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São consideradas atividades ou operações dos EPI, então esse trabalhador terá direito ao
insalubres aquelas que, por sua natureza, con- adicional de insalubridade, mas se os riscos
dição ou métodos de trabalho, exponham os cessarem com a utilização de tais equipamen-
empregados a agentes nocivos à saúde, aci- tos, o empregador ficará desobrigado desse
ma dos limites de tolerância fixados em razão pagamento. Apenas uma perícia pode deter-
da natureza e da intensidade do agente, e do minar se o trabalhador tem direito ou não a
tempo de exposição aos seus efeitos (Art. 189 receber o adicional de insalubridade.
da CLT).
A Norma Regulamentadora que estabelece
O exercício do trabalho em condições in- os critérios para concessão do adicional de in-
salubres assegura ao trabalhador o direito ao salubridade é a NR-15. A relação abaixo apre-
adicional de insalubridade, que será de 40, 20 sentará os percentuais:
ou 10% do salário mínimo regional, nos graus
15.2 O exercício de trabalho em condições
máximo, médio ou mínimo, estabelecidos pelo
de insalubridade, de acordo com os subitens do
Ministério do Trabalho.
item anterior, assegura ao trabalhador a per-
Os agentes nocivos são classificados em: cepção de adicional, incidente sobre o salário
mínimo da região, equivalente a:
f físicos: calor, ruídos, vibrações, frio, radia-
ções, pressão, umidade; f 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insa-
lubridade de grau máximo;
f químicos: chumbo, poeiras, fumos, produtos
químicos em geral; f 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalu-
bridade de grau médio;
» biológicos: doenças infectocontagiosas,
bactérias, vírus, bacilos, fungos. f 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubri-
dade de grau mínimo;
Os agentes que pertencem ao local de
trabalho, por sua natureza, concentração, in- 15.3 No caso de incidência de mais de um
tensidade ou tempo de exposição, capazes de fator de insalubridade, será apenas conside-
provocar problemas à saúde do trabalhador, rado o de grau mais elevado, para efeito de
dão-lhe o direito de receber o adicional de in- acréscimo salarial, sendo vedada a percepção
salubridade em seu salário. cumulativa.
É função do empregador, adotar medidas 15.4 A eliminação ou neutralização da in-
que minimizem a ação do agente nocivo sobre salubridade determinará a cessação do paga-
a integridade física e mental do trabalhador. A mento do adicional respectivo.
principal medida é a utilização dos equipamen-
A neutralização da insalubridade acontece
tos de proteção individuais (EPI), conforme a
a partir da adoção de medidas de proteção co-
função e o ambiente a que o trabalhador per-
letiva ou individual.
tence.
O técnico em segurança do trabalho deve-
Esses EPI são obrigatoriamente fornecidos
rá atuar sempre objetivando a eliminação da
pelo empregador, que tem o dever de cobrar
insalubridade, a fim de assegurar para o traba-
seu uso correto pelo trabalhador. Nem sempre
lhador um ambiente seguro e saudável.
a utilização dos EPI afasta o risco, mas apenas
ameniza o agente causador da insalubridade.
Devem ser adotadas medidas de segurança
para evitar ao máximo os agentes causadores
da insalubridade.
Se a atividade for considerada insalubre e
os riscos persistirem mesmo com a utilização
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higiene ocupacional
Realizar trabalho exposto a agentes noci- ff sob pressões hiperbáricas, agentes químicos
vos à saúde faz que o empregador seja obri- específicos e agentes biológicos;
gado a pagar adicional de insalubridade, para ff em ambiente de radiações não ionizantes,
que se compensem os danos causados ao fun- vibrações, frio e umidade, comprovadas por
cionário. Esse adicional é variável conforme a meio de laudo de inspeção do local de tra-
gravidade do agente a que o funcionário está balho.
exposto (COAD, [s.d.]).
Em se tratando da insalubridade, podemos
Nestas aulas serão apresentadas, entre
entender como limite de tolerância a concen-
outras, as atividades que dão direito ao adi-
tração – ou intensidade máxima ou mínima –
cional de insalubridade, sua caracterização e
relacionada à natureza e ao tempo de exposi-
eliminação.
