VERSÃO_14-ESTUDO_DE_CASO_-_IMPLEMENTAÇÃO_TPM
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2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 4
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 8
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................. 10
LISTA DE SIGLAS.................................................................................................................. 11
RESUMO.................................................................................................................................. 12
ABSTRACT ............................................................................................................................. 12
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 13
1.1. OBJETIVOS .............................................................................................................. 14
1.1.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 14
1.1.2. Objetivos Específicos ......................................................................................... 14
1.2. ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................................. 15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 16
2.1. História da Manutenção ............................................................................................. 16
2.2. Evolução da Manutenção ........................................................................................... 18
2.3. Tipos de Manutenção ................................................................................................. 22
2.3.1. Manutenção Corretiva ........................................................................................ 23
2.3.2. Manutenção Preventiva ...................................................................................... 25
2.3.3. Manutenção Preditiva ......................................................................................... 27
2.3.4. Manutenção Detectiva ........................................................................................ 28
2.3.5. Engenharia da Manutenção ................................................................................ 29
2.4. Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) ...................................................... 29
2.5. Manutenção Produtiva Total (TPM) .......................................................................... 32
2.5.1. Conceitos ............................................................................................................ 32
2.5.2. As 6 Grandes Perdas ........................................................................................... 33
2.5.3. Quebra zero......................................................................................................... 34
2.5.4. Os 8 Pilares ......................................................................................................... 35
2.5.5. As 12 Etapas de implementação do TPM ........................................................... 36
3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 39
3.1. As 12 etapas de implementação ................................................................................. 39
3.1.1. 1ª Etapa: Declaração oficial da decisão da Diretoria pela implementação do
TPM 39
3.1.2. 2ª Etapa: Educação, treinamento e divulgação do início da implementação ...... 40
3.1.3. 3ª Etapa: Estruturação das equipes de multiplicação e implementação ............. 40
3.1.4. 4ª Etapa: Estabelecimento da política básica e metas do TPM .......................... 41
3.1.5. 5ª Etapa: Elaboração do plano diretor para implementação do TPM ................. 42
3.1.6. 6ª Etapa: Lançamento do projeto empresarial TPM ........................................... 42
3.1.7. 7ª Etapa: Sistematização para melhoria do rendimento operacional .................. 42
3.1.8. 8ª Etapa: Estruturação da manutenção por iniciativa própria ............................. 43
3.1.9. 9ª Etapa: Estruturação da manutenção programada pelo departamento de
manutenção........................................................................................................................ 43
3.1.10. 10ª Etapa: Treinamento para melhoria no nível de capacitação da operação e da
manutenção........................................................................................................................ 44
3.1.11. 11ª Etapa: Estruturação de controle da fase inicial de operação dos
equipamentos..................................................................................................................... 44
3.1.12. 12ª Etapa: Aplicação total do TPM .................................................................... 45
3.2. Implementação do Pilar de Manutenção Autônoma .................................................. 45
3.2.1. Limpeza Inicial ................................................................................................... 46
3.2.2. Eliminar fontes de sujeira e áreas difíceis de limpar e inspecionar .................... 50
3.2.3. Criar e manter um padrão de limpeza, inspeção e lubrificação .......................... 54
3.2.4. Passos não comentados....................................................................................... 57
3.3. Implementação do pilar de Manutenção Planejada ................................................... 57
3.3.1. Avaliar os equipamentos e entender a situação atual ......................................... 58
3.3.2. Restabelecer a deterioração e melhorar os pontos fracos ................................... 61
3.3.3. Construir um sistema de gestão de informações ................................................ 65
3.3.4. Passos não comentados....................................................................................... 67
3.4. Indicadores de manutenção ........................................................................................ 67
3.4.1. MTBF ................................................................................................................. 67
3.4.2. MTTR ................................................................................................................. 68
4. ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 69
4.1. A empresa .................................................................................................................. 69
MISSÃO ............................................................................................................................ 69
VISÃO ............................................................................................................................... 69
VALORES ........................................................................................................................ 69
4.2. Organograma operacional .......................................................................................... 69
4.3. Setores ........................................................................................................................ 69
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 78
5.1. Plano diretor ............................................................................................................... 78
5.2. Manutenção Autônoma .............................................................................................. 79
5.2.1. Limpeza Inicial ................................................................................................... 79
5.2.2. Eliminar fontes de sujeira e áreas difíceis de limpar e inspecionar .................... 88
5.2.3. Criar e manter um padrão de limpeza, inspeção e lubrificação .......................... 91
5.3. Manutenção Planejada ............................................................................................... 94
5.3.1. Avaliar os equipamentos e entender a situação atual ......................................... 95
5.3.2. Melhorar os pontos fracos na manutenção ....................................................... 100
5.3.3. Definição de Plano de Manutenção Preventiva ................................................ 102
5.3.4. Sistema de informações de manutenção ........................................................... 102
6. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 104
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 106
LISTA DE FIGURAS
Figura 1:Evolução dos Teares Mecânicos. (a) Spinning Jenny,1794; (b) Water Frame, 1769;
(c) Mule, 1779; (d) Tear Mecânico, 1785. Fonte: Portal Educação, 20/11/18. ........................ 16
Figura 2: Curva da Banheira. Fonte: www.manutencaoemfoco.com.br. Acesso em:
09/12/2018, às 13:41................................................................................................................. 20
Figura 3: Manutenção Corretiva Não Planejada. Fonte: Kardec & Nascif (2009). Adaptado. 24
Figura 4: Manutenção Preventiva. Fonte: Kardec & Nascif (2009). Adaptado. ...................... 26
Figura 5: Tipos de Manutenção. Fonte: Kardec & Nascif (2009) Adaptado. .......................... 29
Figura 6: Organograma de organização de uma fábrica. Fonte: Viana (2002). Adaptado. ...... 30
Figura 7: Os 8 Pilares do TPM. Fonte: Kardec & Nascif(2009). Adaptado............................. 35
Figura 8: Hierarquia empresarial com relação ao TPM. Fonte: Nakajima (1984) Adaptado. . 41
Figura 9: Lista de anomalias identificadas e registradas. ......................................................... 49
Figura 10: Lista de Fontes de Sujeira. ...................................................................................... 49
Figura 11: Lista de locais de difícil acesso à limpeza e inspeção. ............................................ 49
Figura 12: Padrão provisório de registro de limpeza. ............................................................... 50
Figura 13: Modelo de Controle de Execução do Plano de Limpeza. ....................................... 50
Figura 14: Plano de ações unificado utilizando a ferramenta do 5W1H. ................................. 53
Figura 15: Modelo de Plano de Inspeções. ............................................................................... 54
Figura 16: Modelo de sistema de lubrificação.......................................................................... 56
Figura 17: Modelo de plano de lubrificação. ............................................................................ 56
Figura 18: Modelo de classificação de máquinas. .................................................................... 60
Figura 19: Modelo de fluxograma de classificação das máquinas. .......................................... 60
Figura 20: Modelo de tabela de nível de gravidade.................................................................. 61
Figura 21: Ponte Rolante. ......................................................................................................... 70
Figura 22: Classificador de Colares.......................................................................................... 70
Figura 23: Carregador Bilateral ................................................................................................ 71
Figura 24: Mesa de Corte Automático. .................................................................................... 71
Figura 25: Lapidadora PC – 600............................................................................................... 72
Figura 26: Lapidadora LC8. ..................................................................................................... 72
Figura 27: Lapidadora Bottero 110 FC..................................................................................... 73
Figura 28: Lapidadora Modelada. ............................................................................................ 73
Figura 29: Lixadeiras de Cinta. ................................................................................................ 74
8
Figura 30: Esmerilhadeiras. ...................................................................................................... 74
Figura 31: Furadeiras. ............................................................................................................... 75
Figura 32: Escareador e Serras Circulares. ............................................................................... 75
Figura 33: (a) Lavadora 1 e (b) Lavadora 2.............................................................................. 76
Figura 34: Forno. ...................................................................................................................... 77
Figura 35: Ventilador................................................................................................................ 77
Figura 36: Plano diretor da implementação do TPM na TVT. ................................................. 78
Figura 37: Etiqueta referente ao setor de Manutenção. ............................................................ 82
Figura 38: Etiqueta referente à Operação do setor. .................................................................. 82
Figura 39: Situação atual de máquinas da TVT. (a) Estrutura da Lapidadora LC8. (b) Dreno e
manômetro da Lapidadora Modelada. ...................................................................................... 84
Figura 40: Lista de registro de anomalias................................................................................. 86
Figura 41: Lista de fontes de sujeira TVT. ............................................................................... 86
Figura 42: Lista de locais de difícil limpeza e inspeção TVT. ................................................. 86
Figura 43: Controle de etiquetas TVT. ..................................................................................... 87
Figura 44: Padrão provisório de limpeza - TVT....................................................................... 87
Figura 45: Plano de inspeção TVT ........................................................................................... 90
Figura 46: Pontos de Lubrificação de Furadeira da TVT. ........................................................ 92
Figura 47: Identificação de pontos de rolamentos através de padrão de cores......................... 93
Figura 48: Plano de Lubrificação TVT..................................................................................... 94
Figura 49: Modelo de Tag. ....................................................................................................... 96
Figura 50: (a) Antes do início do programa 5S; (b) Programa 5S em andamento. ................ 101
9
LISTA DE TABELAS
10
LISTA DE SIGLAS
JIPM
KPI
TVT
MP
MA
TPM
11
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
RESUMO
ABSTRACT
12
1. INTRODUÇÃO
Por algum tempo, ter um setor com a função manutenção era associado a problemas
como desperdício de dinheiro, de tempo e de mão de obra dentro de uma fábrica, porém com o
aumento da competitividade entre as empresas, esse paradigma foi rapidamente sendo
quebrado, pois os proprietários de empreendimentos de grande, médio e pequeno portes
deixaram de ver a manutenção como um mal necessário e começaram a vê-la como uma ação
estratégica visando sempre a melhoria de seus processos através da economia de recursos,
tempo e mão de obra, ou seja, a manutenção, com o decorrer do tempo, quebrou os preconceitos
com os quais era associada usualmente.
