PPC_Aperfeiçoamento_PROEJA_(2)[1]

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO PIAUÍ

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM


EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA A EDUCAÇÃO BÁSICA NA
MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Teresina (PI), 2022

0
REITOR
Paulo Borges da Cunha

PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO
Larissa Santiago de Amorim Castro

PRÓ-REITORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL


Paulo Henrique Gomes de Lima

PRÓ-REITORIA DE ENSINO
Odimógenes Soares Lopes

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
Divamélia de Oliveira Bezerra Gomes

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO


José Luís de Oliveira e Silva

1
SUMÁRIO

1 NOME DO CURSO E ÁREA DO CONHECIMENTO.................................. 03


2 JUSTIFICATIVA E O PROGRAMA EJA-EPT ............................................ 03
3 BREVE HISTÓRICO, MISSÃO E VALORES DA INSTITUIÇÃO................ 05
4 OBJETIVOS.............................................................................................. 12
4.1 Objetivos Geral.......................................................................................... 12
4.2 Objetivos Específicos................................................................................ 12
5 PÚBLICO-PARTICIPANTE....................................................................... 12
5.1 Contribuição que pretende dar em termos de competências e
habilitações aos egressos.......................................................................... 13
6 CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E EIXOS ESTRUTURANTES................ 13
7 COORDENAÇÃO DO CURSO.................................................................. 17
8 CARGA HORÁRIA E PERIODICIDADE.................................................... 17
9 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO................................................................ 18
10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ............................................................... 21
11 EMENTA DA DISCIPLINA......................................................................... 21
12 CORPO DOCENTE................................................................................... 27
13 METODOLOGIA........................................................................................ 27
14 INTERDISCIPLINARIDADE...................................................................... 32
15 ATIVIDADES COMPLEMENTARES......................................................... 32
16 TECNOLOGIA........................................................................................... 33
17 INFRAESTRUTURA FÍSICA...................................................................... 33
18 CRITÉRIO DE SELEÇÃO.......................................................................... 34
19 SISTEMA DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE FREQUÊNCIA.................. 34
19.1 Ensino-Aprendizagem............................................................................... 34
19.2 Avaliação do corpo docente....................................................................... 36
19.3 Avaliação do Curso.................................................................................... 36
20 CERTIFICAÇÃO........................................................................................ 37
21 INDICADORES DE DESEMPENHO.......................................................... 37
22 RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO.......................................................... 37
REFERÊNCIAS 37

2
1 NOME DO CURSO E ÁREA DO CONHECIMENTO

Nome do Curso: Aperfeiçoamento em Educação Profissional Integrada a Educação


Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA).
Área de Conhecimento: Educação
Forma de Oferta: Modalidade a Distância
Carga Horária: 240 (duzentos) horas
Número de Vagas: 1000 (mil vagas), sendo 200 (duzentas vagas) para servidores do
IFPI; 400 (quatrocentas vagas) para servidores do sistema estadual de ensino e 400
(quatrocentas vagas) para servidores do sistema municipal de ensino, no âmbito do
Estado do Piauí.
Número de Turmas: 20 campi
Municípios: Angical, Campo Maior, Cocal, Corrente, Teresina Dirceu Arcoverde,
Floriano, José de Freitas, Oeiras, Parnaíba, Paulistana, Pedro II, Picos, Pio IX, Piripiri,
São João, São Raimundo Nonato, Teresina Central, Teresina Zona Sul, Uruçuí,
Valença.

2 JUSTIFICATIVA E O PROGRAMA EJA-EPT

A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil, como modalidade nos níveis


fundamental e médio, é marcada pela descontinuidade e por tênues políticas públicas,
insuficientes para dar conta da demanda potencial e do cumprimento do direito, nos
termos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988. Essas políticas são, muitas
vezes, resultantes de iniciativas individuais ou de grupos isolados, especialmente no
âmbito da alfabetização, que se somam às iniciativas do Estado.
É fundamental que se implemente uma política pública estável voltada para a
Educação de Jovens e Adultos, a qual deve contemplar a elevação da escolaridade
com profissionalização no sentido de contribuir para a integração sociolaboral de um
grande contingente de cidadãos cerceados no seu direito de concluir a educação
básica e de ter acesso a uma formação profissional de qualidade.

3
No entanto, as políticas de EJA não acompanham o avanço das políticas
públicas educacionais que vêm alargando a oferta de matrículas para o ensino
fundamental, universalizando o acesso a essa etapa de ensino ou, ainda, ampliando
a oferta no ensino médio, no horizonte prescrito pela Carta Magna. As lutas sociais
têm impulsionado o Estado a realizar, na prática, as conquistas constitucionais do
direito à educação, processualmente instaurando a dimensão de perenidade nas
políticas, em lugar de ofertas efêmeras, traduzidas por programas e projetos. Essa
dimensão de perenidade para o direito à educação implica sistematicidade de
financiamento, previsão orçamentária com projeção de crescimento da oferta em
relação à demanda potencial e continuidade das ações políticas para além da
alternância dos governos, entre outros aspectos.
A EJA, em síntese, trabalha com sujeitos marginais ao sistema, com atributos
sempre acentuados em consequência de alguns fatores adicionais como raça/etnia,
cor, gênero, entre outros. Negros, quilombolas, mulheres, indígenas, camponeses,
ribeirinhos, pescadores, jovens, idosos, subempregados, desempregados,
trabalhadores informais são emblemáticos representantes das múltiplas apartações
que a sociedade brasileira, excludente, promove para grande parte da população
desfavorecida econômica, social e culturalmente.
Apesar de as questões da EJA não estarem resolvidas no nível de ensino
fundamental, cuja oferta é dever do Estado por força constitucional, entende-se ser
impossível ficar imóvel diante de algumas constatações que vêm sendo apontadas no
âmbito da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica como, por exemplo,
a baixa expectativa de inclusão de jovens de classes populares entre os atendidos
pelo sistema público de educação profissional.
Por ser esse um campo peculiar de conhecimento, a EJA exige que se implante
e implemente uma política específica para a formação de professores para nele atuar,
uma vez que há carência significativa no magistério superior de uma sólida formação
continuada de professores para atuar nessa esfera. Entende-se que a formação de
servidores é uma das maneiras fundamentais para se mergulhar no universo das
questões que compõem a realidade desse público, de investigar seus modos de
aprender de forma geral, tendo em vista compreender e favorecer lógicas e processos
de sua aprendizagem no ambiente escolar.
4
Devido ao exposto, portanto, o Programa EJA Integrada – EPT é de
fundamental pois se trata de uma política pública voltada para a EJA contemplando a
elevação da escolaridade com profissionalização no sentido de contribuir para a
integração sociolaboral desse grande contingente de cidadãos cerceados do direito
de concluir a educação básica e de ter acesso a uma formação profissional de
qualidade.
O Programa EJA Integrada – EPT prever de forma integrada, as seguintes
ações: a) Articulação com as redes de educação municipal ou estadual, os parceiros
e uso dos arranjos produtivos locais para escolha e oferta dos cursos; b) Mobilização
e busca ativa dos estudantes; c) Oferta de cursos de EJA integrada alinhada com o
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos; d) Monitoramento da permanência nos
cursos: criação de estratégias que diminuam os altos índices de abandono; e)
Formação continuada de docentes e demais profissionais da educação para a oferta
da EJA integrada; f) Produção de material pedagógico que atenda às especificidades
da oferta de EJA integrada; g) Avaliação da aprendizagem e reconhecimento de
saberes: considerando a educação e aprendizagem ao longo da vida; h) Pesquisa e
inovação visando contribuir para o aprimoramento da oferta de EJA integrada.

3 BREVE HISTÓRICO, MISSÃO, VISÃO E VALORES DA INSTITUIÇÃO

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI é uma


instituição de educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi,
especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e
modalidades de ensino.
O Instituto Federal do Piauí – IFPI possui natureza jurídica de autarquia, sendo
detentor de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e
disciplinar, nos termos da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a
Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
O IFPI possui 113 (cento e treze) anos, tendo origem na Escola de Aprendizes
Artífices do Piauí em 1909, transformada em Liceu Industrial do Piauí em 1937, Escola
Industrial de Teresina em 1942, Escola Industrial Federal do Piauí em 1965, Escola
5
Técnica Federal do Piauí em 1967 e Centro Federal de Educação Tecnológica do
Piauí em 1998, conforme a linha histórica a seguir.