ção ao agente sem que sem causem danos à
Como a área de Segurança e Saúde é saúde do trabalhador durante o seu tempo de
sempre embasada em fundamentação legal, o trabalho.
tema Insalubridade baseia-se em:
O trabalho em condições de insalubridade
ff Decreto-Lei n. 5.452, de 1° de maio de 1943 assegura ao trabalhador o direito a adicional
– CLT, artigos 142, 189 a 195 e 405. equivalente a:
ff Portaria n. 12 do Ministério do Trabalho ff insalubridade de grau máximo: 40%;
e Emprego (MTE), de 12 de novembro de
ff insalubridade de grau médio: 20%;
1979 (DOU de 23 de novembro de 1979).
ff insalubridade de grau mínimo: 10%;
ff Portaria n. 290 MTE, de 11 de abril de 1997
(Informativo 16/97). Caso haja mais de um fator de insalubri-
ff Portaria n. 3.214 MTE, de 8 de junho de dade, será considerado apenas o de grau mais
1978 – NR15 (DOU de 6 de julho de 1978). elevado para efeito do acréscimo salarial, sen-
do vedado o pagamento cumulativo.
ff Resolução n. 121 do Tribunal Superior do
Trabalho, de 28 de outubro de 2003 – Sú- São discriminadas pela legislação as ativi-
mulas 47, 80, 139, 248, 289 e 349 (Infor- dades ou operações que geram direito ao adi-
mativos 47 e 48/2003). cional de insalubridade (o Anexo 4 foi revoga-
do), de acordo com a NR-15:
ff Resolução n. 148 TST, de 26 de junho de
2008 – Súmula 228 e Orientação Jurispru- Anexo 1: limites de tolerância para ruído
dencial 47 SBDI-1 (Fascículo 28/2008). contínuo ou intermitente. Entende-se por ruído
contínuo ou intermitente, para os fins de apli-
ff Súmula Vinculante n. 4 STF, de 7 de maio de
cação de limites de tolerância, o ruído que não
2008 (Fascículo 20/2008).
seja ruído de impacto.
Anexo 2: limites de tolerância para ruídos
Conceitos de impacto. Entende-se por ruído de impacto
Pode-se considerar atividades ou opera- aquele que apresenta picos de energia acústica
ções insalubres aquelas que se desenvolvem: de duração inferior a 1 segundo, a intervalos
superiores a 1 segundo.
ff acima dos limites de tolerância nas ativida-
des que envolvam ruído contínuo ou inter- Anexo 3: limites de tolerância para expo-
mitente e ruídos de impacto; sição ao calor. A exposição ao calor deve ser
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higiene ocupacional
avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido – charcados, com umidade excessiva, capazes
Termômetro de Globo”. de produzir danos à saúde dos trabalhadores.
Anexo 5: limites de tolerância para radia- Anexo 11: agentes químicos cuja insalubri-
ções ionizantes. Nas atividades ou operações dade é caracterizada por limite de tolerância
em que trabalhadores ficam expostos a radia- e inspeção no local de trabalho. As atividades
ções ionizantes, os limites de tolerância são os ou operações nas quais os trabalhadores ficam
constantes da Resolução 6/73 CNEN: Normas expostos a agentes químicos.
Básicas de Proteção Radiológica.
Anexo 12: limites de tolerância para poei-
Anexo 6: trabalho sob pressões hiperbári- ras minerais. O presente Anexo aplica-se a to-
cas. Trabalho sob ar comprimido efetuado, em das e quaisquer atividades nas quais os traba-
ambientes em que o trabalhador é obrigado a lhadores permaneçam expostos a poeiras, no
suportar pressões maiores que a atmosférica exercício do trabalho.
e em que se exige cuidadosa descompressão.
Anexo 13: agentes químicos. Relaciona as
Anexo 7: radiações não ionizantes. São ra- atividades e operações envolvendo agentes
diações não ionizantes as micro-ondas, os ul- químicos, como: arsênico, carvão, chumbo,
travioletas e o laser. cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros com-
postos de carbono, mercúrio, silicatos e subs-
Anexo 8: vibrações. As operações e ativi-
tâncias cancerígenas.
dades que exponham os trabalhadores, sem
proteção adequada, às vibrações localizadas Anexo 14: agentes biológicos. Relaciona as
ou de corpo inteiro, realizadas no local de tra- atividades e operações que envolvem agentes
balho. biológicos.
Anexo 9: frio. As atividades ou operações Embora estejam discriminadas na legisla-
executadas no interior de câmaras frigoríficas, ção, é importante apurar e classificar a insa-
ou em locais que apresentem condições simi- lubridade com perícia realizada pelo Ministério
lares, que exponham os trabalhadores ao frio, do Trabalho e Emprego.
sem proteção adequada.
A Tabela 1 apresenta o correspondente
Anexo 10: umidade. As atividades ou ope- percentual das atividades ou operações que
rações executadas em locais alagados ou en- exponham o trabalhador ao adicional de insa-
lubridade, de acordo com cada Anexo.
5 Ar comprimido 40%
(continua)
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Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de 10%, 20% ou
10
tolerância fixados no Quadro I. 40%
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c) Atualização
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os produtos. Considera-se que há manipulação Planta geral de locação - planta que apre-
quando ocorre o contato direto do produto com senta a localização da instalação no interior do
o ambiente. terreno, indicando as distâncias entre os limi-
tes do terreno e um ponto inicial da instalação.
Manuseio - Atividade de movimentação de
inflamáveis contidos em recipientes, tanques Posto de serviço - Instalação onde se exer-
portáteis, tambores, bombonas, vasilhames, ce a atividade de fornecimento varejista de
caixas, latas, frascos e similares. Ato de ma- inflamáveis (líquidos e gases) e líquidos com-
nusear o produto envasado, embalado ou la- bustíveis.
crado.
Procedimentos operacionais - Conjunto de
Meio identificador - Sistema de identifica- instruções claras e suficientes para o desen-
ção definido pela empresa como, por exemplo, volvimento das atividades operacionais de uma
crachá, bottom, adesivo no crachá ou no capa- instalação, considerando os aspectos de segu-
cete, na vestimenta de trabalho ou similares. rança, saúde e meio ambiente que impactem
sobre a integridade física dos trabalhadores.
Metodologias de análises de risco - Cons-
titui-se em um conjunto de métodos e técni- Processo contínuo de produção - Sistema
cas que, aplicados a operações que envolvam de produção que opera ininterruptamente du-
processo ou processamento, identificam os ce- rante as 24 horas do dia, por meio do trabalho
nários hipotéticos de ocorrências indesejadas em turnos de revezamento.
(acidentes), as possibilidades de danos, efeitos
Processo ou processamento - Sequência
e consequências.
integrada de operações. A sequência pode ser
Exemplos de algumas metodologias: inclusive de operações físicas e/ou químicas. A
sequência pode envolver, mas não se limita à
a) Análise Preliminar de Perigos/Riscos
preparação, separação, purificação ou mudan-
(APP/APR);
ça de estado, conteúdo de energia ou compo-
b) What-if (E SE); sição.
c) Análise de Riscos e Operabilidade (HA- Proficiência - Competência, aptidão, capa-
ZOP); citação e habilidade aliadas à experiência.
d) Análise de Modos e Efeitos de Falhas Profissional habilitado - Profissional com
(FMEA/FMECA); atribuições legais para a atividade a ser de-
e) Análise por Árvore de Falhas (AAF); sempenhada e que assume a responsabilidade
técnica, tendo registro no conselho profissional
f) Análise por Árvore de Eventos (AAE);
de classe.
g) Análise Quantitativa de Riscos (AQR).
Prontuário da Instalação - Sistema organi-
zado de forma a conter uma memória dinâmica
Modificações ou ampliações das instala- das informações técnicas pertinentes às insta-
ções - Qualquer alteração de instalação indus- lações, geradas desde a fase de projeto, ope-
trial que: I - altere a tecnologia de processo ração, inspeção e manutenção, que registra,
ou processamento empregada; II - altere as em meio físico ou eletrônico, todo o histórico
condições de segurança da instalação indus- da instalação ou contém indicações suficientes
trial; III - adapte fisicamente instalações e/ou para a obtenção deste histórico.
equipamentos de plantas industriais existentes Recipiente - Receptáculo projetado e cons-
provenientes de outros segmentos produtivos; truído para armazenar produtos inflamáveis
IV- aumente a capacidade de processamento (líquidos e gases) e líquidos combustíveis con-
de quaisquer insumos; V - aumente a capa- forme normas técnicas.
cidade de armazenamento de insumos ou de
Riscos psicossociais - Influência na saúde
produtos; VI - altere o perfil de produção ou a
mental dos trabalhadores, provocada pelas
qualidade final dos produtos.
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aaAGENTES FÍSICOS
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Tabela 2 Anexo n. 1.
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
ff trauma acústico: é uma perda de audição ff treinamento: informar quanto ao uso correto
momentânea devida a um ruído intenso. dos EPI;
ff medidas administrativas: exigir a obrigato-
O ruído pode, ainda, provocar diversas al-
riedade do uso dos EPI, fiscalizar seu uso.
terações em nosso corpo e organismo, depen-
dendo do tempo de exposição do trabalhador a
ele. Alguns exemplos são: hipertensão, perda Vibrações
de memória, disritmia cardíaca, fadiga nervo-
Tradicionalmente, a definição de vibração
sa, irritabilidade, vaso dilatação/contrição, dis-
é: “um corpo descreve um movimento oscila-
ritmia respiratória etc.
tório em volta de um ponto fixo”.
É fundamental a implementação de medi-
No caso das vibrações, para caracterizar
das preventivas que evitem ou minimizem o
que se sofreu algum mal devido a uma vibra-
contato do trabalhador com ruídos acima dos
19
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ção, é preciso provar que houve contato físico As radiações mais penetrantes são as X e a
com o equipamento que provocou o problema. gama, capazes de atravessar a pele humana e
blindagens de concreto.
Existem dois tipos de vibrações de que o
trabalhador pode ser acometido: vibração lo- As radiações beta não penetram pratica-
calizada e vibração de corpo inteiro. mente nenhum material; a partícula alfa, por
sua vez, tem um poder de penetração muito
Vibrações Localizadas pequeno.
É muito importante observar que o raio
Vibrações localizadas, por definição, são
X, quando desligado, não emite radiação, não
aquelas transmitidas aos membros superiores,
constituindo, assim, um equipamento radioa-
pelo uso de ferramentas manuais, portáteis ou
tivo.
não.
Há diversas áreas nas quais a radiação é
Vibrações de Corpo Inteiro utilizada, como, por exemplo, na saúde (radio-
terapia), na indústria (radiografia industrial) e
São caracterizadas pelo local ou equipa- na agricultura e em pesquisas biológicas.
mento em que o trabalhador está inserido. Por
É difícil discutir o assunto do uso de Equi-
exemplo, se ele trabalha em um trator ou em
pamentos de Proteção Individual (EPI) quando
uma plataforma marítima de petróleo: em am-
se trata de radiações, devido ao seu alto poder
bos os casos ele sofrerá vibrações de corpo in-
de contaminação (radiações ionizantes) e aos
teiro, devido ao fato de seu corpo fazer parte
diversos tipos de radiações não ionizantes. O
do local ou equipamento.
trabalhador pode se proteger utilizando um do-
símetro, que é um aparelho que mede as doses
Radiações
de radiação que uma pessoa já tomou quando
São ondas eletromagnéticas que se trans- exposta a algum elemento ou material radioa-
mitem em alta velocidade, que em contato en- tivo. Mas o dosímetro não protege; ele apenas
tre si podem gerar efeitos diferentes sobre os informa o valor da radiação a que o trabalhador
elementos. foi exposto.
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ff asfixiantes: sonolência, convulsões, dor de que podem ser usados para proteger ou pre-
cabeça, coma e morte. Exemplos: hélio, me- venir o contato do trabalhador com as subs-
tano, nitrogênio, CO, CO2; tâncias químicas, visto que existe uma gama
muito grande dessas substâncias e as medi-
ff anestésicos: quase a totalidade dos solven-
das de proteção devem ser adotadas conforme
tes orgânicos. Têm ação inibidora sobre o
cada tipo.
sistema nervoso; causam danos diversos a
órgãos do corpo humano. Exemplos: benze-
no, butano e cetonas. Medidas de Proteção Individual (EPI)
23
higiene ocupacional
em consideração o que pode afetar o trabalha- normas, criadas pela Comissão Técnica Nacio-
dor e a comunidade: nal de Biossegurança.
ff Classe 1: agentes que não apresentam riscos O trabalhador deve ser instruído e treina-
para o trabalhador nem para a comunidade. do quanto aos riscos envolvidos na manipu-
Exemplos: E. coli, B. subtilis; lação dessas substâncias, sobre como evitar
sua contaminação e conhecer profundamente
ff Classe 2: agentes que apresentam risco mo-
o micro-organismo com o qual ele está traba-
derado para o trabalhador e fraco para a
lhando.
comunidade, sempre havendo tratamento
para sua prevenção. Exemplos: vírus – her- É mandatório, ainda, fazer uso dos Equipa-
pes; parasitas – Schistosoma; mentos de Proteção Individual (EPI) necessá-
rios para se realizar um trabalho com seguran-
ff Classe 3: agentes que apresentam risco
ça, dentro das regras de segurança existentes.
grave para o trabalhador e risco modera-
O trabalhador deve usar avental, luvas descar-
do para a comunidade. Os ferimentos e os
táveis, máscara e óculos de proteção ou qual-
diagnósticos são graves; nem sempre existe
quer outro EPI que se faça necessário para que
um tratamento adequado para eles. Exem-
o trabalho seja realizado com segurança.
plos: vírus – hepatite B e C, HIV; parasitas
– Trypanosoma cruzi; bactérias – Brucella; De acordo com a Norma Regulamentadora
n. 9 (NR-9) que “estabelece a obrigatoriedade
ff Classe 4: agentes que apresentam risco gra-
da elaboração e implementação do Programa
ve tanto para o trabalhador como para a co-
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA”
munidade; não há tratamento, e o risco de
são considerados riscos ambientais os riscos
se espalharem é bastante grave. Exemplos:
físicos, químicos e biológicos. Porém, existem
vírus de febres hemorrágicas.
mais dois tipos de riscos que serão estuda-
Em relação às medidas de segurança para dos adiante, que são os riscos ergonômicos e
esse tipo de risco, deve-se levar em conside- de acidentes, também de grande importância
ração as leis que tratam do assunto, como a para a preservação da saúde física e mental do
Legislação Brasileira de Biossegurança e suas trabalhador.
24
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f) a obtenção de dados existentes na empresa, in- proceda às medidas de controle, com base nos
dicativos de possível comprometimento da saúde seguintes requisitos, transcritos da NR-09:
decorrente do trabalho;
9.3.5.1. Deverão ser adotadas as medidas neces-
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos ris- sárias suficientes para a eliminação, a minimização
cos identificados, disponíveis na literatura técnica; ou o controle dos riscos ambientais sempre que
forem verificadas uma ou mais das seguintes si-
h) a descrição das medidas de controle já existen- tuações:
tes.
a) identificação, na fase de antecipação, de risco
potencial à saúde;
Avaliação
b) constatação, na fase de reconhecimento, de ris-
A avaliação poderá ser quantitativa ou
co evidente à saúde;
qualitativa, como já observado anteriormente,
sendo de muita importância nas seguintes si- c) quando os resultados das avaliações quantita-
tuações: tivas da exposição dos trabalhadores excederem
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IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 2. Os aparelhos que devem ser usados nesta ava-
liação são: termômetro de bulbo úmido natural,
Ambientes externos com carga solar: termômetro de globo e termômetro de mercúrio
comum.
