Desdobramento da Teoria Psicanalítica

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RESUMO DESDOBRAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA

NP2- WINNICOTT
AULA 07/10
- Mãe suficientemente boa: cuidados necessários para a formação do sujeito
- Quais seriam esses cuidados? Ambiente facilitador, um espaço de
segurança emocional que permite o bebê passe da dependência absoluta
para uma independência gradativa sustentando seu processo de
amadurecimento emocional
- -Emocional: mundo interno
- Ele pensa nos elementos a partir de Klein, ele não pensa num lugar psíquico,
ele se apoia nos conceitos de Klein.

CONTEXTO POLÍTICO E HISTÓRICO DA OBRA DE WINNICOTT


- Membro da Sociedade Psicanálise Britânica
- influenciado pelas duas guerras
- efeito da clínica pó traumas coletivos da guerra
- influenciado por Freud e Klein
- Começa na clínica pediátrica
- Qual efeito da ausência da figura materna
- prática da clínica (ambiente + self)

O QUE É SELF?
Winnicott: distingue entre verdadeiro e falso self
- verdadeiro: manifestação autêntica do indivíduo que emerge em um ambiente
suficientemente bom caracterizado por uma mãe ou cuidador que
proporciona suporte emocional adequado.
- falso: por outro lado, desenvolve-se como uma defesa contra a intrusão
eterna, levando o sujeito a se adaptar às expectativas dos outros ao custo
da sua autenticidade.
- Winnicott(1965) formulou uma teoria sobre o desenvolvimento emocional
humano que se baseia na interação entre o bebê e seu ambiente,
particularmente no relacionamento precoce com a mãe.
- ambiente suficientemente bom: seguro e apoio

AMADURECIMENTO:
- Dependência absoluta para uma Dependência relativa e finalmente
Independência e que qualquer falha significativa nesse ambiente pode
comprometer o seu amadurecimento emocional.
- O que seria esse amadurecimento emocional? Winnicott destaca que o
amadurecimento emocional está profundamente ligado à capacidade da
criança de integrar suas experiências emocionais passando da dependência
absoluta para uma independência relativa. A função materna inicial “holding”
é crucial pois permite que o bebê comece a independência.
- HOLDING:
- No inglês, “holding” significa “segurar” ou “sustentar”, e, para Winnicott, isso
vai muito além de um ato físico. Esse cuidado envolve, também, uma
segurança emocional que permite à criança sentir-se acolhida, protegida e
entendida, promovendo uma base para a construção do “verdadeiro self”.
- se refere ao cuidado físico e emocional, proporcionado pela mãe ou cuidador
que cria segurança e continuidade para o bebê.
- esse suporte inicial permite que a criança desenvolva uma integração
psíquica e corporal, essencial para a construção de um self verdadeiro

AMBIENTE FACILITADOR:
- Contexto e que a criança pode amadurecer emocionalmente de maneira
segura;
- Ambiente é provido, inicialmente,pela função materna, mas depois se amplia
para incluir a função paterna e outros membros da família e eventualmente o
mundo externo;
- O ambiente facilitador permite que a criança passe pela transição da total
dependência para independência
- Um ambiente suficientemente bom, de acordo com Winnicott, e aquele que
consegue atender as necessidades básicas da criança sem invadir seu
espaço de desenvolvimento, permitindo que o verdadeiro self se manifeste.
(—>quebra da homeostase é causado pela falta desses conceitos)

MÃE SUFICIENTEMENTE BOA


- é uma das mais famosas contribuições de Winnicott. Ele argumentava que a
mãe não precisa ser perfeita, mas sim, suficientemente boa para fornecer ao
bebê um ambiente que facilite seu desenvolvimento emocional;
- a mãe suficientemente boa é aquela que, nos primeiros estágios de vida do
bebê, responde de maneira adequada às suas necessidades, mas
gradualmente permite que ele experimente pequenas frustrações ajudando-o
a desenvolver uma percepção de si mesmo e do mundo;
- O que seria essa resposta adequada da mãe ao bebÊ? A mãe
suficientemente boa responde de maneira adequada às necessidades do
bebê, aos poucos introduz pequenas frustrações permitindo que o bebê
comece a tolerar a realidade externa. Esse processo gradual é essencial para
o desenvolvimento do SELF VERDADEIRO e para o amadurecimento
emocional da criança.
- ATRAVÉS DA MÃE SUFICIENTEMENTE BOA QUE EQUILIBRA A PRONTA
RESPOSTA AO BEBÊ E A FRUSTRAÇÃO DE MANEIRA PROGRESSIVA, A
CRIANÇA APRENDE A LIDAR E CONFIAR EM SI MESMA,
DESENVOLVENDO GRADUALMENTE UMA SENSAÇÃO DE AUTONOMIA
AULA 21/10/2024

- Para designar a área intermediária de experiência, entre o polegar, ursinho,


entre o erotismooral e a verdadeira relação de objeto, entre criativa primária
e a projeção do que já foi introjetado, entre o desconhecimento primário de
de dívida e o reconhecimento desta introduzi os termos “objetos
transicionais!”e “fenômenos transicionais”
-
OBJETO TRANSICIONAL:
- Conceito introduzido por Winnicott em “Objetos Transicionais e Fenômenos
Transicionais” (1951). O objeto transicional é o primeiro “não eu” do bebê, um
objeto concreto, como um cobertor ou um brinquedo, que o bebê utiliza para
lidar com a ansiedade de separação da mãe.
- Esse objeto tem uma função intermediária, ajudando a criança a transitar da
completa dependência da figura materna para um maior senso de autonomia.
O uso do objeto transicional reflete a capacidade do bebê de suportar a
ausência da mãe e manter uma conexão com ela, simbolizada pelo objeto.

