Bens públicos
Bens públicos
Bens públicos
BACHARELADO EM DIREITO
ITAJUBÁ – MG
2024
Sumário
4. EVOLUÇÃO .............................................................................................. 5
6. CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................... 7
22. Desapropriação.................................................................................... 22
Bens de uso comum do povo: Aqueles destinados ao uso coletivo, como ruas,
praças, praias, mares e rios. Estes bens são de uso geral e livre para a população,
exceto quando alguma regulamentação específica restringe seu acesso.
4. EVOLUÇÃO
as coisas públicas, que eram afetadas ao uso público, como os cursos d’água,
rios, estradas etc.; sobre tais bens o rei não tinha direito de propriedade, mas apenas
um direito de guarda ou poder de polícia; os bens integrados no domínio da coroa,
propriedade.
Deste modo são considerados bens públicos os bens materiais ou imateriais, assim
como as prestações, pertencem às pessoas jurídicas públicas, visando a fins públicos
e sujeitas a regime jurídico especial, derrogatório e exorbitante do direito comum. De
forma mais ampla, bens públicos são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas,
imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer
título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais.
6. CLASSIFICAÇÃO
A primeira classificação dos bens foi proposta por Pardessus, que distinguiu
dois tipos principais: o domínio nacional, passível de apropriação privada e gerador de
renda, e o domínio público, destinado ao uso comum e ao serviço geral. Este último,
por sua natureza, é inalienável, imprescritível e insuscetível de servidão.
I-os bens de uso comum do povo, tais como mares, rios, estradas, ruas, e praças;
III- os dominicais, isto é, os que constituem o patrimônio da União, dos Estados ou dos
Municípios, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades.
I- Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
III- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades”.
1. Autorização de Uso
2. Permissão de Uso
4. Cessão de Uso
Para que o particular utilize um bem público, alguns requisitos devem ser
observados:
9. CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Por fim, O uso de bens públicos por particulares é um instituto que, embora
A legitimação define os bens do estado privado como "os que são constitutivos
do patrimônio da União, dos Estados ou Municípios, como objeto de direito pessoal ou
real de cada uma dessas entidades", bem como bens dominicais pelo Código Civil e
bens do patrimônio disponíveis pelo antigo Código de Contabilidade Pública.
O conceito é mantido no artigo 99, III do Código Civil de 2002, apenas para
esclarecer que todas as pessoas jurídicas de direito público são titulares de bens
dominicais. Como objetivo de direito pessoal, ou real, de cada uma das pessoas
jurídicas de direito público, o dispositivo estabelece que eles mesmos “constituem o
patrimônio das pessoas”.
Além disso, o parágrafo único afirma que “não dispondo a lei em contrário, considerase
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado”. Afirma que "não dispondo a lei em contrário,
considerar-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
a que se tenha dado estrutura de direito privado”.
A ideia é que essa categoria inclui todos os bens que não são considerados de
uso comum do povo ou de uso especial. Assim, se um bem é utilizado pelo público em
geral ou para fins administrativos, ele não se classifica como um bem dominical.
11. CARACTERÍSTICAS
Atualmente, está claro que a natureza desses bens não é apenas patrimonial,
e uma administração deles pode ter como objetivo geral de interesse. Assim, os bens
do domínio privado são empregados como locais de obras e atribuídos a indivíduos
para fins públicos. Por exemplo, emana Direito brasileiro, o direito real de uso direito
é reservado para fins de urbanização, industrialização e cultivo. Também está sujeito
a cessação gratuita ou onerosa para fins culturais, recreativos e esportivos. É que
esses bens sejam administrados no benefício de todos, incluindo as terras públicas
onde estão situadas florestas, mananciais ou recursos naturais de preservação
permanente, mesmo sem serem empregados por terceiros ou diretamente pela
Administração.
Bens indisponíveis: As pessoas que possuem bens indisponíveis não têm caráter
tipicamente patrimonial e, por isso mesmo, não podem dispor deles. Isso informa uma expressão.
Deixar de dispor, nessa situação, significa que eles não podem ser desvirtuados das específicas
aos que estão voltados, nem alienados ou onerados. Em outras palavras, indica que o Poder
Público tem a responsabilidade de proteger, melhorar e manter ajustados aos seus propósitos,
sempre ao benefício da coletividade.
15. IMPENHORABILIDADE
16. IMPRESCRITIBILIDADE
Desse modo, mesmo que o interessado tenha a posse de bem público pelo
tempo necessário à aquisição do bem por usucapião, tal como estabelecido no direito
privado, não nascerá para ele o direito de propriedade, porque a posse não terá
idoneidade de converter-se em domínio pela impossibilidade jurídica do usucapião. O
Estado pode formular a respectiva pretensão reintegratória em caso de ocupação
ilegítima na área do domínio público, sendo a causa da alegação de omissão
administrativa.
