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Conceito de Instituicoes

A doutrina Instituições( Instituição): Consiste numa ideia de uma obra ou empreendimento que
se realiza e mantém juridicamente num determinado meio social. Estas obras (ideias) vão-se
projectando no tempo, e terão tanta mais força quanto mais antigas forem, sendo que estas
remontam aos vários períodos da história humanidade.
As instituições são entidades jurídicas que assumem que têm autonomia das pessoas que as
compõem, sendo realidades independentes das pessoas que as compõem. A instituição pode ser
subdividida entre instituição pessoa e instituição coisa; a instituição pessoa é formada por
pessoas e teve origem na vontade das mesmas sendo que o seu incremento (valor) é marcado
pela intervenção humana, porque quanto maior a intervenção humana, maior a projecção da
instituição; a instituição coisa refere onde as pessoas não têm grande influência ou projecção
deste tipo de instituição, temos então o exemplo da constituição política.

Características das instituições:


permanência no tempo, ou seja, corresponde à antiguidade; a permanência no tempo
desenvolvendo uma actividade útil para a sociedade, ou seja, não é qualquer associação
considerada uma instituição;
a sua independência relativamente às pessoas que a constituem, ou seja, dada a sua permanência
no tempo significa que não dependem das pessoas ou entidades que as constituem;

Pressupõe-se uma organização própria constituída por normas jurídicas próprias que se vão
projectando no tempo independentemente das pessoas que as constituem. Todas estas
características foram sintetizadas por Marcelo Caetano sendo estas, a estabilidade, a utilidade, a
objectividade, e por último, a unidade e organização.Exemplos das instituições: *instituições
politicas (estado, órgãos de soberania), *as instituições religiosas (igrejas), *as instituições
jurídicas (código civil),*as instituições militares (ministério da defesa), *as instituições culturais
(universidades), *instituições económicas (ministério da economia)
Segundo Bobbio Política (do Grego: πολιτικός / politikos, significa " algo relacionado com
grupos sociais que integram a Pólis "), algo que tem a ver com a organização, direção e
administração de nações ou Estados. É o Direito, enquanto ciência aplicada não só aos assuntos
internos da nação (política interna), mas também aos assuntos externos (política externa). Nos
regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos
públicos com seu voto ou com sua militância.

A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em Pólis (cidades-
estado), nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós"
(dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às
línguas europeias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse
idioma como "ciência dos Estados".

O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os
procedimentos relativos à Pólis, ou cidade-Estado grega. Por extensão, poderia significar tanto
cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida
urbana.

Acepções básicas

Nicolau Maquiavel, conhecido como o "Pai da Ciência Política".


No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjetivo,
compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido
político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores, ANDRADA (1998)

Na conceituação erudita, política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer


vantagem", segundo Hobbes ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos
desejados", para Russel ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", que é a
noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe, ARON(1999).

Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e
problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política
do café com leite.

Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil.

Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância


dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados".

A política é objeto de estudo da ciência política e da ciência social.

Significado clássico e moderno

O termo política, que se expandiu graças à influência de Aristóteles. Aquele filósofo


categorizava funções e divisão do Estado e as várias formas de Governo, com o significado mais
comum de arte ou ciência do Governo; desde a origem ocorreu uma transposição de significado
das coisas qualificadas como político, para a forma de saber mais ou menos organizado sobre
esse mesmo conjunto de coisas.
O termo política foi usado, a seguir, para designar principalmente as obras dedicadas ao estudo
daquela esfera de atividades humanas que se refere de algum modo às coisas do Estado: Politica
methodice digesta,[9] exemplo célebre, é obra com que Johannes Althusius (1603) expôs uma
das teorias da consociatio publica (o Estado no sentido moderno da palavra), abrangido em seu
seio várias formas de consociationes menores. Na época moderna, o termo perdeu seu
significado original, substituído pouco a pouco por outras expressões como ciência do Estado,
doutrina do Estado, ciência política, filosofia política, passando a ser comumente usado para
indicar a atividade ou conjunto de atividades que, de alguma maneira, têm como termo de
referência a pólis, ou seja, o Estado.

Política e poder

John Locke, teórico político inglês e um dos principais formuladores da teoria do Contrato
social.

A política, como forma de atividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao poder. O
poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder,
sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como
"consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como
"conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados" (Russell).

Formas e origens do poder

São várias as formas de exercícios de poder de um indivíduo sobre outro; o poder político é
apenas uma delas.

Concepção aristotélica

Para Aristóteles a distinção é baseada no interesse de quem se exerce o poder: o paterno (pátrio
poder) se exerce pelo interesse dos filhos; o despótico, pelo interesse do senhor; o político, pelo
interesse de quem governa e de quem é governado. Tratando-se das formas corretas de Governo.
Nas demais, o característico é que o poder seja exercido em benefício dos governantes.[5]

Concepção jusnaturalista

O critério que acabou por prevalecer nos tratados do jusnaturalismo (direito natural) foi da
legitimação, encontrado no cap. XV do Segundo tratado sobre o governo de Locke: o
fundamento do poder paterno é a natureza, do poder despótico o castigo por um delito cometido,
do poder civil o consenso. Estas justificações do poder correspondem às três fórmulas clássicas
do fundamento da obrigação: ex natura, ex delicio, ex contractu.[5]
Caráter específico do poder

Os critérios aristotélico ou jusnaturalista não permitem distinguir o caráter específico do poder


político.

