Código de Edificações de Vilhena
Código de Edificações de Vilhena
Código de Edificações de Vilhena
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O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE VILHENA, Estado de Rondônia, no exercício regular de seu cargo e no uso das atribuições que lhe
confere o artigo 73 combinado com o inciso VI do artigo 96 da Lei Orgânica do Município, FAZ SABER, que a Câmara Municipal de
Vilhena aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte LEI:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Fica instituído o Código de Obras e Edificações (COE) como o instrumento que disciplina as regras gerais de autorização e
legalização da atividade edilícia, que estabelece as normas definidoras de controle técnico-funcional das construções, para
elaboração, análise e aprovação de planos, projetos, autorizações e licenciamentos quanto à execução de obras e instalações a
serem observadas no Município, bem como os respectivos procedimentos administrativos, executivos e fiscalizatórios de tais
atividades, em complemento às fixadas por Normas Técnicas relacionadas à matéria edilícia.
Parágrafo único. Os projetos, obras e instalações, públicos ou privados, a serem executados neste município deverão estar de
acordo com o COE, com as diretrizes e estratégias previstas no Plano Diretor Participativo (PDP) e com a legislação dele decorrente,
especialmente a Lei Complementar de Parcelamento do Solo Urbano (LPSU) e a Lei Complementar de Zoneamento do Uso e
Ocupação do Solo (LZUOS), com os demais regulamentos urbanísticos, com a legislação ambiental e com as normas técnicas da
ABNT.
CAPÍTULO I
SIGLAS E ABREVIATURAS
Art. 2º Para fins de compreensão desta Lei Complementar, os órgãos, entidades e expressões são identificados pelas seguintes
siglas e abreviaturas:
CAPÍTULO II
DOS ANEXOS
Art. 3º Fazem parte integrante desta Lei Complementar, os Anexos elencados neste artigo.
Parágrafo único. As figuras e esquemas constantes do Anexo 2 ilustram as condições que necessariamente devem ser obtidas
como resultado final da realização das obras e o Anexo 3 aquelas recomendadas, de forma a auxiliar a adoção de soluções em
projeto.
I - ANEXO 1. GLOSSÁRIO;
CAPÍTULO III
DEFINIÇÕES
Art. 4º À compreensão do presente COE, bem como dos projetos e documentos da atividade edilícia no Município, ficam
observadas as seguintes definições:
I - adaptação razoável: adaptação, modificação e ajuste necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e
indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade
de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;
II - alinhamento: linha legal que limita os imóveis com relação à via pública;
III - altura da edificação: distância vertical entre o nível da soleira na entrada principal no térreo e o ponto mais alto da
edificação;
IV - alvará de Funcionamento: documento expedido pelo município através da SEMFAZ, autorizando o funcionamento das
atividades econômicas;
V - área computável: área construída que é considerada no cálculo do índice de Aproveitamento, dimensionada pela soma das
áreas cobertas de todos os pavimentos de uma edificação, excetuadas, dessa somatória, as áreas não-computáveis;
VI - área de expansão urbana: área ainda não loteada que se encontra dentro do perímetro urbano do município;
VII - área dominial: área de propriedade do poder público não afetada a um uso específico, que pertence ao patrimônio
disponível do Ente;
VIII - área institucional: área destinada à construção e instalação de serviços públicos, equipamentos de educação, cultura,
saúde, segurança e convívio social;
IX - área não computável: área construída não considerada no cálculo do índice de Aproveitamento;
XII - ático: área construída sobre a laje de cobertura, no último pavimento de um edifício, na qual são permitidas: casa de
máquinas, caixas d`água, áreas de circulação em comum, moradia de zelador, área comum de recreação e parte superior de
unidade duplex em edifícios de habitação coletiva;
XIII - balanço: parte da construção que excede em projeção as áreas do pavimento térreo;
XIV - beiral: aba do telhado que excede a prumada da parede externa da edificação, prolongamento da cobertura, podendo
seresta aba biapoiada;
XV - calçada ou passeio público: parte do logradouro ou via pública compreendida entre o alinhamento predial e o leito
carroçável, usualmente mais alto que a área de circulação de veículos, destinada ao trânsito de pedestres, á implantação de
mobiliário urbano quando possível, sinalização vertical e horizontal, faixas de vegetação e outros fins;
XVI - canteiro de obras: espaço delimitado pelo tapume, destinado ao preparo e apoio à execução da obra ou serviço,
incluindo os elementos provisórios que o compõem, tais como estande de vendas, alojamento, escritório de campo, depósitos,
galeria, andaime, plataforma e tela protetora visando à proteção da edificação vizinha e logradouro público;
XVII - condomínio de lotes: modalidade com divisão do imóvel em unidades autônomas destinadas à edificação unifamiliar
futura, as quais correspondem às frações ideais exclusivas e das partes de propriedade comum dos condôminos, que não
impliquem na abertura de logradouros públicos, nem na modificação ou ampliação dos já existentes, sendo admitida abertura de
vias de domínio privado internamente ao perímetro do condomínio, permitida em gleba proveniente de parcelamento e de acordo
com diretrizes emitidas pela municipalidade, sendo de responsabilidade dos proprietários das unidades autônomas que compõem
o referido empreendimento a conservação e manutenção dos serviços de vias de circulação, área verde, sistema viário e outros
que lhes sejam delegados pela Municipalidade;
XVIII - condomínio edilício: modalidade com edificações ou conjunto de edificações em forma de unidades isoladas entre si,
com um ou mais pavimentos, destinadas a fim residencial ou não residencial, constituídas, cada unidade, por propriedade
autônoma, executadas concomitantemente às obras de urbanização pelo empreendedor e cuja implantação é permitida em gleba
proveniente de parcelamento, de acordo com diretrizes emitidas pela municipalidade, sendo de responsabilidade dos proprietários
das unidades autônomas que compõem o referido empreendimento a conservação e manutenção dos serviços de vias de
circulação, área verde, sistema viário e outros que lhes sejam delegados pela municipalidade, podendo ser, tal condomínio,
caracterizado como horizontal, vertical ou misto, conforme descrições a seguir:
a) condomínio edilício horizontal: modalidade em que a construção das edificações unifamiliares (térreas, assobradadas,
geminadas, sobrepostas ou agrupadas), comerciais, de prestação de serviços ou industriais é executada pelo empreendedor,
concomitantemente às obras de urbanização, onde sua implantação é permitida em gleba proveniente de parcelamento e de
acordo com diretrizes emitidas pela municipalidade, sendo de responsabilidade dos proprietários das unidades autônomas que
compõem o referido empreendimento a conservação e manutenção dos serviços de vias de circulação, área verde, sistema viário e
outros que lhes sejam delegados pela municipalidade;
b) condomínio edilício vertical: modalidade em que a construção das edificações multifamiliares e/ou comerciais, podendo ser
executadas pelo empreendedor, concomitantemente com a implantação das obras de urbanização, quando o imóvel não possuir os
melhoramentos públicos exigidos na presente Lei Complementar, sendo sua implantação permitida em gleba ou imóvel
proveniente de parcelamento e de acordo com diretrizes emitidas pela municipalidade, sendo de responsabilidade dos
proprietários das unidades autônomas que compõem o referido empreendimento a conservação e manutenção dos serviços de
vias de circulação, área verde, sistema viário e outros que lhes sejam delegados pela municipalidade; e
c) condomínio edilício misto: modalidade em que são construídas edificações unifamiliares, multifamiliares e/ou de atividades
econômicas com número de pavimentos diferentes entre si, no mesmo condomínio, concomitantemente à implantação das obras
de urbanização, sendo sua implantação permitida em gleba ou imóvel proveniente de parcelamento e de acordo com diretrizes
emitidas pela municipalidade, sendo de responsabilidade dos proprietários das unidades autônomas que compõem o referido
empreendimento a conservação e manutenção dos serviços de vias de circulação, área verde, sistema viário e outros que lhes
sejam delegados pela municipalidade.
XIX - condomínio urbano simples: modalidade em que num mesmo lote urbano contiver até duas unidades unifamiliares ou
comerciais autônomas isoladas horizontais, geminadas e sobrepostas, respeitados os parâmetros urbanísticos legais previstos na lei
de zoneamento do município, constituído de frações ideais de utilização exclusiva (privativa) e as de áreas comuns que constituem
passagem para as vias públicas ou para as unidades entre si;
XX - conjunto habitacional: empreendimento de interesse social no qual ocorre a subdivisão de gleba em lotes e cuja
construção das edificações unifamiliares ou multifamiliares é feita pelo empreendedor, concomitantemente à implantação das
obras de urbanização, podendo, ainda, caracterizar-se como justaposto ou superposto, conforme definições:
a) justaposto: agrupamento formado por duas ou mais unidades de habitação unifamiliar, geminada ou não, ou unidades
comerciais ou de serviços, sendo essas unidades, térreas ou assobradadas, com frente para logradouro público oficial e
correspondendo, a cada uma, terreno próprio ou fração ideai de terreno em caso de sistema de condomínio; e
b) superposto: agrupamento formado por duas ou mais unidades de habitação, comércio ou de prestação de serviços,
dispostas verticalmente em terreno com frente para logradouro público oficial.
XXI - demolição: derrubamento de edificação existente, podendo ser total ou parcial, de acordo com a relação entre área
derrubada e área existente;
XXII - divisa: linha divisória legal que separa imóveis confrontantes e logradouros públicos;
XXIII - edícula: construção secundária que contém elementos acessórios à edificação principal, locada nos fundos ou na lateral
do lote, exceto em esquinas;
XXIV - edificação: construção limitada por piso, paredes e cobertura, podendo ser destinada aos usos residencial, de
atividades econômicas e institucional;
XXV - edificação transitória: edificação de caráter não permanente, passível de montagem, desmontagem e transporte,
utilizada comumente em showroom;
XXVI - edifício ou prédio: edificação com mais de dois pavimentos, destinada habitação de uso coletivo ou unidades de
atividades econômicas;
XXVII - embargo: ordem de paralisação dos trabalhos na obra ou serviço em execução, por ausência da respectiva autorização
ou por desatendimento ao COE ou à LZUOS;
XXVIII - empreendedor: proprietário do imóvel e/ou responsável pela implantação de empreendimento ou compromissário
comprador, cessionário ou promitente cessionário ou parceiro, desde que seu proprietário expresse, no instrumento de alienação,
sua anuência em relação ao empreendimento e sub - rogue-se nas obrigações do compromissário comprador, cessionário ou
promitente cessionário ou parceiro, em caso de extinção do contrato devidamente registrado;
XXIX - empreendimento: forma de ocupação do solo urbano para fins de parcelamento do solo, com implantação de unidade
habitacional, comercial, industrial ou de serviços que regem impactos por ocasião de sua implantação;
XXX - fundo de vale: área não edificável compreendida entre um curso d`água e uma via paisagística;
XXXI - gleba: área de terreno que ainda não foi objeto de parcelamento do solo;
XXXII - habitação: edificação destinada à moradia ou residência, que pode caracterizar-se como:
XXXIII - impacto incômodo: resultado da utilização que possa produzir perturbações no tráfego, ruídos trepidações ou
exalações que venham incomodar a vizinhança;
XXXIV - impacto inócuo: resultado da utilização cujas atividades desempenhadas não causem perturbações à vizinhança;
XXXV - impacto nocivo: resultado da utilização que implique em manipulação de ingredientes, matérias primas ou processos
prejudiciais à saúde ou cujos resíduos líquidos, gasosos ou particulados possam poluir o solo, a atmosfera ou os recursos hídricos;
XXXVI - impacto perigoso: resultado da utilização que possa originar explosões, incêndios, vibrações, produção de gases,
poeiras e detritos, vindo a pôr em perigo a vida das pessoas ou as propriedades circunvizinhas;
XXXVII - índice de aproveitamento ou coeficiente de aproveitamento: relação numérica entre a somatória das áreas
computáveis da construção e a área do lote;
XXXVIII - interdição: ordem e ato de fechamento e desocupação do imóvel em situação irregular ou de risco em relação às
condições de estabilidade, segurança ou salubridade;
XXXIX - jirau: elemento constituído de estrado metálico, provisório e removível, instalado a meia altura em compartimento e
cujo projeto atenda as normas do Corpo de Bombeiros;
XL - logradouro público: área de propriedade pública e de uso comum e/ou especial do povo, destinada a vias de circulação e
aos espaços livres;
XLI - lote ou data: parcela de terreno contida em uma quadra, oriunda de parcelamento de solo e com acesso à via pública
dotada de infraestrutura;
XLII - lote padrão: terreno contendo as dimensões de testada e área mínimas exigidas para a zona em que se localiza;
XLIII - loteamento: resultado da subdivisão de uma gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de
circulação, de logradouros públicos ou mesmo prolongamento, modificação ou ampliação das vias já existentes;
XLIV - loteamento fechado: loteamento de acesso controlado, caracterizado pela adoção de acessórios privativos e de
sistemas de tapagem que o separa da malha viária urbana ou da área rural adjacente, sendo suas vias internas e áreas de uso
comum incorporadas ao domínio público, porém recaindo sobre elas concessão especial de uso em favor de seus moradores e
sendo de responsabilidade dos proprietários dos lotes que compõem o referido empreendimento a conservação e manutenção dos
serviços de vias de circulação, área verde, sistema viário e outros que lhes sejam delegados pela municipalidade;
XLV - mezanino: instalação à meia altura, com pé-direito de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) e que ocupe, no máximo,
50% (cinquenta por cento) da área do compartimento ou cômodo no qual se situa;
XLVI - mobiliário: elemento construtivo que não se enquadra como edificação ou equipamento, tais como: guarita e módulo
pré-fabricado, jirau, abrigo ou telheiro sem vedação lateral em pelo menos 50% (cinquenta por cento) do perímetro, estufas,
quiosques, viveiros de plantas, churrasqueiras, dutos de lareiras, pérgulas, dentre outros;
XLVII - nível de uso: critério de classificação do uso de atividades econômicas conforme CNAE que estas apresentem, que
resulta na demarcação territorial do Município para fins da instalação e funcionamento de tais atividades nas áreas delimitadas,
independentemente da zona na qual se inserem;
XLVIII - obra acessória: edificação secundária ou parte da edificação que, funcionalmente, vêm a complementar a atividade
principal do imóvel, tais como:
XLIX - parcelamento do solo: divisão ou aglutinação de lotes, glebas e áreas com vistas à edificação, podendo ser realizado na
forma de:
a) desdobro: subdivisão de imóvel urbano em duas partes edificáveis, atendendo as dimensões mínimas estabelecidas ao lote
padrão;
b) desmembramento: subdivisão do imóvel urbano em mais de duas partes, desde que atendam as dimensões mínimas, de
testada e área, do lote padrão da zona que este se localize, destinado a edificação, com aproveitamento de sistema viário existente,
desde que não implique na abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou
ampliação das vias existentes; e
c) unificação: junção de duas ou mais glebas urbanas ou lotes urbanos contíguos.
L - parklet ampliação do passeio público, realizada por meio da implantação de plataforma sobre a área antes ocupada por
leito carroçável da via pública, equipada com bancos, floreiras, mesas e cadeiras, guarda-sóis, aparelhos de exercícios físicos,
paraciclos ou outros elementos de mobiliário, com função de recreação ou de manifestações artísticas;
LI - pavimento ou piso: plano horizontal que divide a edificação no sentido da altura, também considerado como o conjunto
de dependências situadas em um nível compreendido entre dois pianos horizontais consecutivos;
LII - pavimento térreo: primeiro pavimento de uma edificação, cujo nível de piso situa-se entre as cotas - 1,20m (menos um
metro e vinte centímetros) e +1,20m (mais um metro e vinte centímetros) em relação ao nível natural do terreno;
LIV - perímetro urbano: linha de contorno que delimita a área urbana da área rural;
LV - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas;
LVI - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou
temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso,
gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;
LVII - pilotis: conjunto de pilares ou resultado visual do sistema construtivo no qual o pavimento térreo é vazado e contêm
apenas os pilares estruturais, hall de entrada e o bloco de circulação do prédio, podendo esse espaço, ainda, ser utilizado como
garagem ou área de lazer;
LVIII - pista: parte da via destinada à circulação e/ou estacionamento de veículos identificada por elementos separadores ou
por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros;
LIX - possuidor: pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer título que tenha de fato o exercício, pleno ou não,
de usar o imóvel objeto da obra;
LX - potencial construtivo: produto da área de um lote ou gleba, pelo índice de aproveitamento da zona na qual se insere;
LXI - profissional habilitado: técnico registrado perante os órgãos federais fiscalizadores do exercício profissional, respeitadas
as atribuições e limitações consignadas por aqueles órgãos;
LXII - profundidade média do lote: medida definida pelo quociente entre a área do lote e a frente do mesmo;
LXIII - proprietário: pessoa física ou jurídica, detentora de título de propriedade do imóvel registrado no OR1;
LXIV - quadra: porção de terra resultante de parcelamento, delimitada por vias públicas oficiais e constituída por um ou mais
lotes;
LXV - reconstrução: obra destinada à recuperação e recomposição de uma edificação danificada pela ocorrência de incêndio
ou outro sinistro, mantendo as características anteriores, observadas as condições de adaptação à segurança de uso e de
acessibilidade;
LXVI - recuo ou afastamento: menor distância estabelecida pelo Município entre a edificação e a divisa do lote onde se situa, a
qual pode ser frontal, lateral e de fundos;
LXVII - restauro da edificação: recuperação de imóvel sob regime de preservação municipal, estadual ou federal, de modo a
lhe restituir as características originais a ser autorizado pelo órgão competente;
LXVIII - rota acessível: trajeto continuo, desobstruído e sinalizado, acessível às pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida, que conecta os ambientes externos e internos de espaços ou edificações;
LXX - sobreloja: pavimento entre o pavimento térreo e o primeiro pavimento da edificação, com ou sem acesso independente;
LXXI - subsolo: pavimento situado, normalmente, abaixo do pavimento térreo, cujo nível de teto situa-se até a cota - 1,20m
(menos um metro e vinte centímetros) em relação ao nível natural do terreno;
LXXII - sustentabilidade: condição que assegura a justa distribuição dos benefícios e ônus na utilização dos recursos naturais e
bens socioambientais, na preservação e recuperação ambiental e no desenvolvimento das atividades econômicas para o bem-estar
da população atual e das gerações futuras;
LXXIII - taxa de ocupação: relação, expressa em valores percentuais, entre a área de projeção da edificação sobre o terreno e a
área do referido terreno;
LXXIV - taxa de permeabilidade: relação, expressa em valores percentuais, entre a área do lote ou gleba passive! de infiltração,
permanecendo-se totalmente livre de qualquer edificação, e área total do lote ou gleba;
LXXV - testada: segmento do perímetro do lote adjacente ao logradouro principal definida pela distância entre duas divisas
laterais;
LXXVI - torre: edificação em sentido vertical, construída no rés do chão ou acima do embasamento;
LXXVII - uso coletivo: forma de utilização das edificações destinadas à atividade não residencial, voltadas a grupos de pessoas,
como, por exemplo, shoppings, galerias, escritórios, clínicas;
LXXVIII - uso comum: forma de utilização de espaços, salas ou elementos, internos ou externos, disponíveis a um grupo
específico de pessoas, como, por exemplo, salas em edifício de escritórios, ocupadas geralmente por funcionários, colaboradores e
eventuais visitantes;
LXXIX - uso permissível: forma de utilização com grau de adequação à zona, a critério do CPDDS do Município;
LXXXI - uso privado: forma de utilização das edificações com restrição a pessoas específicas e destinadas à habitação, podendo
ser classificadas como unifamiliar, ou multifamiliar;
LXXXII - uso público: forma de utilização das edificações administradas por entidades da Administração Pública, Direta e
Indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e destinadas ao público em geral;
LXXXIII - uso restrito: forma de utilização de espaços, salas ou elementos, internos ou externos, disponíveis estritamente a
pessoas autorizadas, como, por exemplo, casas de máquinas, barriletes, passagem de uso técnico e outros com funções similares;
LXXXIV - via pública: via de uso público, aceita e declarada ou reconhecida como oficial pelo Município, onde transitam
veículos, pessoas e animais, compreendendo pista, calçada, acostamento, ilha e canteiro;
LXXXV - zona: espaço físico-territorial do município perfeitamente delimitado e caracterizado pela presença de um ou mais
usos; e LXXXVI - zona adensável: aquela na qual as condições do meio físico e a disponibilidade da infraestrutura instalada
permitem a intensificação do uso e ocupação do solo.
TÍTULO II
DAS PREMISSAS
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS ÀS OBRAS E EDIFICAÇÕES
Art. 5º As obras, instalações e edificações sejam públicas ou privadas deverão assegurar padrões eficientes de segurança e solidez,
de salubridade e saúde, de conforto ambiental e desempenho energético, de acessibilidade, de preservação e uso sustentável dos
recursos naturais, de proteção do patrimônio cultural, em cada caso e sempre que couber, atendendo às seguintes premissas em
garantia da qualidade edilícia no Município:
II - promoção do direito à cidade sustentável e das funções sociais da cidade e da propriedade urbana ou rural;
III - utilização e obediência às Normas Técnicas Brasileiras e regulamentações aplicáveis para orientação do desenvolvimento
de projetos e execução de obras;
IV - desenvolvimento de soluções com base nas boas práticas locais, na arquitetura vernacular e na produção científica, tendo
em vista a manutenção da qualidade do espaço construído do local onde se dá a intervenção e a correlação com os valores
culturais da população;
V - garantia das condições de acessibilidade, circulação e utilização pela população das edificações de uso público e coletivo,
do espaço e mobiliário urbano, com adoção de soluções específicas para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,
conforme previsto em normas técnicas e na legislação aplicável;
VI - adoção de parâmetros bioclimáticos para o desenvolvimento de projetos de arquitetura e de desenho urbano, tendo em
vista:
VII - utilização de tecnologias sustentáveis, materiais de construção certificados e ajudas técnicas disponíveis em
complemento à promoção do conforto ambiental, eficiência energética e acessibilidade das edificações e do meio urbano;
VIII - implantação do objeto arquitetônico no lote, bem como do mobiliário urbano e demais artefatos nos logradouros
públicos, garantidas a acessibilidade, o desenho universal e a qualidade tecnológica, de forma a potencializar os atributos da
paisagem urbana e evitar a poluição visual;
IX - adoção de espécies regionais nativas do Bioma da Amazônia adequadas para arborização urbana, nos demais projetos
paisagísticos e no ajardinamento de lotes particulares, sempre que viável e conforme requerimentos da Guia de Arborização do
Município de Vilhena;
X - simplificação dos procedimentos administrativos pelo Poder Público e promoção da assistência técnica, tendo em vista
facilitar a regularidade e a correta execução de projetos e obras de interesse social ou em prol do bem comum, inclusive apoiando
as iniciativas de construção direta pelos seus usuários nos moldes da Lei Federal nº 11.888, de 24 de dezembro de 2008.
Parágrafo único. A garantia da acessibilidade de que trata este artigo será dada por intermédio da adoção dos parâmetros
estabelecidos nas normas técnicas, especialmente a NBR nº 9050 da ABNT, conforme as disposições da Lei Federal nº 13.146, de 6
de julho de 2015 e do Decreto Federal nº 9.451, de 26 de julho de 2018, além daqueles previstos neste COE.
Art. 6º O processo de licenciamento das obras para abrigo de atividades submetidas ao Estudo de Impacto de Vizinhança só
poderá ser estabelecido após cumprimento dos ritos exigidos pela legislação municipal aplicável, observados os requerimentos das
contrapartidas para mitigação de impactos, além das disposições deste COE.
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES DE PROJETO E EXECUÇÃO
Art. 7º Os projetos de construção ou reforma, além de atenderem aos parâmetros de habitabilidade estabelecidos neste COE,
devem ser orientados pela promoção da sustentabilidade, conforto ambiental e eficiência energética da edificação.
Parágrafo único. Com o objetivo de reduzir as emissões de GEE e os impactos ambientais gerados pela construção e pela sua
utilização ao longo do tempo, a promoção do uso eficiente da energia elétrica, da água e dos materiais nela empregados, será
obtida a partir das seguintes diretrizes:
II - gestão sustentável das obras e das práticas de construção, de forma a evitar o desperdício de materiais e maximizar a
reciclagem e a reutilização, minimizando a geração de resíduos;
III - aplicação das estratégias estabelecidas para a Zona Bioclimática 8 (ZB 8), do Zoneamento Bioclimático Brasileiro, conforme
NBR nº 15.220: Desempenho Térmico das Edificações, Parte 3: Zoneamento Bioclimático Brasileiro e Diretrizes
Construtivas para Habitações Unifamiliares de Interesse Social, e NBR 15.575: Desempenho de Edifícios Habitacionais até 5
Pavimentos da ABNT, para concepção arquitetônica, associada à adequada implantação no lote, orientação solar dos ambientes,
localização de aberturas e especificação de materiais de construção em prol do desempenho térmico da edificação;
IV - aproveitamento das boas práticas, da arquitetura vernacular e das características climáticas locais para a promoção do
conforto ambiental da edificação, a partir da consideração dos seguintes fatores principais:
a) qualidade do ar;
b) conforto luminoso (ou lumínico);
c) conforto acústico; e
d) conforto térmico (ou higrotérmico).
V - uso de produtos de construção e acabamentos sustentáveis, considerando a adoção de materiais originários da região,
produzidos de forma sustentável legalizada, de materiais reaproveitados ou de demolição e de materiais certificados ou de
comprovada responsabilidade ambiental do fabricante.
VI - adotar especificações de projeto com o objetivo de adequar a edificação às características climáticas locais benéficas e/ou
remediar as de maior rigor ao longo das estações do ano predominantes, em benefício do desempenho térmico e da ventilação e
iluminação natural, com o adequado dimensionamento de dispositivos de proteção para implantação das estratégias bioclimáticas.
VII - especificação de equipamentos, dispositivos e instalações que favoreçam o uso eficiente e a economia de energia elétrica
e a redução do consumo de água tratada e/ou assegurem a qualidade da água potável.
