Orientação vocacional e profissional (1) - Copia
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PROFISSIONAL
PSICOLOGIA ESCOLAR E ORIENTAÇÃO
PROFISSIONAL
1. A Psicologia Escolar e a Orientação Profi ssional no Brasil têm passado
por signifi cativas transformações em seus fundamentos teórico-
metodológicos, o que vem possibilitando que em ambas as áreas se
estabeleçam intervenções cada vez mais focadas na promoção do
desenvolvimento humano e na construção da cidadania.
2. A Psicologia Escolar é uma área de produção de conhecimentos,
pesquisa e intervenção de psicólogos que atuam em estreita relação
com o campo educativo. Tida como uma das mais antigas áreas da
Psicologia, já mencionada na Lei Federal nº 4.119/62, que regulamenta a
profi ssão de psicólogo no Brasil, veio sofrendo profundas
transformações paradigmáticas nas últimas décadas.
PSICOLOGIA ESCOLAR E ORIENTAÇÃO
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Caracterizou-se, inicialmente, por práticas que focavam a avaliação e o
atendimento de indivíduos, servindo muitas vezes à mera classifi
cação, estigmatização e normalização dos sujeitos. A partir da década
de 1970, porém, surgiram fortes críticas e questionamentos quanto a
seu papel na transformação do cenário educacional.
Identificou-se que, ao atuar na escola, o psicólogo escolar acabava por
corroborar a ideia de culpabilização do aluno nos conflitos surgidos
nesse contexto, quer estes se referissem a dificuldades no processo de
ensino-aprendizagem, a problemas comportamentais ou a
problemáticas relacionadas ao desenvolvimento da carreira, sem
considerar as dimensões sócio-culturais e históricas neles implicadas.
PSICOLOGIA ESCOLAR E ORIENTAÇÃO
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A década de 1980 foi marcada por reflexões críticas e reformulações
nos pressupostos teóricos e metodológicos da Psicologia Escolar, o
que possibilitou que, especialmente na década de 1990, fossem
elaboradas novas propostas de atuação do psicólogo nos meios
educacionais. Um novo paradigma estava surgindo, expresso na ideia
de que esse profi ssional deveria estar inserido na educação não mais
como um mero perpetuador das concepções e práticas educacionais
vigentes, mas sim como um agente de transformação, incentivador
de processos reflexivos que levassem à ressignificação de saberes e
fazeres dos educadores.
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Dentre outros aspectos, são ressaltados: a importância da dimensão
institucional do trabalho do psicólogo na educação formal e não
formal; o compromisso com as funções sociais da escola de
possibilitar o acesso aos bens culturais construídos pelo homem ao
longo de sua história e de promover a autonomia dos indivíduos; o
trabalho na perspectiva de projetos coletivos e contextualizados
com os atores do cenário escolar/educacional; a necessidade de
apropriação da dinâmica da escola e intervenção de forma
interdisciplinar; o exercício da Psicologia Escolar/ Educacional
como conjunto de práticas fortalecedoras.
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O que se defende coaduna-se ao que chamam de atuação
institucional preventiva em Psicologia Escolar, que reconhece
como objetivo central do psicólogo a promoção do
desenvolvimento humano, considerando-o como um processo
complexo, constituído pela interação contínua de fatores
internos e externos ao indivíduo, em que a troca de signifi cados
entre sujeitos que interagem em um determinado contexto
tem papel defi nidor.
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Nessa ótica, sua intervenção é entendida como dinâmica,
participativa e sistemática. Uma grande diversidade de ações pode
ser realizada, de acordo com as demandas específi cas de seu
contexto de atuação, no sentido de proporcionar a construção de
relações sociais propícias ao desenvolvimento dos atores
institucionais, nas quais os sujeitos assumam um papel ativo,
consciente e crítico.
A atuação do psicólogo escolar, segundo Marinho-Araujo e Almeida
(2005), deve ancorar-se em quatro dimensões interrelacionadas: (a)
mapeamento institucional, (b) escuta psicológica, (c) assessoria ao
trabalho coletivo, (d) acompanhamento ao processo ensino-
aprendizagem
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