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
3. As medições devem ser efetuadas no local em
Onde: que permanece o trabalhador, à altura da região do
corpo mais atingida.
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
A NR-15 apresenta a seguinte tabela, acer-
tg = temperatura de globo ca dos limites de tolerância que devem ser
considerados:
tbs = temperatura de bulbo seco.
45 minutos trabalho
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
kkEXERCÍCIOS
28
higiene ocupacional
c) proteção dos ouvidos contra ruídos; 20. O que é ruído segundo a NR?
d) proteção dos olhos contra iluminação ul- 21. Quais são os efeitos do ruído sobre o apa-
travioleta; relho auditivo?
e) nenhuma das alternativas anteriores está 22. Que medidas podem ser consideradas pre-
correta. ventivas para promoção a promoção da
9. Qual a Norma Regulamentadora que esta- saúde do trabalhador?
belece limites para a exposição a ruídos, ca- 23. O que são vibrações localizadas?
lor, entre outros indicadores ergonômicos?
24. de que forma pode-se definir a vasodilata-
a) NR-04; ção periférica?
b) NR-05;
25. Quais as principais doenças decorrentes do
c) NR-15; calor?
d) NR-17;
29
higiene ocupacional
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SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambien-
te. Diretrizes para a política ambiental do Estado
ooGABARITO
13. O luxímetro é um aparelho que serve para 17. Os agentes nocivos são classificados em:
medir o nível de luminosidade dos ambien-
ff físicos: calor, ruídos, vibrações, frio, radia-
tes.
ções, pressão, umidade;
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ff químicos: chumbo, poeiras, fumos, produtos 22. São algumas medidas importantes para se
químicos em geral; proteger a saúde do trabalhador:
ff biológicos: doenças infectocontagiosas, bac- ff Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC):
térias, vírus, bacilos, fungos. isolamento de equipamentos que gerem ru-
ídos;
18. é denominada área classificada a área na
qual uma atmosfera explosiva está presen- ff Equipamentos de Proteção Individual (EPI):
te ou na qual é provável sua ocorrência a protetores auriculares, protetores tipo con-
ponto de exigir precauções especiais para cha;
construção, instalação e utilização de equi- ff exames médicos periódicos;
pamentos elétricos.
ff treinamento: informar quanto ao uso correto
19. São considerados agentes de risco físico: dos EPI;
ruídos, vibrações, radiações, temperaturas
ff medidas administrativas: exigir a obrigato-
extremas, pressões anormais e umidade.
riedade do uso dos EPI, fiscalizar seu uso.
20. A Norma Regulamentadora 15 (NR-15) de- 23. Vibrações localizadas, por definição, são
fine ruído de impacto como sendo: “aquele aquelas transmitidas aos membros supe-
que apresenta picos de energia acústica de riores, pelo uso de ferramentas manuais,
duração inferior a 1 (um) segundo, a inter- portáteis ou não.
valos superiores a 1 (um) segundo”.
24. A vasodilatação periférica ocorre quando
21. Os efeitos dos ruídos sobre o aparelho au- há maior fluxo de sangue na superfície do
ditivo podem ser definidos em três formas: corpo e no aumento de temperatura da pele.
ff surdez temporária: quando o trabalhador Isso implica em aumento do calor cedido ao
fica exposto a um ruído contínuo, mesmo ambiente ou em redução do calor ganho.
que por um breve período;
25. As principais doenças devidas ao calor são:
ff surdez permanente: quando o trabalhador
ff exaustão ao calor;
fica exposto repetidas vezes, durante longo
tempo, a ruídos intensos; essa perda auditi- ff desidratação;
va é irreversível; ff cãibras do calor;
ff trauma acústico: é uma perda de audição ff choque térmico.
momentânea devida a um ruído intenso.
rrSUAS ANOTAÇÕES
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