VIII - planejamento paisagístico como elemento contribuinte para o conforto ambiental da edificação, pelo estabelecimento
de barreiras para direcionamento dos ventos dominantes, criação de áreas de sombra no verão ou proteção contra as chuvas,
criação de microclimas e umidificação, drenagem do solo e fixação de encostas, conforto acústico e filtragem de ruídos; filtragem
do ar e de poluentes, entre outros;
IX - ativação do uso das edificações de valor cultural, histórico ou arquitetônico, maximizando as condições de preservação do
bem imóvel na interação com as premissas de conforto ambiental, eficiência energética e acessibilidade.
TÍTULO III
DAS CONDIÇÕES RELATIVAS ÀS OBRAS
CAPÍTULO I
DAS INTERVENÇÕES NO MEIO URBANO
Art. 8º Qualquer serviço, obra ou instalação, de iniciativa pública ou privada, que requeira intervenção sobre a calçada, alteração
de calçamento e meio-fio ou escavação do leito da via ou logradouro públicos exigirá prévia licença do órgão municipal competente
para a sua realização, salvo expressa ressalva deste artigo.
§ 1º As obras de intervenção na via pública com duração até cinco dias corridos para sua conclusão terão a realização
comunicada ao órgão municipal competente, dispensando-se a exigência da licença, estando sujeitas à verificação e eventual
imposição das medidas e sanções cabíveis em caso de descumprimento do prazo e das condições estabelecidas neste parágrafo.
§ 2º As intervenções no meio urbano promovidas pelas concessionárias de serviços públicos responsáveis pelas redes
subterrâneas ou aéreas de abastecimento de energia, gás, água e esgoto, telefonia e comunicações estão dispensadas da prévia
licença nos casos de realização de serviços de conserto em caráter emergencial.
§ 3º Os promotores das obras sobre as vias públicas submetem-se aos requerimentos estabelecidos neste COE quanto à
segurança, integridade e acessibilidade de seus funcionários, da população, dos veículos e do patrimônio público.
Art. 9º Após o devido licenciamento, as obras para manutenção, expansão ou prolongamento das redes de abastecimento e novas
ligações; para construção, modificação ou manutenção de calçadas e muros situados no alinhamento; para instalação de
equipamentos e mobiliário urbano; plantio de espécies vegetais nos logradouros públicos; de iniciativa pública ou privada, deverão
atender às disposições deste COE e da legislação municipal aplicável, além de adotar as seguintes medidas:
I - demarcação e proteção do perímetro da intervenção com elementos de fechamento confeccionados em material seguro ao
trânsito de pessoas e veículos e instalação de percurso alternativo para pedestres, conforme determinações deste COE e da NBR nº
9050 da ABNT, quando cabível;
II - instalação de sinalização de alerta, inclusive noturna, quanto às obras e à orientação do percurso seguro para a sua
transposição;
III - manutenção permanente do logradouro durante a intervenção e material de obra devidamente estocado e organizado;
IV - utilização de caçambas ou recipientes para guarda do entulho resultante da intervenção até a sua retirada, posicionados
de forma a não impedir o tráfego de veículos e a rota acessível ao trânsito de pedestres;
V - recomposição do logradouro ao estado original e/ou em condição melhorada de acessibilidade para o desempenho de sua
função após o término da intervenção, ao critério do órgão municipal competente; e
VI - remoção de todo o material remanescente das obras ou serviços, bem como limpeza do local, imediatamente após a
conclusão das atividades.
Parágrafo único. Os eventuais danos ocasionados ao patrimônio particular ou público e às pessoas são de responsabilidade do
promotor da obra ou do serviço.
Art. 10. As intervenções em vias ou logradouros públicos no entorno de bens imóveis e sítios de valor histórico, cultural,
arquitetônico ou arqueológico estão sujeitas à consulta ao órgão competente pela tutela do bem por parte dos responsáveis pelo
licenciamento, a fim de dirimir eventuais dúvidas.
Art. 11. As concessionárias de serviços públicos ficam obrigadas a adequar-se aos padrões estabelecidos pelo Município quando
da implantação de projetos para qualificação do meio urbano, com o objetivo de promover intervenções urbanísticas em bairros ou
áreas da cidade, para implantação de programas e projetos urbanos de revitalização, operação, renovação e similares, para
promoção da acessibilidade e mobilidade urbanas, para a qualificação ambiental do espaço e da paisagem urbanos, entre outros,
promovidos em prol do bem público.
Art. 12. Todo equipamento e mobiliário urbano a serem dispostos nos logradouros públicos deverão atender aos pressupostos do
desenho universal e às orientações da NBR nº 9050 da ABNT, além de cumprir os requerimentos determinados pelo órgão
municipal competente quando do processo de licenciamento.
CAPÍTULO II
DAS OBRAS PROMOVIDAS DIRETA OU INDIRETAMENTE PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL
Art. 13. As obras públicas municipais destinadas às intervenções no meio urbano ou à construção e reforma de edificações devem
atender às seguintes premissas para a elaboração de projetos e a execução das obras:
I - a concepção do projeto arquitetônico ou urbanístico deve atender às necessidades de conforto ambiental dos usuários a
partir do estudo das características climáticas locais e do entorno e das estratégias bioclimáticas a adotar, conforme previsto para a
ZB 8 em observância à NBR nº 15.220-3 e NBR nº 15.575, tendo em vista:
II - garantir a acessibilidade plena no caso de novos projetos de edificações ou de intervenções urbanísticas a implantar ou
construir;
III - promover soluções em acessibilidade nas reformas dos imóveis existentes, esgotando todas as possibilidades ao alcance, a
fim de garantir, no mínimo, as condições para acesso do logradouro à edificação, com adoção, ao menos, de uma rota acessível no
interior, interligando as partes de uso comum dos usuários, conforme as orientações da NBR nº 9050, e demais determinações da
Lei Federal nº 13.146, de 2015 e do Decreto Federal nº 9.451, de 2018, além daqueles previstos neste COE;
IV - no meio urbano, planejar a disposição de equipamentos de utilidade pública e do mobiliário urbano, como lixeiras, caixas
de correio, banheiros públicos, postes de iluminação e placas de sinalização, bancas de jornal, quiosques, bancos, floreiras,
telefones, caixas eletrônicos, entre outros, de forma a garantir rota acessível para circulação de pedestres livre de barreiras e
desenho universal para alcance e uso;
V - dotar os novos prédios públicos e adaptar os existentes com as estratégias arquitetônicas e equipamentos para promoção
do conforto térmico e lumínico e da eficiência energética, conforme orientações para a ZB 8 dos Regulamentos Técnicos do
INMETRO e do PROCEL e suas revisões;
VI - prover soluções para redução do consumo e uso eficiente da água tratada com aproveitamento das águas pluviais, a
saber:
a) adotar metais e aparelhos hidrossanitários cujos mecanismos economizam o consumo de água (torneiras, chuveiros,
válvulas e caixas de descarga, etc.);
b) otimizar o projeto complementar de instalações hidráulicas com a adoção de superposição e/ou justaposição das áreas
molhadas e colunas e/ou paredes hidráulicas; e
c) captar, canalizar, reservar e redistribuir as águas pluviais para uso não potável, de forma independente.
VII - prever local adequado para acondicionamento de forma seletiva das frações seca e úmida dos resíduos sólidos gerados
na edificação;
VIII - avaliar a necessidade de reserva de área para disposição de lixo verde e/ou para compostagem quando cabível;
IX - os resíduos oriundos de demolições ou atividades construtivas deverão ser segregados na fonte geradora e encaminhados
à destinação final, respeitadas as classes estabelecidas na Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, e em observância à
legislação federal que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos;
X - os projetos de unidades de serviços de saúde deverão prever o espaço necessário à segregação de seus resíduos e atender
às orientações das Resoluções RDC ANVISA nº 306, de 7 de dezembro de 2004 e CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005, que
dispõem, respectivamente, sobre o gerenciamento interno e externo dos resíduos sólidos;
XI - os projetos de habitação de interesse social, de iniciativa municipal executados pela Administração ou por terceiros
deverão ser concebidos e executados conforme as seguintes orientações específicas, sem prejuízo das demais disposições deste
Capítulo:
a) prover soluções em acessibilidade segundo a NBR nº 9050 da ABNT, e determinações da Lei Federal nº 13.146, de 2015 e do
Decreto Federal nº 9.451, de 2018;
b) definir o projeto urbanístico do empreendimento e adotar tipologias construtivas livres de barreiras, incluindo acesso às
edificações, elementos de sinalização, desenho universal do mobiliário urbano e, quando cabível, reserva de vagas de veículo para
pessoas com deficiência e idosos, de acordo com o percentual de reserva previsto no Decreto Federal nº 9.451, de 2018 e no
Estatuto do Idoso, respectivamente;
c) definir projetos e adotar tipologias construtivas livres de barreiras arquitetônicas nas unidades habitacionais e demais
equipamentos de uso da comunidade quando previstos; e
d) no caso de o empreendimento incluir edificação multifamiliar:
1. execução das unidades habitacionais plenamente acessíveis no piso térreo e, dimensionadas de maneira a permitir
adaptação posterior nos demais pisos; e
2. edificações até 4 (quatro) pavimentos, execução das partes de uso comum de forma acessível e especificações técnicas de
projeto que facilitem a instalação posterior de elevador adaptado para uso de pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida.
e) edificações com 5 (cinco) ou mais pavimentos, adoção de rampas ou elevador(es) acessível(is), além da escada obrigatória;
f) adoção de solução para geração de energia fotovoltaica sem prejuízo da previsão de outra fonte de energia elétrica
distribuída;
g) adotar solução para reserva e aproveitamento das águas pluviais para usos não potáveis como regas de jardim e lavagem de
calçadas e veículos, descarga de bacias sanitárias, limpeza de pisos e paredes, reserva para combate a incêndio, entre outros;
h) priorizar a utilização de material de construção civil dotado de certificação ou selo de sustentabilidade;
i) na ausência de rede pública, adotar solução para drenagem das águas pluviais, tratamento do esgoto sanitário e de
provimento de água potável, atendendo condições técnicas apropriadas e, em qualquer caso, as tubulações para futura ligação à
rede pública devem ser instaladas em todo o empreendimento, inclusive dentro do lote.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS
Seção I
Do Início Das Obras
I - obras de edificações:
a) preparo do terreno para locação da obra com movimentação de terra, mesmo que superficial (raspagem de terra),
distinguindo-se da mera limpeza do lote ou gleba;
b) abertura de covas para fundações;
c) início de execução de fundações superficiais; e
d) disposição de sinalizações, máquinas, equipamentos e material de obra no imóvel.
II - obras gerais:
Seção II
Do Canteiro e Execução Das Obras
Art. 15. Os responsáveis pelas obras de construção civil, públicas ou privadas, deverão observar os comandos da Resolução
CONAMA nº 307, de 2002, quanto à geração, classificação, triagem e acondicionamento dos RCC na origem, em cumprimento à Lei
Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a PNRS e dos PRS estadual e municipal.
Parágrafo único. As empresas de construção civil, nos termos de regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos
competentes do SISNAMA, estão sujeitas à elaboração de PGRCC.
Art. 16. Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização ou a iluminação pública, a visibilidade de placas
ou sinais de trânsito e outras instalações de interesse público.
Art. 17. É proibida a permanência de qualquer material de construção nas vias e nos logradouros públicos, bem como a sua
utilização como canteiro de obras ou depósito de entulhos, salvo nos casos previstos nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. A não retirada dos materiais de construção ou do entulho autoriza o Município a remover o material
encontrado no logradouro ou via pública, dando-lhe o destino conveniente, e a cobrar dos executores da obra a despesa de
remoção e disposição final, aplicando-lhes as sanções cabíveis concomitantemente.
Art. 18. A implantação do canteiro de obras em outro local, diverso do que se realiza a obra somente terá sua licença concedida
pelo órgão municipal competente mediante exame das condições de circulação e fluxos criados no horário de trabalho e dos
inconvenientes ou prejuízos que venham causar ao trânsito de veículos, pedestres e aos imóveis vizinhos.
Parágrafo único. Após o término das obras, é obrigatório o estabelecimento das condições de acessibilidade da calçada e a
restituição da cobertura vegetal preexistente à instalação do canteiro de obras, conforme estabelecido nesta Lei Complementar.
Seção III
Dos Tapumes e Dos Equipamentos de Segurança
Art. 19. Enquanto durarem as obras, o responsável técnico deverá adotar todas as medidas e equipamentos necessários à
proteção e segurança dos que neta trabalham, dos pedestres, das propriedades vizinhas e do patrimônio público, observado o
disposto nesta Seção, nas normas da ABNT e na legislação trabalhista.
Art. 20. Nenhuma construção ou reforma, reparo ou demolição poderá ser executado no alinhamento predial sem que esteja
obrigatoriamente protegido por tapumes, salvo quando se tratar da execução de muros, grades, gradis ou de pintura e pequenos
reparos na edificação desde que não comprometam a segurança e o trânsito de pedestres e sejam devidamente sinalizados.
§ 1º Os tapumes somente poderão ser colocados após expedição, pelo órgão municipal competente, da licença de construção
ou demolição.
§ 2º É proibida a instalação de tapumes precários, devendo ser confeccionados de material resistente às intempéries ou
receber impermeabilização com montagem de todos os seus elementos de forma a garantir a integridade física dos transeuntes.
§ 3º Tapumes e portões de acesso às obras deverão ser mantidos íntegros, limpos ou pintados, com tratamento que qualifique
a paisagem urbana, até a sua retirada.
Art. 21. A colocação de tapumes e andaimes sobre a calçada pública deverá garantir faixa para circulação de pedestres, livre de
barreiras ou obstáculos com, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura, conforme disposto na NBR nº 9050 da
ABNT.
§ 1º Em qualquer caso, havendo projeção superior de tapumes e andaimes sobre a calçada, a altura livre de barreiras a ser
adotada é de, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).
§ 2º Na impossibilidade de cumprimento do caput deste artigo, excepcionalmente o órgão municipal competente poderá
autorizar, por prazo determinado, faixa para circulação de pedestres sobre o leito carroçável da via pública, desde que comprovada
a inviabilidade das condições do local e adotados os procedimentos de segurança cabíveis, a saber:
a) todo o percurso de pedestres na transferência para a nova estrutura de circulação sobre o leito carroçável deve ser feito no
mesmo nível da calçada;
b) caso haja impossibilidade para a adoção da transferência em nível conforme a alínea (a) deve ser adotada solução em
rampa para vencer o desnível nas extremidades do circuito entre a calçada e a nova estrutura de circulação sobre o leito carroçável,
admitindo-se inclinação máxima de 10% (dez por cento);
c) largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) em qualquer ponto da faixa livre de circulação ao longo de todo o
percurso;
d) sinalização, inclusive noturna, da obra sobre a calçada e dos desvios decorrentes para pedestres e veículos em trânsito no
leito carroçável;
e) separação física e proteção da faixa livre de circulação de pedestres através de elementos que assegurem a integridade dos
transeuntes.
§ 3º A análise da necessidade de utilização da via pública nas condições previstas neste artigo requer autorização no ato da
aprovação do projeto.
§ 4º Extinta a necessidade, o tapume voltará para o alinhamento do lote, devendo ser adotadas todas as medidas de
segurança e acessibilidade para a circulação de pedestres.
Art. 22. A partir de 180 (cento e oitenta) dias de paralisação das obras, os andaimes devem ser retirados imediatamente e a
calçada reconstituída, se for o caso.
Art. 23. Durante a execução das obras e na sua entrega, as calçadas deverão ser mantidas em perfeitas condições para o trânsito
de pedestres, seguindo as determinações da NBR nº 9050 da ABNT.
Seção IV
Da Supressão e Reposição da Vegetação
Art. 24. O interessado em realizar supressão de qualquer árvore ou de vegetação nativa do interior do lote ou gleba para fins de
obras ou edificação deverá instruir requerimento de autorização junto ao órgão municipal competente, sujeitando-se às
disposições na Guia de Arborização do Município de Vilhena.
Art. 25. Havendo previsão da supressão de qualquer árvore ou de vegetação regional nativa no interior do imóvel ou localizada no
logradouro público limítrofe, o processo de licenciamento das obras será instruído com planta planialtimétrica contendo a
identificação e locação das espécies e/ou com demarcação do perímetro das massas vegetais nativas presentes no terreno, de
acordo com as especificações na Guia de Arborização do Município de Vilhena.
Parágrafo único. O órgão responsável pelo licenciamento das obras poderá requerer, sucessivamente:
III - no caso de admitida a supressão de qualquer espécie será exigida a reposição da vegetação preferencialmente com
exemplares regionais nativos, nas áreas que obrigatoriamente deverão ser mantidas livres de impermeabilização dentro do lote.
Art. 26. Cada árvore suprimida será substituída pelo plantio de outra no mesmo imóvel, conforme indicações do órgão municipal
competente.
§ 1º O órgão municipal competente definirá, em cada caso, as condições para reposição de vegetação nativa suprimida.
§ 2º Quando comprovadamente for inviável a reposição de árvore ou da vegetação dentro do lote ou empreendimento,
deverá o órgão municipal competente indicar o logradouro público e como deverão ser plantadas as mudas ao interessado na
supressão.
Art. 27. A construção de edificações ensejará, obrigatoriamente, o plantio de, no mínimo, um exemplar arbóreo preferencialmente
regional nativo adequado ao meio urbano, conforme especificações na Guia de Arborização do Município de Vilhena.
§ 1º A quantidade total e o porte dos exemplares arbóreos a plantar serão definidos em função da área disponível a ser
mantida obrigatoriamente vegetada determinada nesta Lei Complementar, resultante da aplicação da taxa de permeabilidade
definida na LUOS.
§ 2º O proprietário poderá apresentar projeto paisagístico para ser avaliado e aprovado pelo órgão municipal competente,
desde que observadas as disposições estabelecidas nesta Seção.
Seção V
Do Terreno e Das Fundações
Art. 28. Sem a prévia adoção de medidas corretivas e saneadoras, nenhuma edificação poderá ser construída sobre terreno sujeito
a alagamento, instável ou contaminado por substâncias orgânicas ou tóxicas.
Parágrafo único. A realização de medidas corretivas no lote deverá ser comprovada por meio de laudos e pareceres
elaborados por técnico habilitado, que certifiquem os trabalhos, em garantia das condições sanitárias, ambientais e de segurança
para a sua ocupação, e encaminhados para análise pelo órgão municipal competente.
Art. 29. As fundações deverão ser executadas inteiramente dentro dos limites do terreno, de modo a não prejudicar os imóveis
vizinhos e não invadir o leito da via pública.
Parágrafo único. A execução das fundações requer necessariamente o acompanhamento de profissional habilitado e
observância da NBR nº 6122 da ABNT.
Art. 30. Nos terrenos situados abaixo da greide da via ou nas quais sejam previstos aterros para nivelamento do solo, a cota de
soleira do pavimento térreo da edificação será definida pelo órgão municipal competente, constituindo-se em condição prévia para
o licenciamento de obras de construção.
TÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES RELATIVAS ÀS EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 31. As edificações atenderão às premissas e exigências deste COE, além das seguintes disposições legais ou normativas
específicas, sempre que couber:
I - disposições do Plano Diretor e da legislação municipal de parcelamento, uso e ocupação do solo urbano;
VI - disposições normativas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e demais órgãos federais, estaduais e municipais
competentes pela política de saúde;
VII - disposições normativas estabelecidas pelo Ministério da Educação e demais órgãos federais, estaduais e municipais
competentes pela política de educação;
X - disposições normativas referentes à acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;
XIII - as diretrizes de conforto térmico e lumínico e de eficiência energética, constantes das seguintes normas e regulamentos
que as disciplinam.
§ 1º As edificações e os ambientes destinados ao abrigo de atividades produtivas, sujeitos às disposições da Consolidação das
Leis do Trabalho, devem submeter-se às normas que as regulamentam.
§ 2º As edificações afetadas pela imposição de faixas de domínio e/ou áreas non aedificandi submetem-se às exigências das
instâncias que as impõem.
Art. 32. A edificação destinada a abrigar atividade econômica por período determinado e considerada de caráter temporário se
sujeita a cumprir os parâmetros relativos à segurança, solidez e salubridade que auferem a condição adequada de habitabilidade,
além de outras condições referentes ao conforto ambiental e à acessibilidade da edificação ou instalação, ao critério do órgão
municipal competente.
CAPÍTULO II
DAS EXIGÊNCIAS EM ACESSIBILIDADE
Art. 33. Na promoção da acessibilidade serão observadas as regras previstas na legislação federal e pelas disposições contidas na
legislação estadual e municipal aplicáveis, além das disposições deste COE.
Parágrafo único. A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos princípios do
desenho universal, de maneira a conformar rotas acessíveis livres de barreiras, tendo como referências básicas o conjunto de
normas técnicas sobre acessibilidade da ABNT e a legislação específica.
Art. 34. As edificações cumprirão as exigências em acessibilidade de acordo com as seguintes determinações:
I - novos projetos de construção, ampliação ou reforma de edificações destinadas ao uso residencial unifamiliar - ao critério do
interessado;
II - novos projetos de construção, ampliação ou reforma de edificações destinadas ao uso residencial bifamiliar ou
multifamiliar - devem atender aos preceitos da acessibilidade na conformação dos acessos, espaços e partes de uso comum e suas
interligações, internas ou externas;
III - novos projetos de construção, ampliação ou reforma de edificações destinadas ao uso coletivo - devem atender aos
preceitos da acessibilidade na conformação dos acessos, espaços e partes de uso comum e suas interligações, externas e internas,
incluindo as partes abertas à circulação, atendimento e permanência do público.
IV - novos projetos de construção, ampliação ou reforma de edificações ocupadas por entidades da administração pública,
direta e indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos, destinados ao atendimento do público em geral - devem
garantir pelo menos, um acesso desde o exterior e no seu interior com comunicação para todas as suas dependências e serviços,
livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade.
§ 1º Em projetos de reforma ou mudança de uso admite-se a ocupação dos afastamentos da edificação para fins de instalação
de solução em acessibilidade, com dispensa da área utilizada para o cálculo da taxa de ocupação, ao critério do órgão municipal
competente,
§ 2º Novos projetos de edificação multifamiliar onde não for obrigatória a instalação de elevador, espaço para implantação
futura de equipamento adaptado de circulação vertical para pessoa com deficiência deve ser previsto.
§ 3º O projeto e as obras de intervenção para a promoção da acessibilidade em bens imóveis preservados tomarão como
referência as indicações da Instrução Normativa do IPHAN nº 1, de 25 de novembro de 2003, que dispõe sobre a acessibilidade aos
bens culturais imóveis, submetendo-se ainda aos critérios do órgão de tutela.
Art. 35. A reforma ou ampliação de edificação destinada ao uso coletivo e à prestação de serviços públicos e governamentais, ou a
mudança de uso de imóvel existente para a instalação desses usos, deverão ser executadas de modo que se tornem acessíveis,
conforme os padrões especificados neste COE.
§ 1º No caso de reforma ou ampliação de edificação existente, constatada a impossibilidade de adoção de soluções que a
tornem plenamente acessível, será admitida condição parcial de acessibilidade, desde que esgotadas as alternativas possíveis, ao
critério do órgão municipal competente e segundo os níveis de gradação descritos a seguir:
a) acessibilidade plena - eliminação total das barreiras existentes;
b) acessibilidade parcial - eliminação parcial das barreiras com eventual adoção de ajudas técnicas para estabelecimento, ao
menos, de uma rota acessível desde o exterior e no interior da edificação, de acordo com o Decreto Federal nº 9.451, de 2018;
c) acessibilidade possível - eliminação das barreiras sempre que exequível e adoção obrigatória de ajudas técnicas para a sua
superação.
§ 2º Ao critério do órgão municipal competente, a ocupação de afastamentos e calçadas para implantação de soluções em
acessibilidade poderá ser permitido guardadas as condições mínimas de circulação acessível do local onde for implantada.
Art. 36. Os empreendimentos destinados à habitação de interesse social da iniciativa privada deverão garantir condições plenas de
acessibilidade conforme os padrões exigidos no inciso XI do artigo 13 desta Lei Complementar.
CAPÍTULO III
DAS CALÇADAS, MUROS E VEDAÇÕES
Seção I
Da Composição e Dos Padrões Geométricos Das Calçadas
Art. 37. Cabe ao responsável pelo imóvel, edificado ou não, situado em via pública, com ou sem pavimentação, e dotada de guias
e sarjetas, a construção, reconstrução e conservação das calçadas em toda a extensão das testadas do terreno.
§ 1º Toda calçada será composta por 3 (três) faixas contínuas e paralelas, com finalidade e largura mínima específica e
diferenciada em relação às demais, salvo expressa ressalva desta Lei Complementar, a saber:
I - faixa de serviço - localizada ao longo do meio-fio, destinada à acomodação do mobiliário urbano, ajardinamento e plantio
de árvores, com largura mínima de 80 cm (oitenta centímetros), podendo ser maior segundo a classe da via em que se localizar a
calçada, sendo admitida excepcionalmente largura menor em calçadas consolidadas, permitida a interrupção para instalação de
rampa de acesso de veículos, para embarque/desembarque, passagem e travessia de pedestres;
II - faixa livre de circulação - situada entre as demais faixas, destinada à circulação de pedestres livre de qualquer obstáculo ou
barreira, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para calçadas em vias de baixo fluxo, consideradas locais e
de 1,50 (um metro e cinquenta centímetros) para as calçadas nas demais vias, devendo ser dotada dos dispositivos de sinalização
tátil no piso para orientação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, nos casos previstos na NBR nº 9050 da ABNT,
não podendo ser invadida pelas faixas limítrofes;
III - faixa de acesso - situada ao longo do alinhamento dos lotes, destinada à passagem e acesso a estes e às edificações, à
aproximação para leitura de medidores e hidrômetros, à observação de vitrines e disposição eventual de dispositivos do comércio,
à instalação de soluções em acessibilidade quando impossível localizá-las no interior dos imóveis e ajardinamento, de largura
variável e dependente das condições da calçada para sua reserva e existência, podendo ser descontinuada.
§ 2º A reforma da calçada existente, que for impossível a adequação dos requisitos estabelecidos acima, ensejará a submissão
às disposições desta Seção, ao critério do órgão municipal competente na avaliação das condições para o cumprimento das
exigências impostas caso a caso.