13
Ao passar dos anos, novas necessidades de manutenção começaram a ser identificadas,
alterando algumas práticas utilizadas, para conceitos mais avançados, como por exemplo, temos
que até a Segunda Guerra Mundial, a Manutenção Corretiva, onde só se conserta a máquina se
está quebra, era a forma principal de preservação de equipamentos industriais. Porém com o
aumento da produção em massa e da mecanização das indústrias, a Manutenção Corretiva já
não atendia as necessidades de maneira satisfatória, sendo necessária uma mudança na forma
de fazer manutenção. A partir daí, as empresas começaram a buscar uma maior produtividade,
e para isso, precisavam ter uma redução de falhas nas suas máquinas, e também uma redução
nos seus custos de manutenção, e sendo assim, a Manutenção Preventiva, que é prevenir que a
máquina falhe através de ações como a lubrificação, começou a ser mais utilizada pelas
indústrias.
Com a evolução constante do mercado e com o aumento das demandas para as empresas,
o aprimoramento da manutenção sempre foi necessário, surgindo a Manutenção Preditiva
(técnicas para diagnósticos de falhas) e logo após tipos de manutenção que integram técnicas
de gestão e qualidade, afloraram, como a Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC) e a
Manutenção Produtiva Total (TPM).
1.1.OBJETIVOS
A seção 4 são os resultados e as discussões, que apresentam tudo que foi obtido
adaptando-se a metodologia proposta, discutindo e justificando cada ponto apresentado da
proposta e dos resultados já obtidos.
15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.História da Manutenção
(a) (b)
(c) (d)
Figura 1:Evolução dos Teares Mecânicos. (a) Spinning Jenny,1794; (b) Water Frame, 1769; (c) Mule, 1779; (d)
Tear Mecânico, 1785. Fonte: Portal Educação, 20/11/18.
Apesar de passar a se tornar importante nos simples processos produtivos que foram
pioneiros na expansão de um sistema de produção em massa, a manutenção ainda não era vista
como relevante pelos produtores. Porém, segundo Costa (2013), com a Primeira Revolução
16
Industrial, que aconteceu no século XVIII, a manutenção, aliada a um grande avanço
tecnológico, cresceu dentro das indústrias, pois era uma alternativa promissora para garantia da
continuidade do trabalho. Segundo Wyrebski (1997), ao emergir, a função manutenção era
tarefa dos operadores, pois estes eram capacitados pelos projetistas das máquinas para operarem
e consertarem as máquinas, e somente com o advento dos motores elétricos e máquinas movidas
por estes, que a função de mantenedor foi separada da função operador.
A partir do ano de 1914, com o advento do Fordismo e com o início da Primeira Guerra
Mundial, a manutenção passou a ter um papel totalmente essencial na atividade industrial, pois,
com o sistema de produção em massa criado por Henry Ford, o maquinário disponível passou
a ser exigido para altas demandas, ou seja, a carga de trabalho era maior que a anteriormente
utilizada nas indústrias. Segundo Filho (2008), as linhas de montagem introduzidas por Ford,
desencadearam uma demanda por sistemas de manutenção mais ágeis e eficazes, dando origem
a manutenção hoje conhecida como corretiva.
Foi em meados do ano de 1950, segundo Togo & Wartman (1993), com o fim da
Segunda Guerra Mundial e com a crise vivida pela Toyota Motor Corporation que o Sistema
Toyota de Produção (TPS), criado por Taiichi Ohno, foi visto como melhor forma de produzir
muito com o mínimo de desperdícios possível , ou seja, ter uma produção enxuta. O tempo de
espera causado por quebras de máquinas e por falta de planejamento de manutenção era um
grande gargalo na produção, então, segundo Filho (2008), o monitoramento das máquinas e de
seu desempenho começou a ser praticado, desencadeando o surgimento da hoje chamada
manutenção preventiva.
Segundo Filho (2008), a função manutenção, no período dos anos 50, passou a assumir
dentro das empresas, posição igual à função produção, pois começou a surgir certa organização
entre manutenções preventivas e corretivas. Porém, mesmo estabelecidas, segundo Campos
Júnior (2006), com o início dos registros de históricos de manutenção, vieram à tona os altos
custos da manutenção preventiva, e de peças de reposição, sendo assim, necessário um setor
dedicado apenas a esta função, surgindo então a Engenharia de Manutenção.
Mesmo com atenção especial dada à função manutenção, os custos ainda se provavam
muito altos, gerando resultados negativos na produção e consequentemente dando prejuízos
para as empresas. Segundo Filho (2008), esta situação apenas começou a melhorar com o
avanço tecnológico nas indústrias, ou seja, com a difusão dos computadores e das atividades de
TI, pois tornava a análise de falhas uma atividade menos trabalhosa e mais eficiente, dando
17
origem assim aos conceitos de manutenção preditiva e a área de PCM (Planejamento e Controle
de Manutenção), que aliados fizeram emergir a Engenharia da Confiabilidade.
2.2.Evolução da Manutenção
Tendo como referência diversas fontes bibliográficas, é possível notar que existem
várias linhas do tempo definidas para a evolução da manutenção e suas características em cada
época. Por exemplo, os avanços da tecnologia no Japão sempre foram superiores aos avanços
no Brasil, sendo assim, a evolução da manutenção é mais avançada na terra dos japoneses.
Desta forma, a melhor forma de avaliar como a função manutenção evoluiu no decorrer do
tempo é avaliando de forma geral, como fazem Kardec e Nascif (2009) em seu livro:
“Manutenção: Função Estratégica”.
EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO
PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA QUARTA GERAÇÃO
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
ANO
18
Aumento das expectativas em -Conserto após falha. -Disponibilidade -Maior confiabilidade; -Maior confiabilidade;
relação à manutenção crescente; -Maior disponibilidade; -Maior disponibilidade;
-Maior vida útil do -Melhor relação custo- -Preservação do meio
equipamento. benefício; ambiente;
-Preservação do meio -Segurança;
ambiente. -Influir nos resultados do
negócio;
-Gerenciar os ativos.
-Todos os -Todos os equipamentos -Existência de 6 padrões -Reduzir drasticamente
Visão quanto à
equipamento
19
(equipamentos e máquinas simplificados e com projetos superdimensionados) e que não tinha
como prioridade a produtividade, que alinhadas à visão de “todos os equipamentos se
desgastam com o passar dos anos, vindo a sofrer falhas e quebras”, acreditavam que era
necessário que apenas a habilidade do executante em realizar o reparo preciso, ou seja, dele era
apenas exigido as ações de lubrificação, limpeza e conserto das máquinas (KARDEC &
NASCIF, 2009).
Como já descrito neste trabalho, a chegada da Segunda Guerra foi avassaladora para a
indústria, pois a demanda aumentou em níveis desproporcionais ao que antes era requerido das
empresas, fazendo assim com que o maquinário disponível tivesse sua utilização amplificada,
forçando tanto o equipamento, que o fazia ter avarias mais frequentemente e mais complexas.
Assim, segundo Kardec e Nascif (2009), se dá inicio à Segunda Geração da evolução da função
manutenção, que como se deu no período pós II Guerra, tinha um contingente de mão de obra
menor e por consequência houve um aumento na mecanização e na complexidade das
instalações industriais, sendo assim, o bom funcionamento das máquinas se tornou essencial
para aumentar a confiabilidade e disponibilidade dessas, resultando em uma maior
produtividade na indústrias. Como as máquinas, a partir da Segunda Geração, deveriam estar
disponíveis maior parte do tempo para produzir, a ideia de evitar que as falhas e quebras
ocorressem se tornou um pilar da função manutenção, constituindo assim, o conceito de
Manutenção Preventiva (KARDEC & NASCIF, 2009).
20
Como o foco agora estava em evitar que as máquinas falhassem, os custos de
manutenção também começaram a se elevar, com relação aos demais custos operacionais. Desta
forma, ficou claro que eram necessários sistemas de planejamento e controle de manutenção,
que na Segunda Geração, era feito de forma manual, mas também por computadores, que
tinham como características serem grandes e lentos. Em frente a tantos custos, tanto de itens
físicos quanto operacionais, meios de aumentarem a vida útil dos equipamentos começaram a
ser buscados pelos responsáveis pela função manutenção das empresas (KARDEC & NASCIF,
2009).
Segundo Kardec & Nascif (2009), com o crescimento das tecnologias de automação nas
indústrias, o efeito das falhas sobre a qualidade do produto final se tornou mais notável, e cada
vez mais, essas falhas provocavam sérias consequências com relação à segurança e ao meio
ambiente, áreas onde os padrões de exigência começaram a aumentar rapidamente em meados
dos anos 70, fazendo com que as empresas que não atendessem à padrões pré-estabelecidos,
fossem impedidas de continuar seu funcionamento.
De certa forma, a Quarta Geração definida por Kardec e Nascif (2009), é quando maioria
das expectativas da Terceira Geração começam a serem atendidas, principalmente porque
consolida a interação entre as áreas de engenharia, manutenção e operação como fator de
garantia de confiabilidade, disponibilidade e Custo de Ciclo de Vida das instalações. Com a
Manutenção Centrada na Confiabilidade ainda mais difundida nas empresas classe mundial, a
manutenção preditiva e o monitoramento da condição se tornaram pilares da Engenharia da
Manutenção, incorporando a prática de análise de falhas com o objetivo de melhorar a
performance dos equipamentos e da empresa em questão (KARDEC & NASCIF, 2009).
2.3.Tipos de Manutenção
A função manutenção pode ser dividida em diferentes tipos, variando de como a mesma
é aplicada em uma máquina, equipamento ou planta. Segundo Viana (2002), observa-se que há
um consenso, com suas devidas alterações, em torno das seguintes categorias de manutenção:
• Manutenção Corretiva;
• Manutenção Preventiva;
• Manutenção Preditiva;
• Manutenção Autônoma.
22
• Manutenção Preventiva;
• Manutenção Preditiva;
• Manutenção Detectiva;
• Engenharia da Manutenção.
De forma geral, a manutenção corretiva acontece quando o reparo é precisa ser feito
imediatamente com o objetivo de evitar graves consequências aos instrumentos de produção, à
segurança do trabalhador ou ao meio ambiente. É conhecido, de forma popular, como “apagar
incêndios”, pois é uma intervenção aleatória, sem definições anteriores (VIANA, 2002).
Desta forma, a manutenção corretiva pode ser dividida em duas classes (KARDEC &
NASCIF, 2009):
23
A Figura 3, representa um gráfico que mostra como se comporta a manutenção corretiva
não planejada de um determinado equipamento ou sistema, onde se observa que o tempo até a
falha é aleatório e t0 – t1 é diferente de t2 – t3 (KARDEC & NASCIF, 2009):
Figura 3: Manutenção Corretiva Não Planejada. Fonte: Kardec & Nascif (2009). Adaptado.
24
• Garantia da existência de um estoque de sobressalentes, equipamentos e
ferramental;
• Existência de recursos humanos capacitados e com tecnologia disponível capaz
de realizar os serviços com rapidez e qualidade.
25
Figura 4: Manutenção Preventiva. Fonte: Kardec & Nascif (2009). Adaptado.
26
Apesar de todas as suas vantagens operacionais, existe o ponto negativo que provém da
introdução de defeitos não existentes no equipamento devido a (Kardec, et al., 2009):
• Falha humana;
• Falha de sobressalentes;
• Contaminações introduzidas no sistema de óleo;
• Danos durante partidas e paradas;
• Falhas nos procedimentos de manutenção.
27
• Deve-se analisar se a aplicação de um método preditivo no equipamento, sistema
ou instalação, é viável economicamente;
• As causas das falhas devem ser monitoradas e terem sua progressão
acompanhada;
• Deve ser estabelecido um programa de acompanhamento, análise e diagnóstico
sistematizado;
• Deve-se levar em conta a segurança operacional e pessoal.
28
2.3.5. Engenharia da Manutenção
A Figura 5 mostra como estão distribuídos os tipos de manutenção de acordo com suas
funções e como a Engenharia da Manutenção se encaixa neste contexto:
29
programação, até a verificação que toma como base padrões pré-existentes. Com a verificação,
os resultados obtidos são cruciais para o reparo de desvios e falhas (Branco, 2008).
GERÊNCIA DA FÁBRICA
GERÊNCIA DE GERÊNCIA DE
GERÊNCIA FINANCEIRA GERÊNCIA DE OPERAÇÃO GERÊNCIA DE VENDAS
MANUTENÇÃO SUPRIMENTOS
PCM
É comum, nas indústrias, confundir-se o termo Produção com Operação, pois ambos
têm relação direta no ato de agregar valor à matéria prima, transformando-a em produto. Porém,
segundo Viana (2002), a Produção engloba tanto a função Manutenção, quando a Operação, e
desta forma, estas ocupam o mesmo nível hierárquico dentro de uma organização de produção.
30
• Fiscalizar os planos de manutenções sistemáticas e não-sistemáticas oriundas de
inspeções ou check-list, com todos os informativos necessários para as áreas
solicitantes da organização;
• Verificar a organização do almoxarifado, bem como preparar os materiais
sobressalentes e o ferramental necessário à execução dos serviços;
• Fazer criteriosa análise dos serviços planejados, das programações e back-log;
• Fazer a equalização da mão de obra e estabelecer novas periodicidades para os serviços,
em função das verificações e análises de causas e desvios de planejamento;
• Criar histórico técnico estruturado dos equipamentos, máquinas e instalações, com
registros de ocorrências planejadas e imprevistas;
• Organizar e analisar dentro de uma periodicidade adequada os relatórios gerenciais de
manutenção;
• Proporcionar a orientação dos gerentes e chefes para obtenção de melhores resultados
correlacionados à disponibilidade, confiabilidade e produtividade dos equipamentos,
máquinas e das equipes de manutenção;
• Fazer acompanhamento e prestar suporte a instalação de novas versões de softwares de
gerenciamento e manter as rotinas de integração com outros sistemas;
• Realizar reuniões de conscientização com a participação dos colaboradores para a
organização da manutenção e o total comprometimento com os resultados para os
níveis: estratégicos, gerencial, tático e operacional.
De acordo com Branco Filho (2008), abaixo são apresentadas algumas dentre as
inúmeras vantagens da utilização do PCM nas empresas:
2.5.1. Conceitos
Segundo Kardec e Nascif (2009), muito fatores socioeconômicos fizeram com que as
empresas se tornassem cada vez mais competitivas, pois o mercado exigia que essas se
adequassem a certos conceitos, de certa forma obrigando elas a eliminarem seus desperdícios,
alcançar a melhor eficiência do equipamento, acabar com paradas na produção por causa de
quebras e falhas, revisar o perfil de conhecimento e de competências de colaboradores da
manutenção e da produção, e inovar nos padrões de trabalho. Assim, através dos Círculos de
Controle de Qualidade (CCQ) e Defeito Zero (ZD), surgiram os seguintes conceitos que se
tornaram a base do TPM:
• Autodisciplina de todos;
• Da minha máquina cuido eu;
32
• Homem, Máquina e Empresa devem estar integrados;
• Todos devem se preocupar com a manutenção dos meios de produção.
A Manutenção Produtiva Total têm uma série de elementos em quais ela se apoia para
desenvolver a metodologia na empresa como: mudança cultural, que tem como objetivo
otimizar o rendimento geral dos equipamentos, consolidação de um sistema de prevenção de
perdas por equipamento e local de trabalho (zero acidente, zero defeito de qualidade e zero
quebra), implementação em todos os setores (manutenção, produção, engenharia,
desenvolvimento de produtos, vendas, recursos humanos e etc), mentalidade kaizen (melhoria
contínua) da gerência até o chão de fábrica, e educação e treinamento, que busca cada vez mais
capacitar os colaboradores em prol do crescimento da empresa (Fogliatto, et al., 2009).
Segundo Kardec e Nascif (2009), a abordagem de perdas feita pelo TPM está
representada na Tabela 2:
33
5. Defeitos de Produção; Tempo Efetivo de
DEFEITOS
6. Queda de Rendimento. Produção
Para a obtenção definitiva da quebra zero, Nakajima (2009), afirmam que algumas
medidas são fundamentais, como:
34
1- Estruturação das Condições Básicas para a Operação:
• Limpeza da área, asseio, lubrificação e ordem.
2- Obediência às Condições de Uso:
• Operar os equipamentos dentro das condições e limites estabelecidos.
3- Regeneração do envelhecimento:
• Recuperar o equipamento por problemas de envelhecimento e evitar
quebras futuras;
• Eliminar as causas de envelhecimento dos equipamentos;
• Restaurar os equipamentos, periodicamente, retornando-os às condições
originais;
• Ter o domínio das anomalias que provocam a degradação dos componentes
internos através dos 5 sentidos das pessoas e das técnicas e instrumentos eu
fornecem as condições das máquinas (vibração, temperatura...);
4- Sanar os pontos falhos decorrentes de projeto:
• Corrigir eventuais deficiências do projeto original;
• Fazer previsão da vida média através das técnicas de diagnóstico.
