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Resumos produção noticiosa

● Dois valores essenciais num jornalista: curiosidade e abertura


● Um jornalista tem de saber enquadrar a notícia, tem de saber fazer as
perguntas certas, tem de saber distinguir o que é informação e o que é
propaganda

● O que é uma notícia?
● Uma notícia é uma história;
● Como toda a história tem princípio, meio e fim;
● Tem personagens;
● Decorre num tempo preciso;
● A notícia tem um determinado tema que aconteceu num determinado
espaço, num determinado tempo;
● Ao contrário da história, a notícia tem personagens reais, num tempo
real;
● A notícia tem de responder às perguntas “Quem” “Quando?” “ Onde”
“Porquê?” “Como?”
● Quando se responde à pergunta “ Quem?” não se pode dizer apenas os
nomes, tem de se identificar o que é que eles representam.
● Tem de se explicitar tudo no responder às perguntas
● As personagens podem ser as fontes que eu vou ouvir e são elas que me
vão dar a informação que eu não tenho;
● Uma história jornalística, neste tempo em que produzimos conteúdos e
todos comunicamos com todos, tem o dever de se diferenciar dessa
amálgama informacional que é produzida em série a cada instante;
● Sem cair no sensacionalismo, o trabalho jornalístico deve perseguir
sempre o objetivo de ser rigoroso, preciso, completo, verdadeiro e se
possível tocante na informação que produz.

● Notícias como construção:

● As notícias são uma invenção da imprensa diária. Não há um formato


sistemático e regular para a disseminação de notícias. Em 1622, 75% das
notícias tinham mais de 2 semanas, em 1906 mais de 90% tinham
acontecido na véspera (maioria do que acontece não chega a ser
noticiado).

● Qualquer acontecimento pode ser notícia. Depende tudo da forma como


o jornalista a notícia e a relata.
● A atualidade no jornalismo refere-se ao momento em que uma notícia é
publicada ou veiculada, em que vez do momento em que ocorreu. Isso
significa que uma notícia pode ser considerada atual mesmo que o evento
tenha ocorrido há algum tempo, desde que a sua relevância ou impacto
permaneça significativo no contexto presente.

● Porque é foram noticiadas aquelas notícias?

● Temas novos, recentes, que são novidade;


● Temas que têm um impacto direto na vida das pessoas;
● Notícias que estão constantemente a ter atualizações;
● Noticiam uma alteração da realidade;
● Se noticiarem pessoas com um estatuto;
● Se noticiarem instituições importantes;

● Cada meio de comunicação tem um perfil editorial;

● Aquilo que é citado pelo entrevistador, tem graus diferentes de


relevância;

● Se ele inserir outras entidades e tiver consequências na vida das pessoas.

● O jornalista não deve ser uma esponja acrítica, não deve apenas recolher
a informação, não deve ser um ator passivo. O jornalista deve procurar
verificar a informação e fazer recolha de dados.

● A notícia tem de ter um enquadramento, um contexto.

● A escrita noticiosa não é cronológica, não é feita pela ordem em que


aconteceram mas pelo grau de importância das informações.

Ao escrever notícias não colocar informação que não está lá e ter cuidado com a
adjetivação.

● Neutralidade/ Imparcialidade:
● Não há informação neutra (geralmente)
● A linguagem não é neutra e consequentemente a produção noticiosa também
não;
● Exceções: “o tempo em Coimbra é de chuva” -> facto, neutro
● “O tempo em Coimbra vai piorar”-> já é subjetivo, já se está a dar uma opinião

● O que é ser imparcial?


● Posição teórica do professor:

● O jornalista não deve ser imparcial mas transparente;

● Os prejuízos, pré-conceitos que cada um tem, transformam o modo como cada


um perspetiviza o evento;

(AP) (Réves)-> Maiores imprensas de informação do mundo, vendem para os órgãos de


comunicação. Eles podem postar na íntegra, têm é de dar as referências.