Figura 01 - Escola de Aprendizes Artífices do Piauí.

Em 1909, vinte anos após o advento da República e vinte e um anos após a


Abolição da Escravatura, com um regime de governo ainda não totalmente
consolidado e uma sociedade ainda escravocrata, vivíamos um caos social decorrente
da libertação dos escravos. Tal fato, na prática, trouxe uma liberdade sem pão, sem
moradia, sem reforma agrária e sem emprego. As grandes cidades brasileiras
enchiam-se, cada vez mais, de ex-escravos, miseráveis a mendigar o pão de cada
dia, crianças famintas, velhos doentes, adultos desempregados e adolescentes
empurrados para a prostituição, o ócio e o crime.
Pensando em minimizar esse cenário de horror e numa possível
industrialização do Brasil, até então um país eminentemente agropastoril e extrativista,
Nilo Procópio Peçanha, Vice-Presidente alçado ao posto de Presidente do Brasil, em
14 de junho de 1909, após a morte do titular Afonso Pena, decretou a criação de uma
Rede Nacional de Escolas Profissionais.
O Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, criou uma Escola de Aprendizes
Artífices em cada uma das capitais de Estado que se destinava, como diz na sua
introdução, “não só a habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o
indispensável preparo técnico e intelectual, como fazê-los adquirir hábitos de
trabalhos profícuos, que os afastará da ociosidade, escola do vício e do crime”. Por
meio deste Decreto, na época conhecido pelo apelido de “Lei Nilo Peçanha”, Teresina,
capital do Estado do Piauí, ganhou uma Escola Federal com o nome de Escola de
Aprendizes Artífices do Piauí (EAAPI).

6
Liceu Industrial do Piauí

A segunda denominação da EAAPI surgiu em 1937, na vigência do Estado


Novo. As perspectivas de avanços na área da indústria foram, naquele momento, o
grande propulsor para a transformação da escola primária em secundária,
denominada, a partir de então, Liceu Industrial. No caso em pauta, Liceu Industrial do
Piauí (LIP). O termo “industrial” adveio da intenção governamental de industrializar o
país, usando a Rede de Escolas Profissionais como meio de formar operários
especialmente para servir ao parque industrial brasileiro, nesse momento já inserido
como meta de governo.
Adaptando-se aos novos tempos, o Liceu Industrial do Piauí teve construída e
inaugurada, em 1938, a sua sede própria pelo Governo Federal em terreno cedido
pela Prefeitura Municipal de Teresina, na Praça Monsenhor Lopes, hoje Praça da
Liberdade, nº 1597, onde funciona atualmente o Campus Teresina Central.
A sede própria da Escola, que ocupava parte de uma quadra do centro da
capital, foi inaugurada com 6 modernas salas de aula e instalações para oficinas de
marcenaria, mecânica de máquinas, serralheria e solda, modelação, fundição e
alfaiataria. Sendo Teresina uma capital ainda pouco industrializada, os ex-alunos do
Liceu Industrial do Piauí migravam para o Sudeste do país, onde tinham emprego
garantido com salários condignos, devido a sua alta competência técnica.

Escola Industrial de Teresina

Esse nome proveio da Lei Orgânica do Ensino Industrial, de 1942, que dividiu
as escolas da Rede em Industriais e Técnicas. As Escolas Industriais ficaram
geralmente nos Estados menos industrializados e formaram operários conservando o
ensino propedêutico do antigo ginásio. Legalmente, esse curso era chamado de
Ginásio Industrial.
As Escolas Industriais continuariam formando operários para a indústria, e as
Técnicas formavam operários e também técnicos. Os operários formados tinham nível
ginasial (1° ciclo) e os técnicos, nível médio (2° ciclo).
7
A Escola Industrial de Teresina (EIT) atuava no ramo da indústria
metalmecânica. Sua estrutura física foi ampliada com a construção de mais salas de
aula, oficinas escolares e área específica para educação física.

Escola Industrial Federal do Piauí

No ano de 1965, pela primeira vez, apareceu, na Rede, a denominação Escola


Federal, embora, desde a sua criação, pertencesse ao Governo Federal. Noutra
formulação: pela primeira vez, o termo “federal” entrou na composição do nome das
Escolas da Rede. Essa mudança também permitiu que a Instituição pudesse fundar
cursos técnicos industriais, a exemplo das escolas que já eram “técnicas”.

Escola Técnica Federal do Piauí

A promoção de Escola Industrial para Escola Técnica Federal do Piauí (ETFPI),


em 1967, foi uma consequência da criação dos primeiros cursos técnicos
(Agrimensura, Edificações e Eletromecânica) e do reconhecimento desses cursos
pelo Ministério da Educação.
Nesse período, houve uma grande ampliação da estrutura geral da Escola. Os
cursos técnicos, que eram noturnos, passaram a ser também diurnos. O Ginásio
Industrial foi se extinguindo gradativamente, a partir de 1967, uma série a cada ano.
Grandes modificações aconteceram no ensino. Além dos cursos técnicos
industriais, com suas variadas opções, vieram também os cursos técnicos da área de
serviços, como os de Contabilidade, Administração, Secretariado e Estatística. Nessa
mesma época, foi permitida, preferencialmente nos cursos da área terciária, a
matrícula para mulheres, depois estendida a todos os demais cursos. O número de
alunos quadruplicou em 2 anos e o de professores acompanhou proporcionalmente o
mesmo crescimento.
A modernização da Escola começou em meados da década de 1980 com o
advento da informatização, que chegou primeiro à administração e, posteriormente,
ao ensino, criando-se grandes laboratórios para cursos de informática, destinados a
alunos, professores, servidores técnico-administrativos e à comunidade fora da
8
Escola. O ponto alto desse período foi a interiorização do ensino com o planejamento,
a construção e a consolidação da Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) de
Floriano, processo iniciado em 1986 e concluído em 1994.
Em 1994, foi autorizada a transformação da ETFPI em Centro Federal de
Educação Tecnológica do Piauí (CEFET-PI), pela Lei 8.948/94, efetivada em 22 de
março de 1999.

Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí

O biênio 1997-1998 foi dedicado ao processo de transição de ETFPI para


CEFET PI, conhecido como CEFETIZAÇÃO, que veio mais uma vez mudar a
denominação da Escola.
Em 1999, ocorreu o primeiro Vestibular do CEFET-PI, com a oferta do curso
superior de Tecnologia em Informática. Outros fatos de destaque que aconteceram, a
partir dessa fase da história cefetiana, foram: a continuidade da qualificação dos
servidores (1994); a promoção da XXIII Reunião Nacional de Diretores de ETFs,
CEFETs e EAFs (1995); a construção do novo auditório da Instituição (1997); a
construção do ginásio poliesportivo coberto (1997); a reforma do Prédio “B”, com
início em 1999; a abertura do primeiro curso superior da área de saúde, Tecnologia
em Radiologia (2001); a implantação dos cursos de Licenciatura em Biologia, Física,
Matemática e Química (2002).
Para dar continuidade à formação de profissionais, em 2004, foi estabelecido o
primeiro Mestrado Interinstitucional (Minter), Engenharia de Produção, e a oferta de
cursos de especialização em Banco de Dados e Gestão Ambiental. Em 2005, foi
ofertado o primeiro Doutorado Interinstitucional (DINTER), Engenharia de Materiais. A
partir de 2005, o CEFET-PI, atento à política do Ministério da Educação (MEC),
buscou uma melhor qualificação profissional da comunidade do Piauí e região, com a
implantação, desde 2006, do Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio nas áreas de
Gestão, Construção Civil, Informática, Indústrias e Meio Ambiente.
Em 2007, aconteceu a inauguração das UNEDs de Picos, Parnaíba e Marcílio
Rangel (atualmente conhecida como Teresina Zona Sul).