5- Incrementar capacidade técnica:
• Capacitação e desenvolvimento do elemento humano, de modo que ele
possa perceber, diagnosticar e atuar convenientemente.
2.5.4. Os 8 Pilares
11 – Estruturação do controle
* Projeto MP: controle de
da fase inicial de operação dos
flutuação na fase inicial: LCC
equipamentos.
37
* Obtenção de resultados que
demonstrem o alcance e a
12 – Execução total do TPM e manutenção da excelência em
Consolidação
elevação do nível geral . TPM.
* Candidatura ao Prêmio de
excelência do JIPM.
38
3. METODOLOGIA
Nesta etapa cabe à gerência geral da empresa criar um ambiente favorável para a
implementação da metodologia TPM, comunicando oficialmente todos os colaboradores e
pregando entusiasmo com o projeto a ser iniciado. Nakajima (1984), recomenda que esse
comunicado oficial seja feito através de boletins divulgados em murais e também por uma
apresentação formal que inclui conceitos, objetivos, benefícios de que se esperam da
implementação da Manutenção Produtiva Total e declarações de membros da alta diretoria
abordando o que os motivos a implementar a metodologia.
39
3.1.2. 2ª Etapa: Educação, treinamento e divulgação do início da
implementação
Na Figura 8 é possível notar como os grupos são organizados dentro de uma empresa:
40
Alta Gerência: Políticas de
PM que abrangem toda a
empresa, definição de
metas, comitê central de
divulgação TPM.
Figura 8: Hierarquia empresarial com relação ao TPM. Fonte: Nakajima (1984) Adaptado.
41
para os colaboradores”, pode ser uma política básica a longo prazo determinada pela alta
gerência.
Para as metas serem determinadas, a atual situação da empresa deve ser conhecida, ou
seja, para se definir onde quer chegar, primeiro deve-se saber onde está. Por isso é de extrema
importância que sejam levantados todos os dados relevantes para a implementação do TPM,
antes de planos de ações serem estabelecidos.
Os objetivos que se pretende atingir também devem estar presentes no plano diretor ou
Master Plan, pois desta forma, é possível se ter uma visão geral e objetiva do desenvolvimento
da Manutenção Produtiva Total dentro da empresa.
É a partir desta etapa que a Manutenção Produtiva Total começa a ser efetivamente
implantada. Os colaboradores devem abandonar o jeito tradicional de trabalho e abraçar
integralmente a metodologia TPM em seu local de trabalho. O ambiente deve continuar
favorável ao desenvolvimento de pessoal, pois assim, a dedicação só aumenta, tornando mais
provável o sucesso do programa na empresa.
Os gerentes devem aplicar as ferramentas que forem necessárias para a realização das
melhorias, como por exemplo, a PM Analisys, que foi desenvolvida por Kunio Shirose,
consultor da JIPM. Em PM, temos que o “P” significa “problema” e o “M” significa
42
mecanismo, ou seja, esta ferramenta foi desenvolvida para resolver problemas presentar em
maquinários, e consiste nos seguintes passos:
1- Definir o problema;
2- Fazer uma análise física do problema;
3- Isolar todas as condições que podem ter sido causa do problema;
4- Avaliar equipamento, material e métodos;
5- Planejar a investigação;
6- Investigar mal funcionamentos;
7- Elaborar planos de melhoria.
1- Limpeza Inicial;
2- Eliminação de fontes causadoras de problemas e de locais de difícil acesso;
3- Padronização de normas para limpeza e lubrificação;
4- Inspeção geral;
5- Inspeção autônoma;
6- Arrumação e limpeza;
7- Efetivação de autocontrole.
43
Nesta etapa, com os setores de manutenção e produção tem como objetivo interagir mais
ordenadamente, com a manutenção autônoma sendo adotada pela produção, enquanto a
manutenção planeja as atividades que serão desenvolvidas.
1- Tagueamento de máquinas;
2- Fluxograma de serviços;
3- Ordem de manutenção;
4- Tabelamento de materiais para manutenção;
5- Estabelecimento de matriz de prioridades;
6- Plano de inspeções visuais;
7- Roteiros de lubrificação;
8- Plano preventivo.
Esta etapa não deve ser confundida com a segunda etapa, pois não trata mais de
conscientizar e educar os colaboradores acerca da metodologia TPM, mas sim, de aprimorar os
conhecimentos técnicos e habilidades desses, através de cursos específicos, teóricos e práticos,
ou seja, estabelecer a profissionalização da empresa para aumentar os rendimentos.
O treinamento deve ser, deste seu início, encarado com um investimento a médio prazo
da empresa, portanto não se deve economizar neste quesito, visto que o retorno é certo.
44
Nesta etapa, a pesquisa de inconveniências, imperfeições e incorporação de melhorias é
efetivada, tendo como objetivo principal, o aumento do rendimento operacional global.
As melhorias não são feitas apenas em máquinas velhas ou desgastadas, mas também
em máquinas novas, onde os conhecimentos adquiridos facilitam a criação de planos que
abordem conceito da Prevenção da Manutenção – PM, que objetiva resultados de quebra zero
e falha zero nas máquinas.
1- Aprimorar o local de trabalho tornando-o mais seguro e mais favorável a uma alta
satisfação operacional;
2- Reduzir desperdícios através de melhorias no processo;
3- Estabelecer a condição básica de funcionamento dos equipamentos;
4- Conceber rotinas de controle de processo para o operacional, objetivando uma
estabilidade funcional das máquinas e equipamentos;
5- Resolução rápida de problemas através da ação realizada pelo operador.
É importante ressaltar que apesar de ter focos como a limpeza inicial, a Manutenção
Autônoma não é direcionada apenas à estética das máquinas, pois essa visa resultados diretos
na empresa.
45
Atividade Habilidades
*Inspeção diária;
Medir a deterioração das
*Inspeção periódica;
máquinas
*Controle das condições operativas.
*Gestão correta;
*Definição das condições básicas (limpeza,
lubrificação, aperto dos parafusos, etc);
Prevenir a deterioração das
*Pequenas reparações;
máquinas
*Registro de anomalias;
*Definição das contramedidas com a colaboração dos
operadores.
*Imediata identificação das anomalias;
Restabelecer as condições básicas
*Estudo de medidas contra as anomalias;
das máquinas
*Reparações esporádicas.
ATIVIDADE ESPECIFICAÇÕES
*Definição de equipe de MA e suas atribuições;
*Identificar as perdas nas máquinas e suas áreas de origem;
1-Planejar a
*Avaliar a contribuição da MA para cada setor;
Manutenção
*Estabelecer prioridades;
Autônoma
*Estabelecer objetivos;
*Estabelecer metas.
*Preparar sistema de etiquetas (instrumento para evidenciar
2-Preparar e planejar a anomalias);
limpeza inicial e a *Definir áreas de limpeza e designar para equipes;
colocação de etiquetas *Fazer relatório fotográfico da situação do “antes”;
*Preparar material para limpeza;
47
*Eliminar por completo poeira, sujeira e materiais inúteis
das máquinas e arredores;
*Determinar e remover todas as pequenas anomalias através
3-Realizar as da etiquetagem (usar etiquetas em locais de perda de óleo,
atividades de limpeza peças desgastadas, elementos mal fixados, parafusos soltos
inicial e etc);
*Realização do Dia “D” (primeira grande remoção de
sujeira acumulada e etiquetagem) da Manutenção
Autônoma.
*Eliminar anomalias das máquinas ou realizar
melhoramentos;
*Restabelecimento de 80% das condições de base através da
retirada de 80% das etiquetas;
4-Retirar as etiquetas
*Introdução e consolidação de um ciclo para a gestão da
e promover a
etiquetagem contínua;
etiquetagem contínua
*Sistema de monitoramento para verificar a velocidade de
resposta na retirada das etiquetas;
*Monitoramento de custos de restabelecimento.
No item 3 da Tabela 5, temos que a limpeza inicial e a etiquetagem devem ser realizadas
de acordo com as seguintes modalidades operativas:
48
- Relatório fotográfico de várias partes da máquina após a colocação das
etiquetas;
- Definição de uma lista de fontes de sujeira e áreas difíceis de limpar.
• Atividade desenvolvida sucessivamente
- Reuniões entre os grupos para discutir problemas e planos de ação;
- Restabelecimento imediato dos problemas de difícil solução;
- Reinício da máquina, após a colocação das etiquetas;
- Planejamento da retirada das etiquetas.
N í vel de s ol uçã o Da ta
Ti po de
Onde é Porque é
Item s uj ei ra / F a ci l i ta r Sol uçã o
g era da ? g era da ?
conta m i na nte El i m i na çã o? Contençã o? a Previ s ta Rea l
l i m pez a ?
