi conduzido com o intuito de
responder como a internet pode colaborar com a construção da cidadania em relação à
comunicação pública oriunda dos internautas. Todas as informações foram extraídas da
fan page do movimento no Facebook7, de declarações via recurso "mensagens" em
conversa entre o autor deste artigo e Arthur Moisés, um dos administradores da fan
page, e de observação participante da primeira manifestação presencial do movimento,
ocorrida em 14 de abril de 2012. Ressalte-se que em relação à observação participante,
o autor deste trabalho observou cuidadosamente a metodologia proposta por Peruzzo
(2009), se inserindo no grupo pesquisado sem se deixar passar por membro, atuando
estritamente como observador autônomo.
O movimento Fora Marconi surgiu no dia 1º de Abril de 2012, como um evento
de Facebook, criado por Samir Miguel, por indignação em relação ao esgotamento
repentino da edição nº 691 da revista Carta Capital na cidade de Goiânia, que chegou às
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Facebook. Disponível em <http://www.facebook.com/groups/379546372085577/> Acesso em 09 jul. 2012.
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UOL. Disponível em <josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2012/04/14/goias-tres-mil-pessoas-protestam-contra-
perillo> Acesso em 14 abr. 2012.
9
G1. Disponível em <g1.globo.com/goias/noticia/2012/04/manifestantes-pedem-saida-do-governador-marconi-
perillo-em-go.html> Acesso em 14 abr. 2012.
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5. Considerações finais
O surgimento da internet e as evoluções pelas quais passou fizeram com que ela
se tornasse um meio que alterou a forma com que as pessoas lidam com as mídias de
massa. Com possibilidades de participar ativamente tanto como produtor quanto como
receptor, com condições de dar feedback e comentar todo o conteúdo disponível, os
cidadãos com acesso à rede perceberam que é possível estabelecer diálogos, o que não
ocorria em outros meios de comunicação, onde ocorria um fluxo unilateral de conteúdo.
Com essas possibilidades, o instrumento para se praticar uma comunicação
pública verdadeira, com estabelecimento de negociações e com participação de todos os
envolvidos nas discussões referentes a temas de interesse público, já existe e depende de
vontade política e democratização de acesso para ser utilizado.
Contudo, como a comunicação pública não depende necessariamente do
estabelecimento de papéis pré-definidos de emissores e receptores, até mesmo por se
tratar de um diálogo, é a mensagem que tem definido os rumos que a CP tem tomado.
Os grupos, ao definirem e discutirem os temas de relevância de seu interesse, passam a
trazer à tona as pautas necessárias à construção da cidadania para este público
específico. E a internet tem colaborado neste processo, sobretudo pelas mídias sociais.
Por ser um veículo relativamente novo e por ter trazido novas formas de
interação em relação aos meios tradicionais, a internet ainda dá seus primeiros passos
como ferramenta de instauração de uma verdadeira comunicação pública. Contudo, isso
já pode ser verificado em episódios isolados, o que pode vir a servir de exemplo para
que grande parcela da população, ao perceber o poder que a mobilização por meio da
internet proporciona, passe a reivindicar todos os elementos que considerarem
importantes em busca da construção de sua cidadania.
6. Referências Bibliográficas
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Sites pesquisados:
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