§ 3º As calçadas deverão ser adequadas às condições topográficas locais, sendo dotadas de soluções para assegurar a melhor
condição de acessibilidade possível, a segurança e o livre trânsito de pessoas, possuir durabilidade e fácil manutenção, além de
contribuírem para a qualidade ambiental e paisagística do lugar.
a) a via oficial existente, cuja inclinação longitudinal resulte maior que 20% (vinte por cento), será dotada da combinação de
degraus e rampas sobre as calçadas, observando-se os seguintes requerimentos para solução da acessibilidade de pedestres:
1. adoção da Fórmula de Blondel para cálculo dos parâmetros geométricos da escada pela seguinte expressão, onde (e) é a
altura do espelho do degrau e (p) a largura do piso do degrau: 63cm ? 2e+p ? 65cm; (maior/igual a sessenta e três centímetros,
menor/igual a sessenta e cinco centímetros);
2. lances limitados pelo intervalo entre no mínimo 3 (três) e no máximo 12 (doze) degraus;
3. largura do piso do degrau (p), intervalo entre 28cm (vinte e oito centímetros) e 32cm (trinta e dois centímetros) inclusive;
4. altura do espelho do degrau (e), intervalo entre 16cm (dezesseis centímetros) e 18cm (dezoito centímetros) inclusive;
5. no início e ao final de cada lance de escada e/ou entre este e o segmento de rampa, instalação de um patamar com, no
mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de extensão;
6. as calçadas inclinadas serão dotadas de sinalização tátil de piso e instalação de corrimão, entre outros dispositivos,
conforme previsto na NBR nº 9050 da ABNT.
§ 4º Em vias oficiais existentes com declividade maior que 30% (trinta por cento) poderão ser adotadas calçadas totalmente
resolvidas por meio de escadas dotadas de corrimão, prevendo-se patamares com, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte
centímetros) de extensão, para acesso aos lotes.
Art. 38. A construção ou reforma das calçadas além de atender aos padrões estabelecidos na NBR nº 9050 da ABNT, cumprirá os
seguintes padrões básicos:
I - piso regular, estável, nivelado e contínuo, de material resistente e antiderrapante, sob qualquer condição climática;
II - na impossibilidade da adoção do maior dimensionamento previsto para a faixa livre de circulação de pedestres, poderá ser
adotada largura mínima com 1,20m (um metro e vinte centímetros), ao critério do órgão municipal competente;
III - desníveis devidamente sinalizados por meio de piso tátil de alerta, superados por intermédio de rampas sempre que
possível;
IV - elementos dispostos sobre a calçada devidamente sinalizados com piso tátil de alerta, podendo ser instaladas golas
vazadas ou grelhas para diferenciação e demarcação dos canteiros de árvores e áreas ajardinadas no nível do piso; e
§ 1º Em calçadas já consolidadas, no caso de comprovada inviabilidade da adoção da largura mínima estabelecida para a faixa
livre de circulação de pedestres, será admitida largura menor, desde que esta resulte na maior largura possível livre de obstáculos
para o trânsito de pedestres.
§ 2º É obrigatória a construção de rampa de acesso à calçada junto à faixa de travessia de pedestres dotada com todos os
elementos e padrões da NBR nº 9050 da ABNT.
§ 3º As soluções de acesso para vencer eventuais desníveis entre a calçada e a linha de testada do terreno deverão estar
localizadas no interior do lote ou Faixa de acesso, quando existente.
§ 4º Na construção ou reforma das calçadas recomenda-se adoção de revestimentos de piso com propriedades drenantes,
sem prejuízo das condições estabelecidas neste artigo.
§ 5º O Município poderá instituir padrões para a construção e reforma de calçadas por meio de programa, manuais e cartilhas,
com o fim de orientar a população em geral e fazer cumprir as diretrizes do PDP quanto à promoção da acessibilidade universal, do
conforto térmico e da qualificação da paisagem urbana.
Art. 39. O rebaixamento da calçada ao longo do meio-fio para entrada e saída de veículos depende de autorização do órgão
municipal competente, observadas as seguintes condições:
II - extensão máxima de 3m (três metros) para habitação unifamiliar e de 6m (seis metros) para os demais usos;
III - distância mínima de 5m (cinco metros) em relação a outro rebaixamento de acesso numa mesma testada de lote; e
IV - distância mínima de 10m (dez metros) de qualquer esquina, ressalvados os casos de impedimento pela conformação do
lote ou de maiores exigências para usos de fluxo constante de entrada e saída de veículos, ao critério do órgão municipal
competente.
§ 1º Ao critério do órgão municipal competente será admitido o rebaixamento da calçada em casos de comprovada
impossibilidade de execução de acesso de veículos conforme as determinações deste artigo, sempre com adoção de rampas para
pedestres na passagem da cota normal da calçada para o trecho rebaixado e retorno ao nível normal.
§ 2º A rampa para entrada e saída de veículos, em postos de abastecimento de combustíveis e similares, atenderão às
seguintes exigências complementares:
I - serão construídas em, no máximo, dois pontos de rebaixamento em uma mesma testada;
II - deve ser prevista, em toda extensão dos acessos de veículos, a instalação de piso tátil direcional para orientação da pessoa
com deficiência visual, de forma a separar a faixa livre de circulação de pedestres da área de serviços, conforme padrão da NBR nº
9050 da ABNT, além de outras formas de sinalização para segurança dos transeuntes, ao critério do órgão municipal competente;
III - nas partes remanescentes deve ser adotada solução para separação entre a área de serviços automotivos e a calçada por
meio de guias, muretas ou jardineiras, entre outras; e
IV - é vedado o rebaixamento do meio-fio para acesso de veículos em esquinas, Art. 40. No caso de reforma ou construção de
calçada nova, quando ocorrer desajuste com as seções pertencentes aos lotes vizinhos, que implique no desalinhamento ou
impedimento à continuidade das soluções de acessibilidade em toda a extensão da quadra, serão tomadas as seguintes
providências pelo órgão municipal competente:
I - confecção de projeto específico que promova a solução dos problemas encontrados, em prol da acessibilidade de toda a
calçada da quadra;
II - orientação por meio da assistência técnica na implantação pelo interessado do projeto elaborado pelo órgão municipal
competente; e
III - emissão de notificação aos proprietários dos lotes da quadra voltados para a mesma calçada, para que promovam a
implantação do projeto de acessibilidade, sujeitando-os às sanções estabelecidas nesta Lei Complementar pelo descumprimento
do ato administrativo exarado.
Parágrafo único. A Prefeitura Municipal poderá ela própria providenciar e executar as obras de acessibilidade requeridas,
mediante ressarcimento pelos gastos com a ação promovida da parte dos proprietários notificados.
Art. 41. O Município promoverá a articulação com as concessionárias de serviços públicos quanto à utilização das calçadas para
instalação de seus equipamentos, tendo em vista garantir as condições estabelecidas nesta Seção.
Seção II
Dos Muros e Vedações
Art. 42. A altura máxima admitida para muros e vedações situados sobre as divisas do lote ou gleba é de 2,50m (dois metros e
cinquenta centímetros), salvo expressa ressalva desta Seção.
§ 1º Fica dispensada da exigência estabelecida no caput deste artigo a edificação ou suas partes construídas sobre o
alinhamento ou divisas do lote; ou diante da necessidade da adoção de muros de arrimo; ou quando a natureza da atividade
prevista comprovadamente exigir maior altura.
§ 3º É obrigatória a construção de muros ou instalação de vedações em lotes edificados, em material resistente ao fogo,
apresentando, por um período determinado de tempo, as seguintes propriedades: integridade mecânica a impactos (resistência e
estabilidade); impedir a passagem de chamas e da fumaça (estanqueidade); e impedir a passagem de caloria (isolamento térmico),
conforme NBR nº 15.575 da ABNT, bem como impedir a passagem de ruídos (conforto acústico), observadas as disposições do
Código Civil Brasileiro sobre a matéria.
Art. 43. Admite-se muro totalmente vedado de alvenaria ou com vidro de segurança até o limite de 25m (vinte e cinco metros) de
extensão quando voltado para via ou logradouro público.
§ 1º Em muros e vedações voltadas para via ou logradouro público com extensão maior do que 25m (vinte e cinco metros), é
obrigatória a intercalação das partes vedadas com partes vazadas em toda a sua extensão, em uma proporção de 50% (cinquenta
por cento) para cada parte, que favoreçam a passagem livre do ar através do material utilizado para a sua confecção.
§ 2º É vedada a instalação de arame farpado, caco de vidro ou outro dispositivo que represente risco aos transeuntes, a título
de segurança no topo dos muros ou vedações.
§ 3º Muros e vedações voltados para a via ou logradouro público poderão ser totalmente compostos por cercas vivas ou de
madeira, por muros vegetados com jardim vertical ou por elementos vazados, sendo proibida a vedação por meio de cerca de
arame farpado e espécies vegetais venenosas ou agressivas que possam causar dano aos transeuntes ou ao patrimônio público.
§ 4º A instalação de cerca eletrificada ou similar fixada sobre muro ou vedação atenderá aos requerimentos da Lei Federal nº
13.477, de 30 de agosto de 2017 e a legislação estadual aplicável, devendo ser fixada em lugar visível e nas extremidades do
dispositivo, placas de aviso que alertem sobre o perigo iminente de choque e que contenham símbolos que possibilitem a sua
compreensão por pessoas analfabetas, além de atender às seguintes exigências para viabilizar a sua instalação:
I - altura do muro sobre o qual se dará a instalação da cerca energizada = 2,50m < h < 3m (maior/igual a dois metros e
cinquenta centímetros, menor/igual a três metros);
II - fechamento totalmente composto por muros vegetados com jardim vertical, por elementos vazados ou por conformação
intercalada entre estes e outros tipos de panos, opacos ou não.
§ 5º Mediante justificativa de projeto fundamentada em critérios técnicos adotados para o desenvolvimento do partido
arquitetônico, muros e vedações em geral poderão alcançar altura máxima superior a 3m (três metros), desde que totalmente
vegetados, vazados ou que diferenciadamente contribuam para a paisagem urbana, atendidas as exigências aplicáveis dos
dispositivos desta Seção, ao critério do órgão municipal competente.
Art. 44. Muro ou vedação de lote situado em esquina deverá conter arremate em chanfro com 2,50m (dois metros e cinquenta
centímetros) de extensão no ponto correspondente ao cruzamento das vias, conforme desenho ilustrativo no Anexo 2c.
Parágrafo único. Quando construída no alinhamento de lote em esquina, a edificação deverá adotar o chanfro nas mesmas
condições definidas no caput, no nível do pavimento térreo, a fim de assegurar a visibilidade das vias que se cruzam.
Seção III
Das Estruturas, Paredes e Pisos
Art. 45. Os elementos estruturais, paredes divisórias e pisos deverão atender as normas técnicas brasileiras e garantir:
I - resistência ao fogo;
II - impermeabilidade e durabilidade;
§ 1º Além das disposições estabelecidas no caput deste artigo, as paredes externas, que constituem o invólucro da edificação,
devem observar os parâmetros de transmitância térmica, atraso térmico e fator de calor solar admissíveis para vedações externas,
além das estratégias de condicionamento térmico passivo para a Zona Bioclimática 8 (ZB 8), conforme a NBR nº 15220-3 da ABNT
em sua versão mais recente.
§ 2º As paredes assentadas em contato direto com o solo deverão ser devidamente impermeabilizadas.
§ 3º A utilização de materiais não convencionais ou resultantes de nova tecnologia de construção como contêineres, steel
frame, wood frame, entre outros, se sujeitam às disposições deste COE, devendo ser tomadas as providências necessárias para o
seu atendimento.
§ 4º As paredes em alvenaria de tijolo comum que constituírem divisões entre unidades distintas e as construídas nas divisas
dos lotes, deverão ter espessura mínima de 0,20m (vinte centímetros).
Art. 46. As instalações sanitárias, cozinhas e demais áreas molhadas internas ou externas da edificação deverão conter:
II - paredes com material resistente, impermeável e de fácil manutenção até a altura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros).
Art. 47. Os compartimentos de edificações onde houver manipulação ou armazenagem de produtos químicos, alimentos ou
material perecível submetem-se à legislação sanitária e ambiental aplicável, devendo conter piso e paredes revestidos de material
resistente, incombustível, impermeável e de fácil manutenção.
Art. 48. As edificações destinadas a atividades potencialmente causadoras de ruídos ou a eles expostas deverão dar solução de
tratamento acústico aos ambientes geradores ou afetados, por intermédio do planejamento da localização no lote, das barreiras e
dos fechamentos, dos vãos e das aberturas, além da adoção de materiais construtivos e de revestimentos com propriedades
absorventes e/ou isolantes, de forma a assegurar 0 conforto acústico interno e da vizinhança.
Seção IV
Das Coberturas
Art. 49. As coberturas serão confeccionadas em material impermeável, incombustível e resistente à ação dos agentes
atmosféricos, não devendo representar fonte significativa de ruído ou de transmissão de calor para o interior da edificação.
Parágrafo único. Além das disposições estabelecidas no caput deste artigo, a cobertura a ser adotada deve observar os
parâmetros de transmitância térmica, atraso térmico e fator de calor solar admissíveis para vedações externas e as estratégias de
condicionamento térmico passivo para a ZB 8, conforme a NBR nº 15.220-3 da ABNT.
Art. 50. As coberturas deverão manter independência de outras edificações vizinhas e serem interrompidas nas linhas de divisa
quando nestas montarem.
Parágrafo único. As estruturas das coberturas de edificações geminadas deverão manter independência em cada unidade
autônoma, garantindo a total separação por meio de seção de parede corta fogo em toda a extensão do limite entre as edificações
com, no mínimo, 1,00m (um metro) de altura acima da maior cota de cumeeira ou ponto de maior altura da cobertura, além de
outras exigências específicas quanto à prevenção de incêndios do Corpo de Bombeiros.
Seção V
Das Fachadas e Elementos Projetados em Balanço
Art. 51. Todas as fachadas e empenas cegas da edificação montadas sobre as divisas do lote deverão ser revestidas com material
impermeável ou tratadas com produtos impermeabilizantes, preferencialmente de cores claras.
§ 1º As fachadas voltadas para a direção leste/oeste e norte das edificações serão protegidas da incidência solar, por meio de
dispositivos apropriados para esse fim.
§ 2º Para fins de qualificação da paisagem urbana e/ou conforto ambiental da edificação que resulte em empena cega, esta
poderá ser tratada por meio de:
I - pinturas e painéis com fins exclusivamente artísticos, vedada a instalação de engenhos para propaganda; ou
II - jardins verticais, mantida a integridade dos imóveis vizinhos sendo dotados dos elementos necessários para resolução dos
efeitos causados pela sua instalação, como calhas de coleta das águas residuais e irrigação própria, podas e demais elementos
implicados em sua manutenção, além da impermeabilidade da superfície onde se assentar, ao critério do órgão municipal
competente.
Art. 52. A projeção em balanço da edificação ou suas partes sobre o alinhamento e os afastamentos atenderão as disposições da
legislação municipal de uso e ocupação do solo urbano e as previsões deste COE.
Art. 53. Sobre as calçadas e os afastamentos admite-se a projeção de marquises, beirais e toldos; aparelhos de ar-condicionado,
grades de segurança, floreiras e elementos decorativos, bem como brise-soleil, muxarabis e demais dispositivos para proteção das
fachadas.
§ 1º A admissão referida no caput deste artigo depende da adoção de medidas que evitem o gotejamento das águas pluviais
ou residuais de quaisquer elementos sobre as calçadas e os transeuntes, e que promovam o seu escoamento nas condições
previstas neste COE.
§ 2º Qualquer aparelho de ar-condicionado fixado ou apoiado nas fachadas deverá ser inserido em caixa de proteção ou
acomodado a partir de solução específica de projeto, bem como provido de escoamento das águas residuais de forma embutida na
parede em duto próprio, até a sua destinação final.
Art. 54. A projeção em balanço sobre os afastamentos de balcões, sacadas, varandas e terraços abertos ou suas partes, além de
atenderem as condições estabelecidas na legislação municipal de uso e ocupação do solo urbano, observarão os comandos deste
COE, a saber:
I - os elementos descritos no caput deste artigo poderão ocupar toda a extensão do ambiente a que se agregam, quando a
edificação for implantada em centro de terreno;
II - as projeções em balanço deverão guardar distância mínima de 2m (dois metros) das divisas do lote;
III - quando a edificação for montada nas divisas do lote manter afastamento lateral mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) entre estas (divisas) e os limites laterais das projeções em balanço instaladas na fachada frontal e/ou de fundos;
IV - todos os elementos em balanço descritos neste artigo deverão possuir cobertura, no todo ou em parte, de maneira a
promover o sombreamento da abertura que lhe dá acesso ou qualquer vão de iluminação e ventilação que se abra sobre estes.
§ 1º Os elementos em balanço poderão conter dispositivos de proteção contra a incidência solar ou das chuvas, desde que
vazados em garantia da ventilação permanente, tais como peitoril ventilado ou vazado, cobogó, brise-soleil, muxarabi e similares,
sendo vedada a instalação de esquadria de vidro ou similar que promova o seu fechamento total, mesmo que eventual, a qualquer
tempo.
§ 2º Admite-se a construção dos elementos em balanço caracterizados neste artigo em projetos de reforma de edificação
existente, desde que cumpridas as disposições deste COE, submetido projeto para aprovação do órgão municipal competente e as
obras sejam acompanhadas por responsável técnico pela sua execução.
Art. 55. Elementos em balanço projetados sobre os afastamentos obedecerão às seguintes condições complementares:
I - marquises, beirais e toldos, balcões, sacadas, terraços e varandas abertos ou suas partes devem guardar altura mínima de
2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) do piso sobre o qual se projetam até a sua face inferior; e
II - para os demais elementos em balanço, em qualquer altura e profundidade, desde que não constitua obstáculo à passagem
de pedestres, se houver, e não representem risco aos transeuntes.
Art. 56. Admite-se a instalação de pérgula totalmente vazada ou de dispositivos retráteis que permitam a abertura do teto sobre
os afastamentos.
Parágrafo único. É proibida a construção ou projeção de coberturas que vedem totalmente os afastamentos, salvo nas
condições previstas no caput deste artigo.
Art. 57. Marquises e toldos poderão ser projetados sobre a calçada, devendo guardar distância mínima de 60cm (sessenta
centímetros) do limite do meio-fio, altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) do piso até a sua face inferior e
adaptar-se às condições do logradouro quanto aos equipamentos de sinalização e iluminação, arborização, redes de infraestrutura
e demais componentes de utilidade pública.
Parágrafo único. Admite-se o avanço sobre a calçada da seção de toldo correspondente ao acesso à edificação situada no
alinhamento, apoiado em mão francesa em altura não inferior a 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), desde que
cumpridas as exigências desta Lei Complementar.
Art. 58. Ao critério do órgão municipal competente poderá ser exigida a construção de marquise em edificação localizada sobre o
alinhamento nas condições previstas neste COE.
Art. 59. Marquises e beirais deverão ser construídos em material incombustível e dotados de calhas ou coletores de maneira a não
permitirem o lançamento das águas pluviais sobre o terreno adjacente ou sobre o logradouro público.
Parágrafo único. As águas pluviais coletadas de marquises, beirais, coberturas, jardineiras e demais elementos em balanço
deverão ser conduzidas por calhas e dutos embutidos ao sistema público de drenagem, quando houver, ou embutido sob a calçada
até a sarjeta, ou ainda a reservatório de coleta das águas pluviais para uso não potável.
Seção VI
Dos Compartimentos
Art. 60. Os compartimentos deverão ser dimensionados e posicionados na edificação de forma a assegurar condições eficientes de
salubridade e de conforto ambiental, obtido pela adequada orientação solar e emprego dos materiais em paredes, coberturas e
pisos, pelo correto dimensionamento das aberturas, bem como de instalações e equipamentos, de acordo com as estratégias de
conforto térmico definidas para a ZB 8.
Art. 61. Para os fins deste COE, os compartimentos das edificações são classificados segundo a função preponderante neles
exercida, que determinará seu dimensionamento mínimo e necessidade de ventilação e iluminação, a saber:
I - compartimentos de permanência prolongada - compartimentos de uso constante caracterizados como espaços habitáveis
que demandam permanência confortável por tempo longo ou indeterminado, tais como dormitórios, salas de estar, de jantar, de
lazer, ambientes de estudos, de trabalho, copas, cozinhas, áreas de serviço, lojas, salas comerciais e locais para reuniões; e
II - compartimentos de permanência transitória - compartimentos de uso ocasional e/ou temporário caracterizados como
espaços habitáveis que demandam permanência confortável por tempo determinado, tais como vestíbulos, corredores, caixas de
escadas, despensas e depósitos, vestiários, banheiros e lavabos.
§ 1º Sótãos e porões ou compartimentos no subsolo, quando devidamente dimensionados, iluminados e ventilados poderão
ser considerados como compartimentos de permanência prolongada.
§ 2º É facultada a organização interna da edificação em compartimentos integrados ou em conceito aberto, exceto ambientes
nos quais as exigências de salubridade, segurança ou conforto ambiental dos usuários determinem o isolamento e o controle do
acesso.
Art. 62. As unidades residenciais de edificações bifamiliares ou multifamiliares serão compostas por, no mínimo, 1 (um)
compartimento de permanência prolongada, além da cozinha e 1 (um) banheiro, com área total igual ou maior que 30m² (trinta
metros quadrados).
§ 1º Os compartimentos das edificações caracterizadas no caput deste artigo atenderão as seguintes dimensões e áreas
mínimas:
I - um único compartimento de permanência prolongada, além de cozinha e banheiro - 15m² (quinze metros quadrados), de
tal forma que permita a inscrição de um círculo com, no mínimo, 3m (três metros) de diâmetro;
II - unidade dotada de sala e quarto ou quartos separados - sala com dimensões que permitam a inscrição de um círculo com,
no mínimo, 3m (três metros) de diâmetro e quartos com dimensões que permitam a inscrição de um círculo com, no mínimo,
2,70m (dois metros e setenta centímetros) de diâmetro;
III - cozinhas - dimensões que permitam a instalação obrigatória e área de aproximação frontal da pia, fogão e geladeira, além
da abertura de portas, se houver;
IV - áreas de serviço - se houver, dimensões que permitam a instalação de tanque e máquina de lavar roupas;
V - quartos de serviço - se houver, admite-se área mínima de 4,50m² (quatro metros e cinquenta centímetros quadrados), de
tal forma que permita a inscrição de um círculo de 2m (dois metros) de diâmetro; e
VI - banheiros - deverão ser dimensionados de modo a acomodar vaso sanitário, box e pia, bem como suas áreas de circulação
e aproximação, vetada sobreposição das peças.
§ 2º Quando utilizada cabine sanitária isolada, esta deverá conter fonte de ventilação natural ou mecânica para exaustão e
renovação do ar da cabine.
§ 3º A adoção do conceito aberto para a organização dos espaços de uma edificação ou unidade, não dispensa o cumprimento
das determinações quanto à ventilação e iluminação natural dos compartimentos.
Art. 63. Em edificações de uso público ou coletivo, é obrigatória a previsão de banheiros separados por sexo, considerando a razão
de usuários por bacia sanitária para cálculo do dimensionamento da área necessária em cada um, conforme ANEXO 05 desta lei,
incluindo todos os elementos e peças necessários à higiene dos espaços e das pessoas, bem como o perfeito cumprimento de suas
funções, divididos em proporção para cada sexo conforme atividades desenvolvidas nas edificações.
§ 1º A razão estabelecida no caput deste artigo poderá variar segundo o cálculo de lotação e permanência dos usuários na
edificação, resultando no atendimento por bacia sanitária para um número maior de usuários, desde que demonstrado e
justificado por profissional da área, mediante apresentação de documento de responsabilidade técnica emitido junto aos conselhos
competentes.
§ 2º Os banheiros de uso público ou coletivo, com previsão de agrupamentos de bacias sanitárias, deverão dispor de:
I - box sanitário individual com área mínima de 1,25m² (um metro e vinte e cinco centímetros quadrado), assegurada distância
frontal para uso da bacia com 0,60m (sessenta centímetros), vedada superposição com a abertura da folha da porta;
II - divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e folha da porta do box com, no mínimo, 0,80m
(oitenta centímetros) de vão livre, admitindo-se folha da porta com largura mínima de 0,60m (sessenta centímetros) em reforma
de edificações existentes;
III - acesso aos boxes garantido por circulação com largura não inferior a 90cm (noventa centímetros); e
§ 3º Os sanitários masculinos poderão ter 50% das bacias sanitárias substituídas por mictórios.
Art. 64. Os compartimentos de permanência prolongada deverão conter pé - direito mínimo igual a 2,70m (dois metros e setenta
centímetros), salvo cozinhas, copas e áreas de serviço, que poderão conter pé-direito mínimo igual a 2,50m (dois metros e
cinquenta centímetros).
§ 1º As edificações não residenciais onde os ambientes de permanência prolongada forem abertos ao público e naquelas
destinadas à aglomeração de pessoas o pé-direito mínimo corresponderá a 3m (três metros) de altura, aplicando - se as demais
previsões desta Seção sempre que cabível.
§ 2º No caso de o compartimento possuir teto inclinado, inclusive varandas, o ponto mais baixo terá altura mínima de 2,20m
(dois metros e vinte centímetros), mantidos o pé direito mínimo obrigatório para o compartimento em seu ponto médio.
Art. 65. Os compartimentos de permanência transitória poderão conter pé - direito mínimo igual a 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros).
Art. 66. As unidades imobiliárias autônomas com mais de um pavimento em uma mesma edificação e os compartimentos em
andares intermediários de qualquer ]natureza atenderão os limites mínimos de pé-direito estabelecidos, computando-se cada um
dos compartimentos ou ambientes superpostos para fins de cálculo do gabarito máximo permitido pela legislação municipal.
Art. 67. Será admitida a instalação de mezanino ou jirau desde que em compartimentos com pé-direito total de 4,50m (quatro
metros e cinquenta centímetros) ou maior, assegurada altura mínima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) sob e sobre o
mezanino ou jirau em qualquer ponto.