9
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí

O Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí (CEFET-PI) sofreu, em


2008, uma reorganização em sua estrutura adquirindo o status de Instituto Federal,
por meio da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro desse ano, criou a Rede Federal de
Educação Profissional Científica e Tecnológica.
Ao se transformar em IFPI, a Instituição adquiriu autonomia para criar e
extinguir cursos, bem como para registrar diplomas dos cursos por ela oferecidos,
mediante autorização do seu Conselho Superior. Para efeito da incidência das
disposições que regem a regulação, avaliação e supervisão das instituições e dos
cursos de educação superior, o Instituto Federal do Piauí foi equiparado às
universidades federais.
Em 2010, iniciou-se o processo de expansão do IFPI com a inauguração dos
seguintes campi: Angical, Corrente, Piripiri, Paulistana, São Raimundo Nonato e
Uruçuí. Em 2012, foram inaugurados campi em Pedro II, Oeiras e São João; e, em
2014, houve a inauguração dos campi de Campo Maior, Valença e Cocal.
Nesse período, foi criado também o Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e ao Emprego (Pronatec), reforçando o desenvolvimento e a interiorização da
educação profissional. Em 2014, foram publicadas as portarias de criação dos Campi
Avançados Dirceu Arcoverde e Pio IX. Nesse mesmo ano, foi realizado o I Fórum das
Licenciaturas, realizado em Parnaíba.
Em 2015, a sede da Reitoria foi inaugurada, constituindo-se na unidade
organizacional executiva central, responsável pela administração e supervisão de
todas as atividades do Instituto Federal do Piauí.
Atualmente, o IFPI conta um total de 20 Campi, distribuídos em 17 cidades, em
todos os territórios de desenvolvimento do estado do Piauí. Desse total, 17 Campi
ofertam ensino superior. São eles: Campus Angical, Campus Campo Maior, Campus
Cocal, Campus Corrente, Campus Floriano, Campus Oeiras, Campus Parnaíba,
Campus Paulistana, Campus Pedro II, Campus Picos, Campus Piripiri, Campus São
João do Piauí, Campus São Raimundo Nonato, Campus Teresina Central, Campus
Teresina Zona Sul, Campus Uruçuí e Campus Valença.
10
O IFPI possui, no momento, 58 (cinquenta e oito) cursos superiores
presenciais, 3 cursos superiores a distância, 4 mestrados e 11 cursos de
especialização em funcionamento em 2022. As licenciaturas apresentam 5.110
matrículas e correspondem a 18,5% das matrículas da instituição. Uma média de 84%
dos alunos do ensino superior são provenientes da escola pública e 70% têm renda
familiar per capita inferior a 1 salário mínimo.
Na dimensão Extensão, o IFPI trabalha com diversas áreas temáticas, dentre
elas: Educação, Formação de Professores, Cultura, Saúde, Meio Ambiente,
Tecnologia e Produção, Comunicação, Empreendedorismo Inovador, Trabalho,
Inovação, Música, Economia Solidária e Criativa, Direitos Humanos e Justiça, Inclusão
e Tecnologias Assistivas e Gestão Pública.
Na pesquisa, o IFPI se destaca nas áreas: Administração, Agronomia,
Antropologia, Artes, Botânica, Ciência da Computação, Ciência da Informação,
Ciência e Tecnologia de Alimentos, Ciências Ambientais, Direito, Ecologia, Educação,
Educação Física, Engenharia Agrícola, Engenharia Biomédica, Engenharia de
Energia, Engenharia de Materiais e Metalúrgica, Engenharia de Produção,
Engenharia Química, Física, Geografia, História, Letras, Linguística, Matemática,
Microbiologia, Nutrição, Planejamento Urbano e Regional, Química, Robótica,
Mecatrônica e Automação, Sociologia, Teologia e Zootecnia.
A partir de suas finalidades, o IFPI tem a missão de: "Promover uma educação
de excelência, direcionada às demandas sociais".
A visão de uma instituição reflete as aspirações e o desejo coletivo a ser
alcançado, no espaço de tempo, a médio e longo prazo, buscando dar identidade. A
partir de 2020, a visão de futuro do IFPI é: Consolidar-se como centro de excelência
em Educação Profissional, Científica e Tecnológica, mantendo-se entre as melhores
instituições de ensino do País.
Por sua vez, os valores organizacionais são princípios ou crenças desejáveis,
estruturados hierarquicamente, que orientam a vida da organização e estão a serviço
de interesses coletivos. Os valores do IFPI são: Ética, Respeito, Solidariedade,
Diálogo, Participação, Transparência, Equidade e Responsabilidade.
11
4 OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral


Formar profissionais com capacidades para atuar na elaboração de estratégias
pedagógicas para a educação profissional integrada a educação de jovens e adultos,
adotando formas inovadoras e diversificadas de atividades de ensino-aprendizagem
o que contribui para uma ação proativa voltada para a criação das condições
necessárias e das alternativas possíveis para um desempenho técnico, ético e
político, considerando as peculiaridades, as circunstâncias particulares e as situações
contextuais concretas em que programas e projetos deste campo são concebidos e
implementados.

4.2. Objetivos Específicos


Formar profissionais especialistas da educação por meio do desenvolvimento
de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores pertinentes à atividade da docência
no EJA.
Contribuir para a implementação democrática, participativa e socialmente
responsável de programas e projetos educacionais, bem como identificar na gestão
democrática ferramentas que possibilitem o desenvolvimento de estratégias, controle
e organização do EJA.
Produzir conhecimentos como síntese da formulação e implementação teórico
prática da proposta integrada de educação profissional, média e de educação de
jovens e adultos.

5 PÚBLICO-PARTICIPANTE

Profissionais que trabalhem nas Redes Públicas Federal, Estadual e Municipal


de Ensino e atuem na Educação Profissional e/ou na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos ou que venham a atuar em programas e projetos pedagógicos que
integrem esses cursos. O propósito do curso é formar cerca de 1000 (mil) profissionais
com o perfil acima delineado, distribuídos em turmas nos municípios de Angical,
12
Campo Maior, Cocal, Corrente, Teresina Dirceu Arcoverde, Floriano, José de Freitas,
Oeiras, Parnaíba, Paulistana, Pedro II, Picos, Pio IX, Piripiri, São João, São Raimundo
Nonato, Teresina Central, Teresina Zona Sul, Uruçuí, Valença.

5.1. Contribuição que pretende dar em termos de competências e habilitações aos


egressos

Capacitar profissionais do Estado do Piauí com conhecimentos teórico-práticos


na elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de programas e projetos
educacionais, políticas educacionais e gestão democrática tendo em vista a sua
atuação na Educação Profissional integrada a Educação Básica na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos-EJA.

6. CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E EIXO ESTRUTURANTES

Este curso de aperfeiçoamento é fundamental para a implantação da EJA com


a qualidade que este programa requer, uma vez que ao se tratar de uma nova forma
de atuar na educação profissional e na EJA não existe formação sistemática de
profissionais para esse campo. De tal sorte, o programa fundamenta-se nos seguintes
pressupostos:
● A necessidade da formação de um novo profissional que possa atuar na
educação profissional integrada a EJA como docente-pesquisador; formador de
formadores, gestor educacional de programas e projetos; e formulador e executor de
políticas públicas;
● A integração entre trabalho, ciência, técnica, tecnologia, humanismo e cultura
geral, a qual contribui para o enriquecimento científico, cultural, político e profissional
dos sujeitos que atuam nessa esfera educativa, sustentando-se nos princípios da
interdisciplinaridade, contextualização e flexibilidade como exigência historicamente
construída pela sociedade;
● Espaço para que os professores estudantes possam compreender e aprender
uns com os outros, em fértil atividade cognitiva, afetiva, emocional, contribuindo para

13
a problematização e produção do ato educativo com uma perspectiva sensível, com a
qual a formação continuada de professores nesse campo precisa lidar.
A natureza do curso exige metodologias participativas, laboratoriais, oficinas,
que permitam vivenciar e atuar de modo teórico-prático, fazendo interagir as
concepções da experiência pedagógica de cada professor estudante, que emergem e
são ressignificadas no diálogo com o campo conceitual e prático.
São Eixos Estruturantes que fundamentam essa formação continuada:

EIXOS ESTRUTURANTES AÇÕES ESTRATÉGICAS


I. Promover a articulação entre as diferentes
políticas educacionais de EJA e EPT,
inclusive levando em conta o diálogo com
as políticas de emprego e renda.
ARTICULAÇÃO ENTRE AS
POLÍTICAS EDUCACIONAIS II. Promover a articulação das políticas
EJA/EPT E AS POLÍTICAS DE educacionais e as políticas públicas de
DEMANDA SOCIAL demanda social levando em consideração
o atendimento os sujeitos da EJA.

III. Construir políticas públicas de Estado


articuladas e de qualidade para jovens e
adultos, reconhecendo a intersetorialidade
nos avanços da EJA/EPT e priorizando a
relação EJA/EPT e o mundo do trabalho.

