Obturação Endodôntica

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Obturação

Endodôntica
Professora: Francisca Gadelha
Cirurgia de acesso Preparo Químico-Mecânico Obturação Endodôntica
Objetivo
“Consiste no preenchimento do canal radicular com técnicas e
materiais adequados, capazes de proporcionar um selamento
hermético e permanente. Assim, é possível reduzir os espaços vazios
originalmente ocupados pela polpa dental vital ou necrosada,
evitando o estabelecimento de uma infecção ou reinfecção..’’

Lopes e Siqueira, 2022


1. DEFINIÇÃO
2. IMPORTÂNCIA
3. OBJETIVOS
4. LIMITE APICAL DE OBTURAÇÃO
5. MOMENTO DA OBTURAÇÃO
6. MATERIAIS OBTURADORES
7. TÉCNICA
Definição
✓ Obturação é o preenchimento de todo o espaço anteriormente ocupado pela
polpa, isto é, o canal dentinário, e que agora se encontra preparado e
desinfectado para receber esta fase do trabalho endodôntico.
Importância
✓Todas as fases do tratamento endodôntico
devem ser encaradas com a mesma atenção e
importância.

✓Vários trabalhos mostram que o insucesso


está diretamente relacionado com canais mal
obturados.
Objetivos
✓SELAMENTO ANTIMICROBIANO

✓PREENCHER O ESPAÇO VAZIO

✓FINALIDADE BIOLÓGICA
Objetivos
✓SELAMENTO ANTIMICROBIANO
•A proliferação bacteriana no interior do canal é intensa

•Sempre existe a possibilidade de permanência de microrganismos


(Sistema complexo de canais e canalículos)

•OBJETIVO:
•selar canalículos, ramificações e limite CDC
Objetivos
✓PREENCHER O ESPAÇO VAZIO
•A permanência de um espaço vazio compromete bons resultados

•Em casos de lesões periapicais- drenagem para o interior do canal


Obturação deve manter o “status de limpeza e desinfecção” proporcionado pelo PQM
Objetivos
✓FINALIDADE BIOLÓGICA
• A obturação não pode interferir e até deve estimular o processo de reparo
apical.
Limite Apical de Obturação
•Limite CDC (CRT/Batente apical)
•As obturações no nível do ápice podem provocam insucesso
Momento da Obturação
✓Após o PQM

✓Canal deve estar seco (ausência de sangue ou exudato)

✓Paciente deve estar assintomático

✓Ausência de odor
Materiais Obturadores

✓ PROPRIEDADES BIOLÓGICAS
✓ PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Materiais Obturadores
✓ PROPRIEDADES BIOLÓGICAS
✓Boa tolerância tecidual

✓Reabsorvido no periápice em caso de extravasamento

✓Estimular ou permitir a deposição de tecido mineralizado

✓Ter ação antimicrobiana

✓Não ser mutagênico ou carcinogênico


Materiais Obturadores
✓ PROPRIEDADES BIOLÓGICAS
Materiais Obturadores

Extravasamento de material obturador.


Controle de dois anos
Materiais Obturadores
✓ PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
✓Ser de fácil manipulação, inserção e remoção do canal
radicular
✓Não sofrer contrações
✓Deve ser impermeável
✓Possuir bom escoamento
✓Possuir adesividade
✓Não ser solubilizado no interior do canal
✓Ser radiopaco
✓Não manchar a estrutura dentária
Materiais Obturadores
MATERIAIS SÓLIDOS MATERIAIS PLÁSTICOS
Cones de Guta-Percha Cimentos endodônticos
Materiais Obturadores
Cones de Guta-Percha
✓Substância vegetal extraída sob a forma de látex das árvores dos gêneros
Payena ou Palaquium.