Parágrafo único. O mezanino ou jirau poderá ocupar até 50% (cinquenta por cento) da área de piso do compartimento sobre o
qual se projeta.
Art. 68. No caso de reforma de edificação ou compartimento cujo pé-direito corresponda a 5,70m (cinco metros e setenta
centímetros) de altura ou mais se admite subdivisões em 2 (dois) pavimentos, desde que asseguradas as exigências desta Lei
Complementar e pé-direito mínimo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros) em cada novo pavimento, exceto nos casos de
uso da edificação onde for exigida maior altura para o pé-direito, ao critério do órgão municipal competente.
Seção VII
Da Iluminação e Ventilação Dos Compartimentos
Subseção I
Das Aberturas e Vãos
Art. 69. As edificações deverão possuir aberturas para iluminação e ventilação naturais dos compartimentos, considerando sua
utilização e permanência, bem como as premissas de conforto térmico, lumínico e acústico, obedecidas normas específicas, além
das exigências e ressalvas desta Lei Complementar e seus anexos.
Parágrafo único. É vedada a abertura de vãos em paredes construídas sobre as divisas do lote ou a menos de 1,50m (um
metro e cinquenta centímetros) de distância das mesmas, salvo no caso de fachada construída sobre a testada do lote, conforme
previsto na legislação municipal de uso e ocupação do solo urbano.
Art. 70. Os compartimentos serão dotados de vãos para iluminação e ventilação natural com as seguintes dimensões e
características:
I - compartimentos de permanência prolongada - superfície do vão na proporção mínima de 16% (dezesseis por cento) da área
do piso;
II - compartimentos de permanência transitória, superfície do vão na proporção mínima de 10% (dez por cento) da área do
piso;
III - áreas destinadas à garagem de veículos atenderão a proporção mínima de 5% (cinco por cento) da área do piso para o
dimensionamento da superfície do vão de iluminação e ventilação naturais.
§ 1º As dimensões estabelecidas no caput deste artigo consideram os vãos úteis para ventilação e iluminação naturais livres de
qualquer obstrução que comprometa a função a que se destinam, excetuando-se os caixilhos.
§ 2º Admite-se que em parte do vão seja utilizada esquadria do tipo veneziana móvel ou fixa que permita a passagem do ar,
além de dispositivos para proteção da incidência solar, como brise-soleil, muxarabie similares apostos na parte externa ao vão.
§ 3º Admite-se a adoção de elementos vazados ou que ventilem por efeito chaminé ou mecânicos com controle de gases para
a ventilação das garagens, sendo esta última obrigatória para aquelas localizadas no subsolo das edificações, exceto as de uso
unifamiliar, desde que assegurada a renovação de ar em seu interior, Art. 71. Os compartimentos deverão ser ventilados e/ou
iluminados de maneira que atendam as seguintes condições:
a) ventilação cruzada no interior da edificação pela abertura de vãos em paredes opostas ou adjacentes, ou através do efeito
chaminé pelo telhado ou aberturas superiores, a fim de evitar zonas de ar confinado ou aquecido;
b) a ventilação cruzada disposta na alínea (a) deste artigo, poderá ser obtida ainda por meio do vão de porta localizado em
parede oposta ao do vão de iluminação e ventilação, desde que vazada, pela adoção de folha do tipo veneziana ou treliça e dotada
de bandeira superior que possibilite abertura ou passagem do ar; ou
c) aberturas para ventilação e iluminação protegidas por meio de dispositivos que projetem sombra sobre todo o vão como
beirais, varandas e terraços cobertos ou da instalação de elementos vazados, como cobogós, muxarabis, brise-soleil e similares.
a) admite-se iluminação e ventilação do compartimento por intermédio de varandas, terraços e alpendres abertos e cujas
coberturas não ultrapassem 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de profundidade, a partir do limite com a parede do
compartimento a ventilar e iluminar;
b) quando o compartimento dispuser de abertura única de iluminação voltada diretamente para o exterior ou PVI, a
profundidade do compartimento não poderá exceder 2,5 (duas e meia) vezes a altura medida do piso ao topo da abertura;
c) quando o compartimento dispuser de abertura única de iluminação voltada para varandas, terraços e alpendres, a
profundidade do compartimento não poderá o exceder 2,5 (duas e meia) vezes a altura medida do piso ao topo da abertura,
contada a partir da borda da projeção da parte coberta para a qual se volta a abertura;
d) a profundidade do compartimento destinado à cozinha não poderá exceder 2,5 (duas e meia) vezes a altura medida do piso
ao topo da abertura de ventilação e iluminação, descontada a altura da bancada da pia, considerada entre 0,85m (oitenta e cinco
centímetros) e 0,90m (noventa centímetros); e
e) admite-se a ventilação e iluminação de cozinhas e banheiros por intermédio de aberturas para a área de serviço, desde que
o vão desta área voltado para o exterior da edificação ou PVI seja dimensionado na proporção do somatório das áreas de piso dos
compartimentos a ventilar e iluminar.
III - nas edificações não residenciais, banheiros e copas poderão ser ventilados e/ou iluminados de maneira indireta, por meio
dos mecanismos previstos nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. A fim de alcançar as exigências de promoção da ventilação natural das edificações poderá ser adotada
solução por meio das alternativas apresentadas nas alíneas deste parágrafo, a saber:
a) peitoril vazado, composto por elementos do tipo cobogó, blocos de vidro ventilados, esquadria dotada com venezianas
móveis do tipo abre-fecha ou outra que permita a sua abertura; e/ou
b) portas-veneziana voltadas para o exterior da edificação com três funções diferenciadas e as seguintes características a
parte:
1. superior com as pás das venezianas conduzindo o ar para cima, de forma a recolher do ambiente o ar quente e conduzi-lo
para fora;
2. mediana, tipo báscula de vidro, para permitir a iluminação do compartimento; e
3. inferior, também em veneziana, com as pás inclinadas para baixo, com a intenção de recolher o ar mais frio do exterior e
conduzi-lo ao interior do recinto.
Art. 72. Admite-se a ventilação de, no máximo, 2 (dois) compartimentos de permanência transitória contíguos, por uma única
abertura, desde que dimensionada segundo o somatório das áreas de piso dos compartimentos, podendo-se adotar cobogós,
blocos de vidro ventilados e similares de mesmo efeito.
Art. 73. Circulações horizontais com extensão superior a 20m (vinte metros) deverão dispor de abertura para o exterior ou PVI na
proporção de 5% (cinco por cento) da área total do piso, nas edificações onde não houver alternativa para a renovação do ar.
Art. 74. Em compartimentos destinados a atividades especiais, que pela sua natureza não possam dispor de aberturas para o
exterior, são admitidas iluminação e ventilação por meios artificiais, dimensionadas segundo as normas técnicas brasileiras e
aprovadas pelo órgão municipal competente.
Parágrafo único. A depender da natureza da atividade desenvolvida no compartimento, sempre que possível deve-se prover a
renovação do ar interno, com adequada tomada de ar externo.
Art. 75. Paredes voltadas para a direção sul poderão prover iluminação natural ao interior da edificação por meio de blocos de
vidro, além da abertura de vãos para ventilação quando obrigatória.
Parágrafo único. A ventilação permanente de compartimentos de permanência transitória, exceto banheiros, poderá ser
promovida por meio de blocos de vidro translúcidos com respiração.
Subseção II
Dos Prismas de Ventilação e Iluminação Natural
Art. 76. São condições gerais que os prismas utilizados como meio de ventilação e iluminação natural de compartimentos devem
atender:
I - parte inferior do PVI diretamente voltada ou comunicante com compartimento aberto voltado para os afastamentos da
edificação, exceto garagens, de forma a possibilitar a renovação do ar em seu interior pelo acionamento do efeito chaminé;
II - parte superior aberta e desimpedida de qualquer vedação que impeça a iluminação natural ou as condições de ventilação
permanente, admitida proteção das chuvas por meio de domus com respiração ou outra solução com material incolor e
translúcido, desde que mantidos os índices de trocas de ar adequado e de iluminação natural dos compartimentos para ele
voltados;
III - revestimento em cores claras e, quando coberto na parte superior, com características antirreverberantes, de forma a
assegurar o conforto acústico dos compartimentos atendidos pelo prisma, desde que mantida a condição do inciso II; e
IV - faces verticais e seções horizontais mantidas no mesmo alinhamento em toda a extensão de sua altura, admitindo-se o
escalonamento e afastamento progressivo a cada pavimento no sentido do alargamento da área de abertura até o seu coroamento
superior.
Art. 77. A utilização de prismas de ventilação e iluminação nas edificações deverá atender aos seguintes critérios e parâmetros
para o seu dimensionamento:
I - edificações com até 4 (quatro) pavimentos ou 12m (doze metros) de altura, excetuados elementos da cobertura,
circunscrição de um círculo tangente a todas as suas faces com, no mínimo:
a) 3m (três metros) de diâmetro, quando utilizado para ventilar e iluminar compartimentos de permanência prolongada,
sendo permitida superposição com os afastamentos da edificação; e
b) 2m (dois metros) de diâmetro, quando utilizado para ventilar e iluminar compartimentos de permanência transitória, sendo
permitida superposição com os afastamentos da edificação.
II - edificações com 5 (cinco) ou mais pavimentos ou com mais de 15m (quinze metros) de altura terão as dimensões do
prisma de ventilação e iluminação calculadas segundo os parâmetros e fórmulas apresentados a seguir, onde (L) corresponde à
largura; (D) corresponde ao diâmetro; e (N - 2) corresponde ao somatório do número de pavimentos da edificação subtraído do
coeficiente igual a dois.
a) quando utilizado para ventilar e iluminar compartimentos de permanência prolongada, exceto copas, cozinhas e áreas de
serviço, sendo 1 (uma) de suas faces aberta, tera largura mínima (L) nesta face calculada pela fórmula: [L = 1,90m x (N - 2)];
b) quando utilizado para ventilar e iluminar compartimentos de permanência transitória, copas, cozinhas e áreas de serviço,
sendo 1 (uma) de suas faces aberta, terá largura mínima (L) nesta face calculada pela fórmula: [L = 1,70m x (N - 2)];
c) quando utilizado para ventilar e iluminar compartimentos de permanência prolongada, exceto copas, cozinhas e áreas de
serviço, sendo enclausurado por suas faces, deverá permitir ao nível de cada piso a inscrição de um círculo cujo diâmetro (D)
mínimo é calculado pela fórmula: [D = 2,50m x (N - 2)]; e
d) quando utilizado para ventilar e iluminar compartimentos de permanência transitória, as copas, cozinhas e áreas de serviço,
sendo enclausurado por suas faces deverão permitir, ao nível de cada piso, a inscrição de um círculo cujo diâmetro (D) mínimo é
calculado pela fórmula: [D = 2,30m x (N - 2)].
Art. 78. Os parâmetros de dimensionamento de prismas previstos nesta Subseção poderão ser revistos desde que apresentados
estudos específicos de ventilação e iluminação naturais para o projeto da edificação, por responsável técnico habilitado, que
comprove e atenda condições de eficiência, conforme determinado em NBR ou regulamento, com os novos parâmetros propostos
pelo interessado.
Subseção III
Da Ventilação Mecânica
Art. 79. É permitida a ventilação indireta por meio de dutos ou induzida mecanicamente para os compartimentos de permanência
transitória, desde que atendidas as seguintes condições através de:
I - dutos de exaustão horizontal - (I) com seção de área mínima igual a 25cmz (vinte e cinco centímetros quadrados) por cada
10m² (dez metros quadrados) ou fração de área construída; (II) dimensões não inferiores a 0,25cm (vinte e cinco centímetros) e
comprimento máximo de 5m (cinco metros) até o exterior, se composto de uma única saída de ar, ou (III) de 15m (quinze metros),
caso disponha de aberturas para o exterior nas duas extremidades do duto;
II - meios mecânicos - dimensionados de acordo com as NBR; e
III - duto de exaustão vertical - com seção de área mínima igual a 6% (seis por cento) da altura total do duto e dimensões não
inferiores a 0,60m (sessenta centímetros), devendo dispor de:
§ 1º A adoção de meios mecânicos para ventilação deverá ser dimensionada de forma a garantir a renovação do ar do
compartimento ventilado mecanicamente, de acordo com as NBR.
§ 2º As instalações geradoras de gases, vapores e partículas em suspensão deverão ter sistema de exaustão mecânica, sem
prejuízo de outras normas legais pertinentes à higiene e segurança do trabalho.
Seção VIII
Dos Acessos e Circulações
Subseção I
Das Condições Gerais
Art. 80. Os espaços destinados aos acessos e à circulação de pessoas tais como vãos de portas e passagens, vestíbulos, circulações
e corredores, escadas, rampas e elevadores, classificam-se como de uso:
II - coletivo: utilização aberta à distribuição do fluxo de circulação e acesso do público em geral, Art. 81. Toda edificação
destinada à prestação de serviços públicos, bem como aquelas de uso coletivo de qualquer natureza, deve garantir condições de
acesso e circulação externa e interna pelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida por meio de rotas acessíveis.
§ 1º O acesso à edificação por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida deve ser dado, preferencialmente, por meio de
rampa.
§ 2º Todos os componentes que compuserem rota acessível devem ser sinalizados por meio de pisos táteis e outros
dispositivos conforme NBR nº 9050 da ABNT, em cada caso.
Art. 82. Edificações destinadas às atividades de educação e de saúde submetem-se aos regulamentos específicos das instâncias
responsáveis pelas políticas setoriais nos níveis federal, estadual e municipal quanto aos dimensionamentos previstos nesta Seção.
Art. 83. Nos acessos e circulações, quando integrantes de rotas de fuga, serão adotados os parâmetros determinados pelo Corpo
de Bombeiros e NBR nº 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios da ABNT, para o cálculo de lotação da edificação.
Subseção II
Dos Vãos de Portas e Passagens
Art. 84. As portas de uso privativo deverão conter os seguintes vãos livres mínimos, considerada a largura da folha aberta,
qualquer que seja o tipo adotado:
I - compartimentos de permanência prolongada - vão livre mínimo da folha da porta aberta com 80cm (oitenta centímetros)
de largura;
II - compartimentos de permanência transitória - vão livre mínimo da folha da porta aberta com 70cm (setenta centímetros)
de largura, desde que a seção de parede onde se localize permita adequação da largura da folha para 80cm (oitenta centímetros); e
III - altura mínima livre dos vãos com 2,10m (dois metros e dez centímetros).
Parágrafo único. Admite-se nos compartimentos destinados a casa de máquinas, depósito, despensa e outras áreas similares
de acesso restrito, a utilização de portas com 60cm (sessenta centímetros) de largura.
Art. 85. Todos os vãos de portas e passagens de uso coletivo ou integrante de rotas acessíveis deverão atender aos requerimentos
da NBR nº 9050 da ABNT, e às seguintes dimensões mínimas:
II - vãos para passagem - vão livre mínimo com 90cm (noventa centímetros) de largura.
Art. 86. A largura das portas de uso coletivo destinadas ao acesso (entrada e saída) deverá ser dimensionada em função do cálculo
de lotação da edificação, de acordo com os parâmetros e a fórmula de cálculo estabelecida na NBR nº 9050 da ABNT, e, quando
integrantes de rotas de fuga, acrescidas às exigências do Corpo de Bombeiros.
Art. 87. As portas de acesso das edificações destinadas a locais de concentração e reunião de pessoas deverão atender às
seguintes disposições:
I - as portas de acesso (entrada e saída) devem estar posicionadas de forma a facilitar a entrada e acomodação das pessoas
que chegam ao compartimento e a rápida evacuação do local pelas pessoas de forma segura, devendo ser sinalizadas, conforme as
exigências antipânico do Corpo de Bombeiros;
II - as saídas dos locais de reunião e concentração de pessoas devem se comunicar, de preferência, diretamente com a via
pública, sendo vedada a abertura das folhas da porta diretamente sobre a faixa livre de circulação da calçada;
III - saídas de emergência com comunicação direta para a calçada do logradouro público dimensionadas conforme as normas
estaduais de prevenção de incêndios e pânico.
Art. 88. Os compartimentos que contiverem aquecedores a gás deverão ser dotados de uma entre as condições a seguir
apresentadas, de maneira a garantir a renovação de ar e impedir a acumulação de eventual escapamento de gás, conforme
desenho ilustrativo no anexo 2i:
Subseção III
Das Circulações e Corredores
Art. 89. As circulações e os corredores deverão conter os seguintes vãos livres mínimos, salvo maiores exigências deste COE:
I - de uso privativo ou restrito, interno às unidades residenciais ou onde não houver acesso franqueado ao público - vão livre
mínimo com 80cm (oitenta centímetros) de largura;
II - circulações das partes comuns de edificações bifamiliares ou multifamiliares, até 10m (dez metros) de extensão largura
mínima igual a 1,20m (um metro e vinte centímetros) e para corredores com extensão maior, largura mínima com 1,50m (um
metro e cinquenta centímetros), salvo quando o cálculo de lotação da edificação indicar maior largura; e
III - em edificações de uso coletivo ou uso público, circulações com largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros), salvo quando o cálculo da lotação da edificação indicar maior largura.
§ 1º O cálculo da lotação referido no caput deste artigo será auferido de acordo com as disposições exigidas pelo Corpo de
Bombeiros.
§ 2º Circulações e corredores em galerias e centros comerciais e similares deverão conter as seguintes larguras mínimas com
lojas dispostas:
§ 3º As edificações referidas no § 2º deste artigo, bem como estruturas de grande porte destinadas às atividades de comércio
e serviços, como shopping centers, mercados e supermercados, lojas de departamentos, complexos de escritórios e salas
comerciais e similares, se submetem ao cálculo de lotação e maiores exigências do Corpo de Bombeiros.
§ 4º Circulações e corredores utilizados para disposição de mostruários, quiosques, gôndolas de produtos, caixas de cobrança,
guichês e similares deverão assegurar padrões de acessibilidade dispostos na legislação e normas técnicas aplicáveis.
Art. 90. Os corredores de acesso dos compartimentos projetados como local de concentração e reunião de pessoas, além de
outras disposições aplicáveis deverá atender às determinações do cálculo de dimensionamento de saídas de emergência e
distâncias de rota de fuga de acordo com a NBR nº 9077 e NBR nº 9050.
Art. 91. As escadas e rampas de acesso às edificações projetadas para grande fluxo de pessoas, além das exigências constantes
deste COE deverão contar com os dimensionamentos mínimos exigidos pela NBR nº 9077 e NBR nº 9050.
Subseção IV
Das Escadas e Rampas
Art. 92. Escadas e rampas de uso privativo ou restrito atenderão aos seguintes requisitos:
I - escadas:
a) aplicação da Fórmula de Blondel = 63cm ? p + 2e ? 65cm (maior/igual a sessenta e três centímetros, menor/igual a sessenta
e cinco centímetros);
b) pisos (p) = 26cm ? p ? 32cm (maior/igual a vinte e seis centímetros, menor/igual a trinta e dois centímetros);
c) espelhos (e) = 15cm ? e ? 18,5cm (maior/igual a quinze centímetros, menor/igual a dezoito e meio centímetros); e
d) largura mínima de cada lance, patamar ou seção = 80cm (oitenta centímetros).
II - rampas:
a) inclinação máxima (i) = 10% (dez por cento); e
b) largura mínima de cada segmento, patamar ou seção = 80cm (oitenta centímetros).
Parágrafo único. Admitem-se escadas ou rampas circulares ou suas partes, de uso privativo ou restrito, desde que atendam
aos padrões estabelecidos neste artigo, além das exigências da NBR nº 9050 da ABNT, aplicáveis em cada caso.
Art. 93. As escadas e rampas de uso coletivo atenderão ao disposto na NBR nº 9050 e NBR nº 9077 da ABNT e aos seguintes
requisitos mínimos, aplicando qual for maior:
I - escadas:
a) aplicação da Fórmula de Blondel = 63cm ? p + 2e ? 65cm (maior/igual a sessenta e três centímetros, menor/igual a sessenta
e cinco centímetros);
b) pisos (p) = 28cm < p < 32cm (maior/igual a vinte e oito centímetros, menor/igual a trinta e dois centímetros);
c) espelhos (e) = 16cm < e < 18cm (maior/igual a dezesseis centímetros, menor/igual a dezoito centímetros);
d) largura mínima de cada lance, patamar ou seção = 1,20 (um metro e vinte centímetros); e
e) lances retos e desimpedidos, dotados com patamares intermediários quando houver mudança de direção ou quando
excedidos 3,20 (três metros e vinte centímetros) de desnível, vedados degraus e patamares em leque ou espiral e espelhos
vazados.
II - rampas:
a) inclinação máxima da rampa de acordo com a fórmula de cálculo e requerimentos estabelecidos na NBR nº 9050 da ABNT;
b) largura mínima de cada segmento, patamar ou seção = 1,20cm (um metro e vinte centímetros);
Art. 94 , Sem prejuízo das condições de acessibilidade, escadas e rampas de proteção contra incêndio e pânico, interna ou externa
à edificação, bem como demais elementos arquitetônicos e instalações obrigatórias, devem atender aos requerimentos exigidos
pelo Corpo de Bombeiros e constar em projeto para fins de licenciamento pelo órgão municipal competente.
§ 1º Todas as edificações com altura igual ou maior que 6m (seis metros), salvo aquelas destinadas ao uso residencial
unifamiliar e multifamiliar até 12m (doze metros) de altura, devem atender as exigências quanto à obrigatoriedade de construção
de escadas ou rampas enclausuradas de proteção contra incêndio do Corpo de Bombeiros.
§ 2º As escadas de enclausuradas deverão prever área de resgate com espaço reservado e demarcado para o posicionamento
de uma ou mais pessoas usuárias de cadeira de rodas, não superposto com o fluxo principal de circulação com, no mínimo, 1,20m
(um metro e vinte centímetros) por 80cm (oitenta centímetros) por pessoa, a depender da lotação da edificação e de acordo com a
NBR nº 9050 da ABNT.
Subseção V
Dos Elevadores e Escadas Rolantes
Art. 95. A obrigatoriedade de instalação de elevadores dependerá do número de pavimentos e altura da edificação,
independentemente de sua natureza.
Parágrafo único. Na instalação dos elevadores ou qualquer outro equipamento eletromecânico de transporte vertical, deverão
ser observados os requisitos previstos nas respectivas NBR.
I - até 4 (quatro) pavimentos, não obrigatória desde que a distância vertical a ser vencida entre o piso térreo e o piso do
quarto pavimento não ultrapasse 12m (doze metros), devendo haver previsão em projeto de espaço adequadamente
dimensionado para instalação de elevador adaptado ou outro meio eletromecânico no futuro para transporte vertical de pessoa
em cadeira de rodas; e
II - a partir de 5 (cinco) pavimentos, obrigatória a instalação de, no mínimo, de 2 (dois) elevadores com condições adequadas
de acessibilidade.
§ 1º Toda reforma de edificação de uso público ou coletivo, com 3 (três) ou mais pavimentos, terá, no mínimo, 1 (um) elevador
de passageiros adaptado ao uso por pessoas com deficiência, conforme os padrões das Normas Técnicas Brasileiras de
Acessibilidade,
§ 2º A Prefeitura Municipal poderá exigir que o cálculo de tráfego fornecido pela companhia instaladora de elevadores ou
escadas rolantes seja anexado ao processo administrativo de licenciamento da edificação, devendo ser o equipamento e o local de
sua instalação aprovados pelo órgão municipal competente.
§ 3º Os espaços de circulação para acesso aos elevadores, ou outro equipamento eletromecânico de transporte vertical de
passageiros, em qualquer pavimento, deverão ser dimensionados de forma a inscrever um círculo com largura não inferior a 1,50m
(um metro e cinquenta centímetros), medido a partir da folha da porta.
§ 4º À obrigação de instalação de elevadores ou escadas rolantes nas edificações vincula-se a construção de escada de escape,
conforme determinações do Corpo de Bombeiros, guardada as condições de acessibilidade das pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida previstas em norma.
§ 5º A existência de elevador, mesmo quando não obrigatória, não dispensa a construção de escadas ou rampas.
Seção IX
Dos Locais de Estacionamento e Guarda de Veículos
Art. 97. Nos estacionamentos externos ou internos das edificações de uso público ou coletivo, ou naqueles localizados nas vias
públicas, serão reservados, pelo menos, 7% (sete por cento) do total de vagas para veículos que transportem pessoa com
deficiência e para idosos, com especificações técnicas de desenho, traçado e sinalização conforme o estabelecido nas normas
técnicas de acessibilidade da ABNT e nas disposições a seguir apresentadas:
I - vagas para veículos que transportem pessoa com deficiência - 2% (dois por cento) do total de vagas, sendo assegurados no
mínimo uma vaga, em locais próximos à entrada, elevador ou calçada acessíveis; e
II - vagas para idosos - 5% (cinco por cento) do total de vagas nas mesmas condições descritas no inciso I deste artigo.
Art. 98. As áreas internas da edificação ou lote destinados ao estacionamento de veículos, cobertas ou não, terão acesso para a via
pública, conforme disposições deste COE, além de:
I - dotadas de vagas para veículos de passeio com dimensões mínimas de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de
largura por 5m (cinco metros) de comprimento, podendo avançar sobre 0 recuo frontal na medida permitida pela LUOS do
município de Vilhena;
III - percentual de vagas para estacionamento destinadas veículos de passeio maiores calculado segundo a demanda do
projeto;
IV - percentual de vagas de estacionamento e guarda para motocicletas, calculado segundo a demanda do projeto, com
dimensões mínimas de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de largura e 2m (dois metros) de comprimento; e
Art. 99. A largura da pista de rolamento que dá acesso às vagas será constante ao longo de toda a extensão, de acordo com o
ângulo de interseção da vaga com esta, a saber (desenho ilustrativo no Anexo 2j desta lei):
III - ângulo a 60º (sessenta graus) - largura mínima de 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros); e
IV - ângulo a 90º (noventa graus) - largura mínima de 5,50m (cinco metros e cinquenta centímetros).
§ 1º Quando distribuídas paralelamente à pista de rolamento que lhes dá acesso, as vagas adotarão padrão mínimo de 2,50m
(dois metros e cinquenta centímetros) de largura por 6,00 (seis metros) de comprimento.