I. Articular as políticas educacionais


EJA/EPT com as políticas públicas de
desenvolvimento territorial e de combate à
pobreza no Brasil.

II. Viabilizar que as políticas educacionais


POLÍTICAS EDUCACIONAIS para EJA e EPT atentam às vocações
EJA/EPT E produtivas, às potencialidades de
DESENVOLVIMENTO desenvolvimento regional, assim como
TERRITORIAL envolvida em ações de sustentabilidade
sócio-cultural-econômica-ambiental.

III. Alinhar a oferta de cursos com os


“Território da Cidadania”.

IV. Considerar as relações com os atores


locais/regionais em torno de um projeto

14
EIXOS ESTRUTURANTES AÇÕES ESTRATÉGICAS
educacional EJA/EPT levando em
consideração as especificidades
territoriais.

V. Promover espaços de diálogo entre a


sociedade civil, movimentos sociais, setor
produtivo, representação de categorias e o
Estado.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS VI. Formular políticas públicas de EJA/EPT


EJA/EPT E destinadas a dimensão rural dos territórios,
DESENVOLVIMENTO bem como em fronteiras.
TERRITORIAL
VII. Fomentar a participação da sociedade
na definição de políticas para EJA/EPT em
todos os níveis de governa, de forma a
contemplar reais necessidades do cidadão.

VIII. Considerar experiências acumuladas


pelos movimentos sociais, ONGs e
instituições do terceiro setor na construção
das políticas públicas.

I. Compreender que as diferentes


possibilidades de trajetórias destes sujeitos
devem ser um contínuo em seus caminhos,
consistindo na tônica de todo o trabalho.

II. Compreender as especificidades culturais,


sociais, gêneros e geracionais.

III. Prever itinerários formativos para esses


sujeitos a partir dos eixos tecnológicos.
SUJEITO APRENDIZ EJA/EPT
IV. Proporcionar a viabilização de
verticalização da formação, contínua e
crescente desses sujeitos.

V. Implementar ações afirmativas de gênero e


geração de trabalho e renda que
contribuam para a superação da
desigualdade entre os alunos da EJA/EPT.

VI. Estabelecer diretrizes que atendam à


necessidade educacional da diversidade
dos sujeitos privados de liberdade e em
15
EIXOS ESTRUTURANTES AÇÕES ESTRATÉGICAS
conflito com a lei, proporcionando a
ampliação do atendimento educacional na
modalidade EJA integrada à EPT, em
presídios e nas unidades socioeducativas.

I. Assumir, como princípio, a dimensão do


mundo do trabalho e da educação
profissional na política de EJA, na
perspectiva de um currículo integrado.

II. Fortalecer o atendimento dos alunos dos


cursos EJA/EPT no Campo, com
metodologia de ensino e material
específicos.

III. Fortalecer a discussão e a mobilização


para as TICs e ambientes virtuais sejam
integrados ao trabalho pedagógico
emancipador.

IV. Promover a organização do tempo


TEMPOS, ESPAÇOS E A curricular dos cursos da EJA/EPT,
CONSTRUÇÃO DO preferencialmente, na modalidade
CONHECIMENTO NA EJA/EPT integrada.

V. Viabilizar a promoção da autonomia e da


independência dos estudantes da EJA
articulada à EPT na busca do
conhecimento.

VI. Possibilitar um protagonismo que leva ao


envolvimento do educando no seu
processo de aprendizagem, além de fazer
emergir elementos trazidos de suas
experiências de vida.

VII. Garantir no processo de ensino desses


sujeitos o trabalho como princípio
educativo, os saberes da experiência
sistematizados e correlacionados com as
novas aprendizagens.

16
O Instituto Federal do Piauí formalizará termo de acordo de cooperação técnica
com o sistema estadual de ensino e com o sistema municipal de ensino, no âmbito do
Estado do Piauí para ampliar a educação profissional integrada a EJA no Estado, além
de propiciar a formação continuada de docentes, servidores técnico-administrativos,
profissionais da educação e gestores.

7 COORDENAÇÃO DO CURSO

Coordenação Geral do Programa EJA Integrada - EPT


Louise Tatiana Mendes Rodrigues
[email protected]

Coordenação Pedagógica do Projeto EJA Integrada - EPT


Leia Soares da Silva
[email protected]

Coordenação de Execução e Acompanhamento Orçamentário do Projeto EJA


Integrada - EPT
Wennia da Silva Costa Amaro
[email protected]

Coordenação de Registros Acadêmicos do Projeto EJA Integrada - EPT


Nayra Christina Andrade Marques
[email protected]

8 CARGA HORÁRIA E PERIODICIDADE

O Curso Aperfeiçoamento em PROEJA do IFPI terá duração, de 240 (duzentos


e quarenta horas) 05 (cinco) meses. Os encontros serão através do Ambiente Virtual
de Aprendizagem Moodle e das Ferramentas de Interação da Web.
17
9 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O conteúdo programático do curso se sustenta na concepção de formação em


nível de aperfeiçoamento e foi definido a partir de grandes disciplinas/eixos
curriculares consideradas fundamentais para conformar e garantir a concepção do
curso, coerentemente com a proposta filosófica e pedagógica do Programa para o
qual se devem voltar os profissionais titulados nesse curso.
Este curso é regulado por normatizações da SESU, do CNE, da CAPES e do
INEP, sendo a observância a essas normas condição necessária para assegurar a
titulação dos participantes, e por concepções de formação que orientam o currículo e
as formas de desenvolvê-lo.
Parte-se do princípio de que professores alunos são profissionais em atividade
laboral, cuja ação pedagógica produz, continuadamente, conhecimentos sobre a
realidade escolar, os alunos e seus modos de aprenderem, sobre as formas de ser
professor em cada nível/modalidade de ensino e sobre como essa identidade
profissional constitui o sujeito professor. Desse modo, trabalho emerge como princípio
educativo, por ser ele delineador de sujeitos - professores e alunos - que ao se
formarem, transformam a si e ao mundo. Os conhecimentos adquiridos na prática do
trabalho pedagógico precisam, portanto, emergir para serem valorizados, dialogando
com as abordagens dos componentes curriculares do curso, para poderem ser
ressignificados e apreendidos novamente pelos sujeitos professores-aprendizes,
subsidiando mudanças na continuidade da ação pedagógica.
Assim, propõe-se que o conteúdo programático contemple tanto as dimensões
teórico-conceituais quanto os métodos de pesquisa próprios de cada campo da
ciência, criando a possibilidade de realização de exercícios de investigação, que
possibilitem a aplicação de aspectos conceituais nas práticas pedagógicas a serem
desenvolvidas.
O curso está estruturado em grandes disciplinas que coincidem com eixos
curriculares que abrangem a problemática relativa aos três campos do conhecimento
que precisam convergir na formação do especialista. Assim, cada uma das
disciplinas/eixos poderá agrupar distintos docentes, que planejaram sua ação
18
conjuntamente, tendo em vista as especificidades dos distintos campos de
conhecimento – educação básica, educação profissional e educação de jovens e
adultos.
Cada disciplina/eixo foi concebida com vistas a representar uma síntese das
discussões entre ciência, tecnologia, natureza, cultura e trabalho, que permitam
conformar as áreas de educação profissional, educação básica e educação de jovens
e adultos, favorecendo a aproximação entre elas, por meio dos fundamentos que
sustentam os processos de ensino-aprendizagem e os fenômenos educativos que
envolvem subjetividades e formas de manifestar os processos vivenciados pelos
aprendizes.
Assim, os conteúdos da Psicologia, Sociologia, Filosofia e História e suas
relações com a educação estarão permeando cada disciplina/eixo, no que os campos
disciplinares podem oferecer em subsídio à síntese das áreas. Um outro aspecto
básico à construção do currículo do curso diz respeito à diversidade de modos de vida
e de identidade dos sujeitos e dos objetos de conhecimento dessa educação, quanto
às especificidades locais e regionais; às diferenças de classe, geracionais e de
gênero; às matrizes étnicas e culturais; às diferentes éticas religiosas; à educação
inclusiva.
Na organização do curso está previsto o desenvolvimento de conteúdos, com
suporte das tecnologias da informação e da comunicação, abordando teoria e prática
de pesquisa em programas e projetos de educação profissional integrada a educação
de jovens e adultos, com vista a produzir, ao longo do curso, de forma coletiva,
propostas de pesquisa-intervenção.
Está formação continuada está baseada nos princípios norteadores abaixo:
Princípio 1: Concepções e princípios da educação profissional e da educação
básica na modalidade de educação de jovens e adultos
Função social da educação, da escola, da educação básica e da educação
profissional e da educação de jovens e adultos; sentidos e concepções históricas para
o ensino e docência no médio, educação profissional e educação de jovens e adultos,
sistematizadas nos marcos legais nacionais e internacionais; o princípio do
desenvolvimento integral e harmônico da personalidade do educando; o princípio da
importância socioeconômica da educação; o princípio da importância sociopolítica da
19
educação; o princípio da importância sociocultural da educação; pressupostos e
princípios da pedagogia tradicional, da escola nova, do tecnicismo, do construtivismo,
da pedagogia crítica sócio-histórica, do sociointeracionismo, entre outras tendências
pedagógicas; as transformações no mundo do trabalho, as relações entre educação,
escola e trabalho.
Princípio 2: Concepções Curriculares na Educação Profissional e na Educação
Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos
Diferenças entre teoria e fato curricular; conceitos de currículo; concepções de
currículo como micro experiências centradas na vida escolar; concepções de currículo
como experiências macrossociais nas quais a vida escolar se insere e se produz;
sujeitos de diferentes aprendizagens como produtores de currículo no cotidiano da
prática pedagógica; currículo: resultados e processos, realidades interativas e
normas, projetos e realidades, exigências sociais e condições sociais; produção
curricular; produção curricular: emergência de currículos e resgate da realidade social
e cultural dos educandos; modelos disciplinares, modulares e integradores de
currículos; objetivos do processo ensino aprendizagem como orientadores da seleção
ordenamento e estruturação de conteúdos; lógicas de estruturação de conteúdos;
determinação de nexos, relações e concatenações dos conhecimentos em
correspondência com as particularidades do desenvolvimento dos educandos e com
as necessidades de conhecer os objetos de conhecimento; problemas
epistemológicos na concepção dos currículos da educação profissional integrada a
educação de jovens e adultos; desenhos curriculares na educação profissional
integrada a educação de jovens e adultos e alternativas de interação.
Princípio 3: Didáticas na Educação Profissional e na Educação de Jovens e
Adultos.
Relação entre objetivos, conteúdos, métodos, forma de organização, carga
horária, meios didático-pedagógicos e avaliação no processo de ensino-
aprendizagem; princípios didático pedagógicos que fomentam a unidade e os nexos
entre educação profissional e educação básica na modalidade de educação de jovens
e adultos; tempos de aprendizagem e conteúdo na educação de jovens e adultos;
implicações para a relação entre conteúdo/método/forma de organização-meio e para
a relação entre conteúdo/princípios didáticos; estratégias didáticas integradoras; o
20
modelo de unidades de ensino integradas, o método de projetos, eixos temáticos,
temas geradores e transversais, investigação interdisciplinares etc.; estratégias
metodológicas focalizadas: na dinamização da atividade cognoscitiva dos alunos, na
estimulação da autonomia discente, que exercitem a criatividade e a capacidade de
aplicar e transferir conhecimentos adquiridos a novas situações de resolução de
problemas, de fixação de aprendizagens e que trabalhem sentimentos e emoções.
Assim sendo, o curso está estruturado conforme apresentado, a seguir.