● Não utilizar adjetivos. Traz subjetividade;


● Não utilizar palavras que não estejam na conferência ou no comunicado de
imprensa;
● Tudo o que forem opiniões dadas, que estejam no texto, têm de ser citadas entre
aspas ou mencionar quem disse;
● Não é preciso colocar todos os dados que nos são dados. Ver o que é importante;

● A objetividade como ritual estratégico: uma análise das noções de


objetividade dos jornalistas:

● Os jornalistas para não ser colocado em causa o seu trabalho e o que dizem
utilizam estratégias como nomear que a fonte disse aquilo;

● A objetividade não é apenas uma busca pela verdade mas um ritual que serve
para legitimar o trabalho jornalístico e construir confiança junto ao público.

● As fontes dizem o que ele quer dizer, sem colocar a sua profissão em causa.

● A forma como os meios de comunicação produzem os conteúdos é diferente da


forma como o público a recebe.

● A produção de fake news tem por base o conceito de intencionalidade ou não.


Ou seja se essa falsa informação foi produzida de forma proposital ou se
resultou de um engano, da falta de verificação do jornalista;

● Dois conceitos que influenciam a maneira como o jornalista avalia os dados:


● Notícia como um negócio;
● Notícia como um serviço, como algo de interesse público;

● A notícia é feita por palavras. Estas palavras por si só já não são neutras, têm um
significado cultural, histórico;
● O próprio acontecimento foi visto, foi avaliado pelo jornalista. Como tal, a
notícia nunca vai ser completamente objetiva. Vai ter subjetividade, vai ter
preconceitos na base da notícia.

● Objetividade no mundo jornalístico:


● Contar a história da forma mais equilibrada possível;
● Procurar entrevistar o máximo de envolvidos possível;
● Levar factos para a entrevista para que a pessoa comente;
● Ter a certeza de que ambas as partes tiveram a oportunidade de ser ouvidas;
● Ter a capacidade de até mudar o ponto de vista /ângulo da história;
● Objetividade é algo inalcançável. Tentar ao máximo. Apontar de modo crítico o
que vemos;
● Procurar manter e desenvolver relações com as fontes;
● Apesar da questão da rapidez ser muito valorizada no jornalismo, é prioritária a
questão da veracidade;

● Fontes:

● Organizações não governamentais;

● Académicos que têm conhecimento e trabalham sobre o tema em questão;

● Ir a eventos, conferências jornalísticas e palestras

● Ver o que foi falado nos últimos seis meses, procurar os ângulos e pontos de
vista que não foram abordados;

● REPORTAGEM
-Título;
-Entrada;
-Desenvolvimento;
-Fecho;

● Objetivos da entrada:
-Atrair a atenção;
-Suscitar a curiosidade e interesse pelo conteúdo;
-Avivar o desejo da informação;
-Introduzir algumas pistas sobre o conteúdo do trabalho;
-Incitar o desejo de querer continuar a ler/seguir a estória;
● Tipos de entrada:
● Resumo;
● Impacto/busca da surpresa;
● Analogia;
● Pintura;
● Contraste;
● Interrogação ou exclamação;
● Com base em dados;
● Citação;

● Tipos de reportagem:

● Reportagem científica: Centra-se nos avanços científicos mais recentes

● Reportagem sobre personagem: Descreve com o maior detalhe


possível a forma de ser de uma pessoa, a sua personalidade, carácter, etc

● Reportagem de viagem: Emoções e impressões que a viagem causou no


jornalista;

COMO FAZER UMA REPORTAGEM:


Porque é que vou fazer esta reportagem?
Como é que eu vou desenvolver esta história, como é que eu vou pegar neste
assunto, nesta questão?
O ângulo pelo qual olhamos para o assunto;
O jornalista deve dar dados objetivos para mostrar o que vê;
Clareza de ideias, transparência narrativa;
Linguagem simples, clara;
Se usar expressão muito especializada pode usar o termo mas explicar entre
parênteses;
É necessário o contacto da abordagem (visto que as pessoas não nos conhecem).
Como tal usar um diálogo de saber ouvir, saber escutar;