§ 2º As rampas destinadas ao acesso de veículos aos pavimentos deverão conter largura mínima de 2,50 (dois metros e
cinquenta centímetros), quando retas, e, quando em curva, largura mínima de 3m (três metros), com raio médio de 5,50m (cinco
metros e cinquenta centímetros).
§ 3º Rampas para acesso ao subsolo ou pavimento elevado deverão conter inclinação máxima de 30% (trinta por cento) e
manter distância mínima de 3m (três metros) do alinhamento ou elemento de fechamento do lote para seu início.
§ 4º Ao critério do órgão municipal competente, o padrão mínimo das vagas e acessos poderá ser ampliado em casos
específicos de determinado projeto da área de estacionamento, com vistas ao perfeito cumprimento de seus objetivos.
Art. 100. A área sobre os afastamentos de uma edificação poderá ser destinada a estacionamento e guarda de veículos, vedados
fechamentos laterais opacos ou laje, admitindo-se cobogós, pérgulas, toldos, entre outros materiais que assegurem as condições
de iluminação e ventilação naturais.
§ 1º É vedada a ocupação do subsolo do afastamento frontal para a construção de áreas de guarda de veículos ou garagens.
§ 2º Em casos excepcionais, ao critério do órgão municipal competente, será admitida organização de vagas para
estacionamento de veículos sem acesso direto à pista de rolamento através de outra vaga, até o máximo de 1/3 (um terço) do
número de vagas total previsto para a edificação.
Art. 101. As áreas, coletivas ou individuais cobertas, para estacionamento e guarda de veículos deverão conter:
II - a exigência do vão para ventilação natural permanente do estacionamento estabelecida nesta Lei Complementar poderá
ser reduzida em até 25% (vinte e cinco por cento), caso a ventilação se faça por meio de ventilação cruzada em paredes opostas;
III - no caso da utilização de shaft para ventilação, o mesmo deverá ser exclusivo e com dimensionamento mínimo de 1/20 (um
vinte avos) da altura dos pavimentos por ele atendidos; e
Parágrafo único. As áreas de estacionamento descobertas e localizadas no nível do solo deverão ser executadas com piso do
tipo drenante, além de serem arborizadas.
Art. 102. Os empreendimentos que abrigarem atividades de carga e descarga deverão conter pátio devidamente dimensionado
para tal fim dentro de seus limites.
Seção X
Das Instalações Prediais
Art. 103. As instalações prediais deverão atender as Normas Técnicas Brasileiras, a legislação aplicável e as determinações dos
prestadores dos respectivos serviços públicos, além das disposições desta Seção.
Parágrafo único. A concepção e as especificações dos projetos complementares das instalações prediais devem contribuir para
a eficiência energética e a racionalidade no uso dos recursos ambientais desde a sua concepção, na especificação de materiais e
equipamentos, nas obras de construção até o seu pós-uso.
Art. 104. É obrigatória a ligação dos imóveis às redes de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de drenagem
públicas, quando existentes na via que lhe dá acesso.
Parágrafo único. Uma vez feita a ligação à rede pública, poços de captação de água e fossas deverão ser selados, este último
após limpeza.
Art. 105. O proprietário de imóvel situado à jusante de outro é obrigado a permitir a passagem das canalizações de água, esgoto e
drenagem do imóvel à montante, sempre que inviável outra solução, conforme determinações do Código Civil Brasileiro.
Parágrafo único. As obras referidas no caput deste artigo ficarão a cargo do interessado, sendo este responsável pelo controle
de seus efeitos e eventuais danos ao imóvel receptor e aos vizinhos, aos logradouros e infraestruturas públicas.
Art. 106. É proibida a ligação entre as redes coletoras de águas pluviais e de esgotamento sanitário.
Subseção I
Das Instalações de água e Esgoto
Art. 107. Toda edificação deverá dispor de reservatório elevado para armazenamento e distribuição interna de água potável, com
tampa, boia, e altura suficiente para permitir o bom funcionamento e a qualidade da água distribuída internamente.
Parágrafo único. A adução da água proveniente de poço artesiano ou da rede pública para o reservatório elevado deve ser
feita por meio de bombeamento próprio.
Art. 108. A edificação com mais de uma unidade autônoma destinada ao uso bifamiliar ou multifamiliar, ao uso de comércio e
serviços ou qualquer uso agrupado de forma condominial deverá prever um hidrômetro por unidade autônoma, para a aferição do
consumo individual, bem como a instalação de hidrômetro para a aferição do consumo de água do condomínio, de acordo com as
normas do responsável pela prestação dos serviços e do INMETRO.
Parágrafo único. O hidrômetro individual será instalado em local de fácil acesso, de forma a possibilitar a leitura, a
manutenção e a conservação do equipamento.
Art. 109. Até que venham a ser instaladas, onde não houver rede pública de abastecimento de água ou de coleta e tratamento do
esgoto, admite-se a adoção de soluções alternativas para suprimento das demandas do imóvel, mediante apresentação de projeto
por profissional habilitado.
§ 1º O projeto ou projetos a que se refere o caput deste artigo adotarão as condições estabelecidas na NBR nº 12+212 -
Projeto de poço para captação de água subterrânea e na NBR nº 7.229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos da ABNT, ou outras que vierem a lhes substituírem, quando tais sistemas forem adotados.
§ 2º A localização dos tanques ou fossas sépticas deve atender as seguintes distâncias horizontais mínimas (desenho
ilustrativo no anexo Anexo 2k, entretanto os desenhos ilustrativos não substituem as exigências legais e normativas):
a) 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de construções, limites entre lotes, sumidouros, valas de infiltração e ramal
predial de água;
b) 3m (três metros) de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água; e
c) 15m (quinze metros) de poços freáticos e de corpos d`água de qualquer natureza.
§ 3º As soluções alternativas individuais ou condominiais de esgotamento sanitário deverão estar localizadas de forma a
garantir o acesso de serviços de limpeza, além de estabelecido perímetro de proteção em seu entorno.
§ 4º As soluções alternativas de esgotamento sanitário implantadas nas zonas rurais, comunidades ribeirinhas, terras
indígenas e assentamentos rurais, devem garantir o tratamento e disposição final adequados do lodo gerado, além dos efluentes,
no próprio local, de modo a evitar o transporte desses materiais.
§ 5º É proibida a construção de fossas sépticas, sumidouros ou valas de infiltração nos passeios públicos.
Art. 110. A aprovação de qualquer solução alternativa para abastecimento de água e esgotamento sanitário dependerá de laudo
técnico e projeto realizado por profissional habilitado que considere:
III - a aferição da qualidade da água e a indicação do tratamento necessário para o consumo humano a ser adotado;
IV - a indicação das tecnologias alternativas e tipologias adequadas para disposição e tratamento dos efluentes e dejetos
sanitários, tendo em vista evitar a contaminação das águas subterrâneas;
V - a previsão para ligação à futura rede pública de abastecimento de água e coleta do esgoto; e
Art. 111. As novas edificações ou empreendimentos poderão adotar sistema para aquecimento solar da água, de acordo com a
NBR nº 7198 da ABNT, e o seguinte enquadramento:
II - empreendimentos, de qualquer porte, destinados à habitação de interesse social deverá ter avaliadas as condições para
uso de sistemas para aquecimento solar da água, além de prevista instalação para a produção de energia fotovoltaica em todas as
unidades habitacionais; e
III - edificações enquadradas nas categorias de uso de produção, de uso especial e de uso misto - deverão ser dotadas de
sistema para aquecimento solar da água, a saber:
§ 1º o somatório das áreas de projeção dos equipamentos constituídos pelas placas coletoras, fotovoltaicos e similares, e
respectivos reservatórios térmicos não será computável para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento básico e máximo
previsto na legislação municipal de uso e ocupação do solo urbano.
§ 2º A obrigatoriedade da instalação de sistema para aquecimento solar da água não se aplica às edificações em que se
comprove ser tecnicamente inviável alcançar as condições para aquecimento de água por energia solar.
Art. 112. As instalações hidráulicas e os equipamentos de aquecimento de água por energia solar deverão ser dimensionados para
atender, no mínimo, a 40% (quarenta por cento) de toda a demanda anual de energia necessária para o aquecimento de água.
Art. 113. Para efeito de comprovação das exigências desta Seção, os equipamentos solares devem apresentar obrigatoriamente a
etiqueta do INMETRO, de acordo com os regulamentos específicos aplicáveis do PBE.
Subseção II
Das Instalações Elétricas e da Luminotécnica
Art. 114. Além do cumprimento das normas técnicas e de segurança aplicáveis, as instalações e equipamentos elétricos, lâmpadas
e reatores devem ser planejadas e executadas segundo os requisitos para eficiência energética da edificação, definidos no âmbito
do PBE, ENCE e Selo PROCEL.
§ 1º Os responsáveis pelos projetos e obras de instalações elétricas deverão atender os requisitos recomendados pela NBR nº
5410 (proteção e segurança) da ABNT.
§ 2º O projeto luminotécnico das edificações deverá atender aos padrões estabelecidos na NBR ISSO/CIE nº 8995-1
(iluminação de ambientes de trabalho) da ABNT.
Art. 115. É obrigatória a existência de instalações elétricas em todas as edificações situadas em logradouros servidos por rede de
distribuição de energia.
§ 1º a instalação de medidores deverá atender aos padrões técnicos exigidos pela concessionária, ser independente por
unidade consumidora e estar localizados no pavimento térreo, com fácil acesso para leitura.
§ 2º As instalações de energia para dentro do lote deverão ser embutidas sob pisos e em paredes.
Art. 116. O projeto e a instalação dos equipamentos elétricos deverão cumprir as determinações do Corpo de Bombeiros e a
legislação aplicável quanto à proteção contra incêndio.
Subseção III
Das Instalações de Gás
Art. 117. Toda e qualquer fonte de alimentação de gás GLP, na forma de botijões, balas ou similares deve ser disposta
externamente à edificação, em local construído e ventilado permanentemente, para isolamento e fins de guarda dos
equipamentos, seja em uso ou em estoque, conforme determinações de segurança do Corpo de Bombeiros e legislação aplicável
quanto à prevenção de risco de explosão e incêndio (desenho ilustrativo no anexo Anexo 2k, entretanto os desenhos ilustrativos
não substituem as exigências legais e normativas).
Subseção IV
Das áreas Livres de Impermeabilização e da Drenagem Das águas Pluviais
Art. 118. As áreas do lote ou gleba, a serem mantidas livres de impermeabilização, de acordo com o percentual estabelecido pela
legislação municipal de uso e ocupação do solo urbano e neste COE, além da legislação ambiental aplicável, atenderão as seguintes
finalidades:
III - a mitigação e/ou adaptação da Cidade de Vilhena e áreas urbanas dos Distritos aos eventos extremos, em especial como
coadjuvante do controle das cheias e alagamentos;
IV - a adesão às estratégias de condicionamento passivo (resfriamento e aquecimento) para promoção do conforto térmico da
edificação ou empreendimento, em razão das características bioclimáticas de Vilhena;
V - a ampliação do potencial de sequestro de carbono das áreas urbanas do Município e de filtragem de poluentes;
VI - a promoção do conforto térmico nas vias e logradouros, da qualidade do ar e da mitigação das emissões de gases de efeito
estufa GEE;
VII - a distribuição equilibrada de áreas livres, favorecendo as conexões e otimizando a sua utilização;
Art. 119. As áreas do lote ou gleba mantidos livres de impermeabilização observarão (desenho ilustrativo no Anexo 2d):
I - poderão ter até 50% (cinquenta por cento) de sua área recoberta por deck vazado e/ou concregrama e/ou ter assentado
piso drenante com capacidade de percolação mínima de 80% (oitenta por cento); e
II - ter, no mínimo, parcela de 50% (cinquenta por cento) da área mantida livre e vegetada e, quando arborizada,
preferencialmente com espécies regionais nativas do Bioma da Amazônia.
Parágrafo único. As áreas de projeção de PVI, se vegetadas, poderão compor ao somatório da taxa de permeabilidade prevista
para o imóvel, bem como jardins e acessos, inclusive de garagem e áreas de estacionamento descobertas localizados sobre o solo
natural, recobertos com piso drenante ou concregrama, nas condições estabelecidas no inciso I deste artigo.
Art. 120. Além das condições técnicas, é obrigatória a implantação de solução de drenagem distribuída para retenção de águas
pluviais em lotes cujas áreas impermeabilizadas sejam superiores a 600m² (seiscentos metros quadrados) ou possuam taxa de
ocupação acima de 90% (noventa por cento).
§ 1º As águas pluviais retidas deverão ser preferencialmente utilizadas para fins não potáveis, podendo ser infiltradas no solo
e/ou serem despejadas na rede pública de drenagem.
§ 2º A coleta das águas pluviais provenientes de coberturas e áreas impermeabilizadas do lote para uso não potável deverá ser
executada por intermédio de sistema independente de captação, preservação, adução e distribuição das instalações de água
potável, além de atendidos os padrões estabelecidos na NBR nº 15.527 da ABNT para seu dimensionamento, ficando a cargo do
setor competente da prefeitura a sua aceitação.
§ 3º As instalações e equipamentos necessários ao cumprimento da obrigação estabelecida no caput deste artigo poderão ser
localizados nos afastamentos.
Art. 121. Lei específica ou o Plano Diretor de Drenagem Urbana poderá estabelecer demais critérios para o cumprimento do caput
do art. 120 desta Lei Complementar, se for o caso.
Subseção V
Das Instalações Especiais
Art. 122. Os projetos sujeitos à aprovação dos órgãos interagentes com o licenciamento de obras deverão atender as exigências
estabelecidas por estes, instruindo-o para posterior apresentação ao órgão municipal competente, com vistas à obtenção da
licença de obras.
§ 1º As instalações especiais de segurança, como para-raios e de combate a incêndios, bem como aquelas sujeitas à avaliação
de impactos ambientais e exigências de vigilância sanitária deverão atender as NBR aplicáveis e disposições exaradas pelos órgãos
competentes.
§ 2º Edificações que abriguem usos e atividades que impliquem a manipulação e o descarte de efluentes com substâncias
e/ou produtos químicos contaminantes, tais como postos de abastecimento e lavagem de veículos, lavagem de roupa a seco,
galvanoplastia, douração ou cromagem, marmorarias e similares, deverão ser dotados de instalações para tratamento prévio dos
efluentes antes do seu lançamento na rede pública de esgotos, quando cabível, ou para acondicionamento anterior à sua
destinação final, sujeitando-se às exigências dos órgãos competentes em cada caso.
Art. 123. Os equipamentos geradores de calor nas edificações destinadas a abrigar atividades de produção deverão ser dotados de
isolamento térmico, admitindo-se:
I - distância mínima de 1m (um metro) do teto, sendo essa distância aumentada para um metro e cinquenta centímetros, pelo
menos, quando houver pavimento superposto; e
Art. 124. As edificações destinadas a abrigar atividades de prestação de serviços automotivos deverão observar as exigências da
legislação aplicável, além das seguintes disposições:
I - as águas servidas serão conduzidas à caixa de retenção, antes de serem lançadas na rede geral de esgotos;
II - ser dotadas de ralos com grelha em todo o alinhamento voltado para as calçadas públicas, confeccionados e instalados de
acordo com a NBR nº 9050 da ABNT;
III - os tanques de combustível deverão guardar afastamento mínimo de 4m (quatro metros) do alinhamento da via pública e
demais instalações; e
IV - a edificação deverá ser projetada de modo que as propriedades vizinhas ou logradouros públicos não sejam molestados
pelos ruídos, vapores, jatos e aspersão de água, óleo e quaisquer efluentes ou resíduos originados dos serviços automotivos.
Art. 125. Toda edificação destinada ao uso público ou coletivo, além daquelas obrigadas por lei, deverá prever instalações para
reserva de incêndio, conforme padrões estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros.
Parágrafo único. A edificação preservada ou tombada por força de lei deverá ser dotada das condições exigidas para
prevenção de incêndios, conforme as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros aplicáveis.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA AS EDIFICAÇÕES
Seção I
Das Residências Isoladas
Art. 126. Consideram-se residências isoladas as habitações unifamiliares com 01 (um) ou 02 (dois) pavimentos, ou em função
topográfica, no máximo de 03 (três) pavimentos.
Art. 127. Edificações distintas, dentro de um mesmo lote urbano, serão permitida quando:
I - os acessos forem independentes;
II - os lotes urbanos enquadrem-se nos desmembramentos permitidos ou permissíveis conforme a Lei de Zoneamento e a Lei
de Parcelamento do Solo Urbano.
Parágrafo único. Deverá ser apresentado documento gráfico demonstrando à localização dos edifícios no terreno, recuos, área
de terreno, área construída, área ocupada e os acessos as residências.
Art. 128. Será permitida edificações desligadas da principal, desde que as mesmas sejam parte integrante da residência,
respeitando os recuos, afastamento e índices urbanísticos previsto na LUOS.
Seção II
Das Residências Geminadas (bifamiliares)
Art. 129. Consideram-se residências geminadas 02 (duas) ou mais unidades de moradia contíguas, que possuam paredes comuns.
Art. 130. Será permitida em cada lote, a edificação de residências geminadas, desde que satisfaçam as seguintes condições:
III - As paredes comuns às residências deverão ser em alvenaria, com espessura mínima de 0,20m (vinte centímetros)
alcançando o ponto mais alto da cobertura;
IV - Cada uma das unidades deverá obedecer todas as demais normas estabelecidas por este Código;
Art. 131. A propriedade das residências geminadas só poderá ser desmembrada quando cada unidade atender as condições de
ocupação estabelecidas pela Lei de Zoneamento e Parcelamento.
Seção III
Das Edificações Multifamiliares
II - circulações de uso comum dos condôminos com pé-direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros),
mantido o mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) abaixo da projeção de vigas estruturais e eventuais seções de
elementos do teto;
III - caixas postais individuais por unidade residencial autônoma junto aos acessos principais da edificação;
IV - depósito para estocagem de resíduos sólidos domiciliares, localizado no pavimento térreo, com piso e paredes revestidos
de material impermeável, resistente e de fácil limpeza, ventilado e iluminado, com acesso que permita a livre movimentação dos
contentores para estocagem, dotado de facilidades para a higienização, com área mínima de 2,50m² (dois metros e cinquenta
centímetros quadrados), suficiente para abrigar e permitir a livre movimentação da quantidade mínima de contentores para
acondicionar o volume gerado na edificação;
V - medidores e hidrômetros individuais por unidade residencial autônoma com fácil acesso, localizados no pavimento térreo;
VI - localização do depósito de gás GLP fora do corpo da edificação, conforme artigo 117 desta Lei Complementar;
Parágrafo único. Em reformas da edificação multifamiliar existente admite-se solução diferenciada das condições gerais
exigidas correspondentes aos incisos de I a V deste artigo, a critério do órgão municipal competente.
Art. 133. As edificações multifamiliares verticais com 5 (cinco) ou mais pavimentos deverão dispor complementarmente de:
III - compartimento de coleta em cada pavimento para acondicionamento temporário dos resíduos sólidos gerados nas
unidades domiciliares, com piso e paredes revestidos com material impermeável, resistente e de fácil limpeza, e largura mínima
com 1,20m (um metro e vinte centímetros), observadas as exigências estabelecidas pela vigilância sanitária; e
IV - local exclusivo para recreação e lazer dos moradores em parte ou totalmente coberto atendendo às seguintes disposições:
a) parte coberta contínua calculada na proporção de 1,20m² (um metro e vinte centímetros quadrados) por compartimento
destinado ao descanso noturno de cada unidade residencial da edificação, garantindo-se o mínimo de 40m² (quarenta metros
quadrados);
b) possibilidade de inscrição de um círculo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de diâmetro em qualquer região
de sua área de piso coberta; e
c) manutenção de elemento separador da circulação e do estacionamento de veículos com, no mínimo, 90cm (noventa
centímetros) de altura, não podendo ser aberta diretamente para esta o acesso ou vão de ventilação dos depósitos de estocagem
de resíduos sólidos e de gás.
Art. 134. Se ao local de recreação e lazer forem agregados salão de festas, academias de ginástica, brinquedotecas, entre outros
ambientes para diversão e lazer, deverão ser previstos banheiros separados por sexo e, no mínimo, 1 (um) banheiro acessível
independente ou cabine sanitária inclusa em cada um dos banheiros coletivos, no mesmo pavimento e dotadas das condições de
acessibilidade estabelecidas na NBR nº 9050 da ABNT.
Seção IV
Dos Grupamentos Edilícios
Art. 135. Quando constituído grupamento edilício vertical composto por 3 (três) ou mais edificações ou horizontal com 3 (três) ou
mais edificações em um mesmo empreendimento, o projeto será acompanhado do plano geral de urbanização.
§ 1º Além de atender às disposições da LUOS e deste COE aplicáveis, os grupamentos edilícios se submetem às seguintes
exigências:
I - as vias internas de circulação do grupamento atenderão, no mínimo, ao padrão descrito abaixo, salvo maior exigência do
órgão municipal competente:
a) 4,00m (quatro metros), quando as edificações estiverem situadas em um só lado do corredor de acesso;
b) 6,00m (seis metros), quando as edificações estiverem situadas em ambos os lados do corredor de acesso;
II - as calçadas internas ao empreendimento devem ser obrigatoriamente arborizadas, preferencialmente com espécies
nativas do Bioma da Amazônia;
III - a reserva para áreas verdes internas ao empreendimento corresponderá ao percentual da taxa de permeabilidade
determinada na LUOS para a zona em que se localizar devendo esta ser arborizada, preferencialmente com espécies nativas do
Bioma da Amazônia;
IV - todas as áreas de uso comum do empreendimento deverão atender às condições de acessibilidade previstas na NBR nº
9050 da ABNT;
V - os acessos para pedestres e veículos ao empreendimento, a partir do logradouro público, deverão ser independentes;
VI - dispor de local de transbordo ou acondicionamento junto à testada do empreendimento, de forma a permitir a coleta dos
resíduos sólidos, conforme indicação da Prefeitura Municipal;
VII - a instalação de medidores deve possibilitar a leitura pelas concessionárias de serviços públicos a partir da calçada; e
VIII - as áreas reservadas ao estacionamento de veículos em pátio descoberto deverão ser arborizadas e pavimentadas com
piso do tipo drenante, e dessa forma integrarão o cálculo do percentual exigido para a taxa de permeabilidade.
§ 2º O Certificado de Habite-se das edificações que integram o grupamento ediltcio está subordinado à prévia aceitação das
obras de urbanização por parte dos órgãos competentes.
§ 3º Os grupamentos edilícios se submetem ao EIV e/ou às disposições quanto aos Poios Geradores de Tráfego nos casos
previstos em legislação específica.
IX - local exclusivo para recreação e lazer dos moradores em parte ou totalmente coberto atendendo às seguintes disposições:
a) parte coberta contínua calculada na proporção de 1,20m² (um metro e vinte centímetros quadrados) por compartimento
destinado ao descanso noturno de cada unidade residencial da edificação, garantindo-se o mínimo de 40m² (quarenta metros
quadrados) ou o que versa lei municipal específica para tais finalidades condominiais, prevalencendo qual for maior;
b) possibilidade de inscrição de um círculo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de diâmetro em qualquer região
de sua área de piso coberta; e
c) manutenção de elemento separador da circulação e do estacionamento de veículos com, no mínimo, 90cm (noventa
centímetros) de altura, não podendo ser aberta diretamente para esta o acesso ou vão de ventilação dos depósitos de estocagem
de resíduos sólidos e de gás.
Seção V
Das Vilas Urbanas
Art. 136. As vilas urbanas, além de submetidas às exigências da legislação municipal específica, bem como a de uso e ocupação do
solo urbano, atenderão as seguintes disposições:
I - área interna de circulação de pedestres para acesso aos lotes edificados, dotada de largura mínima igual a 6m (seis metros)
e comprimento máximo igual a 75m (setenta e cinco metros) em cada segmento ou seção;
II - 10% (dez por cento) da área de circulação de pedestres da vila deverá ser mantida livres de impermeabilização e vegetadas
preferencialmente com espécies regionais nativas, sendo as áreas remanescentes pavimentadas com piso do tipo drenante ou de
mesmo efeito;
III - todas as áreas de uso comum deverão atender às condições de acessibilidade previstas na NBR nº 9050 da ABNT; e
IV - no caso de previsão de estacionamento para veículos, este deverá localizar-se de forma independente da área de
circulação de pedestres, sendo proibido o uso desta para acesso ou estacionamento de veículo em qualquer caso, observadas,
ainda, as seguintes disposições:
a) a área reservada ao estacionamento de veículos poderá ser localizada em pátio aberto contíguo à vila devendo, em
qualquer solução adotada, para manter acesso direto com a área interna de circulação de pedestres;
b) a área reservada ao estacionamento de veículos em pátio descoberto deverá ser arborizada e pavimentada com piso do
tipo drenante, e dessa forma integrará o cálculo do percentual exigido para a taxa de permeabilização a ser assegurada em relação
à área total da vila;
V - os acessos para pedestres e veículos à vila, a partir do logradouro público, deverão ser independentes;
VI - dispor de local de transbordo ou acondicionamento junto à testada da vila, de forma a permitir a coleta dos resíduos
sólidos, conforme indicação da Prefeitura Municipal; e
VII - dispor de local voltado para a via pública para instalação de medidores, de forma a possibilitar a leitura pelas
concessionárias de serviços públicos a partir da calçada.
Parágrafo único. A vila quando associada a empreendimento imobiliário que a englobe, poderá ter o acesso na testada do lote
com este compartilhado, cujas condições e dimensionamento serão analisados caso a caso pelo órgão municipal competente.
Seção VI
Dos Conjuntos Residenciais
Art. 137. Consideram-se conjuntos residenciais aqueles que tenham 50 (cinquenta) ou mais unidades de moradia, respeitadas as
seguintes condições:
II - A largura dos acessos às moradias será determinada em função do número de moradias a que irá servir, sendo 6,00m (seis
metros) a largura mínima;
III - Para cada 20 (vinte) unidades de moradia ou fração, haverá uma área de lazer comum com área equivalente a 1/5 (um
quinto) da soma das áreas de projeção das moradias;
IV - Acima de 100 (cem) unidades de moradia, será reservada área para equipamentos públicos e comércio local;
V - Serão dotadas de rede de iluminação pública e redes de abastecimento de energia elétrica, de água e coleta de esgoto;
Seção VII
Das Moradias Econômicas
Art. 138. As moradias econômicas serão constituídas minimamente dos seguintes compartimentos: sala, quarto, cozinha e
banheiro.