Características:
17. ALIENAÇÃO:
A lei determina que essa autorização seja aprovada por órgãos legislativos
competentes, como câmaras municipais, assembleias legislativas ou o Congresso
Nacional, dependendo da jurisdição. Ademais, o processo de alienação de imóveis
deve ser realizado através de licitação na modalidade leilão. No entanto, a licitação
pode ser dispensada em situações específicas previstas no artigo 17 da referida lei,
em seus incisos de A ao I.
O art. 99, inciso III, do Código Civil Brasileiro define os bens públicos dominicais
como aqueles pertencentes ao patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
sendo objeto de direitos reais ou pessoais dessas entidades.
Neste capítulo, discorremos sobre de que forma o Poder Público pode adquirir
bens, esclarecer quais são os instrumentos que a norma disponibiliza para aquisição
de coisas móveis e imóveis, verificar qual tratamento a legislação dá para cada
situação em específico. Também as formas de aquisição originária e derivadas;
incorporação de bens ao patrimônio público (doação, desapropriação, compra e
venda).
Este tópico aborda as diversas maneiras pelas quais o Poder Público pode
adquirir bens. As formas de aquisição são classificadas em duas categorias principais:
aquelas regidas pelo direito privado, como compra, doação, permuta, usucapião,
acessão e herança; e as que estão sob o direito público, que incluem desapropriação,
requisição de bens móveis consumíveis, aquisições previstas por lei ou decorrentes
de execução, confisco, investidura, perda de propriedade, reversão, caducidade de
aforamento e a arrecadação de imóveis abandonados.
No que se refere a compra, são utilizadas geralmente para adquirir coisa móvel
e semoventes, devendo seguir o que dispõe a Lei nº 14.133, de 01-04-2021, como
exemplo temos o art. 6º, X, que estabelece sobre aquisições de bens feitas de uma só
vez ou parcelada, será considerada imediata se o prazo de entrega for de 30 (trinta)
dias. Já o art. 40 estipula que deve ser levado em consideração o consumo anual e
verificar e deve observar as seguintes condições: a) sistema de registro de preços; b)
unidades e quantidades com base no consumo e utilização, com utilizando técnicas
adequadas de estimativas; c) verificação para guarda e armazenamento de modo que
não vá se deteriorar; e por fim respeito ao princípio da padronização, parcelamento e
responsabilidade fiscal (PIETRO, Maria Sylvia, p.791, 2024).
20. Contratos
A compra de bens públicos por meio de contrato não confere ao gestor público
a mesma liberdade que os indivíduos comuns têm para expressar seu desejo de
aquisição, e nem poderia ser de outra forma. Como a legitimidade da Administração
Pública depende da conformidade com a lei, é natural que esta estabeleça certas
condições específicas para que os funcionários públicos possam representá-lo em
contratos para a compra de bens. Uma condição específica para a aquisição de bens
pelo Estado através de contrato de compra é a necessidade de licitação prévia,
conforme estabelecido na Lei no 14.133/2021 - algo que não se aplica nas transações
entre indivíduos.
22. Desapropriação
23. Acessão
A acessão pode ocorrer de diversas formas: (a) pela criação de ilhas; (b) por
aluvião; (c) por erupção; (d) pela desertificação de áreas; (e) pela edificação de
estruturas ou cultivos. Já em relação à formação de ilhas, é necessário determinar em
quais águas isso acontece. Se a ilha se origina em águas territoriais ou rios que são
propriedade da União, como já vimos (rios que atravessam mais de um Estado, por
exemplo), ela será claramente federal. Se a formação ocorrer em águas estaduais, a
forma de aquisição beneficiará o Estado.
O autor José Carvalho (2024) explica que neste tipo de aquisição, existe a
possibilidade de adquirir bens pela morte da pessoa da mesma forma como ocorre no
direito privado. E a doutrina explica, que no antigo Código Civil de 1916, o Estado,
seja da figura do Município, Distrito Federal e a União, faziam parte da linha vocacional
no Direito das Sucessões, isso significava que figuravam como legitimados quanto ao
direito de herança. Hoje, com as alterações do Código civil de 2002 foram retirados
desta figura no direito sucessório, mas nos casos em que nenhum dos legitimados
elencados no art. 1829 do Código Civil reclamar a herança, ou talvez, feita renúncia
dos herdeiros o Município ou Distrito Federal terão direito sobre os bens, tendo como
marco para definir a quem pertence o território, e se, localizado em território federal
pertencerá a União (art. 1.844 do CC).
assim, ao transferir bem para o ente federativo, integrará o acervo de bens públicos.
25. Arrematação
José Carlos (2024) esclarece, que a enfiteuse era um direito real sobre o
patrimônio alheio, no qual o uso e o usufruto do bem (domínio útil) eram de
propriedade do enfiteuta, enquanto ao proprietário (ou senhorio direto) restava apenas
a propriedade nua (propriedade abstrata). O Código Civil anterior regulava o instituto,
contudo, o atual Código não mais enquadrou a enfiteuse entre os direitos reais (art.
(2.125). Contudo, não alterou as já vigentes, que seguem sendo regidas pelo Código
anterior (art. (ver 2.038). Portanto, este tópico deve se restringir às enfiteuses
estabelecidas antes da entrada em vigor do atual Código.
