Plano_ensino_PEC_2023 (1)
Plano_ensino_PEC_2023 (1)
Plano_ensino_PEC_2023 (1)
Ministério da Educação
Universidade Federal de Sergipe
Campus Prof. Antônio Garcia Filho
Lagarto - SE
2023
2
DOCENTES
Profª. Adrielle Andrade Passos
Profª Evanilza Teixeira Adorno
Profª Franciely Oliveira de Andrade Santos
Prof. Helmir Rodrigues
Profª. Janaína Rodrigues Geraldini
Profª. Lavínia Teixeira-Machado
Profª. Marcia Schott
Profª. Renata Jardim
Prof. Roberto Lacerda
Profª. Rosangela Fátima de Oliveira Machado
Profª. Rosiane Dantas Pacheco
Prof. Tales Iuri Paz e Albuquerque
PLANO DE ENSINO
1. EMENTA
2. INTRODUÇÃO
“A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No
entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora
da realidade”
Paulo Freire
para a atuação e defesa de um sistema de saúde universal, resoluto, equânime e que assegure o
direito à saúde à população brasileira.
O caminho a ser percorrido na PEC durante o ano letivo está sinalizado neste plano de
ensino, porém os passos a serem dados se definem na relação discentes/docentes/equipe de
saúde/comunidade.
Esperamos alcançar os objetivos de forma prazerosa, problematizando a necessidade de
fomentar o fortalecimento da autonomia das comunidades e refletindo sobre diferentes
possibilidades de práticas de saúde através da articulação ensino-serviço-comunidade.
3. COMPETÊNCIAS
Os tópicos a seguir refletem as competências despertadas por esse plano de ensino para
os discentes da área de saúde.
a) Compreender metodologia(s) participativa(s) que potencialize(m) a mudança, o
empoderamento de indivíduos e comunidades no enfrentamento dos Determinantes Sociais da
Saúde (DSS);
b) Entender a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de seus princípios
norteadores que o caracteriza como projeto político-democrático no campo das políticas
públicas de saúde;
c) Conhecer a Atenção Primária em Saúde através do processo de trabalho inerente à
Estratégia Saúde da Família com ênfase na Promoção de Saúde;
d) Reconhecer os DSS como parte do diagnóstico da situação de saúde local,
identificando e avaliando as potencialidades e necessidades dos territórios;
e) Perceber a determinação social na produção das desigualdades e iniquidades em
saúde; f) Desenvolver uma compreensão ampliada sobre saúde que a reconheça como direito;
g) Fomentar trabalho em equipe e a comunicação na organização de atividades coletivas,
que valorize a criatividade e a importância da colaboração no impacto e na sustentabilidade
das ações, programas e políticas vinculadas à Promoção da Saúde;
h) Despertar uma compreensão da saúde como um campo composto por diversas forças
histórico-políticas, instituídas e instituintes, que se fazem nos modos de fazer e dizer dos
atores que compõem esse campo, bem como das normativas explícitas ou ocultas dos espaços
institucionais;
i) Fomentar uma atuação ética, crítica, criativa, artística, sensível e comprometida com o
Sistema Único de Saúde.
4. OBJETIVOS
5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Metodologia da Problematização
-Processos educativos (tradicional; condutor; participativo);
-Passos do Arco de Magueres (problematização);
-Pedagogia da autonomia, como inspiração epistemológica da PEC.
Território - Territorialização
- Microárea como espaço de atuação do PSF;
- Adstrição geográfica na Atenção Primaria à Saúde;
- Território como espaço histórico, político, econômico e sociocultural.
Saúde e Cidadania
- Evolução histórica do conceito de saúde;
- Relação entre o conceito de saúde e o contexto histórico, político, social e econômico;
- A relação entre saúde e doença na perspectiva do indivíduo e da coletividade;
- A influência das concepções de saúde nas práticas profissionais, consequentemente no
modelo de atenção à saúde;
- Cidadania, participação e saúde.
-Modelos explicativos das interações entre os DSS (modelo Dahlgren e Whitehead e o modelo
de Diderichsen e Hallqvist);
-A importância das ações intersetoriais na promoção da saúde e na redução das desigualdades
sociais no Brasil;
-Iniquidades de classe e saúde;
-Iniquidades de gênero e saúde;
-Iniquidades raciais e saúde.
- Iniquidades e Pessoas com Deficiência
Promoção da Saúde
- Aspectos teórico e históricos da Promoção de Saúde;
- Princípios e valores da Promoção da Saúde;
- Política Nacional de Promoção da Saúde.
- Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
*Este conteúdo poderá ser ministrado em formato transversal aos demais conteúdos,
levando em consideração que o mesmo também é trabalhado na atividade de Tutorial.
Portanto, não há necessidade de reservar uma (ou mais) aula. Ficando a critério de cada
professora(or).
