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A teimosia da mãe era tão grande, que eles embarcaram, no começo de 1938, em
um navio, rumo à Alemanha. Não demorou para que percebessem que a realidade
era bem diferente daquela que a mãe imagina.
Por causa da dificuldade de acharem uma casa, Rodolfo e seus pais tiveram que
continuar na casa das tias Dora e Maria.
Com o passar do tempo a situação só piorava, ainda mais para os judeus que
eram culpados injustamente por diversas coisas que assustavam muito o
menino, que com medo das perseguições que os judeus sofriam perguntou para a
mãe:
Ao completar 9 anos, Rodolfo entrava em uma infância que não era nada normal,
as agressões na escola tinham melhorado pouco, mas em relação à isso a
situação do país só piorava com os problemas criados pelo Fuher e o visto de
saída sendo cancelado as emoções iam a mil.
Não demorou muito tempo para que o país entrasse em guerra, Hitler se
vangloriava de sua vitória sobre a invasão da Polônia e com isso a necessidade de
sair do país só aumentou, fazendo os pais do menino continuarem fazendo planos
e planos para sair do país, mas todos sem êxito.
No Natal de 1939 a situação não estava tão ruim, então a família festejou o Natal
de certa forma tranquilos, até que uma amiga de Marta chegou desesperada:
-Rebeca! – exclamou tia Maria ao vê-la – O que aconteceu? Você parece estar
aterrorizada!
- Meu pai… ele recebeu uma intimação. Tem de estar à disposição… vão levá-lo
para um campo de concentração!- Com isso toda a família ficou perturbada,
tentando acalmar a pobre moça e achar uma solução para isso, mas obviamente
não conseguiram. Depois das ocupações da Dinamarca e da Noruega, as tropas
alemãs saíram por todas as ruas com fanfarras e gritos de júbilos comemorando
sua vitória. As tropas alemãs continuaram atacando e por todos os lados: Bélgica,
Holanda e França. Era uma vitória atrás da outra. Mas com tudo isso a saudade do
Brasil só aumentava e doía muito. Com a derrota da França e a não invasão da
Inglaterra, os pais do meninos se iludiam que a guerra iria acabar, mas isso era
apenas uma ilusão mesmo. Depois de mudar de escola as agressões que Rodolfo
sofria diminuíram, mas as dificuldades com a guerra, o emprego odiado do pai e a
hostilidade dos alemães não.
Inebriado com as vitórias, Hitler sem aviso prévio iniciou uma ocupação
bélica da União Soviética e com isso iniciou-se a campanha militar mais feroz da
história em termos de mobilização de tropas. Soldados do chamado eixo se
colocaram em movimento. Nas primeiras semanas a mídia só divulgava os
avanços alemães ao invés de toda a verdade, mas com o passar do tempo as
coisas foram ficando mais difíceis para os alemães que já estavam cansados da
guerra.
Com uma lanterna na mão o pai de Rodolf atendeu a porta, era Gestapo para
revistar a casa, pois haviam recebido uma denúncia, onde pessoas suspeitas
frequentavam a casa. Não confiavam neles pelo fato de que Rodolf era brasileiro.
Reviraram toda a casa enquanto a Tia Maria só chorava.
A família se mudou para Varsóvia e eram bem tratados lá. Tiveram alguns dramas
na Polônia, pois o nazismo estava por toda parte, além de que muitos poloneses
faziam parte da resistência.
Um amigo deles chamado Ladislau, costumava visitá-los com frequência, até que
um dia ele levou o seu amigo Joaquim Marosky, também era brasileiro, do Paraná.
Ambos estavam bebendo vinho até que Joaquim interrompeu.
APÓS LONGA VIAGEM, EU UMA CERTA MANHÃ OTTO ACORDOU COM A INCRÍVEL
NOTÍCIA QUE A COSTA BRASILEIRA ESTAVA A VISTA. UM ALÍVIO PARA QUEM
SOFREU TANTO COM A GUERRA. NAQUELE MOMENTO O JÁ RAPAZ CAIU DE
JOELHOS E AGRADECEU A DEUS.