Uma das normas que regulavam a enfiteuse dizia respeito ao resgate, uma
condição legal que possibilitava ao enfiteuta, após o período de dez anos, consolidar
a posse, pagando ao senhorio direto um valor estipulado por lei.
A circunstância mais habitual era que, sendo o imóvel público, o senhorio direto
era o Estado e o enfiteuta era o indivíduo. Contudo, nada impedia a inversão da
posição. Se o enfiteuta for uma entidade de direito público e fizer o pagamento devido
ao proprietário-senhorio direto, a propriedade será estabelecida em seu favor e, como
resultado, o bem, antes privado, assumirá a condição de bem público.
Uma dessas formas é aquela que emerge dos loteamentos. A norma que
regulamenta a divisão do solo urbano determina que certas áreas dos loteamentos
serão destinadas ao Estado. Assim, desde o registro do loteamento no cartório
apropriado, as vias, praças, áreas livres e, se for o caso, as áreas reservadas para a
edificação de edifícios públicos passam a fazer parte do domínio público. A compra
desses bens - geralmente classificados como bens de uso comum do povo devido à
sua finalidade - não requer nenhum instrumento especial, entrando automaticamente
na categoria de bens públicos. Normalmente, os bens (especialmente os de uso
coletivo do povo) são transferidos para a posse do Município. No entanto, pode
ocorrer, por exemplo, a atribuição de uma área para a construção de uma escola
estadual; neste caso, o bem será de propriedade estadual.
Natureza Jurídica
Bens de uso comum do povo: são aqueles que, por sua natureza ou
determinação legal, podem ser utilizados por qualquer pessoa, como ruas, praças, rios
navegáveis e estradas. Esses bens são acessíveis a todos e seu uso não requer
autorização da Administração Pública, a menos que seja necessária a regulação de
forma especial.
Imprescritibilidade: esses bens não podem ser adquiridos por terceiros por meio
de usucapião, ou seja, seu uso prolongado por particulares não gera direito de posse
ou propriedade.
Essa lei também deu origem ao processo de discriminação das terras devolutas;
o art. 10 determinava que o Governo adotasse um método prático para distinguir o
domínio público do particular.
Na Constituição de 1988, essa classificação foi ampliada para incluir "as terras
devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em
lei" (art. 20, II).
É prevista desde a Lei nº 601, de 1850, cujo art. 1º fixava uma largura de dez
léguas. Essa faixa foi fixada depois em 100 km (Decreto nº 24.643, de 10-7-34, art.
29, I, c); depois passou a ser de 150 km (Decreto-lei nº 852, de 11-11-38, art. 2º, V);
atualmente, é mantida essa largura pela Lei nº 6.634, de 2-5-79, e pelo art. 20, § 2º,
da Constituição Federal.
Ilhas:
Além disso, pertencem também aos Estados “as ilhas fluviais e lacustres não
pertencentes à União” (art. 26, III); ou seja, ficam excluídas do domínio dos Estados
as ilhas situadas nas zonas limítrofes com outros países.
Ao falar em ilhas fluviais e lacustres, quer-nos parecer que a Constituição
somente se refere àquelas que se formam nas águas públicas; as situadas em águas
particulares a estes pertencem, conforme art. 23 do Código de Águas.
No art. 1º diz que “as águas públicas, por sua vez, podiam ser de uso comum
ou dominicais.”
O uso pode ser autorizado ou concedido por até 30 anos (ou 35 anos, conforme
a Lei nº 9.433/97).
Os direitos de uso podem ser extintos por várias razões, como renúncia ou
expiração do prazo.
Na Constituição atual, o art. 176 estabelece que jazidas e recursos minerais são
propriedade da União, distinta da do solo, para fins de exploração. O concessionário
tem direito à propriedade dos produtos da lavra, e o proprietário do solo pode participar
nos resultados da lavra, conforme estipulado por lei.
O art. 20, § 1º, garante que Estados, Municípios e órgãos da União também
participem dos resultados da exploração de petróleo, gás natural e recursos hídricos
para geração de energia elétrica em seus territórios.
A pesquisa e lavra dependem de autorização ou concessão da União, que deve
ser concedida a brasileiros ou empresas brasileiras. A autorização de pesquisa tem
prazo determinado, e qualquer cessão ou transferência de autorizações e concessões
exige a anuência do poder concedente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 34. ed.
São Paulo: Malheiros, 2019.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 34. ed. São Paulo:
Thomson Reuters Brasil, 2021.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 46. ed. São Paulo:
Malheiros, 2020.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos
Administrativos. 18. ed. São Paulo: Dialética, 2018.
NOHARA, Irene Patrícia D. Direito Administrativo. 12ª ed. Rio de Janeiro: Atlas,
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559774289/. Acesso em:
23 10 2024.
FILHO, José dos Santos C. Manual de Direito Administrativo. 37ª ed. Rio de
Janeiro: Atlas, 2023. E-book. p.Capa. ISBN 9786559774265. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559774265/. Acesso em:
23 10 2024.