✓Composição dos cones: óxido de zinco (60 a 75%), guta-percha


(aproximadamente 20%) , sulfato de bário (1,5 a 17%), resinas, ceras e
corantes (1 a 4%)

✓Tipos de cones: principais e auxiliares ou acessórios


Materiais Obturadores
Cones de guta-percha PRINCIPAIS
✓Cones padronizados com comprimento e diâmetro pré-determinados;

✓Devem se adaptar no nível do BATENTE APICAL;

✓Numerados de acordo com os diâmetros das limas (IM);

✓Fabricados nas numerações: 15-40; 45-80; 90-140 ou de acordo com cada


sistema.
Materiais Obturadores
✓ Cone de Guta-Percha Principal
✓ Cone de Guta-Percha Principal
✓ Cone de Guta-Percha Principal

Protaper Gold

Protaper Universal Manual


✓ Cone de Guta-Percha Principal
Materiais Obturadores
✓ Cone de papel absorvente
Materiais Obturadores
Cones de guta-percha AUXILIARES
✓Não são padronizados

✓Utilizados para preencher o espaço entre o cone principal e as paredes do


canal

✓Mais cônicos e pontas mais finas

✓Modelos: XF, FF, MF, F, FM, M


Materiais Obturadores
✓ Cone de Guta-
Percha acessórias
Materiais Obturadores
Vantagens dos Cones de Guta-Percha
✓Adaptam-se facilmente às irregularidades do canal
✓São bem toleradas pelos tecidos perirradiculares
✓São radiopacos
✓Possuem estabilidade dimensional
✓Não alteram a cor da coroa do dente quando usados no limite adequado
✓Podem ser facilmente removidos do canal
Materiais Obturadores
Desvantagens dos Cones de Guta-Percha
✓Pequena resistência mecânica à flexocompressão

✓Não tem adesividade

✓Podem ser deslocados pela pressão


Materiais Obturadores
Cimentos endodônticos-Estado Plástico

✓ Associados aos cones principais e auxiliares

✓São empregados para reduzir a interface existente entre a guta-


percha e as paredes do canal

✓Reduz a interface entre os cones de guta-percha, tornando a


obturação homogênea
Características Ideais dos Cimentos endodônticos

✓Fácil inserção e remoção do canal


✓Ter bom tempo de trabalho
✓Promover o selamento tridimensional
✓Bom escoamento
✓Ser radiopaco
✓Não manchar a estrutura dentária
✓Boa adesividade
✓Insolúvel aos fluidos teciduais
✓Ser solúvel ou rabsorvível nos tecidos perirradiculares
✓Biocompatibilidade
✓Atividade antimicrobiana
Características Ideais dos Cimentos endodônticos

✓ Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol

✓Cimentos à base de hidróxido de cálcio

✓Cimentos à base de resinas

✓Cimentos Biocerâmicos
Cimentos endodônticos a base de Óxido de zinco e eugenol

✓Compostos por óxido de zinco e eugenol associados a outras


substâncias (subcarbonato de bismuto, sulfato de bário…), sob a forma
de pó/líquido

✓Impermeável, boa estabilidade dimens., bom tempo de presa

✓Não apresentam boa aderência

✓São tóxicos aos tecidos periapicais (Eugenol)

✓Boa atividade antibacteriana (Eugenol)


Cimentos endodônticos a base de Hidróxido de cálcio

✓Apresenta-se sob a forma pó/resina(2:1)

✓Endurece em 12 horas no interior do canal

✓Boa viscosidade, plasticidade e escoamento

✓Pouca radiopacidade

✓Boa tolerância tecidual, capacidade seladora e ação


antimicrobiana

✓Bom selamento apical


Cimentos endodônticos Resinosos
✓Apresenta-se sob a forma de pasta/pasta (1:1)

✓Tempo de trabalho de 4 horas e endurecimento de 8 horas

✓Permite SELAMENTO BIOLÓGICO pela deposição de um tecido


cementóide

✓Atividade antibacteriana satisfatória

✓Excelente escoamento

✓Ótima capacidade adesiva


SELAMENTO BIOLÓGICO
✓ A obturação também desempenha um papel biológico por meio da estimulação do
processo de reparo dos tecidos periapicais.