Parágrafo único. Os compartimentos das edificações para fins residenciais conforme sua utilização obedecerão este Código
quanto as dimensões mínimas requeridas.
Seção VIII
Das Edificações de Comércio e Serviços
Art. 139. As edificações destinadas ao comércio e/ou serviços deverão atender os dispositivos neste código, bem como as demais
exigências normativas e legais da municipalidade, da vigilância sanitária, do corpo de bombeiros, dos órgãos ambientais e demais
órgãos que a atividade exercida no local assim requeiram.
§ 1º As edificações de que tratam esta seção deverão ser construídos com materiais incombustíveis em suas vedações,
tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias e estruturas da cobertura.
Art. 140. As edificações deverão dispor de instalações sanitárias separadas por sexo para uso do público, além do banheiro
acessível, conforme razão de usuários por bacia sanitária estabelecidas no ANEXO 05 e exigências da NBR ne 9050 da ABNT.
Parágrafo único. As edificações cujo somatório das áreas dos espaços destinados ao atendimento e circulação do público
possua até 50m² (cinquenta metros quadrados), poderão conter apenas 1 (um) banheiro para uso de ambos os sexos, desde que
este seja totalmente acessível para utilização de pessoa com deficiência.
Art. 141. Os compartimentos das edificações destinados á fabricação, manipulação, preparo, depósito ou acondicionamento de
alimentos deverão, além das exigências requeridas pelos órgãos competentes, ser dotados de:
III - telas contra insetos nas janelas e proteção contra roedores nas portas.
Art. 142. Toda a edificação ou unidade comercial ou de serviços em que a atividade exija a troca de roupa ou o uso de uniforme ou
similar será dotada de local apropriado para vestiário com armários individuais, observada a separação por sexo para uso dos
funcionários, bem como exigências da NBR nº 9050.
Art. 143. As unidades habitacionais dos hotéis-residência ou flats conterão, no mínimo, 1 (um) compartimentos de permanência
prolongada, 1 (um) banheiro e 1 (uma) cozinha, com área total igual ou maior que 25m² (vinte e cinco metros quadrados) úteis.
§ 1º As edificações caracterizadas no caput deste artigo, além das demais exigências aplicáveis, atenderão às seguintes
disposições específicas:
§ 2º As edificações de que trata este artigo poderão conter um pavimento de uso comum, destinado às atividades de
recreação, alimentação e outros serviços próprios de hotelaria.
Art. 144. Os estabelecimentos de hospedagem, além das demais disposições legais aplicáveis, deverão dispor ainda das seguintes
condições:
I - banheiro, privativo ou coletivo, para os hóspedes, este último separado por sexo;
III - 5% (cinco por cento) ou mais do total de dormitórios com banheiro privativo, ambos dotados de condições de
acessibilidade para uso da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, localizados em rotas acessíveis, salvo maior exigência
legal; e
IV - acessos à edificação, às unidades de hospedagem e demais ambientes de uso do público ou comum, inclusive em suas
conformações internas, dotados de acessibilidade segundo a NBR nº 9050 da ABNT.
Parágrafo único. Os estabelecimentos de hospedagem deverão atender às mesmas exigências das habitações multifamiliares
quanto às circulações verticais e horizontais, elevadores, compartimentos de limpeza e depósito de resíduos sólidos, além de
outras aplicáveis previstas neste COE.
Art. 145. As oficinas de veículos, além das demais disposições aplicáveis, deverão atender às seguintes exigências:
I - pisos impermeáveis;
IV - muro de divisa com terrenos vizinhos, com altura mínima de 2m (dois metros);
V - proteção contra ruído e demais interferências dos processos de trabalho adotados no estabelecimento para a segurança, o
conforto e a qualidade ambiental na vizinhança e nos logradouros públicos adjacentes; e
VI - despejos coletados por caixa de areia e caixa separadora de óleo antes de serem lançados na rede pública de esgoto
sanitário ou outro destino, de acordo com o órgão municipal competente, prevalecendo legislação ambiental específica.
Art. 146. Galerias, centros comerciais e shopping centers atenderão as exigências da LUOS aplicáveis, da NBR nº 9050 da ABNT, da
NBR nº 9077 da ABNT, em especial para o cálculo do dimensionamento das circulações coletivas e do Corpo de Bombeiros.
Art. 147. Todas as edificações de comércio e serviços que abriguem atividades geradoras de ruído devem promover o seu
tratamento acústico, de forma a não causar incômodos à vizinhança.
Art. 148. As edificações que abriguem ou manipulem substâncias inflamáveis, inclusive gás GLP, obedecerão às normas
estabelecidas neste COE, em regulamentação própria dos órgãos competentes e do Corpo de Bombeiros.
Seção IX
Das Edificações de Uso Misto
Art. 149. As edificações de uso misto atenderão às disposições pertinentes a cada uma de suas partes funcionais, de forma a que
não haja interferência ou prejuízo na qualidade e desempenho de suas funções.
Art. 150. As edificações de uso misto residencial/comercial ou residencial/serviços deverão ser projetadas de modo a não
prejudicar a segurança, o conforto e o bem-estar dos residentes, bem como prever acessos independentes entre as diferentes
economias.
Seção X
Das Edificações Industriais
Art. 151. A construção, a reforma ou a adaptação de prédios para uso industrial somente será admitida em áreas previamente
definidas pela legislação municipal de uso e ocupação do solo urbano ou validado pelo Macrozoneamento do território municipal,
além dos comandos e regras ambientais.
Art. 152. As edificações para uso industrial deverão satisfazer às exigências do Ministério do Trabalho e Previdência Social e dos
órgãos ambientais e de vigilância sanitária, devendo os compartimentos ser dimensionados em função das atividades que lhes
serão destinadas.
Art. 153. As edificações destinadas às atividades industriais deverão dispor de vestiários, sempre que couber, e instalações
sanitárias separadas por sexo para uso dos funcionários.
Art. 154. As edificações de que tratam esta seção deverão ser construídos com materiais incombustíveis em suas vedações,
tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias e estruturas da cobertura.
Seção XI
Das Edificações de Saúde e Educação
Art. 155. As edificações de saúde e educação atenderão às exigências dos regulamentos que lhes forem aplicáveis, recomendações
e orientações do Ministério da Saúdo e do Ministério da Educação, além das disposições deste COE, da NBR nº 9050 da ABNT e da
NBR nº 9077 da ABNT, no que couber.
§ 1º As edificações destinadas às atividades de saúde observarão as disposições de vigilância sanitária estabelecidas pelos
órgãos municipais, estaduais e federais que tratam da matéria.
§ 2º Todas as edificações destinadas às atividades de saúde e educação deverão apresentar arquitetura e condições técnico-
construtivas compatíveis com o grupo etário que compõe a sua clientela.
Art. 156. As edificações destinadas a estabelecimentos de saúde e educação deverão obedecer no que couber às condições fixadas
pelos respectivos órgãos municipal, estadual e federal responsáveis por cada uma dessas políticas setoriais.
Seção XII
Das Edificações Públicas Dos Governos Federal, Estadual e Municipal
Art. 157. Sem prejuízo das exigências aplicáveis estabelecidas neste COE, toda edificação destinada à prestação de serviços sob a
responsabilidade do Poder Público Federal e Estadual deverá ser construída, adaptada ou reformada de modo a:
I - atender as exigências da legislação federal de acessibilidade e adotar os padrões previstos nas Normas Técnicas Brasileiras
aplicáveis;
II - contemplar soluções projetuais em garantia da sustentabilidade, do conforto ambiental e da racionalidade do uso dos
recursos naturais;
III - racionalizar o uso da água, utilizando metais e aparelhos sanitários economizadores, bem como adotando dispositivo para
coleta e armazenamento de água da chuva destinada à limpeza de áreas externas e à irrigação; e
Seção XIII
Dos Locais de Concentração e Reunião de Pessoas
Art. 158. Considera-se local de concentração e reunião de pessoas igrejas, templos, estádios, auditórios, ginásios esportivos, salões
de exposição e convenções, casas de festa, cinemas, teatros e cinemas, parques de diversões, circos, entre outros.
Art. 159. Os locais de concentração e reunião de pessoas, ainda que temporárias, atenderão as condições dispostas na NBR nº
9050 da ABNT, NBR nº 9077 da ABNT, nos regulamentos contra incêndio e pânico e naquelas aplicáveis deste COE.
Art. 160. Qualquer compartimento projetado para afluência e concentração de público terá sua lotação e dimensionamento
calculado nas seguintes proporções:
a) área mínima de 1 (uma) pessoa para cada 80cm² (oitenta centímetros quadrados) em halls, foyers, locais de espera e
similares;
b) plateias e espaços destinados a espectadores sentados, área mínima de 45cm² (quarenta e cinco centímetros quadrados)
por pessoa; e
c) plateias e espaços destinados a espectadores em pé, área mínima de 25cm² (vinte e cinco centímetros quadrados) por
pessoa.
Parágrafo único. As áreas mínimas correspondentes à reserva de assentos para pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida, respectivos acompanhantes e reserva de assentos para pessoas obesas serão calculadas segundo as exigências,
condições e parâmetros definidos na NBR nº 9050 da ABNT.
Art. 161. Instalações de circo, parque de diversões e outras de caráter temporário com afluência de público em geral, além de
outras disposições da legislação aplicável, deverão atender às seguintes exigências:
I - implantação no terreno de modo a garantir afastamento mínimo de 10m (dez metros) do alinhamento com o logradouro
público, das divisas com terrenos vizinhos e de qualquer edificação;
III - acessos independentes para entrada e saída do público, em condições de segurança para escape, segundo
dimensionamento exigido pelo Corpo de Bombeiros e pela NBR nº 9077 da ABNT;
IV - instalações sanitárias independentes ainda que temporárias separadas por sexo, com solução adequada de destino dos
dejetos, para utilização pelo público e pelo pessoal de serviço, na proporção e condições determinadas pela legislação aplicável;
V - adoção de iluminação e sinalização de emergência nos termos da legislação e instruções técnicas do corpo de bombeiros,
bem como das normas de acessibilidade pertinentes; e
Art. 162. As edificações destinadas a abrigar atividades geradoras de ruído em razão da concentração de pessoas ou das atividades
nelas desenvolvidas deverão ser dotadas de tratamento acústico, incluindo tetos, paredes, vãos, janelas e portas.
Seção XIV
Dos Edifícios-garagem
Art. 163. Os edifícios-garagem, além das demais disposições desta Lei Complementar, da NBR nº 9050 da ABNT, da NBR nº 9077 da
ABNT, nos regulamentos contra incêndio e pânico, deverão atender às seguintes exigências:
I - os serviços de controle e recepção devem estar localizados no interior da edificação ou lote, bem como a reserva de área
destinada à acumulação de veículos correspondente a 5% (cinco por cento), no mínimo, da área total reservada às vagas de
estacionamento;
II - a entrada e a saída de veículos deverão conter vãos com largura mínima de 3m (três metros) cada um, tolerando-se a
existência de um único vão com largura mínima de 6m (seis metros);
III - quando providos de rampas ou elevadores simples para veículos, em que haja circulação interna destes, as pistas de
rolamento terão largura mínima de 3m (três metros);
IV - edifícios-garagem com quatro ou mais pavimentos devem instalar pelo menos um elevador para transporte de
passageiros;
V - dispor de salas de administração, sala de espera e instalações sanitárias para usuários e empregados independentes;
VI - o local de saída de veículos para o logradouro público deverá ser dotado de mecanismo redutor de velocidade, além de
sinalizado e sonorizado, de forma a garantir a segurança dos pedestres que transitam pela calçada;
VII - nos projetos deverão constar obrigatoriamente as indicações gráficas da localização de cada vaga de veículo e dos
esquemas de circulação, não sendo permitido considerar, para efeito de cálculo das áreas necessárias aos locais de
estacionamento, as rampas, passagens e circulações; e
VIII - os planos inclinados das rampas devem distar, no mínimo, 3m (três metros) do alinhamento da edificação reservado à
entrada e saída de veículos limítrofe à calçada.
Seção XV
Das Edificações Destinadas ao Manejo e Depósito de Explosivos, Material Inflamável e Combustíveis
Art. 164. Os postos de abastecimento de combustíveis e serviços para veículos automotivos, além das disposições aplicáveis da
legislação ambiental e da regulamentação específica estadual e federal, deverão atender às determinações fixadas na legislação
municipal específica, em especial a que trata do uso e ocupação do solo urbano, e neste COE.
Parágrafo único. Para o licenciamento municipal das instalações de postos de abastecimento e serviços para veículos é
obrigatório o atendimento das exigências dispostas na legislação ambiental, de segurança do trabalho e do Corpo de Bombeiros
aplicáveis, além das normas técnicas brasileiras sobre o assunto e nas normas da ANP.
Art. 165. Os postos de abastecimento e serviços para veículos automotivos serão implantados de acordo com os parâmetros da
Resolução CONTRAN nº 38/1998 e da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho - NR 20.
§ 1º Tanques, bombas, filtros, descarga à distância e respiros deverão manter distância de 15m (quinze metros) de qualquer
divisa com imóveis adjacentes, além das seguintes exigências:
I - haver muro de divisa com terrenos vizinhos, com altura mínima de 2m (dois metros);
IV - nos estabelecimentos em que haja lavagem ou lubrificação de veículos, os compartimentos destinados a estas finalidades
deverão ser projetados de modo a proteger a vizinhança e o logradouro público dos incômodos decorrentes de seu funcionamento,
devendo ser coletados os despejos em caixa de areia e caixa separadora de óleo antes de serem lançados na rede pública de
esgoto sanitário ou outro destino, de acordo com o órgão municipal competente.
§ 2º Fica proibida a construção e instalação de postos de serviços e abastecimento de veículos a menos de 100,00m (cem
metros) dos hospitais, escolas, igrejas, e outros estabelecimentos definidos a juízo do órgão competente da Prefeitura.
§ 3º Outros usos eventuais conviventes com o uso principal dos postos de abastecimento no mesmo imóvel deverão atender
as exigências específicas para estes previstas neste COE, sempre que aplicáveis.
Art. 166. A edificação destinada à fabricação, manipulação, guarda e comercialização de material explosivo deverá atender à
Norma Regulamentador - NR19 do Ministério do Trabalho, além das demais disposições aplicáveis desta Lei Complementar.
Seção XVI
Das Edículas e Guaritas
Art. 167. Admite-se a construção de edícula destinada ao abrigo de atividades complementares e de apoio à edificação principal,
conforme previsto na LUOS desde que:
I - observados os afastamentos e recuos, o gabarito e as taxas de ocupação e permeabilidade previstas na legislação de uso e
ocupação do solo urbano;
II - a altura máxima da edícula não ultrapasse 6m (seis metros), excluídos eventuais elementos para o seu funcionamento
dispostos sobre a cobertura; e
III - atenda as exigências da legislação contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros, sendo a distância mínima a manter
entre quaisquer elementos da edícula e a edificação principal igual a 3m (três metros).
Art. 168. Se instalada guarita para controle de entrada, esta deverá ser implantada totalmente dentro dos limites do lote, podendo
situar-se sobre o afastamento frontal, desde que sua área máxima não ultrapasse 5m² (cinco metros quadrados).
Seção XVII
Das Churrasqueiras e Chaminés
Art. 169. Churrasqueiras e similares de uso domiciliar devem ser confeccionadas em material incombustível, com chaminé de
exaustão posicionada na altura mínima igual a 80cm (oitenta centímetros) acima da cumeeira do telhado onde a mesma está
instalada.
Parágrafo único. As churrasqueiras devem ser instaladas e isoladas de modo a não transferir calor ao imóvel vizinho.
Art. 170. As chaminés de qualquer tipo, para uso comercial, de serviço ou industrial, deverão conter altura suficiente para garantir
a boa dispersão dos gases, conforme a legislação aplicável e as normas técnicas específicas.
Parágrafo único. O órgão municipal competente, quando julgar necessário, poderá determinar a modificação das chaminés
existentes, ou o emprego de sistemas de controle de poluição atmosférica.
Seção XVIII
Das Construções em Madeira ou Material Perecível e Das Estruturas Flutuantes
Art. 171. Construções em madeira devem atender às especificações da NBR nº 7190 - Projetos de Estruturas de Madeira da ABNT.
§ 1º É proibida a utilização de construções em madeira para uso de atividades industriais e qualquer outra atividade produtiva
ou comercial que implique guarda ou manipulação de produtos e substâncias inflamáveis.
§ 2º A madeira a ser utilizada nas construções deverá seguir aos critérios de manejo florestal sustentável e certificada pelos
órgãos ambientais competentes.
Art. 172. A construção executada integralmente de madeira ou suas partes e a palafita quando cabível, além de submeterem-se às
demais disposições aplicáveis deste COE atenderá aos seguintes requisitos específicos:
I - partes de madeira afastada do solo e dotada de embasamento, ou outro tipo de sustentação, resistente à umidade;
II - instalações elétricas executadas segundo as especificações da NBR nº 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão da ABNT;
III - provisão de instalações para abastecimento e tratamento da água potável, de esgotamento sanitário e drenagem
conforme as disposições deste COE;
IV - partes destinadas às áreas molhadas ou de cocção, como banheiros, áreas de serviço e cozinhas, dotadas de tratamento
ou revestimento que impeça a retenção de umidade e a propagação de chamas;
V - churrasqueiras, fogões a lenha e similares construídos em alvenaria, com local de queima forrado em material refratário e
altura mínima das chaminés de exaustão igual a 1m (um metro) acima da cumeeira do telhado;
VI - afastamento de qualquer ponto das divisas do lote com, no mínimo, 3m (três metros);
VII - afastamento entre construções de madeira no mesmo lote com, no mínimo, 4m (quatro metros); e
VIII - altura da edificação com, no máximo, 12m (doze metros) de altura, admitindo-se mezanino ou jirau e utilização de sótão.
§ 1º Construções de madeira com mais de 8m (oito metros) de altura, destinadas ao uso residencial unifamiliar e, em
qualquer caso, para uso multifamiliar, institucional, comercial ou de serviços, condicionam-se a parecer favorável de viabilidade do
Corpo de Bombeiros para a aprovação de projeto e licenciamento pelo órgão municipal competente.
§ 2º As disposições desta Seção aplicam-se às construções de madeira no meio rural sempre que couber.
Art. 173. A autoconstrução da habitação de interesse social em madeira ou nas tipologias palafita e flutuante se submetem ao
Programa de Assistência Técnica do Município de Vilhena.
Parágrafo único. As soluções e instalações de saneamento básico, bem como demais dispositivos para funcionamento das
edificações nas modalidades mencionadas no caput deste artigo deverão considerar as seguintes disposições, sempre que
aplicáveis:
a) local para acondicionamento dos resíduos sólidos orgânicos gerados na edificação e/ou previsão de destinação por meio de
compostagem;
b) locai para acondicionamento da parte seca dos resíduos sólidos em vasilhame que possa ser lacrado;
c) local para despejo e tratamento de esgotos, fossa séptica ou outra solução adequada;
d) local para acondicionamento de bujão de gás GLP fora da edificação principal, conforme exigências deste COE;
e) nas estruturas flutuantes:
1. posicionamento de geradores e bombas, botijões de gás, criadouro de animais, solução de destinação e tratamento de
esgotos, baterias solares, entre outros dispositivos em plataforma auxiliar, separada da principal; e
2. as conexões dos dispositivos auxiliares e, eventualmente, para provimento de energia elétrica localizado em terra firme,
adoção de cabos, tubos e mangueiras de material maleável, resistente, impermeável e com folga, de forma a manter-se
funcionando diante das variações do regime hidrológico.
f) em palafitas, adotar dispositivo de blindagem em poços e fossas localizados em terra firme, de maneira a que não sejam
afetados pelo regime das cheias ou eventual subida extrema das águas.
Art. 174. As edificações confeccionadas com materiais perecíveis como bambu e outros, estão sujeitas à comprovação técnica da
adequação das propriedades do material para fins edilícios.
Parágrafo único. Em qualquer caso, tais edificações sujeitam-se às disposições deste COE, ao critério do órgão municipal
competente o estabelecimento dos padrões a exigir e/ou excepcionar no ato da aprovação do projeto.
Art. 175. As estruturas flutuantes atenderão às exigências deste COE aplicáveis aos parâmetros edilícios e obrigações para
licenciamento de sua construção, além de submeter-se ao Macrozoneamento estabelecido no Plano Diretor para a área ou áreas
limítrofes aos corpos hídricos, além de submeter-se às regras emanadas pelos órgãos competentes.
Art. 176. Os empreendimentos de qualquer natureza sujeitos a processos de licenciamento ambientai se submetem aos
regulamentos que impõem os casos e condições para acionamento de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), de forma a
salvaguardar a qualidade de vida das populações eventualmente afetadas pela sua implantação e a integridade e sustentabilidade
do território municipal.
Seção XIX
Das Edificações Com Cobertura em Fibras Naturais
Art. 177. É proibida a construção de edificação com cobertura de fibras naturais a menos de 100m (cem metros) de distância de
postos de abastecimento de combustível, depósitos de substâncias inflamáveis de qualquer tipo e de fabricação ou revenda de
fogos de artifício.
Art. 178. Construções com cobertura de fibra natural (sapé, piaçava e similares) atenderão às seguintes exigências específicas:
I - as instalações elétricas, além de atenderem a NBR nº 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão da ABNT, quando
executadas com fiações não embutidas, em alvenaria ou em concreto devem ser totalmente isoladas por eletrodutos metálicos;
II - estarem afastadas no mínimo 5m (cinco metros) de eventuais fontes de calor, que devem ser devidamente isoladas;
III - depósitos de gás GLP e similares devem ser mantidos fora da projeção de cobertura da construção, com afastamento
mínimo de 3m (três metros) de seu perímetro, observada a NBR nº 13523 da ABNT;
IV - se existentes sob a cobertura de fibra natural, fogões, fornos, churrasqueiras e similares devem prever sua localização em
compartimento com piso, parede e cobertura incombustíveis;
V - as saídas para exaustão de chaminés, coifas e congêneres devem estar localizadas, no mínimo, a 2m (dois metros) de
distância de qualquer ponto da cobertura e em nenhuma hipótese diretamente acima desta; e
VI - o projeto, após análise do Corpo de Bombeiros, deve conter todas as indicações para provimento das exigências de
prevenção e combate a incêndio e pânico.
Parágrafo único. Sem prejuízo das demais disposições deste COE, construções executadas em qualquer material, sejam
principais, sejam complementares, que utilizem como cobertura fibras naturais, como sapé, piaçava e similares serão admitidas
somente após emissão de parecer favorável de viabilidade do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Municipal responsável pelo
controle de doenças tropicais, para a aprovação de projeto e licenciamento de obras pelo órgão municipal competente.
Seção XX
Estações e Equipamentos de Telecomunicações
Art. 179. A instalação de estações e equipamentos de telefonia fixa ou móvel em qualquer parte das edificações ou lote atenderá
aos requerimentos da legislação específica, devendo guardar distância mínima de 30m (trinta metros) entre o ponto de emissão da
antena transmissora e edificações, áreas de acesso e circulação destinadas a hospitais, clínicas, centros de saúde e similares.
TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Controle da Atividade Edilícia Pelo Poder Executivo Municipal
Art. 180. O controle da atividade edilícia pelo Poder Executivo municipal é exercido da seguinte forma:
I - controle Prévio - pela análise e aprovação de planos e projetos e autorizações e licenciamentos para a execução de obras e
edificações;
II - controle Concomitante - pelas vistorias administrativas, inspeções, comunicações, notificações, intimações, todas as
atividades de fiscalização exercidas por agentes públicos especialmente investidos da função; e
III - controle Sucessivo - pelas vistorias administrativas visando emissão de Certidões de Conclusão de Obras ou Habite-se.
§ 1º O controle da atividade edilícia pelo Poder Executivo municipal pode requerer o concurso e a participação dos seguintes
órgãos, sempre que cabível:
I - corpo de Bombeiros do Estado de Rondônia, naquilo que diz respeito à segurança contra incêndio e pânico;
II - órgãos federais e estaduais responsáveis pela proteção do patrimônio ambiental, histórico e cultural;
§ 2º A aprovação de planos e projetos, bem como a emissão de autorizações e licenças de qualquer natureza não implica
responsabilidade técnica da municipalidade quanto à execução das obras respectivas, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 181. O Município exercerá o controle das atividades edilícias nas formas previstas neste COE podendo, sempre que necessário
ou exigido por lei, apoiar sua decisão em pareceres emanados por consultorias de entidades com notória especialização.
Seção II
Do Requerente de Autorizações e Licenças
Art. 182. As Autorizações e Licenças para execução de obras e as emissões de Certidão de Conclusão de Obras e Habite-se serão
outorgadas ao titular do direito de construir, conforme disposto no Código Civil Brasileiro, após o cumprimento das condições
estabelecidas pelo Município.
§ 1º O requerente interessado em obter Autorização ou Licença para execução de obras deverá apresentar, para análise e
aprovação do Município, projeto desenvolvido por profissional habilitado como Autor que poderá ser o Responsável Técnico pela
execução da obra se outro profissional, igualmente habilitado, não for apresentado, especificamente, para a função.
§ 2º O requerente interessado em obter Autorização ou Licença para execução de obras responde pela autenticidade e
veracidade dos documentos apresentados sempre que couber, não implicando sua aceitação por parte do Município em
reconhecimento do direito de propriedade sobre o imóvel.
Art. 183. O Outorgado pela Autorização ou Licença para execução de obras, ou seu sucessor a qualquer título, é responsável pela
integridade e manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, bem como pela observância das
disposições deste COE e das leis municipais pertinentes.