Os escritores políticos não cessaram nunca de identificar governos paternalistas ou despóticos,


ou então governos cuja relação com os governados se assemelhavam ora à relação entre pai e
filhos, ora à entre senhor e escravos, e que não deixam, por isso, de ser governos tanto quanto os
que agem pelo bem público e se fundam no consenso.[5]

Tipos de poder

O elemento específico do poder político pode ser obtido das várias formas de poder, baseadas
nos meios de que se serve o sujeito ativo da relação para determinar o comportamento do sujeito
passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do poder.[5]

Poder econômico

É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de
necessidade para controlar aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um
certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que
os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da
possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender
a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de influenciar
o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.[5]

Poder ideológico

O poder ideológico se baseia na influência que as ideias da pessoa investida de autoridade exerce
sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social daqueles
que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das
sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que difundem ou pelos conhecimentos que
comunicam, que ocorre a de socialização necessária à coesão e integração do grupo.[5] O poder
dos intelectuais e cientistas emerge na modernidade quando as ciências ganham um estatuto
preponderante na vida política da sociedade, influenciando enormemente o comportamento das
pessoas. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida, o que na Idade Média era
"mistério da fé".

Poder político
O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o
poder coator no sentido mais estrito da palavra.

A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso
não significa que, ele seja exercido pelo uso da força, mas sim que haja a possibilidade do uso,
sendo esta a condição necessária, mas não suficiente, para a existência do poder político.[5] A
característica mais notável do poder político é que ele detém a exclusividade do uso da força em
relação à totalidade dos grupos sob sua influência.

No poder político há três características. Uma delas é a Exclusividade, que trata da tendência de
não se permitir a organização de uma força concorrente como, por exemplo, grupos armados
independentes que ameacem o poder. Se encontra também a Universalidade, tratando-se esta da
capacidade de se tomar decisões para toda a coletividade. E por último a Inclusividade, que é a
possibilidade de intervir, de modo imperativo, em todas as esferas possíveis de atividades de
membros do grupo e de encaminhar tais atividades aos fins desejados ou de desviá-las de um fim
não desejado.

O fundamento da teoria moderna do Estado, segundo Hobbes, é a passagem do Estado natural ao


Estado civil, ou da anarchía à archia, do Estado apolítico ao Estado político. Essa transição é
representada pela renúncia de cada um ao direito de usar cada um a própria força existente no
Estado natural e que torna todos os indivíduos iguais entre si, para delegar o direito do exercício
da força a uma única pessoa, um único corpo, que será o único autorizado a usar a força contra
eles.

Teorias marxista e weberiana

A hipótese jusnaturalista abstrata adquire profundidade histórica na teoria do Estado de Marx e


de Engels, segundo a qual a sociedade é dividida em classes antagônicas e as instituições
políticas têm a função primordial de permitir à classe dominante manter seu domínio. Mas, este
objetivo só pode ser alcançado na estrutura do antagonismo de classes pelo controle eficaz do
monopólio da violência; é por isso que, cada Estado é, e não pode deixar de ser uma ditadura.[5]
Já é clássica a definição de Max Weber:

“ Por Estado se há de entender uma empresa institucional de caráter político onde o


aparelho administrativo, leva avante, em certa medida e com êxito a pretensão do monopólio da
legítima coerção física. Com vistas ao cumprimento das leis.[11] ”

A finalidade da política

O que a política pretende alcançar pela ação dos políticos, em cada situação, são as prioridades
do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante): nas convulsões sociais, será a unidade do
Estado; em tempos de estabilidade interna e externa, será o bem-estar, a prosperidade; em
tempos de opressão, a liberdade, direitos civis e políticos; em tempos de dependência, a
independência nacional. A política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos
ou possa ser considerado verdadeiro: "os fins da Política são tantos quantas são as metas que um
grupo organizado se propõe, de acordo com os tempos e circunstâncias".[5] A política se liga ao
meio e não sobre o fim, corresponde à opinião corrente dos teóricos do Estado, que excluem o
fim dos seus elementos constitutivos. Para Max Weber: "Não é possível definir um grupo
político, nem tampouco o Estado, indicando o alvo da sua ação de grupo. Não há nenhum escopo
que os grupos políticos não se hajam alguma vez proposto(…) Só se pode, portanto, definir o
caráter político de um grupo social pelo meio(…) que não lhe é certamente exclusivo, mas é, em
todo o caso, específico e indispensável à sua essência: o uso da força".[11] Portanto, o fim
essencial da política é a aquisição do monopólio da violência.

Política relacional

A esfera da política é a da relação amigo-inimigo. Nesse sentido, a origem e de aplicação da


política é o antagonismo nas relações sociais e sua função se liga à atividade de associar e
defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos[5] (ver: Guerra política). Há
conflitos entre os homens e entre os grupos sociais, entre esses conflitos, há alguns notáveis pela
intensidade que são os conflitos políticos. As relações entre os grupos instigadas por esses
conflitos, agregando os grupos internamente ou os confrontando entre si, são as relações
políticas. Em Dell'arte della guerra ("A Arte da Guerra"), Maquiavel descreve sua estratégia
militar (e política) de dividir para conquistar.[12] O conflito mais amplo, entre grupos
consubstanciados em Estados é a guerra, nesse sentido tida como a continuação da política por
outros meios, no dizer de Clausewitz.

Referências

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outubro de 2016 Tradução: Carmen C Varriale, Gaetano Lo Mônaco, João Ferreira, Luís
Guerreiro Pinto Cacais e Renzo Dini. Coordenação: João Ferreira. Revisão Geral: João Ferreira e
Luís Guerreiro Pinto Cacais.

Orlando Vitorino ... tinha compreendido que "os gregos chamaram cidade (polis) ao que nós
chamamos Estado" e "chamaram política ao que nós chamamos Direito". - Vitorino, Orlando,
por José Adelino Maltez, Tópicos Político-Jurídicos, revisão feita em Dili, finais de 2008, e
concluída no exílio procurado da Ribeira do Tejo, começos de 2009

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Ligações externas

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