49
PLANO PROVISÓRIO DE LIMPEZA
GRUP O MA X X X / Título ofic ial do Grupo MA
As atividades que devem ser realizadas para a conclusão satisfatória deste passo são as
apresentadas através da Tabela 6:
ATIVIDADE ESPECIFICAÇÕES
1- Analisar as fontes de sujeira e as áreas *Listar fontes de sujeira as fontes de sujeira e
difíceis de limpar; as áreas difíceis de limpar;
50
*Analisar as fontes de sujeira e as áreas
difíceis de limpar;
*Definir melhoramentos para eliminar/
conter/ proteger as fontes de sujeira e para
melhorar as áreas difíceis de limpar.
*Utilização da técnica ECRS.
2- Implementar as soluções, atualizar o *Eliminar causas pela raiz de sujeira e
padrão de limpeza, monitorar os resolver a dificuldade de limpeza;
resultados *Atualização dos padrões de limpeza do
passo 1;
*Monitorar melhoramentos de redução de
tempo de limpeza.
3- Melhorar as áreas difíceis de *Tornar visíveis os pontos de inspeção
inspecionar escondidos (utilização de controles visuais);
*Inspeção sensitiva (utilização dos 5
sentidos: tato, olfato, audição, paladar e
visão);
*Utilização de LUP’s;
*Utilização de checklists de inspeção.
Para a realização a análise proposta pelo item 1, temos que a Ficha de Análise de
Problemas apresentada no Anexo 1 é a mais recomendada.
ECRS
Quando analisadas, as fontes de sujeira e as áreas de difícil limpeza são delimitadas por
mapas dessas áreas e são estabelecidas contramedidas a serem tomadas de imediato.
51
• C – Combinar: Combinar operações básicas eliminando desperdícios de
transporte e superprocessamento;
• R – Reorganizar: Reorganizar operações:
• S – Simplificar: Simplificar operações restantes.
ITEM PERGUNTAS
What – O quê (Objetivo) *Qual o objetivo desta atividade?
*É necessária? Por quê?
*Não é possível ser eliminada?
*De que outra forma poderia ser
realizada?
*De que outra forma deveria ser
realizada?
Where – Onde (Local) *Onde é realizada?
*Por que é realizada neste local?
*O local de trabalho é organizado da
forma mais apropriada? Os instrumentos
necessários estão disponíveis quando
necessários? Por quê?
*O local de trabalho está disposto da
forma correta? Poderia ser disposto de
outra maneira?
*Em qual outro lugar poderia ser
realizado?
*Em qual outro lugar deveria ser
realizado?
Who – Quem (Pessoa) *Quem o realiza? Por que esta pessoa?
*É necessário possuir competência
específica?
*A pessoa utilizada é a mais apropriada?
*Que outro poderia efetuar a operação?
52
*Quem deveria efetuar a operação?
When – Quando (Sequência) *Quando é realizada? Por quê é realizada
naquele momento?
*É o momento exato para realizar esta
operação? Por quê?
*Pode ser realizada antes ou depois?
*Com a máquina em funcionamento?
*Quando poderia ser realizada?
*Quando deveria ser realizada?
Why – O porquê (Motivo) -
How – Como (Método) *Como se faz? Por que é feito assim?
*A economia dos movimentos é
respeitada?
*É possível trabalhar de forma diferente?
Como?
*De que forma poderia ser feito?
*De que forma deveria ser feito?
PLANO DE INSPEÇÃO
Grupo MA XXX/ Inserir aqui o título oficial do grupo
Método de Item de Condição do Tempo
Item Área Componente Frequência Quem? Quando? LUP nº
Inspeção Controle Equipamento Previsto
ATIVIDADE ESPECIFICAÇÕES
1- Criar e manter padrão de limpeza e *Atualizar padrões de limpeza revisados no
inspeção: formar operadores Passo 2, com base nos dados levantados.
*Estudar com está a situação atual de pontos
de lubrificação, procedimentos ou atividades
de lubrificação, se existentes.
*Fazer lista de pontos de lubrificação (lay-
2- Estudar o sistema de lubrificação
out ou fotografias);
*Fazer lista de lubrificante utilizados.
*Atualizar ou criar procedimentos de
lubrificação.
*Eliminar pontos de lubrificação
desnecessária;
*Simplificar as atividades de lubrificação
facilitando o acesso a pontos de lubrificação,
3- Simplificar o sistema de lubrificação melhorando visibilidade, as ferramentas e a
segurança, garantindo disponibilidade de
informações, ferramentas e materiais;
*Estudar como reduzir tempos de atividades;
*Unificar lubrificantes.
*Definir responsabilidades claras na gestão
4- Criar um sistema de lubrificação
dos lubrificantes;
visual e melhorar a logística dos
*Definir procedimento de lubrificação
lubrificantes
claros;
55
*Padronizar o depósito de lubrificantes e a
estação de lubrificação.
*Criar sistema visível de lubrificação
(modelo apresentado na Figura 20)
5- Introduzir um programa de *Elaborar plano de lubrificação (modelo
lubrificação apresentado na Figura 21).
*Treinar operadores através de ensinos
6- Formar os operadores teóricos, exercícios práticos em sala e em
campo.
*Quantidade de lubrificante utilizado;
*Tempo empregado em atividades de
lubrificação;
7- Monitorar os resultados *Avarias, pequenas paradas e defeitos devido
a lubrificação malfeita;
*Número de pontos de lubrificação;
*Distância percorrida.
CÓDIGO DE CORES
EQUIPAMENTO:
Código de Identificação do
Lubrificante Símbolo
Cores Símbolo
Óleo Óleo
Lubrificante A lubrificante
Óleo Óleo
Lubrificante B lubrificante
Óleo Óleo
Lubrificante C lubrificante
Óleo Óleo
Lubrificante C lubrificante
PLANO DE LUBRIFICAÇÃO
Grupo: Equipamento:
Código do
Qtde. Condição da Máquina Executor
Descrição do Sistema Qtde de Tempo lubrificante
Nº de Atv. Freq. Quando LUP nº
Equipamento (Ferramental) Lubrificante Previsto e código de
pontos
cor
Parada Funcionando Operação
• Inspeção Geral;
• Inspeção Autônoma;
• Padronização das Atividades das Áreas;
• Desenvolvimento de grupo de Manutenção Autônoma.
Porém, estes passos não serão comentados no presente trabalho, pelo motivo de não
estarem inclusos na proposta de implementação na Transforme Vidros Temperados.
57
Fases Estabilizar os Restabelecer
Prolongar a vida útil
Manutenção intervalos entre as periodicamente as Prever a vida útil das máquinas
dos equipamentos
Planejada quebras deteriorações
Passo 1: Avaliar os
equipamentos e entender
a situação atual
Passo 2: Restabelecer a deterioração e melhorar os Passo 6: Avaliar o
pontos fracos (dando suporte à manutenção autônoma Consolidar como manutenção corretiva sistema de
e prevenindo a repetitividade) manutenção planejada
Passo 3: Instituir um
sistema de gestão de Consolidar como manutenção periódica Sistematizar a
informações manutenção planejada
Passo 4: Instituir
sistema de manutenção
periódica
Passo 5: Instituir um
sistema de
manutenção preditiva
• Avaliar as máquinas;
• Entender a situação atual para escolher as prioridades de intervenção;
• Definir os Indicadores Chave de Performance (KPI’s) que permitirão monitorar
as melhorias;
• Fazer o deployment das perdas para esclarecer as metas dos OPI´s (Indicadores
de performance operacional) .
ATIVIDADE ESPECIFICAÇÕES
58
1- Atualizar a lista de máquinas. *Identificar a hierarquia do equipamento (a
qual área, linha e máquina pertence);
*Recuperar as informações básicas da
máquina (consultar registros de modificações
feitas nas máquinas, históricos de
manutenção e condições iniciais da
máquina).
2- Classificar as máquinas (ABC). *Classificar as máquinas com base nas
Figuras 22 e 23.
3- Definir o nível de gravidade de *Definir nível de quebra de acordo com a
falhas. frequência e da duração do evento (seguir
modelo apresentado na Figura 24);
4- Estabelecer o sistema de coleta de *Definir tabela de dados completos e
dados de quebras. padronizados por modo de falha e
componente danificado para análises
concretas de falhas.
5- Definir os objetivos da manutenção e *Identificar os KPI’s de MP (custos de
fazer o deployment. manutenção, MTTR, MTBF, MTBE,
Disponibilidade e etc) e estabelecer metas;
*Entender como os KPI’s da fábrica se ligam
às metas de manutenção (exemplo na Figura
25);
*Fazer o deployment por nível dos modos de
falhas em todas as perdas e estabelecer metas
para cada um (quebras, pequenas paradas,
custos, etc). Exemplo na Figura 26.
59
Símbolos de Classificação
As quebras não
Raramente as
As quebras provocam
quebras
provocam interrupções da
provocam
D Impacto sobre produção interrupções da
interrupções da
linha ou perdas de
linha ou perdas de produção: a
linha ou perdas e
produção reparação da
produção
máquina é simples
1 quebra/bimestre
3 quebras/mês para Menos de 1 quebra
F Frequência 1 quebra/bimestre
para 1
a cada 6 meses
quebra/semestre
MTTR 1< 4 horas;
MTTR > 4 horas; MTTR< 1hora:
M Manutenibilidade Custo > R$ 500,00
Custo R$ 150,00 -
Custo < R$ 150,00
R$ 500,00
D
D
F
F
M
M
A B C
MANUTENÇÃO PLANEJADA
O nível de gravidade da quebra de uma máquina pode ser classificado de acordo com a
tabela presente na Figura 24.