10 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA


Princípios e Concepções da Educação Profissional e da 40H
Educação de Jovens e Adultos

Marcos e Parâmetros Curriculares Oficiais para a EJA e 40H


para a EPT
Os sujeitos e a práxis da EJA 40H

Didática e avaliação da aprendizagem aplicada à EPT 40H


Integrada à EJA

Currículo e formação Integrada 40H

Introdução a Língua Brasileira de Sinais (Libras) 40H


CARGA HORÁRIA (H/A) 240

11 EMENTA DA DISCIPLINA

Princípios e Concepções da Educação Profissional e da Educação CH: 40 h/a


de Jovens e Adultos
EMENTA

Trabalho, Ciência, Cultura e Tecnologia como dimensões da formação humana na


EJA e na Educação Profissional. Politecnia. Trabalho como princípio pedagógico.
Pesquisa como fundamento da formação. Condições geracionais, de gênero, de
relações étnico-raciais como fundantes da formação humana e dos modos como se
produzem as identidades sociais. Princípios andragógicos e heutagógicos.

BIBLIOGRAFIA
21
CUNHA, L.A. As agências financeiras internacionais e a reforma brasileira do
Ensino Técnico: a crítica da crítica. In: ZIBRAS, D.; AGUIAR, M.; BUENO, M.,
(orgs.). O ensino médio e a reforma da educação básica. Brasília, DF: Plano
Editora, 2000. p. 103-134.

DIAS, Vagno Emygdio Machado. A concepção de politecnia no pensamento


educacional de Vladimir Lênin no contexto da revolução Russa. Germinal:
Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 12, n. 2, p. 347-358, out. 2020. ISSN
2175-5604.

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. 3. ed. Rio de


Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.

______, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Tradução de Carlos


Nelson Coutinho. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.

______, Antonio. Maquiavel, a política e o estado moderno. Trad. de Luiz Mário


Gazzaneo. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.

______, A. Cadernos do cárcere. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.


2 v.

SAVIANI, Dermeval. O choque teórico da politecnia. Trabalho, educação e saúde,


v. 1, n. 1, p. 131-152, 2003.

HERTZ, I. A. O ensino médio politécnico: um aprendizado para o ensino médio.


2017. Dissertação (Mestrado em Ciências e Matemática) – Universidade de Caxias
do Sul, Caxias do Sul, 2017.

MAYO, Peter. Gramsci, Freire e a Educação de Adultos: possibilidades para uma


ação transformadora. Porto Alegre: Artmed, 2004.

NOSELLA, Paolo. A escola de Gramsci. 5. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2018.

PACHECO, Eliezer. Perspectivas da educação profissional técnica de nível médio.


Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais. São Paulo: Moderna, 2012.

______, Eliezer. Fundamentos Político-Pedagógicos dos Institutos Federais:


Diretrizes para uma Educação Profissional e Tecnológica Transformadora. Natal:
IFRN, 2015.

PAIVA, Jane; OLIVEIRA, Inês B. de (org.). Educação de Jovens e Adultos. Rio de


Janeiro: DP&A, 2004.

RANCIÊRE, Jacques. O Mestre Ignorante: cinco lições sobre e emancipação


intelectual. 2ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

22
VIEIRA PINTO, Álvaro. Teoria da Cultura. In: Ciência e existência: problemas
filosóficos da pesquisa científica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

Marcos e Parâmetros Curriculares Oficiais para a EJA e para a EPT CH: 40 h/a
EMENTA

Aspectos histórico-políticos e fundamentos da educação profissional e da educação


de jovens e adultos no Brasil. Trajetória histórica e os marcos normativos para EJA.
Trajetória histórica e os marcos normativos para EPT. Diretrizes curriculares
nacionais para EPT. Programas, planos e referenciais curriculares para EPT e EJA.
Concepções e perspectivas curriculares; Diretrizes curriculares nacionais para EJA.
Atuais políticas públicas para EJA: a constituição dos direitos de jovens e adultos.
Atuais políticas públicas para EPT e EJA.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº 11/2000 e


Resolução CNE/CEB nº 1/2000. Diretrizes Curriculares para a Educação de
Jovens e Adultos. Brasília, DF: MEC, maio de 2000.

______. MEC/SETEC/PROEJA. Documento Base. Programa nacional de


integração da educação profissional com a educação básica na modalidade
de educação de jovens e adultos: educação profissional técnica de nível
médio/ensino médio. Brasília: SETEC/MEC, 2007.

______. Conselho Nacional de Educação Resolução CNE/CP nº 01/2021.


Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e
Tecnológica. Brasília, DF: MEC, janeiro de 2021.

______. Conselho Nacional de Educação Resolução CNE/CEB nº 01/2021.


Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos
relativos ao seu alinhamento à Política Nacional de Alfabetização (PNA). À
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e Educação de Jovens e Adultos a
Distância. Brasília, DF: MEC, maio de 2021.
CUNHA, Luiz Antônio. O ensino profissional na irradiação do industrialismo. 2.
ed. São Paulo: Editora da Unesp, 2000.

GRINSPUN, Mirian Paura Sabrosa Zippin (org.). Educação tecnológica: desafios


e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Cortez 2001.

MANFREDI, Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo: Cortez,


2002.