Seção III
Da Responsabilidade Dos Profissionais Habilitados
Art. 184. Somente profissionais e empresas legalmente habilitados e com situação regular perante os respectivos Conselhos de
fiscalização do exercício profissional poderão elaborar projetos para análise e aprovação do Município com o intuito de obtenção
de Autorizações ou Licenças para a execução de obras.
§ 1º Caso a autoria do projeto de arquitetura e a responsabilidade técnica pela execução da obra forem atribuídas a
profissionais diferentes, ambos deverão comprovar a regularidade profissional exigida para obtenção da Autorização ou Licença.
§ 2º Para fins de aprovação do projeto arquitetônico e autorização ou licenciamento da execução da obra, os profissionais
responsáveis deverão comprovar junto ao órgão municipal competente a Anotação, Termo ou Registro de Responsabilidade Técnica
perante o respectivo Conselho de fiscalização do exercício profissional.
II - pelo cumprimento das eventuais exigências aplicáveis durante a execução da obra, previstas em legislação, e na
responsabilidade compartilhada com o profissional autor do projeto, se for o caso;
III - (vetado)
IV - pelo risco ou eventuais danos aos prédios vizinhos, aos operários da obra e a terceiros; e
V - pela observância das disposições deste COE, da legislação urbanística municipal e demais leis e normas pertinentes à
construção civil.
Art. 186. É obrigação do profissional autor do projeto e/ou responsável técnico pela execução da obra a colocação de placa de
identificação em local visível, devendo conter as seguintes informações:
III - nome do autor do projeto e número de registro no respectivo conselho de fiscalização do exercício profissional;
IV - nome do responsável técnico peia execução da obra e número de registro no respectivo conselho de fiscalização do
exercício profissional;
VI - finalidade da obra.
Art. 187. No caso de substituição do responsável técnico pela execução da obra, o fato deverá ser comunicado por escrito ao órgão
municipal competente e cumprido todas as exigências formais estabelecidas nesta Seção.
§ 1º A substituição do responsável técnico pela execução da obra por outro estará condicionada à constatação de inexistência
de irregularidade pelo órgão competente, salvo se o novo responsável técnico assumir a promoção da correção devida.
§ 2º O procedimento de substituição do responsável técnico pela execução da obra deverá ocorrer no prazo máximo de sete
dias, sob pena de paralisação da obra.
§ 3º Os dois responsáveis técnicos, o que se afasta da responsabilidade pela obra e o que a assume, poderão fazer uma só
comunicação que contenha a assinatura de ambos e do proprietário.
CAPÍTULO II
DA CATEGORIZAÇÃO DAS OBRAS E EDIFICAÇÕES
Art. 188. Para os efeitos deste COE, obras são os trabalhos realizados segundo as determinações de projeto e de normas técnicas,
destinados a modificar, adaptar, recuperar ou construir edifícios, estruturas e demais elementos correlacionados em geral.
§ 1º As intervenções sobre o meio ambiente natural, quando destinadas a sua transformação, preservação ou recuperação, no
contexto da matéria tratada neste COE, são consideradas obras.
§ 2º Considera-se, ainda, como obras os trabalhos realizados segundo as determinações de projeto e de normas técnicas,
destinados à desmontagem de estruturas e demolições parciais ou de zeramento.
I - Obras de Construção da Edificação (OCE): construção de uma nova unidade qualquer de edificação, composta de
dependências que a possam caracterizar segundo suas funções como autônoma, independente de outras edificações porventura
existentes no lote, mesmo que com elas possa existir alguma ligação;
a) sem modificação da área construída (ORE/s - sem modificação): obras de substituição parcial dos elementos construtivos
e/ou estruturais de uma edificação, com alteração ou não do arranjo de suas dependências, não modificando sua área, forma ou
altura; e
b) com modificação da área construída (ORE/c - com modificação): obras de substituição parcial dos elementos construtivos
e/ou estruturais de uma edificação, com alteração ou não do arranjo de suas dependências, com ampliações ou demolições que
alterem sua forma ou altura e, principalmente, sua área, quer por acréscimo, quer por decréscimo.
I - Obras Gerais de Infraestrutura do Parcelamento do Solo (OGI/p - parcelamento): conjunto de obras de arte, redes, sistemas
e de equipamentos urbanos, visando dotar de infraestrutura áreas de terra parceladas para fins urbanos;
II - Obras Gerais de Infraestrutura Autônomas (OGI/a - autônoma): conjunto de obras de arte, redes e sistemas, de
equipamentos e mobiliário urbano, de equipamentos industriais e de instalações de equipamentos diversos, de redes e sistemas de
saneamento, energia, telecomunicações e transmissão de dados, do sistema viário, e outros, não vinculadas a processo de
implantação de parcelamentos do solo urbano, promovidas pela iniciativa privada, pelo Poder Público ou pelas concessionárias de
serviços; e
III - Obras Gerais de Desmontagem e Demolição de Zeramento (OGD): procedimentos realizados segundo as determinações de
projeto e das normas técnicas, para a desmontagem de estruturas e demolições de zeramento, tornando o lote, ou a área de
terreno privativa da unidade autônoma, à condição de vago.
Art. 190. Conforme o tipo de atividade a que se destinam, as edificações classificam-se nas seguintes categorias de uso:
I - uso residencial - composta com, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um banheiro, sendo destinada à habitação de
caráter permanente, classificando - se como:
a) unifamiliar - corresponde a uma única unidade destinada à habitação por lote, por área de terreno privativa ou fração ideal
da unidade autônoma, no caso da unidade habitacional organizada em condomínio urbanístico ou vila;
b) bifamiliar - corresponde a duas unidades superpostas ou justapostas destinadas a abrigar duas habitações em um mesmo
lote, por área de terreno privativa ou fração ideal da unidade autônoma, no caso da unidade habitacional organizada em
condomínio ou vila; e
c) multifamiliar - corresponde ao agrupamento de mais de uma unidade residencial no mesmo lote, com um ou mais
pavimentos, organizada vertical ou horizontalmente, dispondo de áreas e instalações comuns que garantam o seu funcionamento;
II - uso de produção - edificação destinada a abrigar atividade comercial, industrial, de serviços ou mais de um uso de
produção conjugados, conforme as seguintes definições:
III - uso especial - destinada às atividades de educação, pesquisa e saúde e locais de reunião que desenvolvam atividades
culturais, religiosas, recreativas e de lazer, e para abrigo do conjunto das atividades de prestação de serviços públicos, classificando-
se como:
IV - uso misto - aquelas que reúnem em uma mesma edificação, ou em um conjunto integrado de edificações, duas ou mais
categorias de uso.
Art. 191. Toda edificação, segundo a natureza da atividade a que se destina, está submetida à legislação federal, estadual e
municipal aplicável, devendo o projeto e a execução das obras observarem, ainda, as normas técnicas pertinentes, além das
disposições deste COE.
Art. 192. As obras a serem realizadas em edificações e sítios urbanos integrantes do patrimônio histórico e cultural municipal,
estadual ou federal deverão atender às normas próprias estabelecidas pelo órgão de proteção competente.
CAPÍTULO III
DO LICENCIAMENTO DE OBRAS
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 193. A execução de obras de iniciativa pública ou privada dependerá de aprovação do projeto e concessão da licença de obras
pelo órgão municipal competente, na forma do disposto neste Capítulo.
Parágrafo único. Decreto municipal estabelecerá os procedimentos de análise e aprovação de projetos e de licenciamento de
obras, observando as seguintes diretrizes:
II - implementação de processo administrativo remoto e eletrônico no prazo máximo de seis meses da aprovação deste COE;
III - implementação de emissão eletrônica e automática de alvarás, TVEO e certidões de Habite-se, mediante apresentação de
documentos e elementos subscritos por profissional devidamente habilitado, no prazo máximo de um ano da aprovação deste
CEO;
IV - elaboração dos elementos constitutivos do processo administrativo integralmente à cargo do profissional habilitado, autor
e/ou responsável técnico até o momento do seu efetivo protocolo no órgão competente;
V - classificação de risco para atos públicos de liberação de direito urbanístico, dispensando-se a exigibilidade de atos públicos
de liberação autorizativos de obras classificadas como de baixo risco;
VI - definição dos documentos e elementos necessários para protocolo e instrução do processo de acordo com a categoria do
projeto;
VII - definição dos algoritmos, fluxos, procedimentos e prazos adequados à categoria do projeto;
VIII - (vetado)
IX - cientificação clara e pormenorizada do particular quanto aos documentos, elementos, algoritmos, fluxos, procedimentos e
prazos estabelecidos para cada categoria de projeto;
X - disponibilização de lista pública para consulta da ordem cronológica dos protocolos de projetos;
XI - análise e decisão, preferencialmente, em ordem cronológica de protocolo dos projetos, salvo justificativa da autoridade
competente; e
XII - adoção e observância dos princípios e direitos previstos na Lei Federal nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, que institui
a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e dá outras providências.
Art. 194. São dispensados da aprovação do projeto e da licença de obras, desde que asseguradas as disposições aplicáveis em cada
caso previstas neste COE:
I - qualquer obra para conservação ou reparo das fachadas e do interior da edificação, tais como substituição de
revestimentos, pisos, assoalhos, forros e esquadrias; limpeza, pintura e reparos nos revestimentos, desde que não seja necessária a
instalação de equipamentos sobre vias e logradouros ou para proteção do patrimônio público e dos pedestres;
II - obras de impermeabilização, reparo ou pintura e para proteção térmica em telhados e coberturas da edificação existentes
e seus elementos exclusivamente para fins de conservação e proteção do imóvel;
III - manutenção de muros divisórios e vedações existentes que não afetem os elementos estruturais e sua estabilidade, bem
como a construção de muros ou fechamentos situados nas testadas dos lotes com até 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros)
de altura e 25m (vinte e cinco metros) de extensão;
IV - obras para construção ou instalação de elementos acessórios para o funcionamento e desempenho eficiente da edificação
ou suas partes, observados os parâmetros urbanísticos aplicáveis, além das disposições deste COE em cada caso, tais como:
V - obras de reforma que não resultem em acréscimo ou decréscimo da área construída do imóvel, desde que não realizadas
nas áreas de uso comum no interior de propriedades em regime condominial;
VII - Obras Gerais de Infraestrutura Autônomas - OGI/a promovidas a título de manutenção por órgãos da Administração
pública;
a) não enquadradas na legislação que regulamenta atividade industrial, impacto ambiental ou de vizinhança;
b) atenda as disposições de outros órgãos de tutela incidentes sobre parcelas do território municipal ou sobre uso e atividade
a instalar na edificação;
c) não afetem a integridade de bens ambientais ou do patrimônio arqueológico, paisagístico, histórico e cultural objeto de
preservação prevista em legislação;
d) não impeçam, modifiquem ou inviabilizem os meios e infraestruturas de mobilidade ou de circulação de bens e pessoas
existentes; e
e) se enquadrem nas disposições quanto aos parâmetros de uso do solo estabelecidas no Macrozoneamento definido no
Plano Diretor.
Parágrafo único. As dispensas previstas neste artigo não se aplicam aos imóveis sob proteção dos órgãos federal, estadual ou
municipal de patrimônio histórico e cultural.
Art. 195. A critério do órgão municipal competente poderão ser dispensadas da exigência de apresentação de projeto, mas
obrigadas à concessão de licença, as seguintes obras, desde que cumpridas as exigências deste COE em cada caso:
I - edificação destinada à habitação unifamiliar de interesse social cujas obras sejam acompanhadas por profissional
credenciado no âmbito do Programa de Assistência Técnica do Município de Vilhena;
II - colocação de tapumes e caçambas; implantação de publicidade; serviços para manutenção ou recuperação de elementos
estruturais da edificação;
Parágrafo único. Sem prejuízo das demais exigências de apresentação de documentos e comprovações, a dispensa de
apresentação de projeto não exime os interessados de fornecerem, quando solicitados pelo órgão municipal competente, o
seguinte:
Art. 196. O Município fornecerá assistência técnica para o projeto e a construção da habitação de interesse social nos termos da
Lei Federal nº 11.888, de 2008, e da legislação municipal aplicável.
Art. 197. O órgão municipal competente fornecerá ao interessado as informações urbanísticas referentes ao parcelamento, uso e
ocupação do solo urbano da zona onde se localizar e conforme o tipo de edificação, empreendimento ou obra a realizar.
Parágrafo único. Decreto específico regulamentará o caput do artigo 199 com a finalidade de redução dos prazos e burocracias
nos termos do artigo 193.
Art. 200. O processo administrativo se finda com a anexação aos autos de:
I - Habite-se, Certidão de Conclusão de Obra ou Certidão de Regularização Imobiliária, no caso das edificações;
II - TVEO - Termo de Verificação de Execução de Obras realizadas e Certidões do Registro Geral de Imóveis com averbações
promovidas no caso de parcelamento do solo;
III - TVEO, Habite-se e Certidões do Registro Geral de Imóveis com averbações promovidas no caso de conjuntos habitacionais;
e
IV - TVEO, Certidão de Conclusão de Obra ou Habite-se e Certidões do Registro Geral de Imóveis com averbações promovidas
nos casos de obra pública municipal.
Seção II
Da Aprovação do Projeto
Art. 201. Conforme as disposições deste COE, as obras de iniciativa pública ou privada somente poderão ser executadas após
aprovação do projeto e concessão de licença pelo órgão municipal competente.
Parágrafo único. Para efeito de aprovação e outorga da licença de obras, o projeto de arquitetura deverá ser apresentado
conforme disposto em regulamento municipal.
Art. 202. É facultada a qualquer interessado a solicitação de Consulta Técnica Prévia (CTP), formulada por profissional habilitado,
para a instrução no desenvolvimento de projetos visando a realização de obras de qualquer natureza.
§ 1º O Município poderá exigir antes da apresentação de projeto para aprovação a realização de CTP para os seguintes casos
de projetos e obras que:
V - se caracterizem como Poios Geradores de Tráfego (PGT) ou se submetam ao Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
§ 2º Na consulta prévia o órgão municipal competente deverá observar os seguintes aspectos em especial:
I - cumprimento de diretrizes, parâmetros e índices urbanísticos estabelecidos pela legislação de parcelamento, uso e
ocupação do solo urbano;
II - preservação dos recursos naturais e manutenção e valorização do patrimônio histórico e cultural na área na qual será
implantado ou no seu entorno;
III - adequação ao meio urbano, sobretudo quanto ao sistema viário, fluxos, segurança, sossego e saúde dos habitantes e
equipamentos públicos comunitários;
Art. 203. O órgão municipal competente poderá realizar vistoria no local da obra com o objetivo de conferir as informações
contidas no projeto arquitetônico ou em outro documento fornecido pelo interessado.
Art. 204. O autor do projeto observará que a obra proposta não se encontra situada em Área de Preservação Permanente (APP)
e/ou faixas marginais de proteção a corpos hídricos de qualquer espécie, além do cumprimento das garantias de acessibilidade
previstas neste COE e na legislação específica, devendo apresentar junto ao projeto declaração expressa sobre a questão
responsabilizando - se pelas informações.
Art. 205. É vedada qualquer alteração no projeto de arquitetura, após sua aprovação, sem o prévio consentimento do órgão
municipal competente, sob pena de embargo da obra e cancelamento da licença concedida.
§ 1º A execução de modificações em projetos de arquitetura aprovados e com licença ainda em vigor que envolva acréscimo
de área, de gabarito ou de altura na construção somente poderá ser iniciada após a sua aprovação pelo órgão municipal
competente, observada a legislação vigente no ato do requerimento da análise por parte do interessado.
§ 3º Se, no projeto modificativo houver acréscimo de áreas construídas, estas, serão acrescidas a título de cobrança do
Imposto Predial ou Territorial Urbano na quantidade de área inicialmente licenciada e aprovada quando da emissão do Alvará de
Construção.
§ 4º Poderão ser permitidas pequenas emendas nos projetos, que deverão ser assinaladas pelo profissional responsável, que a
rubricará e datará, estando sujeitas à aprovação pelo órgão competente.
IV - Na análise dos cálculos das áreas e dimensões apresentadas, serão toleradas diferenças iguais ou inferiores a 0,5% (meio
por cento) em relação às exigidas neste código.
Art. 206. Durante a construção da edificação devem ser mantidos na obra, com fácil acesso à fiscalização, o alvará de licença de
obras e a cópia do projeto aprovado visado pelo órgão municipal competente.
Art. 207. Colegiado Técnico formado dentro do órgão competente responsável pela aprovação de projetos poderá analisar e
aprovar, em caráter excepcional justificado em parecer, projetos de regularização de obras e edificações existentes concluídas em
processo informal sem a observação da regulação urbanística vigente.
§ 1º Ao critério do Colegiado Técnico poderá o projeto de regularização, uma vez aprovado, ser submetido ao referendum do
Conselho da Cidade.
Seção III
Da Licença de Obras
Subseção I
Das Obras em Geral
Art. 208. As obras somente poderão ser iniciadas após a expedição do respectivo Alvará de licença da obra pelo órgão municipal
competente.
§ 1º A licença para construção será concedida no ato de aprovação do projeto com prazo máximo de validade de dois anos,
desde que cumprido o prazo estabelecido para o seu início, podendo ser renovada por igual período.
§ 2º O Alvará abrange a obra e as edificações temporárias de suporte ao seu desenvolvimento, com exceção dos casos para os
quais será necessário licenciamento próprio, a saber:
II - implantação e utilização de estande de vendas de unidades autônomas de condomínio a ser erigido no próprio imóvel; e
§ 1º O Alvará de Licença da Obra, bem como um conjunto de cópias do projeto aprovado será mantido permanentemente no
canteiro da obra sob pena de multa em caso de descumprimento desta disposição.
Art. 209. A licença para a execução da obra - Alvará de Construção, Alvará de Desmontagem ou Alvará de Demolição - será emitida
mediante projeto aprovado e apresentação de profissional habilitado como responsável técnico pela execução, bem como
mediante a efetuação do pagamento das taxas estabelecidas pela legislação tributária.
Parágrafo único. O prazo máximo decorrido entre a emissão de licença para a execução da obra e o seu início será de 180
(cento e oitenta) dias; caso contrário, será necessária a renovação da licença e, se for o caso, a reavaliação do projeto.
Art. 210. O responsável técnico pela obra deverá requerer a revalidação do Alvará até trinta dias antes do seu vencimento, no caso
da expectativa de não conclusão das obras no prazo inicialmente estabelecido.
§ 2º A condição para prorrogação prevista no § 1º deste artigo não se aplica no caso das edificações residenciais unifamiliares.
Art. 211. Perderá a validade o alvará cuja obra ficar paralisada por 180 (cento e oitenta) dias ou mais, exigindo para sua revalidação
requerimento dos profissionais, autor do projeto e responsável técnico pela execução da obra.
Parágrafo único. A revalidação da licença de obra que tenha sido paralisada poderá ser concedida desde que:
II - não ocorra alteração da legislação pertinente, caso contrário, o projeto deverá sofrer nova análise, exigindo-se as
modificações que se fizerem necessárias.
Art. 212. Os projetos de execução de obras, de construção ou reforma que dependerem do cumprimento de exigências de outros
órgãos públicos, além das estabelecidas pelo órgão municipal competente, somente serão aprovados após ter sido dada, para cada
caso, a aprovação da autoridade competente, salvo se disciplinado de forma diversa por outro ente federado.
Art. 213. A construção de edifícios públicos federais ou estaduais não poderá ser executada sem o devido licenciamento junto ao
Município, devendo obedecer ás determinações da legislação municipal em vigor.
Parágrafo único. Os projetos para obras referidas neste artigo estarão sujeitos às mesmas exigências dos demais, gozando,
entretanto, de prioridade na tramitação.
Art. 214. Os projetos para obras que possam produzir impacto ambiental, obras que envolvam patrimônio histórico e cultural ou
atividades relacionadas ao setor de saúde e educação, a juízo do órgão municipal responsável pela aprovação de projeto e
licenciamento de obras, poderão ser submetidos à apreciação dos órgãos responsáveis pela regulação dessas atividades.
Subseção II
Das Obras Gerais de Desmontagem e Demolição de Zeramento
Art. 215. Para aprovação de licença de Obras Gerais de Desmontagem e Demolição de Zeramento (OGD), o pedido deverá constar
de:
I - cronograma físico com as etapas da obra e o prazo total de sua duração, o qual poderá ser prorrogado, atendendo
solicitação justificada do interessado;
§ 1º Município poderá, sempre que a obra resultar em impactos ao meio urbano, estabelecer horário dentro do qual a
desmontagem ou demolição e o transporte de material poderá ser feita.
§ 2º A desmontagem ou demolição não poderá ser interrompida sem justificativa técnica do impedimento, ficando o titular da
licença sujeito às multas.
Subseção III
Das Obras em Terrenos Acidentados
Art. 216. São consideradas obras em terrenos acidentados aquelas que apresentam uma das seguintes características:
I - projetadas sobre terreno que apresente um par de pontos distantes até 30m (trinta metros) entre si, com diferença de nível
superior a 6m (seis metros) ou com situação de declividade maior do que esta;
II - projetadas em terrenos limítrofes, acima ou abaixo, de escarpas, barrancos ou taludes em situação instável;
IV - coloque em risco a estabilidade de matações, blocos de rochas, logradouros ou construções eventualmente existentes.
Art. 217. A concessão do Alvará de Construção para obras em terrenos acidentados, além das exigências estabelecidas neste COE,
poderá ser condicionada aos seguintes procedimentos:
II - apresentação de projeto estrutural de correção, drenagem e contenção de encostas, indicando o tipo de proteção do
terreno exposto;
IV - apresentação de empresa especializada para licenciamento especial prévio da obra quando se tratar de desmonte com
utilização de explosivos.
Seção IV
Da Conclusão e Entrega Das Obras
Subseção I
Do Habite-se
Art. 218. A ocupação das edificações não será permitida até a realização de vistoria administrativa pelo órgão competente e
expedido o respectivo Habite-se, salvo nas hipóteses em que, pela classificação de risco, a emissão do Habite-se ocorra
automaticamente, mediante laudo assinado por profissional habilitado, nos termos desta Lei e de seus regulamentos.
§ 1º A vistoria administrativa de que trata o caput deste artigo será requerida pelo proprietário da obra, em conjunto com o
responsável técnico pela sua execução, no prazo máximo de trinta dias da sua conclusão.
§ 2º O requerimento de vistoria administrativa será instruído com os documentos a serem estabelecidos em decreto editado
pelo Poder Executivo.
§ 3º (vetado)
§ 4º Na análise dos cálculos das áreas e dimensões apresentadas, serão toleradas diferenças iguais ou inferiores a 0,5% (meio
por cento) em relação às exigidas neste COE.
Art. 219. O Certificado de Habite-se será concedido mediante a constatação da conformidade da construção ao projeto
arquitetônico, bem como do regular funcionamento das instalações prediais necessárias ao uso a que se destinar.
Parágrafo único. Considerar-se-á concluída a obra que atender às seguintes condições básicas de habitabilidade, de acordo
com o uso a que se destinar:
III - possuir todas as instalações previstas em funcionamento, admitindo-se, no caso de edificação residencial unifamiliar, o
funcionamento das peças e do sistema hidráulico sanitário do banheiro e da cozinha;
IV - assegurar aos usuários padrões eficientes de conforto térmico, luminoso, acústico e de qualidade do ar, conforme projeto
aprovado;
V - ser dotada das soluções de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, conforme projeto aprovado;
VI - ser dotada de calçada pública na divisa frontal, de acordo com as normas de acessibilidade e demais exigências deste COE;
e
VII - atender às exigências do Corpo de Bombeiros relativas às medidas de segurança contra incêndio e pânico, quando
exigíveis.
Art. 220. O Habite-se poderá ser emitido parcialmente nos seguintes casos:
I - prédio composto de edificação de usos comercial e residencial, desde que utilizadas de forma independente;
II - edificações multifamiliares, desde que a parcela em fase de execução das obras não ofereça transtornos aos moradores da
parcela já concluída;
III - edificação de uso independente de uma outra presente no mesmo lote, quando não houver inviabilidade para
continuidade das obras; e
IV - unidades residenciais ou comerciais de edificações isoladas ou sob a forma de grupamento de edificações, desde que as
partes comuns estejam concluídas.
Art. 221. Findo o prazo de validade do Alvará de Construção de Obras de Edificação, na omissão do responsável técnico, vistoria
administrativa poderá:
II - impor multa e intimação para desocupação do imóvel, quando ocupado sem as condições de habitabilidade da construção;
III - impor multa, embargo e intimação para renovação do Alvará de Construção, em caso de obra em curso.
Subseção II
Da Certificação de Conclusão Das Obras Gerais
Art. 222. As Obras Gerais, ao seu término e conclusão, serão objeto de vistoria administrativa para a expedição do Termo de
Verificação de Execução de Obras (TVEO).
I - sendo estas de propriedade privada, deverá ser requerida, pelo empreendedor, em conjunto com o responsável técnico
pela execução da obra, a vistoria administrativa de que trata a presente seção, no prazo de trinta dias.
II - tratando-se de Obra Pública Municipal, a solicitação da vistoria administrativa será encaminhada de imediato ao órgão
municipal competente pelo setor responsável peia execução da obra.
§ 2º Tanto o requerimento quanto a solicitação da vistoria administrativa deverão ser acompanhados de Declaração do Autor
do Projeto, bem como do Responsável Técnico pela Execução das Obras, de que essas foram executadas a contento, de acordo com
os projetos aprovados, com os termos do Alvará de Construção emitido e com os demais termos eventualmente celebrados no
processo de licenciamento.
§ 3º Na análise dos cálculos das áreas e dimensões apresentadas, serão toleradas diferenças iguais ou inferiores a 0,5% (meio
por cento) em relação às exigidas neste código.
Art. 223. Os casos não previstos neste artigo serão apreciados pelo órgão municipal responsável pela aprovação de projeto e
licenciamento de obras, resguardadas as exigências anteriores.
Subseção III
Da Mudança de Uso da Edificação
Art. 224. A ocupação de uma edificação existente por um uso diverso do que abrigava anteriormente, desde que admitido pela lei
de zoneamento para a zona em que se localizar, suscitará:
I - aprovação de projeto específico para o fim de modificação do uso com ou não modificação da tipologia da edificação.