60
Quebras (1 mês)
Muito Alta ( f> 12/mês)
63 30 0 0
93
Classes de Frequência
Alta (3<f<12/mês)
29 11 0 0
40
Média (1<f<3/mês)
15 3 1 0
19
Baixa (0,5<f<1/mês)
4 0 0 0
4
Muito Baixo (f<0,5/mês)
1 0 0 0
1
d<0,5h 0,5h<d<2h 2h<d<8h d>8
112 44 1 0
Duração das classes
20 136 1 0
Negligenciada Moderada Crítica Catastrófica
ATIVIDADE ESPECIFICAÇÕES
1- Restaurar as condições deterioradas *Fazer levantamento de retirada de etiquetas,
das máquinas visando a retirada de 80% dessas em 1 mês;
*Evidenciar número de etiquetas
solucionadas pela operação;
*Estabelecer prioridade de eliminação de
quebras, seguindo o exemplo apresentado
pela Figura 27;
61
*Classificar tipos de quebras.
2- Dar suporte aos grupos de *Ressaltar as competências necessárias para
Manutenção Autônoma a correção das quebras;
*Verificar o tempo de restabelecimento ou
melhoramento;
*Gestão de lubrificantes.
3- Avaliar os procedimentos existentes *Fazer checklist de procedimentos de
de manutenção manutenção (Figura 28);
*Definir matriz de habilidades (Figura 29).
4- Promover o 5S *Divulgação e treinamento em 5S (Ver item
3.3.2.1. PROGRAMA 5S).
5- Avaliar e melhorar as habilidades de *Realizar treinamentos em manutenção, com
manutenção registro de evoluções na matriz de
habilidades.
6- Remover material obsoleto e arrumar *Implementar mentalidade 5S.
almoxarifado
7- Lançar projetos de redução de perdas *Identificar tipos de quebras;
*Restabelecer as condições básicas nas áreas
críticas e definir os padrões;
*Atacar as quebras repetitivas;
*Evidenciar as causas das quebras
esporádicas;
*Definir o plano de manutenção preventiva.
8- Introduzir análise de quebras *Análise de quebras com foco nas causas (4
M’s);
*Criar checklist de análise de quebras.
9- Expansão horizontal de soluções para *Fazer um resumo das ações realizadas no
outras máquinas/linhas projeto original subdivididas por problemas;
*Definir as máquinas candidatas à expansão
das ações;
*Entender os problemas iniciais sobre tais
máquinas;
62
*Definir quais ações expandir e sobre quais
máquinas;
*Entender os problemas restantes;
*Atacar os problemas restantes com percurso
original.
PROGRAMA 5S
63
*Colocar uma etiqueta 5S
em instalações, ferramentas
e materiais;
*Eliminar itens
desnecessários.
*Classificar os itens pela
frequência de uso;
*Encontrar uma localização
adequada para ferramentas,
Seiton Simplificar a gestão
equipamentos e materiais;
*Identificar claramente cada
localização de acordo com
as novas ordens.
*Limpar e verificar se a
ordem estabelecida no passo
anterior é mantida;
*Etiquetar todos os desvios
da situação desejada;
*Analisar todas as etiquetas
Encontrar problemas através
Seiso repetitivas a fim de
da limpeza
encontrar as causas raízes
dos desvios.
*Definir e executar as
contramedidas;
*Fazer uma lista dos padrões
requeridos.
*Definir os padrões de
limpeza;
*Definir o checklist para
Seiketsu Padronizar
verificar se os padrões são
respeitados;
*Melhoria da gestão visual.
64
*Planejar auditorias para
verificar a observação dos
padrões;
*Fazer a análise contínua
Sustentar o melhoramento dos problemas e identificar
Shitsuke
contínuo as contramedidas;
*Monitorar as pontuações
das auditorias;
*Estabelecer novos objetivos
de melhoria.
ATIVIDADE DESCRIÇÃO
1- Sistemática de análise de quebras *Identificar os pesos das causas raízes das
quebras (Figura 30);
*Definir quais quebras devem ser analisadas
*Definir processo de análise de quebras;
*Definir plano de ação;
*Analisar eficiência dos formulários de
análise de quebras;
*Monitorar resultados.
2- Análises de componentes fracos *Definir possíveis componentes fracos
(Figura 32).
3- Construir um sistema de informações *Cadastro de equipamentos;
da manutenção *Ficha de análise de quebra;
*Programa de manutenção planejada;
65
*Informações sobre
competências/treinamento;
*Estoque de peças de reposição;
*Custo de manutenção;
*Monitoramento e avaliação de desempenho.
4- Preparação de dados para inspeção *Levantamento de histórico de manutenção
para definição de rota de inspeção.
5- Projetar e implementar um sistema de *Definir a situação atual e os objetivos;
gestão de peças sobressalentes *Eliminar os materiais inúteis/ obsoletos;
*Reorganizar os materiais restantes;
*Definir as políticas de gestão dos estoques
de peças de reposição;
*Gestão de peças de reposição da
manutenção preventiva.
6- Reunião diária de manutenção *Definir input (registros diários das quebras,
atividade de reaplicação e melhoramento,
etiquetas e fichas de problemas);
*Definir os participantes e responsabilidades
(Recursos e políticas de MP, líder do grupo,
máquina, processo/produto, reparações,
diagnóstico, modo de quebra, problem
solving, ficha de análise de quebra);
*Definir as atividades principais;
*Manter sob controle a análise das quebras e
sua evolução.
66
3.3.4. Passos não comentados
Porém, estes passos não serão comentados no presente trabalho, pelo motivo de não
estarem inclusos na proposta de implementação na Transforme Vidros Temperados.
• MTBF;
• MTTR;
• Custos de Manutenção.
3.4.1. MTBF
Significa Mean Time Between Failures (do português Tempo Médio entre Falhas), e é
definido pelo quociente entre as horas disponíveis de trabalho do equipamento para a operação
(HD) e o número de intervenções corretivas neste tempo (NC).
𝐻𝐷
𝑀𝑇𝐵𝐹 = Equação 01
𝑁𝐶
67
3.4.2. MTTR
Significa Mean Time To Repair (do português Tempo Médio para Reparo), e é definido
pelo quociente entre as horas indisponíveis para a operação devido à manutenção (HIM) e o
número de intervenções corretivas neste tempo (NC).
𝐻𝐼𝑀
𝑀𝑇𝑇𝑅 = Equação 02
𝑁𝐶
Este indicador mostra como está sendo eficiente o setor de manutenção nos
procedimentos de manutenção realizados. Se o índice aumentar, significa uma piora nos
procedimentos de manutenção, indicando maior tempo de máquina parada.
68
4. ESTUDO DE CASO
4.1.A empresa
Com equipe experiente, estrutura física adequada e frota própria, possui potencial de realizar
serviços de ponta, alto padrão e tempo hábil, buscando a satisfação do cliente.
MISSÃO
Produzir e comercializar vidros beneficiados, oferecendo soluções que garantam a satisfação
dos clientes e a valorização do meio ambiente.
VISÃO
Ser uma empresa líder no mercado vidreiro, reconhecida por sua excelência e inovação no
Nordeste.
VALORES
- Empreendedorismo
- Respeito a vida
- Atendimento diferenciado
4.2.Organograma operacional
4.3.Setores
69
• Carregamento
- Objetivo: Abastecer a linha de produção com matéria – prima (chapas de
vidro);
- Colaborador (es): Operador de Ponte Rolante;
- Maquinário: Ponte Rolante (Figura 34) e Classificador de Colares (Figura 35).
70
• Corte
- Objetivo: Corta chapas de vidros em peças demandadas através da Mesa de
Corte, ou do Corte Manual;
- Colaborador (es): Operador da Mesa de Corte, Auxiliar de Corte (2) e
Cortador Manual;
- Maquinário: Carregador Bilateral (Figura 36) e Mesa de Corte Automático
(Figura 37).
71
• Lapidação
- Objetivo: Lapidar peças cortadas para polir e retirar cantos vivos das arestas;
- Colaborador (es): Lapidador, Auxiliar de Lapidação (4), Lapidador Manual;
- Maquinário: Lapidadora PC – 600 (2) (Figura 38), Lapidadora LC8 (Figura
39), Lapidadora Bottero 110FC (Figura 40), Lapidadora Modelada (Figura 41),
Lixadeira de Cinta (2) (Figura 42) e Esmerilhadeira (2) (Figura 43).
72
Figura 27: Lapidadora Bottero 110 FC.
73
Figura 29: Lixadeiras de Cinta.