6. METODOLOGIA
Figura adaptada de "O método do Arco" de Charles Maguerez, citado por Bordenave. In; Educação em
Saúde - Planejando as Ações Educativas (Teoria e Prática) NES; PROJ. - CVE 1997.
a mediação de conflitos.
5.1 PARTICIPANTES
7. AVALIAÇÃO
b) Avaliação escrita
unificadas.
A avaliação oral poderá ser utilizada, a critério do(a) professor(a), com intuito de
aprofundar essa avaliação, cabendo-o definir um percentual destinado a avaliação escrita para
essa abordagem.
Os pesos das avaliações serão organizados conforme descrito no Quadro 1. Deve-se
destacar que independente da quantidade de avaliações realizadas, os pesos não podem diferir
do exposto no quadro a seguir.
Quadro 1: Distribuição dos pesos das avaliações realizadas no ano letivo da PEC.
AVALIAÇÕES 1º 2ª
SEMESTRE SEMESTRE
Avaliação Escrita Peso 30% Peso 30 %
Avaliação escrita Sala de Aula: Sínteses Peso 30%
Peso 20%
coletivas e individuais
Avaliação formativa Comunidade:
processual Diário de Campo Peso 30% Peso 20%
Relato de Experiência
Sala de Aula Peso 20% Peso 20%
TOTAL 100% 100%
Os(as) discentes deverão ter média final maior ou igual a cinco pontos (5,0) e
frequência maior ou igual a setenta e cinco por cento (75%) para serem considerados
aprovados(as).
Ao final da atividade, as turmas deverão elaborar um produto que sintetize as
atividades desenvolvidas, ao longo do ciclo. Esse produto poderá ser: Relatório Final; ou
Relato de Experiências; ou Produção Audiovisual. Os referidos produtos deverão trazer uma
análise descritiva e crítica do que foi experienciado, tomando como referência o conteúdo
teórico, discutido na PEC. Eles também servirão como material a ser exibido durante a Mostra
de Experiências da PEC (ou atividade similar).
8. ORIENTAÇÕES GERAIS
Grupo Virtual de Discussão: Com o objetivo de promover uma maior interação entre os
estudantes e o professor, poderá ser criado um grupo virtual de discussão. A escolha da
plataforma para esse grupo, como WhatsApp, Telegram ou Google Meet, ficará a critério do
professor, buscando sempre a opção mais acessível e funcional para todos os participantes.
Postura Ética: A postura ética é de extrema importância para os estudantes da área de saúde,
pois ela guia suas ações e comportamentos durante sua experiência de aprendizado teórico-
prático. Esses princípios e valores morais são fundamentais para garantir o respeito pelos
direitos e a segurança dos usuários e da comunidade, além de promover a integridade e a
responsabilidade profissional. Alguns aspectos essenciais da postura ética incluem:
9. REFERÊNCIAS
Básica
ABRAHÃO A. L. Notas sobre o planejamento em saúde. In: Matta G.C; PONTES
A.L.M. (Org.). Políticas de saúde: organização e operacionalização do Sistema
Único de Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV / Fiocruz, 2007. p.163-193.BOFF,
Leonardo. Saber cuidar: ética do humano: compaixão pela terra. 7. ed. Petrópolis:
Vozes, 2001. 199 p.
BARATA, R.B. Como e por que as desigualdades fazem mal à saúde. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 2009.
BRASIL. Diário Oficial da União. Lei n. 8.080/90. Dispõe sobre as condições para
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o financiamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília – DF, 19 de setembro de
1990.
FLEURY S.; OUVERNEY A.M. Política de Saúde: uma política social. In:
GIOVANELLA, L. et al. (Org.). Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 2008. p.23-64.
Complementar
BARROS, M.B.A. A utilização do conceito de classe social nos estudos dos perfis
epidemiológicos: uma proposta. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 20, n. 4, ago.
1986.
MENDES, EV. As redes de atenção à saúde. Ciênc. saúde coletiva, Ago 2010,
vol.15, no.5, p.2297-2305. ISSN 1413-8123. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/
v15n5/v15n5a05.pdf. Acesso em 04/08/2015.
NUNES, E.D. Saúde Coletiva: história de uma ideia e de um conceito. Saúde &
Sociedade, vol. 3, nº 2, p. 5-21, 1994.
PAIM, JS, ALMEIDA FILHO, N. Saúde coletiva: uma “nova saúde pública” ou
campo aberto a novos paradigmas? Rev. Saúde Pública, Vol. 32, nº 4, p. 299-316,
1998.
17
PAIM JS. O que é SUS? Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2009. 148 p. (Coleção
Temas em Saúde).
SOARES, Darli Antônio; ANDRADE, Selma Maffei; CAMPOS, João José Batista.
Epidemiologia e Indicadores de Saúde. Disponível em:
http://www.cve.saude.sp.gov.br/
htm/cronicas/pdf/2000-
Epidemiologia%20e%20Indicadores%20de%20Sa%C3%BAde
Bases%20da%20Sa%C3%BAde%20Coletiva.pdf
Sites indicados: