RELATÓRIO CESTODA E TREMATODA

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GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

ANÁLISE MORFOLOGICA DAS CLASSES CESTODA E TREMATODA

BELÉM
2024
MV02MA
Ádria Barros
Dandara
Oliveira
João
Matheus
Jose Omilton
Mariana Neves

ANÁLISE
MORFOLOGICA DAS
CLASSES CESTODA E
TREMATODA

BELÉM
1 INTRODUÇÃO
Cestoda é uma classe onde os animais são endoparasitos; heteroxenos
obrigatórios, com raras exceções; adultos parasitos de vertebrados; larvas
parasitos de vertebrados ou invertebrados; hermafroditas; seu corpo tem
forma de fita, dividido em segmentos, em geral são achatado
dorsoventralmente; sem cavidade geral e tubo digestório.
O corpo externo dos cestoides é constituído por três partes distintas: 1-
A cabeça, escólice (escólex): Contém as estruturas de fixação do parasito,
representadas pelo rostelo (rostro ou probóscide).
2- O pescoço ou colo:É a parte do corpo que une o escólice ao estróbilo ou
corpo propriamente dito, é a região de crescimento do parasito, na qual se
originam as proglotes (anéis ou segmentos).
3- O estróbilo: Constituído por uma cadeia de proglotes (segmentos), que
recebem denominação específica conforme seu estádio de desenvolvimento.
Cada proglote possui órgãos genitais próprios, com um ou dois conjuntos de
órgãos reprodutivos femininos e masculinos, que se abrem em poros genitais,
geralmente, localizados nas bordas laterais da proglote. O sistema genital
masculino é constituído de testículos, vasos eferentes, vaso deferente e canal
espermático. As espécies de Cestoda que utilizam seres humanos como
hospedeiros são amplamente estudadas pois causam problemas de saúde
pública. Podemos citar a Taenia saginata, Taenia solium, Diphyllobothrium
latum e Hymenolepis nana. As tênias causam a teníase,
uma infecção intestinal que na maior parte das vezes é assintomática, e são
contraídas através da ingestão da carne bovina (T. saginata) ou suína (T.
solium) malcozida. A T. solium pode causar também a cisticercose, um quadro
potencialmente perigoso uma vez que larvas podem se instalar no sistema
nervoso. H. nana, conhecida popularmente como tênia anã, infecta
normalmente crianças e é contraída do ambiente (sem hospedeiros
intermediários) ou das excretas de roedores. D. latum é um verme parasitário
de peixes e pode infectar humanos através do consumo de carne crua ou
malcozida de salmão e outras espécies de peixe. Em humanos, ela causa
a difilobotríase, uma infecção intestinal similar a teníase. Todas
essas verminoses podem ser tratadas com remédios específicos que matam os
vermes adultos, como o praziquantel. Investimentos em saneamento básico,
educação sanitária e hábitos alimentares que evitem o consumo de carnes
cruas são as melhores medidas de prevenção das infestações de Cestodas em
humanos.
Filogeneticamente a classe Trematoda é evolutivamente próxima a
classe dos Cestoda. Contudo, a classe Trematoda é mais diversa e agrupa
mais de 20.000 espécies de vermes divididos nas subclasses Aspidogastrea e
Digenea.
Os Trematoda apresentam um corpo ovalado ou alongado sempre
achatado, variando entre organismos muito pequenos (com tamanho corporal
de milímetros) até algumas espécies maiores, medindo alguns centímetros.
Uma característica definidora da classe, encontrada em todas as espécies, é a
presença de duas ventosas, uma ventral e outra próxima a extremidade oral. A
boca fica na porção terminal do corpo, possuindo agrupamentos musculares
que formam uma faringe; esta, liga o meio externo a um ou dois cecos, que são
estruturas terminais que ocupam quase toda a extensão corporal. Devido à
ausência de ânus, as excretas são expelidas pela boca. Seu tegumento é
essencial para trocas gasosas e protonefrídeos, formam um sistema excretor
simples responsável pela osmoregulação do organismo. Seu sistema nervoso
se resume a um par de gânglios na região próxima a boca e alguns nervos que
percorrem o corpo. Quanto a reprodução, os Trematoda são hermafroditas,
possuindo ambos aparelhos reprodutores masculino e feminino. Ainda assim,
em seus ciclos de vida eles realizam reprodução sexuada e assexuada. Devido
ao seu ciclo de vida, os Trematoda conseguem infectar humanos, causando
doenças de gravidade variável. Sua ocorrência está sempre associada a
condições sanitárias ruins, com saneamento básico precário ou técnicas
agrícolas indevidas como o uso indiscriminado de dejetos como adubo vegetal.
Algumas doenças causadas por vermes desta classe são a esquistossomose
(parasita Schistossoma mansoni) e a fasciolíase hepática (parasita Fasciola
hepatica) que ainda tem ocorrência significativa na África, sudeste da Ásia,
Oriente Médio e América Latina.
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:


Observação dos parasitos: Taenia Saginata e Schistossoma mansoni e
sua Morfologia.

2.2 Objetivos específicos: Durante a análise laboratorial, foram


observados os seguintes parasitos: Taenia Saginata e Schistossoma
mansoni.
• Taenia Saginata:
A Taenia saginata é um parasita que pode infectar seres humanos através da
ingestão de carne bovina mal cozida ou crua. Pertencente à classe Cestoda,
ela tem como principal característica a presença de um corpo alongado e
segmentado, conhecido como proglote. Seu ciclo de vida envolve a passagem
por diferentes hospedeiros, sendo o homem o hospedeiro definitivo. A
transmissão ocorre principalmente pela ingestão de carne contaminada com
cisticercos, que se desenvolvem em adultos no intestino delgado do
hospedeiro definitivo. A tênia saginata é uma das principais causas de teníase
em todo o mundo, sendo mais comum em regiões onde o consumo de carne
bovina crua ou mal cozida é frequente. Medidas de higiene e controle da
qualidade da carne são essenciais para prevenir a infecção por este parasita.

•Schistossoma mansoni:
O Schistosoma mansoni é um platelminto trematódeo agente da
esquistossomose intestinal, popularmente conhecida como ‘mal do caramujo’
ou ‘barriga d´água’. Essa espécie é comum em regiões da África, Antilhas e
América do Sul, pela presença de hospedeiros intermediários adequados e
condições ambientais favoráveis. Apresenta sexos separados com distintas
morfologias, se caracterizando como parasita de vasos sanguíneos de
mamíferos e aves. Em sua forma adulta o macho possui cerca de 1 centímetro,
cor esbranquiçada e uma cutícula que o recobre e auxilia nas trocas de
oxigênio e íons. Seu corpo pode ser dividido em região anterior com presença
de uma ventosa oral e uma ventral para fixação e absorção, assim como uma
região posterior onde encontra-se o canal genitóforo – local importante onde a
fêmea se abrigará e será fecundada.
A fêmea é mais escurecida e fina, tendo cerca de 1,5 centímetro e apenas uma
ventosa que auxilia na fixação ao corpo do macho. Seu ovo é grande e possui
uma espícula para auxiliar no seu trânsito pelo intestino, sendo a forma
habitualmente encontrada nas fezes.
As observações no laboratório permitiram identificar e estudar suas morfologias
e formas de reprodução; os impactos na saúde animal e as possíveis
consequências zoonóticas desses parasitos, ressaltando a importância de
cuidados preventivos para evitar infecções.
3 MATERIAL E MÉTODOS
Foi utilizado o microscópio nikon eclipse e100 e e200. O método de colocação
da lâmina do parasito na mesa e prendê-lo com a pinça para posicionar com o
tambor a lente contra a lâmina, assim analisando a sua morfologia com maior
precisão. Utilizadas objetivas de 4x e 10x.
4 RESULTADOS
FIGURA 1 — Taenia Saginata.

FIGURA 2 — Schistossoma Mansoni.


CONCLUSÃO :
Ao observar os parasitos fixados em laminas, analisamos as morfologias e as
diferenças entre as classes de platelmintos, Cestodas e Trematodas,
observamos também suas formas de reprodução e contaminação.
Concluímos que ambos causam grande impacto na saúde animal e humana,
podendo causar sérios danos a saúde de seus hospedeiros,
Diante de tal questão, é importante ressaltar que devemos sempre usar
medidas profiláticas para evitar aquisição de doenças causadas pelos mesmos.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Apostila_Cestoides.pdf
 Cestoda - classe de Platelmintos - Biologia - InfoEscola
 Trematoda - classe de Platelmintos - Biologia - InfoEscola
 Tenia Saginata: Características, Ciclo de Vida, Epidemiologia -
Maestrovirtuale.com
 Schistosoma mansoni: fisiopatologia e tratamento | Colunistas -
Sanarmed

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