leicomplementarsistemaviario
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DA CONCEITUAÇÃO E OBJETIVOS
Art 1º. O ordenamento, dimensionamento e as prioridades de circulação do Sistema
Viário Básico do Município de Mercedes serão estabelecidos conforme as diretrizes
determinadas na Lei do Plano Diretor.
Art. 2º. Objetivos gerais para disciplinar o sistema viário:
I – assegurar a circulação e o transporte urbano que atenda a população;
II – priorizar o transporte coletivo ao individual;
III – estabelecer condições para que as vias de circulação possam desempenhar suas
funções e dar vazão adequada ao respectivo tráfego;
IV – estabelecer um sistema de vias de circulação adequado ao tráfego e a locomoção dos
usuários;
V – assegurar a continuidade do arruamento existente nos novos loteamentos no
Município;
VI - implantar um sistema de ciclovias, como alternativa de locomoção e lazer;
VII - proporcionar segurança e conforto ao tráfego de pedestres e ciclistas.
Art. 3º. Os arruamentos no Município devem seguir as diretrizes previstas na Lei de
Parcelamento do Solo Urbano e serem aprovados pela Administração Municipal.
Parágrafo único. A presente Lei complementa, sem alterar ou substituir, a Lei de Uso e
Ocupação do Solo do Município.
Lei Complementar nº 006/2008 – fl. II
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 4º. Para aplicabilidade, são adotadas as seguintes definições:
I - arruamento: é o conjunto de ruas públicas destinadas à circulação viária e acesso aos
lotes;
II - caixa da via: é a distância, definida em projeto, entre os dois alinhamentos prediais em
oposição;
III - código de trânsito: conjunto das normas que disciplinam a utilização das vias de
circulação;
IV - passeio: é o espaço destinado à circulação de pedestres, situado entre o alinhamento
predial e o início da pista de rolamento;
V - pista de rolamento: parte da via de circulação destinada ao desenvolvimento de uma
ou mais faixas para o tráfego e estacionamento de veículos;
VI - sistema viário básico: conjunto das vias principais de circulação do Município, com
hierarquia superior às de tráfego local;
VII - sinalização horizontal: constituída por elementos aplicados no pavimento das vias
públicas;
VIII - sinalização vertical: representada por painéis e placas implantados ao longo das vias
públicas;
IX - sinalização de trânsito: conjunto dos elementos de comunicação visual adotados nas
vias públicas para informação, orientação e advertência aos seus usuários;
X - tráfego: fluxo de veículos que percorre uma via em determinado período de tempo;
XI - tráfego leve: fluxo inferior a 50 (cinqüenta) veículos por dia em uma direção;
XII - tráfego médio: fluxo compreendido entre 50 e 400 (cinqüenta a quatrocentos) veículos
por dia em uma direção;
XIII - tráfego pesado: fluxo superior a 400 (quatrocentos) veículos por dia em uma direção;
XIV – via pública: área de terra, de propriedade pública e uso comum, destinada a vias de
circulação e espaços livres.
Lei Complementar nº 006/2008 – fl. III
CAPÍTULO III
§ 1º. A classificação referida neste Artigo está representada nos mapas denominados
Hierarquia do Sistema Viário Urbano, que integram a presente lei na forma de Anexo I.
§ 2º. As vias constantes nos perímetros urbanos dos Distritos Administrativos de Mercedes
serão consideradas vias locais, excetuando-se as vias de acesso a tais Distritos,
consideradas Estradas Vicinais ou Rodovias.
CAPÍTULO IV
V - Vias de Penetração:
a) Caixa da Via: 20m (vinte metros);
b) Pista de Rolamento: 11,20m (onze metros e vinte centímetros);
c) Passeio: 3m e 3,5m (três e três metros e meio);
d) Ciclovia: 1,5m (um metro e meio).
VI - Vias Locais:
a) Caixa da Via: 20 m (vinte metros);
b) Pista de Rolamento: 10m (dez metros);
c) Passeio: 5m (cinco metros).
§ 1º. As estradas vicinais de acesso às parcelas deverão ter pistas de rolamento com
larguras de 10,00m (dez metros), 12,00m (doze metros) ou 20,00m (vinte metros),
conforme o carregamento da via.
§ 2º. Deverão ser previstas rampas de acesso a pessoas portadoras de necessidades
especiais nos passeios dos logradouros urbanos, conforme a Norma Brasileira - NBR 9050
da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
CAPÍTULO V
DO VOLUME DE TRÁFEGO
Art. 9º. Os projetos de pavimentação das vias de circulação no Município, conforme o
estabelecido no Art.8º desta Lei classifica-se quanto ao volume de tráfego em:
I - Classe 1 - Tráfego pesado, compreendendo:
a) Rodovias;
b) Vias perimetrais;
c) Vias de penetração;
d) Via estrutural.
II - Classe 2 - Tráfego médio, compreendendo:
a) Vias coletoras;
III - Classe 3 - Tráfego leve, compreendendo:
a) Vias locais;
b) Estradas vicinais.
Lei Complementar nº 006/2008 – fl. VI
CAPÍTULO VI
DA SINALIZAÇÃO
Art. 10. A sinalização das vias públicas é de responsabilidade do Município, como
estabelece o Código de Trânsito Brasileiro, aprovado pela Lei Federal n° 9.503/97.
§ 1º. Toda e qualquer via pavimentada no Município deverá receber sinalização de
trânsito, segundo as exigências da legislação pertinente em vigor.
§ 2º. A sinalização horizontal das vias pavimentadas nos novos parcelamentos do solo
será executada às expensas dos respectivos parceladores, a partir de projeto previamente
aprovado pelo órgão municipal responsável.
§ 3º. O sentido de tráfego das vias será definido individualmente, dependendo do volume
de tráfego.
Art. 11. São diretrizes para intervenções no Sistema Viário:
I – executar obras de paisagismo e revitalização urbana, principalmente nas vias centrais e
estruturais;
II – observar a hierarquia viária para instalar iluminação adequada;
III – incentivar a melhoria dos passeios;
IV – implantar o sistema municipal de ciclovias.
CAPÍTULO VII
Vilson Schwantes
PREFEITO
ANEXO I – LEI COMPLEMENTAR Nº 006/2008.
Mapa de Hierarquia do Sistema Viário Municipal
ANEXO II – LEI COMPLEMENTAR Nº 006/2008.
Mapa de Hierarquia do Sistema Viário Urbano