MOLL, Jaqueline. Educação Profissional e Tecnológica no Brasil


Contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.
23
MOURA, Dante Henrique. Produção de conhecimento, políticas públicas e
formação docente em educação profissional. Campinas: Mercado de Letras,
2013.
PACHECO, Eliezer. Institutos Federais. Uma revolução na educação profissional
e tecnológica. Brasília: Fundação Santillana; São Paulo: Moderna, 2011.

Os sujeitos e a práxis da EJA CH: 40 h/a


EMENTA
Dimensões de formação da vida adulta. Os sujeitos da EJA e questões de gênero,
etnicidade, questões geracionais, religiosidade, trabalho e geração de renda. Os
espaços e os tempos da Educação de Jovens e Adultos. O perfil sociocultural dos
educandos jovens e adultos e suas necessidades de aprendizagem. Desafios e
perspectivas da EJA frente às transformações do mundo do trabalho e PROEJA.
Movimentos sociais e suas contribuições para a EJA. Paulo Freire e a prática da
educação popular. As concepções de interdisciplinaridade e o trabalho
interdisciplinar na Educação de Jovens e Adultos.

BIBLIOGRAFIA

ALBUQUERQUE, Eliana; LEAL, Telma. (Org.). Alfabetização de Jovens e


Adultos – em uma perspectiva de letramento. 3. ed. Belo Horizonte: Autentica,
2007.

ARAÚJO, R. M. L.; RODRIGUES, D. S. (orgs). Filosofia da práxis e didática da


educação profissional. Campinas: Autores Associados. 2011.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Método Paulo Freire. São Paulo:


Brasiliense, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e


Tecnológica. Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de
Nível Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. PROEJA.
Documento base. 2007.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e


Terra,1967.

______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

______. Educação e Mudança. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1983.

______. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido.


Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

24
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José. (orgs.). Educação de Jovens e Adultos -
Teoria, prática e proposta .6. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

Didática e avaliação da aprendizagem aplicada à EPT Integrada CH: 40 h/a


à EJA
EMENTA

A Didática e a Educação Profissional Integrada à EJA. A Didática na formação


docente e nos processos de ensino e de aprendizagem. Componentes da
organização do processo didático. A avaliação escolar. Experimentos de práticas
de avaliação da aprendizagem em escolas da Educação Profissional Integrada à
EJA. O planejamento escolar.

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, R. M. L.; RODRIGUES, D. S. (orgs). Filosofia da práxis e didática da


educação profissional. Campinas: Autores Associados. 2011.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


São Paulo: Paz e Terra, 2015.

______, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e


Terra,1967.

______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

______. Educação e Mudança. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1983.

______. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido.


Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5. ed.


Campinas, Autores Associados, 2009.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2013.

LOPES, A. O. Planejamento de ensino numa perspectiva crítica de educação.


São Paulo: Cortez, 1996. Disponível em: https://
praxistecnologica.files.wordpress.com/2014/08/lopes_planejamento_ensino_critico
.pdf. Acesso em: 11 set. 2019.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15.


ed. São Paulo. Cortez. 2003.

25
Currículo e formação Integrada CH: 40 h/a
EMENTA

Concepções e histórico de Currículo. Trajetória histórica da educação profissional


no Brasil na perspectiva de sua integração com a educação básica – elementos
essenciais à compreensão do processo curricular. Concepções e princípios do
currículo do Ensino médio integrado à Educação profissional: regular e modalidade
EJA. Elementos estruturantes de um currículo integrado.

BIBLIOGRAFIA

CIAVATTA, Maria. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de


memória e de identidade, 2005. Disponível em:
http://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/6122 Acesso em 02 de março
de 2019.

GIMENO, Sacristán. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre:
Artes Médicas, 2000.

SILVA, A.L.; PASQUALI, R.; GREGGIO, S.; AGNE, S.A.A. O Currículo Integrado
no Cotidiano da Sala de Aula. Florianópolis: Publicação do IFSC, 2016.

RAMOS, Marise. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado.


In: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. Ensino médio
integrado: Concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.

LOPES, Alice Casimiro. Políticas de integração curricular. Rio de Janeiro:


EDUERJ, 2008.
______, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth (orgs.). Disciplinas e integração
curricular: histórias e políticas. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002.

MOLL, Jaqueline. Educação Profissional e Tecnológica no Brasil


Contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.

SACRISTAN, J. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed,


2000.

Introdução a Língua Brasileira de Sinais (Libras) CH: 40 h/a


EMENTA

Processo histórico-educacional do indivíduo surdo. Direitos legais dos indivíduos


surdos. Concepções sobre a surdez. A gramática da Língua Brasileira de Sinais. A
prática da Língua Brasileira de Sinais em contextos de comunicação informal.

26
BIBLIOGRAFIA

CASTRO, Alberto Rainha de; CARVALHO, Ilza Silva. Comunicação por língua
brasileira de sinais: livro básico/Alberto Rainha de Castro e Ilza Silva de Carvalho.
Brasília: DF, 2005.

FERREIRA-BRITO, Lucinda. Por uma gramática de Língua de Sinais. Rio de


Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.

GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno


da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.

FELIPE, Tanya Amaral; MONTEIRO, Mirna Salerno. Libras em contexto: Curso


Básico: Livro do professor. 7. ed. Rio de Janeiro: WallPrint, 2008.

LIMA-SALLES, H. M. L. (Org.) Bilinguismo dos Surdos: Questões Linguísticas e


Educacionais. Brasília: Cânone Editorial, 2007.

QUADROS, Eunice. Língua de sinais brasileira. Porto Alegre: ARTMED, 2005.

12 CORPO DOCENTE

Os professores do Aperfeiçoamento são membros do NEAD (Núcleo de


Educação a Distância), e, assumem o compromisso de participação em atividades
que precedam e concluam o desenvolvimento dos referidos cursos de
aperfeiçoamento. Antes do início da disciplina, o professor terá que encaminhar a
Coordenação Geral, um pré-projeto de pesquisa-ação, onde durante o desenvolver
da disciplina, o professor emitirá relatórios parciais da pesquisa-ação desenvolvida, e
ao final, apresentará os resultados na forma de Artigo (científico, revisão, outros).

13 METODOLOGIA

A despeito das diversas nomenclaturas e modelos de Educação a Distância, o


termo EAD é utilizado no Brasil genericamente para englobar a “modalidade
educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e
aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas

27
em lugares ou tempos diversos” (DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE
2005 que Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996).
O Curso de Aperfeiçoamento em Educação Profissional Integrada a Educação
Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos ofertado pelo Instituto
Federal do Piauí terá sua preparação, desenvolvimento, elaboração de conteúdo,
produção de material didático, acompanhamento das disciplinas, tutoria a distância,
realização e controle das avaliações, emissão de diplomas e certificados e demais
operacionalizações centralizadas na Diretoria de Ensino a Distância da Pró-Reitoria
de Ensino, e, sua operacionalização será realizada pela equipe do Núcleo de
Educação a Distância – NEAD do IFPI sob coordenação designada pela Pró-reitoria
de Ensino.
Assim sendo, o NEAD do IFPI proporcionará o apoio e estrutura
tecnopedagógica adequada para facilitar a circulação dinâmica do material didático,
as interações instituição-professor-tutor-aluno-conteúdo, as avaliações, a capacitação
dos atores envolvidos nas práticas e metodologias de EAD (professores,
coordenadores, tutores, estudantes), ou seja, todo o apoio tecno-pedagógico exigido
nas práticas de EAD para assegurar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Com vistas a maximizar as potencialidades pedagógicas das diversas mídias e
com isso também atender as diversas necessidades e múltiplos perfis que são
característicos do estudante que aprende remotamente, notadamente da rede pública
de ensino, possibilitando-lhe um retorno efetivo às suas dúvidas e anseios, bem como
propiciando o diálogo necessário no processo de análise e produção do conhecimento
na integralidade dos módulos do Curso de Aperfeiçoamento em Educação
Profissional, Científica e Tecnológica na modalidade a Distância, faz-se a opção por
utilizar materiais e recursos digitais disponibilizados na Internet e o Portal do
Professor como referências para as atividades do curso, tendo como ambiente de
curso predominante o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) utilizando a
plataforma Moodle e material impresso. Eventualmente poderão ser utilizados salas
virtuais de conferência via web em parceira com a Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa – RNP.
Para isso será necessário que todo o processo de organização da
aprendizagem seja pautado numa visão sistêmica que considere
28
formação/capacitação continuada dos atores envolvidos (professores formadores,
professores conteudistas, tutores presenciais e a distância, equipe técnica e
pedagógica) para a elaboração do material didático apoiados na perspectiva
multidisciplinar do processo de produção, dos meios e dos materiais utilizados. Bem
como, o sistema de assistência ao aluno por meio da tutoria, a avaliação contínua
para que o aluno tenha efetivamente controle sobre seus percursos de formação e
tenha o sentimento de pertença no processo.
Explicita-se, a seguir, como o IFPI organiza o curso quanto à interação com o
estudante, a tutoria e os materiais didáticos:

A INTERAÇÃO COM O ESTUDANTE

Um sistema de ensino à distância, para um funcionamento eficaz, deve ser


adaptado ao aluno, da melhor forma, objetivando motivar e satisfazer as necessidades
do estudante, tanto em termos de conteúdo quanto de estilos de aprendizagem.
A interação e interatividade são os aspectos mais importantes para garantir a
qualidade e eficácia do processo formativo a distância e manter o estudante
participante ativo no processo, além de permitir ao professor e/ou tutor identificar e
atender as necessidades individuais dos estudantes, ao mesmo tempo em que se
possibilita um fórum de sugestões para o aprimoramento do curso.
Belloni (2001) alerta que a interatividade com o aluno remete também a uma
questão política, como se pode observar na citação a seguir:
a integração das tecnologias de informação e comunicação aos
processos educacionais é antes de mais nada, uma questão política:
os processos de socialização dependem das escolhas políticas da
sociedade [...] a integração das inovações tecnológicas vai depender
então da concepção de educação das novas gerações que
fundamenta as ações políticas do setor. (p. 54-55).

Tal afirmação nos leva a refletir sobre a importância do processo educacional


que vai desencadear a partir da integração dos novos meios, como é o caso deste
curso. Desta forma, o desenvolvimento metodológico deverá ultrapassar a mera
inserção das técnicas e a partir delas promover um verdadeiro processo de

29
emancipação. Assim, deve-se considerar as estratégias para a interação e o feedback
para o estudante, tais como:
● a integração de vários meios de interação: telefone, fax, computador para
acesso a ferramentas de comunicação como correio eletrônico, fóruns, chats, Web
Conferência e Ambiente Virtual de Aprendizagem, para contato individual e tutoria
mesclado com encontros presenciais e virtuais;
● o contato com cada polo (ou com estudante), com regularidade,
especialmente no começo do curso;
● comentários detalhados sobre as tarefas por escrito, indicando fontes
adicionais para informação suplementar. Devolver as tarefas sem demora, usando fax,
correio eletrônico ou Ambiente Virtual;
● o estabelecimento de horas de atendimento aos estudantes;
● ao iniciar o curso, solicitar que os alunos estabeleçam contato com o
professor e interajam entre si através de correio eletrônico, telefone ou outro meio,
para que se sintam à vontade com o processo;
● manter e partilhar fontes de pesquisa nas áreas curriculares do curso como
revistas eletrônicas e links pode ser bastante eficaz neste sentido;
● a garantia da participação de todos os estudantes nos encontros presenciais
ou por videoconferência, desencorajando, educadamente, aqueles que são
monopolizadores;
● o uso de um “facilitador” em cada grupo para estimular a interação dos alunos
que se mostrarem hesitantes em fazer perguntas ou participar. O facilitador pode agir
como sendo os “olhos e ouvidos” do professor nas unidades remotas.

OS MATERIAIS DIDÁTICOS E O AMBIENTAL VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

Os materiais didáticos do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Profissional


Integrada a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos serão
utilizados para mediação do processo ensino-aprendizagem e será produzido pelos
professores conteudistas que fazem parte de cada disciplina. Será utilizado material
em formato específico para a Internet, veiculado por meio do ambiente virtual de
aprendizagem Moodle, impresso, CD ROM, vídeos aulas e outros.
30
O Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA – oferece um conjunto de
ferramentas computacionais que permitem a criação e o gerenciamento de cursos à
distância, potencializando processos de interação, colaboração e cooperação e
reunindo, numa única plataforma, possibilidades de acesso online ao conteúdo de
cursos. Oferece, também, diversos recursos de comunicação/interação/construção
entre aluno e professor, aluno e tutor, aluno e conteúdo, aluno e aluno.
A plataforma Moodle demonstra ser bastante adequada ao propósito do Curso
de Aperfeiçoamento em Educação Profissional, Científica e Tecnológica na
modalidade a Distância, pois disponibiliza diferentes ferramentas para alunos e
formadores. Compreendendo que a comunicação se faz muito necessária em AVAs,
o Moodle trabalha com a ferramenta Fórum de Notícias, onde são colocados avisos
importantes para que o curso transcorra com tranquilidade. O Fórum de Tutores é
outro espaço importante no programa, pois permite um ambiente reservado para
conversas entre tutores e professores.
Os módulos são apresentados em formato de tópicos. As atividades de cada
disciplina estão à disposição dos alunos neste espaço. Essas atividades são
diversificadas, podendo ser avaliadas pelo professor quantitativamente e
qualitativamente.
Ferramentas interativas como chat, fórum, diários, diálogo, questionário, wiki,
dentre outros são trabalhadas no Moodle, possibilitando significativas trocas entre
tutor e aluno. A ferramenta “Tarefa” consiste na descrição ou enunciado de uma
atividade a ser desenvolvida pelo aluno. Ela é enviada em formato digital pelo Moodle,
- normalmente construída no word. Alguns exemplos dessas atividades: projetos,
relatórios, artigos, imagens, etc.
Portanto, esse Ambiente Virtual dá o suporte pedagógico e tecnológico
necessário para que o curso atinja seus objetivos.
A webconferência, como ambiente de ensino e de aprendizagem, não é um
novo método didático, constitui-se, sim num novo meio técnico para o ensino. Como
todo meio, não possui nenhuma vertente pedagógica intrínseca. A vertente será
definida no planejamento de acordo com os objetivos e necessidades pedagógicas do
curso e das disciplinas.
Alguns benefícios de se adotar esta tecnologia encontram-se listadas abaixo:
31
● Eleva a motivação: os alunos ficam entusiasmados por utilizarem uma nova
tecnologia para interagir com professores e outros alunos remotos.
● Aumenta a capacidade de comunicação e de apresentação: os estudantes
consideram os “visitantes” da tela importantes e ficam mais conscientes da
importância de aparecer e falar bem. Além disso, ao planejar e preparar uma
videoconferência, os estudantes desenvolvem a capacidade de comunicação.
● Aumenta o contato com o mundo externo: muitas vezes uma visita ao vivo
não é possível e, assim, o aluno tem a possibilidade de manter contato com pessoas
distantes e, às vezes, bem diferentes dele.
● Aumenta a profundidade do aprendizado: Os estudantes aprendem a fazer
melhores perguntas e o aprendizado se dá a partir de uma fonte primária, em vez de
um livro texto.

14 INTERDISCIPLINARIDADE

A principal proposição do curso é possibilitar o diálogo entre sujeitos,


experiências e objetos de análise da Educação Profissional, da Educação Básica e da
Educação de Jovens e Adultos, sendo a interdisciplinariedade constituinte e
constituidora dos cursos traduzida em seminários, visitas de observação, oficinas,
concepção dos projetos políticos pedagógicos pelos professores estudantes, entre
outras estratégias de integração.

15 ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Constituem-se como atividades complementares a participação dos estudantes


e professores em eventos científicos, visitas técnicas junto a organizações e entidades
públicas, desenvolvimento de estudos de caso, realização de workshops e colóquios
sobre temáticas específicas; produção de artigos científicos e publicação em revistas
digitais e impressas, participação em listas de discussão virtual destinadas a fomentar
as trocas de experiências e conhecimentos entre professores estudantes e
professores do curso e participação em atividades de extensão universitária e de
oficinas temáticas.
32
16 TECNOLOGIA

O curso será oferecido na modalidade semipresencial, utilizando recursos


tecnológicos para favorecer o processo ensino-aprendizagem, mediante:
● Projeções de slides e filmes com recursos de multimídia;
● Criação de um grupo de discussão virtual;
● Produção de materiais de apoio disponibilizados por via eletrônica em formato
pdf;
● Tutoria à distância a partir da utilização da plataforma Moodle de EaD.