• Furação
- Objetivo: Furar e recortar peças que usarão ferragens;
- Colaborador (es): Furadores (2) e Recortadores (2);
-Maquinário: Furadeiras (5) (Figura 44), Escareadores (2) e Serras Circulares
(2) (Figura 45).
74
Figura 31: Furadeiras.
• Lavagem
- Objetivo: Lavar peças já lapidadas e furadas ou apenas lapidadas, dependendo
do tipo de peça;
- Colaborador (es): Conferente e Auxiliares de Conferência (2);
- Maquinário: Lavadora (2) (Figura 46).
75
(a)
(b)
• Têmpera
- Objetivo: Temperar peças no intuito de aumentar resistência e fornecer
fragmentação ao vidro;
- Colaborador (es): Forneiro e Auxiliares de Forneiro (3);
- Maquinário: Forno (Figura 47) e Ventilador (Figura 48).
76
Figura 34: Forno.
77
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1.Plano diretor
O plano diretor desenvolvido para a implementação dos pilares na Transforme Vidros
Temperados (TVT), é apresentado pela Figura 33 abaixo.
PLANO DIRETOR
IMPLEMENTAÇÃO DOS PILARES DE MANUTENÇÃO AUTÔNOMA E
MANUTENÇÃO PLANEJADA
EMPRESA: TRANSFORME VIDROS TEMPERADOS
jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19
Objetivos: Diminuição de quebras de máquinas em 20%; Diminuição de tempo para reparo em 20%; Aumento
Preparar Introduzir Implementar Estabilização
* Análise de histórico de manutenção de máquinas;
* Reduzir quebras de equipamentos no geral:
Visão geral
do tempo médio entre falhas em 30%; Diminuição dos custos de manutenção em15%
Manutenção autônoma
*Limpeza inicial;
*Eliminar fontes de sujeira e áreas difíceis de limpar e inspecionar;
*Criar e manter um padrão de limpeza, inspeção e lubrificação.
Manutenção planejada
O plano diretor tem a finalidade de proporcionar à diretoria uma visão geral sobre a
metodologia TPM, tanto com relação aos benefícios que se almeja conquistar, tanto quanto
quais atividades principais serão desenvolvidas.
78
A elaboração e aprovação do plano diretor de implementação, depende da ação da
diretoria com relação às 4 primeiras etapas de implementação, que estão presentes nas seções
3.1.1. Declaração oficial da decisão da diretoria pela implementação do TPM, 3.1.2. Educação,
treinamento e divulgação do início da implementação, 3.1.3. Estruturação das equipes de
multiplicação e implementação, 3.1.4. Estabelecimento da política básica e metas do TPM.
Na definição dos grupos de MA na TVT, é importante que estes tenham como foco
setores isolados, sendo assim, prioriza-se grupos do mesmo setor, como apresentado na Tabela
12.
Como a produção está composta apenas por 24 colaboradores, a ação do Mecânico nos
Grupos MA será geral, ou seja, ele dará apoio a todos, pois é o mais experiente em serviços de
manutenção na empresa.
79
Os objetivos desses Grupos MA são descritos na Tabela 13, e foi desenvolvido com
relação às demandas de cada setor.
Grupo Objetivos
*Monitorar número de quebras da Ponte
Rolante, Carregador Bilateral e Mesa de
Corte;
*Registrar quebras;
*Registrar falhas/ defeitos apontados pelos
monitores das máquinas;
*Realizar limpeza geral;
MA 001 – Carregamento e Corte
*Definir um percentual de melhoria com
relação ao indicador de número de quebras;
*Categorizar falhas das máquinas como
elétricas, mecânicas, ou de automação.
*Verificar de condições de lubrificação das
máquinas e definir lubrificantes utilizados;
*Determinar ferramentas essenciais ao setor.
*Monitorar número de quebras das
lapidadoras, lixadeiras de cinta e
esmerilhadeiras;
*Registrar quebras;
*Realizar limpeza geral;
*Definir um percentual de melhoria com
MA 002 – Lapidação
relação ao indicador de número de quebras;
*Categorizar falhas das máquinas como
elétricas, mecânicas, ou de automação;
*Verificar de condições de lubrificação das
máquinas e definir lubrificantes utilizados;
*Determinar ferramentas essenciais ao setor.
*Monitorar número de quebras das
MA 003 – Furação furadeiras, escareadores e serras;
*Registrar quebras;
80
*Realizar limpeza geral;
*Definir um percentual de melhoria com
relação ao indicador de número de quebras;
*Categorizar falhas das máquinas como
elétricas ou mecânicas;
*Verificar de condições de lubrificação das
máquinas e definir lubrificantes utilizados;
*Determinar ferramentas essenciais ao setor.
*Monitorar número de quebras da Lavadora;
*Registrar quebras;
*Realizar limpeza geral (filtros, tanques,
parte interna da lavadora, rolos, escovas);
*Definir um percentual de melhoria com
MA 004 – Lavagem relação ao indicador de número de quebras;
*Categorizar falhas das máquinas como
elétricas ou mecânicas;
*Verificar de condições de lubrificação das
máquinas e definir lubrificantes utilizados;
*Determinar ferramentas essenciais ao setor.
*Monitorar número de quebras do forno e
do ventilador;
*Registrar quebras;
*Realizar limpeza geral;
*Registrar falhas/ defeitos apontados pelos
monitores das máquinas
MA 005 - Têmpera *Definir um percentual de melhoria com
relação ao indicador de número de quebras;
*Categorizar falhas das máquinas como
elétricas, mecânicas ou de automação;
*Verificar de condições de lubrificação das
máquinas e definir lubrificantes utilizados;
*Determinar ferramentas essenciais ao setor.
81
5.2.1.2.Preparar e planejar a limpeza inicial e a colocação das etiquetas
Para realizar a execução desta etapa, é preciso ter em mente que na preparação do Dia
“D” da Limpeza Inicial, os seguintes itens devem estar definidos:
• Etiquetas;
• Áreas de limpeza e equipes designadas;
• Relatório fotográfico do “antes”;
• Material para limpeza.
ETIQUETAS
Com relação a definição das etiquetas, foi feita uma separação entre duas categorias:
OPERAÇÃO e MANUTENÇÃO. Sendo assim, as etiquetas da categoria OPERAÇÃO define
que a ação de reparo será feita pelos operadores da área, que estarão capacitados para tal, e as
etiquetas da categoria MANUTENÇÃO se referem a atividades que requerem maior capacidade
técnica para o seu desenvolvimento, cabendo assim ao mecânico ou técnicos terceirizados
realizarem a tarefa.
Abaixo, nas Figuras 50 e 51 seguem os modelos das etiquetas que serão utilizados no
Dia “D” da Transforme Vidros Temperados:
Figura 37: Etiqueta referente ao setor de Manutenção. Figura 38: Etiqueta referente à Operação do setor.
82
Na seção de Anomalias Detectadas, o executante da limpeza tem opções para selecionar
qual foi o defeito encontrado na máquina onde a limpeza estava sendo realizada, e caso não
tenha o defeito listado, o mesmo irá descrevê-lo brevemente na seção logo abaixo. Para a
correção da ação, é feito um plano de ação, que posteriormente será explicado, onde fica visível
quem será o responsável e quando realizará tal intervenção.
É importante ressaltar que antes do início do Dia “D”, toda a equipe participante irá ser
capacitada em como proceder com o etiquetamento, através de uma aula expositiva, onde o
encarregado pelo programa TPM irá explicar detalhadamente todos os passos a serem seguidos
e sanar as devidas dúvidas. Com relação ao corpo técnico que irá acompanhar as equipes, estes
serão o mecânico e o encarregado do programa, pois devido ao tamanho atual da planta, não é
extremamente necessária uma equipe técnica para cada grupo MA.
(a)
(b)
Figura 39: Situação atual de máquinas da TVT. (a) Estrutura da Lapidadora LC8. (b) Dreno e manômetro da
Lapidadora Modelada.
84
MATERIAL PARA LIMPEZA
• Vassouras;
• Desengraxante;
• Solvente;
• Desengripante;
• Panos;
• Ar Comprimido;
• Escovas metálicas;
• Raspadores;
• Escovas de nylon;
• Detergente;
• Pás.
Após todas as etiquetas serem distribuídas, os líderes dos grupos MA devem relatar
todas que foram utilizadas, e para isso, devem utilizar a planilha apresentada pela Figura 53:
85
LISTA DE REGISTRO DE ETIQUETAS DE ANOMALIAS
GRUP O MA ________/ Máquina _____________________
Da ta da Sol uçã o Da ta da
Reg i s tra do Da ta de Des cri çã o Provi dênci a
Nº Provi dênci a Def i ni ti va ( pa ra Sol uçã o
por a bertura da Im edi a ta Res p. Res p.
Eti queta Im edi a ta a reti ra da da Def i ni ti va
( nom e) da eti queta Anom a l i a ( provi s óri a )
Previ s ta Ef eti va eti queta ) Previ s ta Ef eti va
Os líderes devem ainda, registrar todas as principais fontes de sujeira e locais de difícil
limpeza, utilizando as planilhas presentes nas Figuras 54 e 55 respectivamente:
N í vel de s ol uçã o Da ta
Ti po de
Onde é Porque é
Item s uj ei ra / F a ci l i ta r Sol uçã o
g era da ? g era da ?
conta m i na nte El i m i na çã o? Contençã o? a Previ s ta Rea l
l i m pez a ?
