Apostila Do Curso de Auriculoterapia Completo PDF
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Introdução a Auriculoterapia................................................................2
Auriculoterapia segundo a Reflexologia ................................................5
Auriculoterapia segundo a Medicina Tradicional Chinesa .................... 14
Semiologia .......................................................................................... 21
Referencias ......................................................................................... 26
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INTRODUÇÃO
As práticas de cuidado que tem origem na vivência das populações
originárias se perpetuaram por gerações e foram sendo disseminadas em
diversos contextos, sendo reconhecidas, atualmente, como Práticas
Integrativas e Complementarem (PIC) em saúde no Brasil, acompanhando o
reconhecimento internacional, onde são chamadas Medicinas Alternativas e
Complementares ou Medicina Tradicional Complementar (MTC).
Desde a Conferência Internacional de Alma Alta (1978) a Organização
Mundial da Saúde (OMS) recomenda a inserção das Práticas Integrativas e
Complementares (PIC) para seus países membros. Essa inserção amplia as
possibilidades de cuidado, aproximando a relação terapeuta-usuária/o,
incentivando as estratégias de autocuidado, sendo complementares aos
tratamentos planejados reconhecendo as limitações da perspectiva biomédica,
além da praticidade no uso, segurança e baixo custo para o financiamento.
Desde a década de 1980 o Brasil tem registros da inserção de PIC nos
contextos de Saúde Pública, mas vale lembrar que, em alguns casos, os
registros científicos não contemplam as experiências das populações
originárias. Queremos ressaltar que antes mesmo da consolidação da Medicina
e das profissões que trabalham no campo da Saúde Pública, os povos já se
produziam práticas de cuidado a partir dos saberes construídos em suas
vivências.
No nosso contexto, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC), implantada no ano de 2006 através da Portaria nº
971/GM/MS, legitimou que no itinerário terapêutico do Sistema Único de Saúde
(SUS) fossem implementadas ofertas das PIC, especialmente na Atenção
Primária, por ser coordenadora do cuidado, por ter perspectiva territorial, mais
próxima das pessoas das comunidades e pelo seu objetivo de contemplar a
integralidade do cuidado. Recentemente a lista de práticas reconhecidas se
expandiu para 28, estando estre elas a Auriculoterapia.
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Fonte: Auriculoterapia para profissionais de saúde da Atenção Básica. Módulo II
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AURICULOTERAPIA SEGUNDO A REFLEXOLOGIA
1. Anatomia da Orelha
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a. Cimba da Concha (Cimba): cavidade menorzinha que fica na
parte de cima da orelha, acima do ramo da hélice.
b. Cavidade da Concha (Cava): cavidade que fica mais ao centro
da orelha. Fica abaixo do ramo da hélice.
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Fonte: Auriculoterapia para profissionais de saúde da Atenção Básica. Módulo II
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A orelha é uma região por onde passam vários nervos. Podemos dividir a
orelha em áreas que estão sob a ação de 3 nervos predominantes:
A orelha é uma das poucas estruturas do corpo que são formados por
estes três tecidos.
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Fonte: Auriculoterapia para profissionais de saúde da Atenção Básica. Módulo II
4. Zonas reflexas
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Os pontos na área do lóbulo da orelha estão relacionados à cabeça e a
face; Os pontos na área da Escafa estão relacionados aos membros
superiores; Os pontos na área da Antélice representam o sistema músculo-
esquelético e no Ramo Superior da Antélice os membros inferiores e no Ramo
Inferior a região glútea e ciático;
Lóbulo da orelha
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Na cavidade da concha da orelha (CAVA) temos os pontos que irão atuar
em órgãos que estão localizados no tórax e do abdome superior como
Coração, Pulmão, Traquéia, Estômago, Esôfago e Boca.
Nesta região os pontos com ação reflexa estão localizados entre a raiz da
hélice e o interior da Concha. O ponto Estômago é usado para problemas
gástricos como gastrite, refluxo, vômitos e náuseas.
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Nesta região do Trago encontramos pontos que atuam nos órgãos
correspondentes ao nariz externo para abordagem de problemas como gripe,
rinite, coriza e obstrução nasal.
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Nesta região encontram se os pontos que representam a coluna vertebral.
São pontos que atuam em processos osteomusculares de dores aguda e
crônica nas áreas correspondentes da coluna vertebral.
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MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
1. A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
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se transforma no Yang. Segundo o Livro de Ouro da Medicina Chinesa
(1989): “o frio extremo provoca intenso calor (febre) e o calor intenso
provoca frio extremo (arrepios)”.
Não há o certo e o errado, o feio e o bonito, como costumamos
caracterizar no ocidente. Para a MTC, ambas as características são
opostas e complementares e devem estar em constante equilíbrio com o
universo.
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Os cinco órgãos (Zang) principais na MTC são: Coração, Baço,
Pulmão, Rim e Fígado; as seis vísceras (Fu) são: Intestino Delgado, Triplo
Aquecedor, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga e Vesícula Biliar.