FENÔMENOS TRANSICIONAIS:
- São atividades que a criança realiza para sustentar esse processo de
transição entre a dependência e autonomia.
- Essas atividades podem incluir brincadeiras, músicas ou rotinas que ajudam
a criança a construir sua relação com a realidade externa de forma gradual e
segura.

OBJETOS TRANSICIONAIS X FENÔMENOS TRANSICIONAIS


- O objeto transicional é concreto, temporário e focado na separação inicial da
mãe, enquanto o fenômeno transicional é mais amplo, simbólico, e pode ser
representado por atividades que facilitam a transmissão psíquica entre o
mundo interno e externo ao longo do desenvolvimento.
- Ambos são fundamentais para o processo de formação do Self, mas com
funções e expressões diferentes: o objeto é mais ligado à dependência
inicial da criança, enquanto os fenômenos transicionais permitem um
crescimento contínuo da capacidade de simbolizar e criar.

SELF
- Verdadeiro self: O verdadeiro self é portanto manifestação daquilo que é mais
genuíno e autêntico do indivíduo. Ele inclina a capacidade de pensar, brincar,
sentir e expressar as próprias vontades de forma criativa e espontânea. Em
Winnicott, o verdadeiro self está relacionado ao potencial para a vivência de
uma vida rica e significativa na qual o indivíduo se sente conectado consigo
mesmo e com os outros de forma verdadeira.
- Falso Self: é uma máscara de adaptação que pode parecer funcional e até
social. Procura adequação.
O SELF COMO PROCESSO
Para Winnicott o self é um processo contínuo que se desenvolve a partir das
interações entre o bebê e o ambiente. O desenvolvimento do self é um processo
gradual, que começa com a dependência absoluta do bebe em relação à mãe, mas
passando por fases de dependência relativa até alcançar a independência.
- O verdadeiro self surge quando o bebê pode experimentar suas próprias
capacidades e desejos sem a necessidade de se confirmar as expectativas
externas. Ele se sente livre para expressar seus impulsos criativos e seus
sentimentos genuínos, pois o ambiente lhe dá suporte emocional para
explorar o mundo.

AULA 28/10
Agressividade, tendência antissocial e observação direta na teoria de Winnicott

AGRESSIVIDADE E TENDÊNCIA ANTISSOCIAL


- Conceito de agressividade e o desenvolvimento emocional, Winnicott aborda
a agressividade como um aspecto natural e intrínseco ao processo de
amadurecimento. Ele propõe que a agressividade surge a partir das
frustrações inerentes ao crescimento e da luta pela autonomia e não é, em si,
uma manifestação de destrutividade patológica.
- Agressividade nesse contexto relacionado ao impulso vital e a
experimentação que caracterizam o desenvolvimento emocional saudável.
- Para Winnicott, é fundamental que a criança vivencie essa agressividade de
forma integrada em uma ambiente seguro para que possa compreender seus
próprios limites e desenvolver uma capacidade de autocontrole e
responsabilidade.
- Winnicott argumenta que a agressividade precisa ser acolhida por um
ambiente suficientemente bom, que permita a expressão e controle dessa
pulsão sem gerar consequências punitivas que reforcem uma culpa
desnecessária.
- No ambiente psicanalítico, entende-se que a presença de uma figura
cuidadora permite a criança a elaborar e entender a agressividade sem gerar
frustrações excessivas, evitando que ela se transforme em destrutividade
contra si ou contra os outros.

A TENDÊNCIA ANTISSOCIAL E A FALTA DE CONTINUIDADE AMBIENTAL


- No capitulo a tendencia antissocial, Winnicott explora como essa
tendencia pode emergir quando ha uma quebra na continuidade
ambiental, como a perda de uma fihura parental ou mudanças bruscas
na estrutura familar. A tendencia antissocial é, para ele, uma tentiva do
ICS de recriar uma stuação de confiabilidade e continuidade que foi
rompida.
- Discussão clínica: em um contexto clínico a tendência antissocial é
interpretada como uma expressão de uma esperança fundamental na
restauração de um ambiente seguro e coeso.
- Winnicott, a observação é um método clínico que envolve perceber
diretamente o cpto e as reações da criança em contextos naturais,
proporcionando ao analista uma compreensão profunda do
desenvolvimento emocional e das necessidades do indivíduo.
- Esse método fornece aos profissionais de saúde mental um insight
mais profundo sobre o cpto infantil, ajudando a identificar sinais
precoces de desequilíbrios emocionais e possibilitando intervenções
mais eficazes.
- A terapia não visa ajustar o paciente a normas externas, mas
proporcionar a capacidade de viver de forma autêntica, respeitando o
tempo e o ritmo individual de crescimento emocional.
- Diferente das abordagens interpretativas, a observação direta permite
captar nuances espontâneas e genuínas do self, essenciais para uma
intervenção terapêutica ajustada e não invasiva.
- Em Winnicott a regressão é entendida como um retorno a estágios
anteriores do desenvolvimento, geralmente desencadeada em um
ambiente terapêutico seguro.

Resumo por Gabriella Scabora

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