COMO ESCREVER UMA REPORTAGEM:

Ser conciso. Não ter elementos que não acrescentem nada ao texto.
Ser preciso. Ex: localidade x que fica a y km da aldeia z
Dizer o tempo. Quanto tempo demorou,..
Texto rico em impressões. Despertar os cinco sentidos com o texto. Texto
descritivo;
Dar ritmo à narrativa. Usar a lei da alternância do discurso direto com o discurso
indireto; frases curtas com frases mais longas;
Usar maioritariamente o presente;
Usar principalmente frases curtas;
Evitar expressões muito pobres do ponto de vista informativo. Por exemplo:
Horrível tragédia;
Ser detalhista;

- VER EXEMPLOS
O que está no título tem de aparecer no inicio

Aula dia 19/11


O título jornalístico:
O título deve dar uma informação sobre o tema da notícia ou por outro lado deve
esconder mitigar essa informação.
EX: “ Universidade vai promover as obras de remodulação da Associação
Académica de Coimbra”
“Universidade de Coimbra já decidiu sobre o futuro da AAC”
Os títulos têm um constrangimento espacial muito maior em relação ao resto da
notícia. Tem um número de caracteres mais reduzido. Tem de ter uma linguagem
mais telegráfica. Há palavras e expressões que são tiradas sem perder o sentido.
EX: utilização de siglas apenas que sejam muito conhecidas. Artigos e verbos
podem ser suprimidos muitas das vezes.

Proposta de categorização dos títulos:


Informativos Indicativos, explicativos;
Expressivos Apelativos, formais, lúdicos, interrogativos;
Categoriais Indicam uma categoria ou tema, são neutros;
Declarativos Baseiam-se numa citação

(Na frequência ele não vai perguntar que tipo de título é, nem vai pedir
para escrever um título de determinada categoria);

INFORMATIVOS:
Informar de forma muito direta o que é que se está a noticiar. Não pressupõe
qualquer conhecimento anterior do destinatário.

Indicativos: Respondem a perguntas “quem” “quando” “onde” “quando”

Explicativos: Indicam as causas e consequências do acontecimento. Respondem


às perguntas “como” “porquê”
EXPRESSIVOS
Não visam informar sobre um facto e as circunstâncias que o singularizam mas
evocam um facto que se presume conhecido

Apelativos: Dramatizam o acontecimento


Formais ou lúdicos: Centrados sobre a forma da mensagem podem ser
construídos à maneira do trocadilho, quer lembrando títulos de filmes, livros,
canções, slogans publicitários
Interrogativos: construídos sobre a forma de pergunta

CATEGORIAIS
Indicam uma categoria ou tema, sem sintetizar o conteúdo do artigo

DECLARATIVOS
Baseiam-se numa afirmação, numa citação, numa declaração. Através do
discurso direto ou indireto feito por uma personalidade ou entidade exterior ao
jornal. Neste caso, o jornal apaga-se enquanto enunciador, colocando em
evidência o autor da mensagem;

COMO FAZER UM TÍTULO

● Os títulos devem ser escritos no presente


● Não devem ser repetidas palavras
● Não usar pontos finais no título. Nem se cortam palavras
● As siglas facilitam a redação de um título mas dificultam a sua
compreensão. Só utilizar se forem bastante conhecidas;
● Evitar as interrogações;

O título também está relacionado com o órgão de comunicação


As fotografias e as infografias cooperam com o texto e os títulos, de modo a
darem ao todo uma coerência informativa progressivamente mais completa,
mais atraente e de melhor leitura

O título não deve dizer tudo da notícia para suscitar algum interesse

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