✓ A utilização de materiais biocompatíveis sem potenciais efeitos agressores pode


permitir e/ou estimular a deposição de cemento neoformado ao nível da saída
foraminal (selamento biológico).
Cimentos endodônticos Biocerâmicos

✓Alumina e zircônia, cerâmica vítrea, vidro bioativo e


fosfatos de cálcio, silicato de cálcio.
✓Biocompatibilidade, atividade antimicrobiana, união
à dentina, baixa citotoxidade, bom escoamento,
adequada radiopacidade, capacidade seladora,
aumento da resistência radicular.

✓Bioatividade
✓Alto Custo
✓Solubilidade
Cimentos endodônticos Biocerâmicos

✓A BIOATIVIDADE é uma propriedade almejada para


os materiais obturadores endodônticos.

✓A BIOATIVIDADE : quando os compostos bioativos


entram em contato com a umidade presente nos
túbulos dentinários apresenta capacidade de induzir
a formação de cristais de apatita.
Cimentos endodônticos Biocerâmicos
MTA
✓ Agregado trióxido mineral,

✓ É composto por partículas minerais hidrofílicas que


cristalizam na presença de umidade, originando um
cimento com pH alcalino e ótima capacidade de
selamento
MTA
Perfuração
MTA
Utilizado em situações clínicas como:
✓ Selamento de perfurações,
✓ Plug apical de dentes com rizogênese incompleta,
✓ Reabsorções internas comunicantes,
✓ Capeamento pulpar em tratamentos conservadores da
polpa.
MTA

Utilizado em situações clínicas como:


✓ Selamento de perfurações,
✓ Plug apical de dentes com rizogênese incompleta,
✓ Reabsorções internas comunicantes e não comunicantes,
✓ Capeamento pulpar em tratamentos conservadores da
polpa.
MTA

Desvantagens:
✓ Alto custo,
✓ Possibilidade de escurecimento coronal.
✓ Dificuldade de remoção diante da necessidade
de reintervenção.
TÉCNICA DA
CONDENSAÇÃO
LATERAL
Instrumental

Condensadores de PAIVA
Espaçador digital
Procedimentos Prévios a Obturação
•Remoção de Smear Layer
•Seleção do cone principal
•Secagem do canal
•Seleção dos cones auxiliares
•Desinfecção dos cones de guta-percha
•Manipulação do cimento obturador
Remoção de Smear Layer
Remoção de smear layer

✓Irrigação com EDTA por 3 minutos


SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL

✓Prova visual

✓Prova tátil

✓Prova radiográfica
SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL
✓Prova visual

•Escolhido de acordo com o IM /Canal inundado com hipoclorito


SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL
✓Prova tátil

•Verificar o travamento no batente apical


SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL
✓Prova radiográfica
SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL
✓Prova radiográfica ou prova do cone
SECAGEM DO CANAL RADICULAR

•Cones de papel selecionados de acordo com o IM (3


cones de papel)
SELEÇÃO DO CONE AUXILIARES

Instrumento Cones
memória auxiliares
35 em diante M

Entre 30 e 35 FM

De 25 a 30 F e MF

Abaixo de 25 XF e FF
DESINFECÇÃO DOS CONES DE GUTA-PERCHA

•A desinfecção dos cones de guta-percha antes do


uso pode ser feita pela imersão do cone em
hipoclorito de sódio na concentração de 2,5%até
5,25%por um minuto, tomando-se o cuidado de
lavá-lo em seguida em solução salina estéril.
MANIPULAÇÃO DO CIMENTO ENDODÔNTICO
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO LATERAL
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL
✓Raio-X para verificar a
qualidade da condensação Lateral
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL

CORTE DOS CONES DE GUTA-PERCHA


TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO LATERAL

Condensação vertical
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL

•LIMPEZA DA CÂMARA PULPAR


-Álcool
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL

Radiografia Final
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO LATERAL

•Limite cervical- colo (unirradiculares); assoalho (multirradiculares)


-MATERIAL OBTURADOR APENAS NO CANAL RADICULAR
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL
TÉCNICA DA CONDENSAÇÃO
LATERAL
TÉCNICA DO CONE
ÚNICO
TÉCNICA DO CONE ÚNICO
TÉCNICA DO CONE ÚNICO

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