Para cada órgão existe uma víscera acoplada e, juntos, fazem parte
de um dos cinco movimentos que iremos ver em breve. Suas funções, por
sua vez, estão atreladas às características de cinco elementos da
natureza: Fogo, Terra, Metal, Água e Madeira. Todos os órgãos, apesar de
ter mais característica Yin, terão, também, uma raiz Yang, assim como
todas as vísceras, mesmo sendo Yang, possuirão algumas características
Yin.
4. CINCO MOVIMENTOS
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Pela fisiologia chinesa, os cinco movimentos estão em relação de
interdependência e geram- se mutuamente na seguinte ordem: o Fogo
alimenta a Terra (com suas cinzas, o fogo produz a terra); a Terra alimenta
o Metal (a terra reúne os metais); o Metal alimenta a Água (os metais
enriquecem a água que brota das fontes minerais); a Água alimenta a
Madeira (a água irriga a planta, a madeira) e a Madeira alimenta o Fogo (a
madeira faz crescer o fogo). O elemento que alimenta é denominado
elemento-mãe e o elemento que é alimentado é denominado elemento-
filho.
Ex: Fogo é mãe da Terra que por sua vez é mãe do Metal, já o Fogo
é filho da Madeira que por sua vez é filha da Água.
Há, também, o ciclo de dominância, ou ciclo Ke, no qual um
elemento exerce dominância sobre o outro. O ciclo de dominância é um
ciclo de controle, de limite, para impedir o crescimento desgovernado de
qualquer um dos movimentos. Sua figura, vista por esta ordem, é
representada por meio de uma estrela de cinco pontas ou de um
pentagrama.
Neste ciclo: o Fogo domina o Metal (o fogo derrete o metal), a Terra
domina a Água (a terra barra a água), o Metal domina a Madeira (o metal
corta a madeira), a Água domina o Fogo (a água apaga o fogo) e a
Madeira domina a Terra (a madeira consome a terra).
Quando estes dois ciclos funcionam harmonicamente, temos saúde.
Estas forças produzem- se e controlam-se mutuamente com o objetivo de
manterem-se em equilíbrio. Fazendo uma analogia com a biomedicina,
podemos entender estes dois movimentos como o sistema simpático e o
parassimpático onde um sistema controla o outro e, juntos, estão em
harmonia.
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Aquecedor;
• No elemento Terra estão o Baço e o Estômago;
• No elemento Metal estão o Pulmão e o Intestino Grosso;
• No elemento Água estão o Rim e a Bexiga;
• No elemento Madeira estão o Fígado e a Vesícula Biliar.
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SEMIOLOGIA
1. Avaliação clínica a parir dos “Sinais Vermelhos”
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avaliada/o por um médico no mesmo dia; e Urgente quando a/o paciente
requer um atendimento imediato por serviço de Emergência ou Pronto Socorro.
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Fonte: Auriculoterapia para profissionais de saúde da Atenção Básica. Módulo IV
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com água ou álcool antes da observação, considerar idade e sexo, olhar para
as duas orelhas e conhecer características do pavilhão auricular sem alteração.
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A palpação pode ser feita com a/o usuária/o deitada, sentado ou em pé,
de acordo com o que for mais confortável para terapeuta e usuária/os, e a
pressão aplicada deve ser proporcional a sensibilidade. É importante observar
a expressão facial, bem como perguntar sobre a sensação disparada para
compreender possíveis denúncias de distúrbios, além disso é importante
observar se a dor é persistente. A Escala Comparativa de Dor (ferramenta de
validação de dor), apresentada abaixo, pode ser referência para o método de
palpação.
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a. Preparar a placa de auriculoterapia com as sementes e fita
microporosa;
b. Explicar sobre o procedimento e cuidados;
c. Realizar uma entrevista e anamnese;
d. Realizar a inspeção do pavilhão auricular do paciente;
e. Realizar a palpação do pavilhão auricular utilizando o
apalpador, identificando os pontos sensíveis no paciente;
f. Seleção dos pontos para aplicação;
g. Higienizar os pavilhões auriculares com algodão embebido em
álcool 70°;
h. Aplicar as sementes nos pontos selecionados;
i. Aplicar em ambas orelhas ou utilizando o critério da
lateralidade;
j. Tratamento semanal; com ciclo de 5 a 10 sessões;
k. Agendar retorno em 7 dias para avaliação e próxima aplicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
BARRETO, A. F (Org). Integralidade e Saúde: Epistemologia, Política e
Práticas de cuidado. Recife: Editora UFPE, 2012.
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MINISTERIO DA SAÚDE. Formação em Auriculoterapia para profissionais
de saúde da Atenção Básica. Universidade Federal de Santa Catarina.
Módulo II – Auriculoterapia segundo a Reflexologia, 2016.
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