As etiquetas colocadas, devem ser tiradas apenas quando foi solucionada a anomalia
representada. Desta forma, deve-se visar a retirada de 80% das etiquetas (conforme
metodologia) e devem ser registradas a tabela apresentada na Figura 56.
CONTROLE DE ETIQUETAS
ACUMULADO
MÊS jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19 jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19
(ano anterior)
ETIQUETAS
COLOCADAS
ETIQUETAS
RETIRADAS
87
Na coluna referente ao método utilizado, o colaborador deverá evidenciar se a limpeza
será feita com água, ar comprido, por drenagem, raspagem ou algum outro tipo de limpeza
definido.
Após a análise das fontes de sujeira e áreas difíceis de limpar, as contramedidas serão
tomadas através da técnica de ECRS, já comentada anteriormente. Com esta técnica a ação a
ser tomada será melhor evidenciada, tornando a manutenção mais precisa e segura. Junto à
técnica ECRS, também será utilizado o 5W1H, para definir um plano de ação referente à
aplicação das contramedidas.
88
Este passo consiste nos resultados que as ações de limpeza inicial acarretarão na
empresa, ou seja, as anomalias detectadas neste passo, se tornarão base para a instituição de um
padrão de limpeza fixo e estabelecimento de planos de inspeção, que agora, com as máquinas
limpas, será feita de maneira mais simples.
*Tirar carenagem e
levantar os braços no
ato da inspeção;
Bomba hidráulica do
*Desenvolver
carregador bilateral
carenagem de acrílico,
plástico ou outro
material transparente.
89
*Tirar carenagem e
levantar os braços no
ato da inspeção;
*Desenvolver
Bomba de vácuo do
carenagem de acrílico,
carregador bilateral
plástico ou outro
material transparente.
*Desmontagem de
suportes ao inspecionar;
*Localizar lapidadora
Motores traseiros da
em local mais espaçoso.
Lapidadora LC8
PLANO DE INSPEÇÃO
Grupo MA _______________________
Método de Condição do Tempo
Máquina Setor Componente Frequência Quem? Quando?
Inspeção Equipamento Previsto
O checklist de inspeção utilizado, deverá ser o presente no Anexo X, que como exemplo,
apresenta o checklist da Lapidadora Bottero 110FC.
A partir das perguntas anteriores, o grupo MA terá embasamento suficiente para manter
ou alterar os padrões de limpeza e inspeção desenvolvidos, e tais alterações devem ser
registradas e feitas junto ao antigo padrão.
1- Graxa;
2- Graxa Azul para rolamentos (FAG);
3- Graxa Líquida HHS 2000.
Desta forma deverão ser definidos os pontos de lubrificação de todas as máquinas por
setor, onde os grupos MA estarão encarregados de tais tarefas.
92
facilmente seus pontos de lubrificação e quais lubrificantes devem ser utilizados em cada um
desses pontos.
93
Desta forma, temos que o padrão de cores é dado da seguinte forma:
1- Graxa - Verde
2- Graxa Azul para rolamentos - Vermelho;
3- Graxa Líquida HHS 2000 – Amarelo.
PLANO DE LUBRIFICAÇÃO
Grupo: Equipamento:
Conforme
Código do
Qtde. Condição da Máquina (C) Não
Descrição do Sistema Qtde de Executor Tempo lubrificante Assinatura Tempo real
Nº de Atv. Freq. Quando conforme
Equipamento (Ferramental) Lubrificante Previsto e código de do executor utilizado
pontos (NC)
cor
Parada Funcionando Operação Observação
Com relação à capacitação dos operadores, estes serão capacitados pelo mecânico, em
como realizar lubrificações e como determinar períodos de lubrificação.
5.3.Manutenção Planejada
Esta seção, apresenta o planejamento e as ferramentas que serão utilizadas na realização
das atividades de Manutenção Planejada na Transforme Vidros Temperados.
94
O plano geral de implementação desse pilar, pode ser consultado no Anexo X, e tem o
intuito de delimitar cronologicamente a realização das atividades.
95
Figura 49: Modelo de Tag.
As quantidades de paradas das máquinas totais das máquinas em 2018 são apresentadas
na Tabela 19:
96
MCT-002 7 33 LAV-005A 6 98
LAP-003A1 9 34 LAV-005B 4 66
LAP-003A2 6 63 MPL-006 5 40
LAP-003B 9 120 BSL-007 1 0
LAP-003C 11 134 FRN-008 5 32
LAP-003D 0 0 VEN-008 1 1
Para classificar as máquinas, foi seguido o modelo apresentado através das Figuras 22
e 23 da seção 3.3.1, e foram obtidos os resultados apresentados na Tabela 20.
97
MCT-002 Crítica LAV-005A Crítica
LAP-003A1 Crítica LAV-005B Crítica
LAP-003A2 Crítica MPL-006 Negligenciada
LAP-003B Crítica BSL-007 Negligenciada
LAP-003C Crítica FRN-008 Negligenciada
LAP-003D Negligenciada VEN-008 Negligenciada
98
Tabela 23: MTTR de máquinas da TVT.
É importante ressaltar que os valores obtidos equivalem aos meses em que ocorreram
falhas nas máquinas, ou seja, se uma máquina quebrou apenas em 2 meses, os valores de MTBF
e MTTR equivalem a uma média desses meses, e não a média dos 12 meses do ano.
Notamos que as lapidadoras são as máquinas que tiveram mais paradas durante o ano
de 2018, sendo também as que ficaram mais tempo paradas. Além disso, suas classificações são
todas “A” e o nível de suas quebras são críticas. Levando em conta os dados de MTBF e MTTR,
essas máquinas têm os menores valores de MTBF, o que indica que quebram mais
frequentemente, e alguns dos maiores de MTTR, indicando ineficiência em seus reparos, pois
estão sendo feitos em períodos longos, deixando o equipamento improdutivo, e estão
solucionando as falhas por tempos curtos.
99
PRL-001 R$ 2.930,80 MFR-004B R$ 535,00
CRB-001 R$ 332,65 MFR-004C R$ 234,00
MCT-002 R$ 18.634,54 LAV-005A R$ 5.597,24
LAP-003A1 R$ 554,00 LAV-005B R$ 1.397,50
LAP-003A2 R$ 1.219,50 MPL-006 R$ 726,00
LAP-003B R$ 3.264,00 BSL-007 R$ 488,00
LAP-003C R$ 5.288,18 FRN-008 R$ 11.008,00
LAP-003D R$ 0,00 VEN-008 R$ 0,00
100
metodologia 5S na oficina, pois desta forma não se gastará mais tanto tempo procurando
ferramentas e sobressalentes para realizar as manutenções de máquinas. Além disso, tornará o
ambiente mais agradável de se trabalhar, melhorando as condições de trabalho do mecânico da
empresa.
(a)
(b)
Figura 50: (a) Antes do início do programa 5S; (b) Programa 5S em andamento.
101
Como o Programa 5S ainda está em andamento, é possível notar que a eliminação de
itens inúteis e a arrumação já foi realiza, sendo assim, a padronização está em processo, através
do etiquetamento de sobressalentes em suas caixas organizadoras.
• Cadastro de equipamentos;
• Programação de preventivas (onde se dispõe o cronograma de preventivas e as
atividades a serem realizadas);
• Registro de atividades preventivas e corretivas (uma planilha que tem como
entradas a data da ocorrência, o tempo de máquina parada, o material utilizado,
a ação tomada, o executante e o custo de manutenção);
102
• O controle geral das manutenções (que mostra o tempo total de paradas, o total
de paradas e os custos gerais, da empresa como um todo);
• MTBF e MTTR (registro destes indicadores com base nos dados de alimentação
da seção de registro de preventivas e corretivas);
• A lista total de máquina e equipamentos;
• Gráficos de desempenho (mostram a evolução de custos, MTBF, MTTR e
paradas).
103
6. CONCLUSÕES
O presente trabalho teve como objetivo principal elaborar uma proposta implementação de
ferramentas referentes à metodologia da Manutenção Produtiva Total com devidas alterações
para se adequarem à realidade atual da empresa Transforme Vidros Temperados, empresa de
beneficiamento de vidros planos de Santo Antônio de Jesus na Bahia.
Foi possível notar que um sistema de informações sobre manutenção em uma empresa é
essencial, pois proporciona uma visão mais detalhada sobre o estado atual de maquinário e de
investimento nos mesmos, ou seja, esse sistema é necessário para aprender a enxergar os pontos
precisos onde agir para ter resultado positivos rápidos, como por exemplo, foi atestado que as
lapidadoras são os equipamentos que tem um elevado nível de criticidade na planta, pois são os
que mais quebram e mais ficam tempo paradas, gerando custos de reparo e perdas de produção
(que não foram abordadas neste trabalho).
105
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
106
107