17 INFRAESTRUTURA FÍSICA

Instalações em geral e salas de aula

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, em seus


Campi apresenta infraestrutura arquitetônica que proporciona acesso facilitador aos
portadores de necessidades especiais, em conformidade com a Portaria Ministerial
1679/99.
As atividades acadêmicas dessas unidades educacionais são desenvolvidas
em prédios com ampla área de livre. Diversos são os espaços de aprendizagem: salas
de aula, laboratórios específicos, ampla circulação, centros de convivência, pátio de
alimentação, biblioteca, complexo desportivo e de lazer assim como estacionamento
próprio.
Os laboratórios de Informática são devidamente equipados com
microcomputadores, ligados em rede e à rede mundial de computadores com
manutenção sistemática e periódica. Os microcomputadores dos laboratórios de uso
geral possuem os softwares necessários ao desenvolvimento do curso e o acesso é
facultado para realização de trabalhos.
As aulas do curso serão realizadas no Ambiente de Videoconferência, com tela
para projeções por meio de retroprojetor e projetor multimídia, computador conectado
33
à rede mundial de computadores. Espaço físico adequado para turmas compostas por
até 50 pessoas alunos em local com boa ventilação e iluminação.

Biblioteca

O curso pode contar com a infraestrutura, o acervo e os serviços do Sistema


de Biblioteca do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí.
Orientada pelas políticas definidas pela Instituição com relação às condições de
armazenagem, preservação ao acervo e funcionamento. Igualmente, seguem as
políticas definidas de aquisição, expansão e atualização do acervo que contemplam a
proporcionalidade do número de alunos. A Biblioteca do IFPI conta com pessoal
qualificado para orientar os usuários na identificação da natureza e extensão das
necessidades e fontes de informação.

18 CRITÉRIO DE SELEÇÃO

A seleção dos servidores será de responsabilidade de cada sistema de ensino


parceiros.

19 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE FREQUÊNCIA

19.1 Ensino-Aprendizagem

A avaliação da aprendizagem adotada em todos os cursos do IFPI é entendida


como um processo contínuo, sistemático e cumulativo, tendo o objetivo de promover
os discentes para a progressão de seus estudos. Na avaliação, os aspectos
qualitativos preponderarão sobre os aspectos quantitativos, presentes tanto no
domínio cognitivo como no desenvolvimento de hábitos e atitudes.
A avaliação do aluno será realizada de forma contínua, sendo a expressão do
desempenho e rendimento discente na disciplina.
A avaliação será feita por meio de provas, produção científica, atividades,
participação em fóruns, chats, estudos de caso e pesquisa da prática. O resultado
34
final do aproveitamento nas disciplinas do Curso é expresso por meio de notas
graduadas de zero a dez, permitida a fração decimal.
A avaliação da aprendizagem dos cursistas em cada disciplina levará em
consideração os seguintes critérios:
I – Apuração da frequência às aulas ou às atividades na modalidade a distância
previstas;
II – Atribuição de notas em instrumentos de avaliação da aprendizagem. Para
a avaliação de aprendizagem ficam estabelecidas notas numéricas, obedecendo-se a
uma escala de 0 (zero) a 10 (dez) pontos, sendo a média para aprovação em cada
disciplina igual a 7,0 (sete);
III – Cada disciplina contará com uma avaliação. A média da disciplina será
composta com a atribuição de 100% de nota obtida nas atividades via moodle:

FREQUÊNCIA (%)
Avaliação Online 50%
Fóruns no AVA Moodle 20%
Envio de Tarefas e Atividades de Autocorreção 30%
TOTAL 100%

IV – Será considerado reprovado, por falta, o aluno que deixar de frequentar


mais de 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total presencial de uma
disciplina ou atividade, ou que, no somatório das cargas horárias presencial e à
distância também não obtenha 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total
de uma disciplina ou atividade.
V – A frequência exigida será de 75% da carga horária prevista para cada
disciplina, controlada a partir de chamada nominal durante os encontros presenciais e
das atividades do Ambiente Virtual de Aprendizagem e das ferramentas de interação
da Web conforme frequências abaixo:

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FREQUÊNCIA (%)
Avaliação Online 50%
Fóruns no AVA Moodle 25%
Envio de Tarefas e Atividades de Autocorreção 20%
Bate-papo (Chat)/Webconferência 5%
TOTAL 100%

VI – O controle da frequência dos alunos nas aulas presenciais será feito pelo
professor ministrante da disciplina, com o auxílio da Coordenação do Curso. Ao passo
que o controle de participação nas atividades de EaD será feito, exclusivamente, pelos
docentes, os quais atribuirão, sob critérios próprios, as horas de efetiva participação
de cada aluno nas atividades propostas a partir da EaD.
Para ser aprovado no Curso, além de satisfazer a todas as exigências
estabelecidas para os Cursos de Aperfeiçoamento do IFPI e aproveitamento de notas
de igual ou maior que 7,0 (sete), os alunos deverão ter a frequência mínima estipulada
no parágrafo anterior.

19.2 Avaliação do corpo docente

Os professores serão avaliados durante a realização do período letivo, devendo


ser considerados os aspectos referentes a: responsabilidade, pontualidade, interesse,
relacionamento e habilidades técnicas na condução do curso. Para obtenção de dados
a respeito, serão adotados critérios e indicadores adequados, tais como: auto-
avaliação, observação em sala de aula, avaliação do docente pelo discente e
supervisão da Coordenação do Curso.

19.3. Avaliação do Curso

O Programa será avaliado durante o processo pelo Corpo Discente e


Coordenação do Curso no que tange aos conteúdos das unidades curriculares,
36
qualidade do material didático, instalações físicas, período de funcionamento do
curso, etc.

20 CERTIFICAÇÃO

Após a integralização das disciplinas, será conferido ao egresso o Certificado


de Aperfeiçoamento em Educação Profissional integrada a Educação Básica na
modalidade Educação de Jovens e Adultos.

21 INDICADORES DE DESEMPENHO

● Número de alunos a serem formados: 1000, distribuídos em 20 turmas que


se desenvolverão simultaneamente.
● Índice máximo de evasão admitido: 25%
● Média mínima de desempenho de alunos: 70%
● Número mínimo de alunos para manutenção da turma: 75% do número total
de alunos que iniciarem o curso.
● Número máximo de alunos por turma: 50 alunos

22 RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

O curso será implantado em 2023/01

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília/DF: 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 04 dez. 2022.

______ Lei nº 11.892 de 29/12/2008. Institui a Rede Federal de Educação


Profissional, Científica e Tecnológica. Cria os Institutos Federais de Educação,
Ciência e Tecnologia. Brasília/DF: 2008.

37
______. Decreto nº. 5.622, de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília/DF:


1988. Disponível
em:<https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC9
1_2016.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2022.

______. Decreto n° 7.234, de 19 de julho de 2010. Programa Nacional de


Assistência Estudantil - PNAES. Brasília/DF: 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm >.
Acesso em: 04 dez. 2022.

______. Decreto no 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nº


10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas
que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida. Brasília/DF: 2004. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>.
Acesso em: 04 dez. 2022.

______. Decreto no 7.611, de 17 de novembro de 2011. Educação especial, o


atendimento educacional especializado. Brasília/DF: 2011. Disponível em: <
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2011/decreto/d7611.htm>.
Acesso em: 04 dez. 2022.

______. Lei 10.436/02, de 24 de abril de 2002. Língua Brasileira de Sinais -


Libras. Brasília/DF: 2002. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei10436.pdf >. Acesso em: 04 dez. 2022.

BRASIL. Lei n° 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de


estudantes. Brasília/DF: 2008. Disponível em: <
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm>. Acesso
em: 04 dez. 2022.

______. Lei n° 13.005, de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação -


PNE. Brasília/DF: 2014. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm >. Acesso
em: 05 dez. 2022.

______. Lei no 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
Diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”. Brasília/DF: 2008. Disponível em:

38
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso
em: 05 dez. 2022.

______. Resolução CNE/CP no 2, de 20 de dezembro de 2019. Diretrizes


Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a
Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de
Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Brasília/DF: 2019. Disponível
em: <https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2982/resolucao-cne-cp-n-2>. Acesso
em: 05 dez. 2022.

______. Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004. Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília/DF: 2004. Disponível em:
<http://www.prograd.ufu.br/legislacoes/resolucao-cnecp-no-1-de-17-de-junho-de
2004>. Acesso em: 05 dez. 2022.

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