II - obras de adaptação para promoção da acessibilidade, de acordo com as determinações deste COE, quando cabível; e
III - obras de adaptação do imóvel segundo os requerimentos deste COE e de acordo com a categoria do novo uso a instalar.
CAPÍTULO IV
DA FISCALIZAÇÃO DA ATIVIDADE EDILÍCIA
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 225. A fiscalização das obras e instalações, públicas ou privadas, será exercida pelo Município, por intermédio de servidor
lotado no órgão responsável pelo controle da atividade edilícia, autorizado, identificado e devidamente investido na função de
fiscal de obras.
Parágrafo único. O fiscal de obras, antes de iniciar qualquer procedimento, deverá identificar-se perante o proprietário da
obra, responsável técnico ou seus prepostos.
Art. 226. As pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privadas sujeitam-se aos procedimentos descritos neste capítulo e são
obrigadas a colaborar com o desempenho da fiscalização municipal, fornecendo as informações que se fizerem necessárias e
facilitando o acesso aos locais e equipamentos sob verificação do fiscal.
Art. 227. Qualquer violação das normas deste COE que for levada ao conhecimento da autoridade municipal, por servidor ou
pessoa física que a presenciar, dará ensejo à instrução do processo administrativo correspondente, devendo a comunicação ser
acompanhada de prova ou devidamente testemunhada.
§ 1º A comunicação deverá ser feita por escrito, devidamente assinada e contendo o nome, a identificação e o endereço de
seu autor.
§ 2º Recebida denúncia, a autoridade competente providenciará imediatamente as diligências para verificar a veracidade da
infração e deverá notificar preliminarmente o infrator, autuá-lo ou arquivar a comunicação, conforme couber.
Art. 228. Ao proprietário não é admitido manter imóvel com as edificações em estado de ruína, devendo promover sua
conservação, obras de restauro ou demolição, o que for o caso, observados os procedimentos indicados para licenciamento dessas
obras neste COE e determinações dos órgãos de proteção do patrimônio histórico quando se tratar de imóvel tombado.
Seção II
Das Infrações e Penalidades
Art. 229. As infrações e penalidades cometidas contra o Código de Obras do Município ficam assim estabelecidas, e podem ser
aplicadas cumulativamente com a Legislação de Uso e Ocupação do solo municipal.
Art. 230. As infrações às disposições deste COE serão punidas com as seguintes penalidades:
I - multa;
II - embargo;
III - interdição;
IV - demolição;
§ 1º A aplicação das penas previstas não dispensa o atendimento às disposições deste COE bem como não desobriga o infrator
de ressarcir danos resultantes da infração, na forma da legislação vigente.
§ 2º Identificada obra sob a responsabilidade de órgão público de qualquer ente federado, sem a competente licença, a
autoridade fiscal providenciará:
I - embargo da obra;
III - encaminhamento à Procuradoria Geral do Município para representação junto ao órgão responsável pela obra para que
providencie sua regularização.
Subseção I
Do Auto de Infração e da Multa
Art. 231. A inobservância de qualquer dispositivo legal no desenvolvimento de obras e edificações ensejará a lavratura do
competente auto de infração, com notificação ao do infrator para conhecimento.
§ 1º A notificação far-se-á ao infrator, pessoalmente ou por via postal, com aviso de recebimento, ou, ainda, por edital, nas
hipóteses de recusa do recebimento da notificação ou não localização do notificado.
§ 2º Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se infrator o proprietário ou possuidor do imóvel, e, ainda, quando for
o caso, o autor dos projetos e/ou o executante das obras e serviços.
§ 3º Respondem, também, pelo proprietário, os seus sucessores a qualquer título e o possuidor do imóvel.
§ 4º Na ausência de defesa ou sendo esta julgada improcedente será imposta multa pecuniária pelo órgão municipal
fiscalizador.
§ 5º A defesa sobre o auto de infração previsto no caput deste artigo deverá ser protocolada pelo interessado no órgão
responsável pelo julgamento dos recursos às autuações fiscais.
§ 6º Tratando-se de obra em condomínio horizontal ou vertical o síndico também deverá ser cientificado da infração.
Art. 232. O auto de infração será lavrado, com precisão e clareza, pelo fiscal de obras e deverá conter as seguintes informações:
III - descrição clara e precisa do fato que constitui infração e, se necessário, as circunstâncias pertinentes;
Art. 233. Imposta a multa, o infrator será notificado para que proceda ao pagamento no prazo de trinta dias corridos, cabendo
recurso a ser interposto, no mesmo prazo, no órgão municipal fiscalizador que emitiu a multa.
Parágrafo único. Negado provimento ao recurso - quando existir - e na falta de recolhimento no prazo estabelecido, o valor da
multa será inscrito em divida ativa e encaminhado para execução fiscal.
Art. 234. As muitas administrativas impostas na conformidade da presente lei, não pagas nas épocas próprias, ficam sujeitas à
atualização monetária e acréscimo de juros moratórios contados do mês seguinte ao do vencimento, de acordo com a legislação
tributária do município, sem prejuízo, quando for o caso, dos honorários advocatícios, custas e demais despesas judiciais, nos
termos em que dispuser a legislação municipal pertinente.
Art. 235. A aplicação das multas pecuniárias estabelecidas nesta Lei Complementar não exime o infrator das demais sanções e
medidas administrativas ou judiciais cabíveis, inclusive a apuração de sua responsabilidade pelos crimes de desobediência contra a
administração pública, previstos na legislação penal.
Art. 236. Pelas infrações às disposições deste COE será aplicado ao autor, executante e/ou proprietário, conforme o caso, as multas
vinculadas a (UPF) do Município de Vilhena, apresentadas na tabela do Anexo 4. Tabela de Infrações e Multas desta Lei
Complementar.
Parágrafo único. A tabela de multas, a que se refere o presente artigo, descreve condutas reprováveis, passíveis de punição
administrativa de natureza objetiva, guardando relação direta ou indireta com dispositivos do COE que menciona de forma
exemplificativa.
Art. 238. O pagamento da multa não sana a infração, ficando o infrator na obrigação de legalizar, regularizar, demolir, desmontar
ou modificar as obras executadas em desacordo com este COE.
Subseção II
Do Embargo de Obras
Art. 239. O embargo de obra será imposto quando constatada irregularidade na execução de obra pelo desatendimento às
disposições deste COE ou pelo descumprimento de normas técnicas ou administrativas na construção licenciada, e, em especial,
nas seguintes hipóteses:
IV - quando a execução da obra ou a instalação dos equipamentos colocar em risco a segurança pública, a integridade dos
imóveis vizinhos ou dos trabalhadores.
Art. 240. A execução, alteração ou eliminação de redes pluviais será embargada quando não estiverem autorizadas pela
municipalidade.
Art. 241. O embargo só será levantado quando forem eliminadas as causas que o determinaram.
Parágrafo único. O não atendimento ao embargo caracteriza infração continuada, cabendo uma multa inicial de 500
(quinhentas) UPFs e multas diárias de 10 (dez) UPFs do município de Vilhena, sem prejuízo das providências administrativas ou
judiciais cabíveis.
Subseção III
Da Interdição de Edificações, Obras e Equipamentos
Art. 242. Será interditada a edificação ou obra, integral ou parcialmente concluída, que incorrer nas seguintes situações:
II - estar causando dano à coletividade ou ao interesse público provocado pela falta de conservação das fachadas, marquises,
corpos em balanço, entre outros elementos da edificação;
IV - havendo contaminação do solo que acarrete riscos à coletividade, com consequências à rede pública de coleta pluvial ou
de esgotamento sanitário; e
Art. 243. Edificações que se encontrarem, no todo ou em partes, em ruínas, estando ameaçadas em sua segurança ou oferecendo
iminente perigo por estarem com a estabilidade comprometida deverão ser interditadas ao uso, até que tenham sido executadas as
providências adequadas para sua recuperação, atendendo as prescrições deste COE.
Art. 244. A interdição será imposta por escrito, mediante ato do órgão fiscalizador, sempre que indicado como necessário em
laudo emitido após vistoria efetuada por profissional da área de engenharia ou arquitetura para tal fim designado.
Art. 245. A autoridade municipal competente deverá fixar, no termo, o prazo da interdição, o qual não poderá ultrapassar de trinta
dias, contados da data da interdição.
Art. 246. O agente fiscalizador interditará atividade especifica ou o funcionamento de equipamento que estejam em desacordo
com o projeto aprovado, ou com as condições da licença, e quando não se verificarem qualquer das hipóteses do artigo 239 desta
Lei.
Art. 247. O Município, através de órgão competente, deverá promover a desocupação compulsória da edificação ou obra se
houver insegurança manifesta, com risco de vida ou de saúde para os moradores ou trabalhadores.
Art. 248. A interdição será suspensa quando forem eliminadas as causas que a determinaram.
Parágrafo único. O não atendimento à interdição caracteriza infração continuada, cabendo uma multa inicial de 100 (cem)
UPFs e multas diárias de 10 (dez) UPFs do município de Vilhena, sem prejuízo das providências administrativas ou judiciais cabíveis.
Subseção IV
Da Demolição Compulsória
Art. 249. A demolição total ou parcial de uma edificação poderá ser imposta quando:
I - executada sem licenciamento ou em desacordo com o projeto licenciado, ou ainda, em desobediência ao alinhamento e/ou
nivelamento fornecidos;
II - for indicada, em laudo de vistoria, a necessidade de imediata demolição parcial ou total, de obra diante da ameaça de
iminente desmoronamento;
III - as obras forem julgadas em risco, na sua segurança, estabilidade ou resistência e, por esse motivo, tiverem sido
interditadas e o proprietário ou profissional ou firma responsável se negar a adotar as medidas de segurança ou a fazer as
reparações necessárias exigidas;
IV - construídos sobre canais ou redes pluviais existentes, sem anuência do órgão responsável pela rede geral de drenagem do
município;
V - no caso de obras que podem ser legalizadas, o proprietário ou profissional ou firma responsável não realizar, no prazo
fixado, as modificações necessárias nem preencher as exigências legais, determinadas; e
VI - no caso de obras não legalizáveis, o proprietário ou profissional ou firma responsável não executar, no prazo fixado, as
medidas determinadas no laudo de vistoria.
§ 1º Salvo os casos de comprovada urgência, o prazo a ser dado ao proprietário ou profissional ou firma responsável para
iniciar a demolição será de sete dias, no mínimo.
§ 2º Todos os custos e serviços referentes à demolição serão de responsabilidade exclusiva do proprietário ou possuidor a
qualquer titulo.
§ 4º As demolições referidas nos itens do presente artigo poderão ser executadas pelo Município, por determinação expressa
do Prefeito, ouvida previamente a Procuradoria Geral do Município.
§ 5º Quando a demolição for executada peto Município, 0 proprietário, profissional ou firma responsável ficarão obrigados a
pagar os custos dos serviços, acrescidos de 20% (vinte por cento).
Art. 250. A demolição será precedida de vistoria realizada por profissional da área de engenharia ou arquitetura, pertencente ou
não ao quadro de servidores do município, designado pelo órgão competente da municipalidade.
Subseção V
Da Cassação da Licença
I - quando exercidas atividades prejudiciais à saúde, ao meio ambiente, à segurança e ao sossego públicos e não
providenciadas correções nos prazos estabelecidos;
II - desde que esgotados os prazos de regularização de obras exercidas em desacordo com a licença;
III - no descumprimento de medidas mitigadoras de impactos e danos causados pela obra ou de correção de irregularidades
devidamente autuadas pelo Município; e
IV - quando o responsável se recusar obstinadamente ao cumprimento das notificações e intimações expedidas pela
Prefeitura, mesmo depois de aplicadas as sanções cabíveis.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 252. O Poder Executivo acionará o proprietário de imóvel urbano caracterizado como abandonado a dar-lhe o devido uso e
manutenção, sob pena das sanções previstas no inciso III do artigo 1.275 e § 2º do artigo 1.276 da Lei Federal nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002, que institui o Código Civil Brasileiro.
Art. 253. Os artigos que tratam de procedimentos administrativos para viabilização deste COE serão regulamentados via decreto
em um prazo de trinta dias após sua publicação.
Art. 254. As edificações especiais não mencionadas neste código, deverão obedecer as legislações e normas específicas de cada
uso.
Art. 255. Esta Lei Complementar entrará em vigor decorridos 3 (tres) meses da data de sua publicação.
Art. 256. Ficam revogadas as Lei nº s 125, de 19 de novembro de 1986, 595, de 30 de setembro de 1994, 3.798, de 10 de dezembro
de 2013 e 4.287, de 29 de março de 2016.
ANEXO 1
GLOSSÁRIO
Acessibilidade. Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos
urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Afastamento. Distância mínima e obrigatória a manter entre a edificação e as divisas do lote com as seguintes denominações:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;
b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno imediato e interior das edificações de uso público e coletivo e no
entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações de uso privado multifamiliar;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes; e
d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o
recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem
como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação.
Beiral. Parte do telhado ou cobertura que se prolonga além da prumada da parede externa de uma edificação.
Brise-soleil. Anteparo para instalação em fachadas destinado à protegê-las da incidência solar, composto por série de palhetas
estreitas e compridas, horizontais ou verticais, fixas ou móveis.
Calcada. Parte do logradouro público destinado ao trânsito de pedestres.
Caramanchão. Estrutura leve construída em parques ou jardins, usada para descanso ou recreação à sombra.
Carga térmica. Quantidade de calor absorvido, retido ou dissipado no interior de uma edificação.
Clarabóia. Abertura na cobertura ou telhado da edificação, vedada com material transparente ou translúcido, com ou sem
respiração, destinada a iluminar o seu interior.
Cobertura. Elemento de coroamento da edificação destinado a protegê-la das intempéries, geralmente compostos por sistema de
vigamento e telhas, ou seja, o telhado. Pode ainda ser a última laje da edificação.
Cobogó. O mesmo que elemento vazado. Peça padronizada, geralmente confeccionada de cerâmica, louça esmaltada ou em
concreto, usada na construção de muros e paredes destinada a vedar sem, contudo, impedir a passagem do ar.
Código Civil. Diploma legal que agrupa e sistematiza as normas jurídicas esparsas do direito consuetudinário (costumes) e da
jurisprudência (direito escrito), editadas para regular direitos e obrigações de ordem privada concernentes às pessoas, aos bens e à
utilização das vias e suas relações.
Compostagem. Processo de preparação do adubo natural que provém da manipulação de resíduos orgânicos, preparado sob
condições controladas para melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Condomínio urbanístico. Divisão de imóvel em unidades autônomas destinadas à edificação, às quais correspondem frações ideais
das áreas de uso comum dos condôminos, sendo admitida a abertura de vias de domínio privado e vedada a de logradouros
públicos internamente ao perímetro do condomínio.
Conforto acústico. Relaciona-se com a qualidade acústica interna e externa, em que os usos a serem exercidos na edificação não
fiquem comprometidos com as áreas ruidosos do entorno e as atividades da mesma não sejam fonte de ruído para as áreas
próximas.
Conforto ambiental. Para que se obtenha a condição chamada conforto ambiental - que varia de região para região, as
necessidades higrotérmicas, visuais, de qualidade do ar interior e acústicas da atividade do usuário da futura edificação devem
estar bem compreendidas na concepção do projeto arquitetônico, além da percepção do entorno climático em termos das
restrições, das diretrizes para o atendimento destas necessidades e das questões legais que envolvem o projeto. Conhecendo e
solucionando os quatro conceitos, complementado com a criação de soluções secundárias que permitam seu uso no período
restante, o projeto arquitetônico tornar-se-á mais adequado ao usuário e ao seu entorno.
Conforto hiarotérmico. A sensação de bem-estar higrotérmico refere-se à satisfação que um indivíduo experimenta em relação ao
ambiente que o envolve e ocorre quando se consegue manter, por intermédio das trocas higrotérmicas - radiação, condução,
convecção e evaporação um equilíbrio entre o metabolismo do corpo e o entorno.
Conforto luminoso ou lumínico. Refere-se às condições que propiciam o não esforço visual-fisiológico da realização de uma
determinada atividade.
Conforto visual. Está relacionado com a qualidade do desempenho visual do indivíduo, determinado pelo tipo de atividade
envolvida, proporcionada pela iluminação disponível no ambiente. Esta iluminação deve permitir ao usuário a visão nítida dos
objetos e o desenvolvimento das tarefas visuais com o máximo de acuidade e precisão visual, com o menor esforço e risco de
prejuízos aos órgãos oculares.
Consolidação das Leis de Trabalho. Conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, e os
direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores, complementada pela Constituição Federal e leis esparsas, como a lei
que define o trabalho do estagiário, dentre outras.
Cota de soleira. Altura da laje de piso acabada (incluindo o seu revestimento) de uma edificação em relação ao nível do terreno
onde se assenta.
Desenho universal. Concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com
diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos
ou soluções que compõem a acessibilidade.
Domus. Dispositivo de material transparente ou translúcido destinado a iluminação zenital, podendo instalada de maneira a
propiciar também a ventilação natural associada ao efeito chaminé.
Drenagem distribuída. Dispositivos adotados com o fim de promover o escoamento, a infiltração ou o retardamento do lançamento
das águas pluviais à rede de drenagem, implantados no interior de gleba ou lote.
Edificações geminadas. Unidades habitacionais autônomas, porém, divididas por, pelo menos, uma parede em comum.
Edifício-garagem. Edificação destinada a estacionamento de veículos, podendo estar associada ou não a outras edificações de uso
comercial, e mesmo fazer parte delas, guardados os acessos independentes.
Efeito chaminé. Fenômeno que consiste na movimentação vertical conduzida da massa de ar do interior de ambientes pelo teto ou
parte superior dos espaços devido à diferença de temperatura ou pressão com o meio exterior.
Elemento em balanço. Parte da edificação que se projeta no ar sem apoios.
Embargo. Ato administrativo que determina a paralisação imediata de uma obra até a sua regularização assim definida pelo órgão
que a embargou.
Empena cega. Expressão que designa a face externa ou fachada de uma edificação sem abertura de vãos de acesso, iluminação ou
ventilação, totalmente vedada.
Escada ou rampa enclausurada. Escada ou rampa de segurança à prova de fogo e fumaça projetada segundo normas que garantam
o escape de emergência em caso de incêndio ou outra ocorrência semelhante.
Esquadrias. Peças de materiais diversos que fazem o fecho dos vãos de circulação, ventilação e iluminação, como portas, janelas,
venezianas, caixilhos, portões e seus complementos.
Estruturas flutuantes. Segundo definição dada pela Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil na NORMAM-11/DPC,
flutuantes são embarcações sem propulsão que operam em local fixo e determinado, enquadrando-se nesta definição as estruturas
do tipo: postos de combustível flutuantes, hotéis flutuantes, casas flutuantes, bares flutuantes e outras similares.
Fachada. Parte do edifício voltada para um logradouro público ou espaço aberto dentro do lote.
Fossa séptica. Tanque de concreto ou de alvenaria revestida no qual o esgoto se deposita para posterior processo de mineralização
de seus componentes.
Fundação. Parte da construção, geralmente abaixo do nível do terreno, cuja função é distribuir pelo solo o peso da edificação.
Galeria comercial. Conjunto de lojas, localizadas em um mesmo edifício, cujo acesso se faz mediante circulação comum, interna ou
não, dimensionada segundo critérios de segurança e acessibilidade dos usuários.
Grade da via. Linha imaginária que define o traçado de uma via e suas cotas em relação ao nível do mar de modo a permitir o
escoamento das águas superficiais e águas servidas de forma adequada.
Grupamento edilício. Conjunto de 3 ou mais edificações verticais ou horizontais em um mesmo empreendimento em que é
necessária elaboração de plano urbanístico interno.
Habite-se. Licença municipal de caráter urbanístico que certifica a conclusão da obra e libera o uso da edificação conforme o
projeto aprovado e as condições de habitabilidade, acessibilidade e parâmetros urbanísticos exigidos na licença de obras.
Infração. Designa o fato que viole ou infrinja disposição de lei, regulamento ou ordem de autoridade pública, em que há imposição
de pena.
Interdição. Impedimento, por ato de autoridade municipal competente, de ingresso em obra ou ocupação de edificação concluída.
Jardim vertical. Vegetação fixada em planos verticais e muros da edificação dentro de recipientes contendo os nutrientes
necessários para a fixação e sobrevivência, podendo conter sistema de irrigação autônomo.
Jirau. O mesmo que mezanino, de menor tamanho. Também mesa ou plataforma externa fixada sob a janela para lavagem da louça
nas habitações ribeirinhas.
Lanternim. Corpo com abertura protegida, de pequena altura e sobreposto ao telhado ou cobertura da edificação com a finalidade
de permitir a ventilação natural.
Leito carroçável. O mesmo que pista de rolamento.
Lixo verde. Resíduos sólidos originários da poda ou corte (remoção) de árvores e plantas.
Logradouro público. Denominação genérica de qualquer rua, avenida, alameda, travessa, praça, largo ou similar mantidos pelo
Poder Público e de uso comum da população.
Lote. Segundo a LF 6766/79, terreno servido de infraestrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos
pelo Plano Diretor ou lei municipal para a zona em que se situe.
Matacão. Fragmento de rocha destacado, transportado ou não, de diâmetro superior a 25 cm, comumente arredondado.
Materiais sustentáveis. Materiais sustentáveis são aqueles cujo ciclo de vida, desde a extração da matéria-prima, processo de
elaboração, transporte, utilização, vida útil e possibilidades de reutilização e/ou reciclagem futuras, é menor emissor de C02,
gerador de resíduos e consumidor de energia elétrica.
Meio-fio. Bloco de cantaria ou concreto que separa a calçada da faixa de rolamento do logradouro.
Mezanino. Piso intermediário encaixado entre as lajes de piso e teto de um pavimento, geralmente aberto para este, com projeção
apenas sobre parte da superfície do piso do pavimento em que se localiza.
Mobiliário urbano. Conjunto de artefatos existentes nas vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da
urbanização, tais como semáforos, postes de sinalização, cabines telefônicas, caixas de correio, lixeiras, quiosques, bancas de
jornal, fontes públicas e obras de arte. bancos para descanso, paraciclos, entre outros.
Muro de arrimo. Muro destinado a suportar desnível de terreno superior a 1 m (um metro).
Muxarabiê. Influência árabe na arquitetura. É constituído por painel treliçado instalado em toda a altura e extensão da janela, a fim
de assegurar ventilação e sombra, permitindo ainda olhar para o exterior sem ser visto.
Nivelamento. Determinação de cotas de altitude de linha traçada no terreno.
Patamar. Piso situado entre dois lanços sucessivos de uma mesma escada.
Pavimento. Parte da edificação compreendida entre dois pisos sucessivos.
Pé-direito. Distância vertical medida entre o piso acabado e a parte inferior do teto de um compartimento, ou do forro falso se
houver.
Peitoril vazado. Parede baixa de proteção construída com material que permita a passagem do ar.
Peitoril ventilado. Trata-se de um dispositivo, geralmente executado em concreto, em formato de "L" invertido, sobreposto a uma
abertura localizada no peitoril logo abaixo das janelas, cuja finalidade é atuar como fonte complementar do movimento de ar
proporcionado pelas esquadrias.
Pessoa com mobilidade reduzida. Aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se
com o meio e de utilizá-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante, entre
outros exemplos.
Petição. Exprime a formulação escrita de pedido, fundada no direito da pessoa, feita perante o juiz competente, autoridades
administrativas ou perante o Poder Público.
Pista de rolamento. Parte da via utilizada para circulação de veículos.
Prisma de ventilação e iluminação. Área interna não edificada destinada a ventilar e/ou iluminar compartimentos de edificações.
Recuo. Incorporação à via ou logradouro público de faixa de terreno de um lote situada paralelamente a estes, geralmente com a
finalidade de alargamento da via ou da calçada previstos em projeto de alinhamento pelo Poder Público.
Qualidade do ar. A qualidade do ar interior aceitável é definida como aquela que está livre de poluentes que possam causar
irritações, desconforto ou doenças nos ocupantes de uma edificação. As recomendações referentes a uma boa qualidade do ar, de
acordo com o uso e atividade a serem exercidos na edificação, são baseadas num critério de risco e também em termos de uma
concentração ou uma dose máxima permitida de poluentes.
Sacada. Projeção em balanço aposta à edificação, de pequena extensão e profundidade, geralmente correspondente à largura do
vão que se abre sobre esta.
Shaft. Espaço confinado para instalação de tubulações, dutos e respiradouros da edificação.
Shed. Tipo de lanternim utilizado para fornecer iluminação zenital e ventilação pela parte superior ou teto do ambiente.
Sumidouro. Poço destinado a receber os despejos líquidos domiciliares, especialmente os extravasados das fossas sépticas, para
serem infiltrados em solo absorvente.
Talude. Inclinação de um terreno ou de uma superfície sólida desviada angularmente em relação ao plano vertical que contém o
seu pé.
Tapume. Vedação provisória usada durante a construção com a finalidade de proteger a obra e evitar a ocorrência de acidentes
com pedestres e o patrimônio público ou privado.
Testada. Parte da edificação ou lote que confronta a via pública.
Teto Jardim. Tipo de cobertura da edificação preparada para o plantio de vegetação com o intuito de drenar as águas pluviais e
propiciar maior conforto térmico ao seu interior.
Trocas de ar. Processo de retirar ou fornecer ar por meios naturais ou mecânicos a um recinto fechado.
Unidade autônoma. Compreende qualquer unidade espacial construída, habitacional (apartamento, casa, flat, etc.) ou profissional
(sala, loja, escritório, conjunto, etc.) de propriedade ou uso exclusivo de seu ocupante ou ocupantes.
Via pública. O mesmo que logradouro público.
Vila urbana. Conjunto de edificações formalmente similares de uso unifamiliar ou bifamiliar, geralmente geminadas, com um ou
dois pavimentos, enfileiradas ao longo de uma rua, pátio ou acesso particular comum e exclusivo dos moradores.
Zeramento. Condição de demolição ou desmontagem total de construção ou equipamento.
Download Anexo: Código de Edificações de Vilhena-RO
(www.leismunicipais.comhttps://s3.amazonaws.com/municipais/anexos/vilhena-ro/2022/anexo-lei-complementar-304-2022-vilhena-ro-1.p