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Faculdade Anhanguera de Imperatriz

Estágio : Análises Clínicas

POP- TESTE HIV

1. OBJETIVO : Padronizar a técnica de realização dos testes rápidos para HIV

1 e 2 pela ULACP.

2. MATERIAL:

● Amostra de sangue;

● Kit de teste rápido para HIV-1 e 2;

● Pipeta e ponteiras;

● EPIs.

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

Os testes rápidos detectam os anticorpos anti-HIV-1 e/ou anti-HIV-2 por método


imunocromatográfico, usando uma combinação de proteínas recombinantes dos
vírus HIV-1 e HIV-2 imobilizadas na membrana para identificação seletiva dos
anticorpos anti-HIV em amostras de soro, plasma ou sangue total.

3.1. Coleta e processamento da amostra


1o Coletar a amostra de sangue em tubos sem anticoagulante para obtenção de
soro (tampa amarela ou vermelha), conforme protocolo de coleta de amostras (PRT.
n0003 da ULACP). Também poderão ser utilizadas amostras de plasma e sangue
total (com anticoagulante citrato, heparina ou EDTA);
2o OBS: Sempre observar na bula do teste quais amostras são recomendadas para
a análise, pois dependendo do fabricante do dispositivo teste poderá haver
variações.
3o Cadastrar o exame como TRHIV no sistema laboratorial e etiquetar a amostra
(POP n0 057 da ULACP);
4o Centrifugar a amostra por 10 minutos a 3400 rpm para obtenção do soro;
5o Evitar utilizar amostras hemolisadas e lipêmicas, pois podem levar a falsos
resultados. Utilizar amostras frescas, se não for possível, armazenar sob
refrigeração (2-8 oC) por 48 horas. Podem ser congeladas (-20 oC) por período de 3
meses (somente soro e plasma), e nesse caso é recomendado descongelar apenas
uma vez.
6o OBS: Se a amostra foi mantida no freezer, ela deverá ser descongelada e
homogeneizada completamente. Posteriormente, deixá-la em posição vertical para
permitir que qualquer partícula que possa existir em suspensão seja sedimentada.
Não agitar a amostra. Amostra diluída pode ocasionar resultado falso-negativo.

4. PROCEDIMENTO DO TESTE :
Os kits de testes rápidos utilizados na rotina variam constantemente de marca
comercial, logo o volume da amostra e do diluente utilizados no teste poderão variar
de acordo com o fabricante (vide bula), mas de 1,2.3,4,5,6,7,8,9 de modo geral
devem ser processadas da seguinte maneira:
Preparar o material necessário para a realização dos testes no setor de dissoração
(amostras, testes rápidos, pipeta e lista de pendência com a relação de pacientes
que realizarão o exame);
OBS: A placa teste e a amostra devem estar à temperatura ambiente antes do uso.
Abrir a embalagem do teste rápido, retirar a placa teste e colocá-la sobre uma
superfície plana
e limpa;
OBS: Após aberta a embalagem, utilizar a placa teste imediatamente.
Identificar a placa com o número do paciente;
Pipetar o volume de amostra indicado pelo fabricante (bula) na cavidade indicada da
placa teste;
OBS: Quando tiver mais de uma amostra a ser testada, deve-se processar uma por
vez e sempre conferindo o número do paciente do tubo de amostra com o número
escrito na placa, para que não ocorra troca de amostras.
Adicionar na mesma cavidade o diluente fornecido no kit, no volume indicado pelo
fabricante (bula);
Anotar o tempo de preparo na lista de pendência ou na placa teste do paciente;
10o Encaminhar as amostras, as placas de testes prontas e a lista de pendência ao
setor de imunologia, onde será realizada a leitura pelo analista;
11o Realizar a leitura após o tempo indicado pelo fabricante na bula;
12o Anotar os resultados na lista de pendência do exame e encaminhá-la ao setor
de digitação para que insiram os resultados no sistema de interfaciamento
laboratorial (SIL).

3.3. Resultados
O resultado obtido, respeitado o tempo recomendado pelo fabricante, poderá ser
positivo (reagente) ou negativo (não reagente), conforme Figura 1. E serão inseridos
no SIL, na máscara de TR-HIV.
• Resultado não reagente: surgimento de apenas uma banda colorida na área de
controle (C).
• Resultado reagente HIV-1: surgimento de duas bandas coloridas, uma na área
controle (C) e
uma na área teste (T1).
• Resultado reagente HIV-2: surgimento de duas bandas coloridas, uma na área
controle (C) e uma na área teste (T2).
• Resultado reagente HIV1 e 2: surgimento de três bandas coloridas, uma na área
controle (C), uma na área teste (T1) e outra na área (T2).

Resultado inválido: se não surgir banda na área de controle, havendo ou não


aparecimento de bandas nas áreas testes. Devendo-se testar a amostra em novo
dispositivo. Podem ocorrer diferenças na intensidade das bandas testes e controle,
mas isto não afeta a interpretação dos resultados.

Na falha do TR1 ou do TR2 (resultados inválidos) deve-se utilizar um conjunto


diagnóstico do mesmo fabricante, preferencialmente de lote de fabricação diferente.
• Nas situações em que o fluxograma for realizado com uma única amostra obtida
por venopunção, coletar uma segunda amostra e repetir o TR1 para concluir o
resultado.
• Quando os resultados do TR1 e TR2 forem reagentes, poderá se orientar o médico
a solicitar os teste de Quantificação de Carga Viral e Contagem de Linfócitos T-
CD4+ do paciente.
• Se persistir a suspeita de infecção pelo HIV em amostras não reagentes, uma
nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra.
3.4. Laudo
O laudo receberá as observações recomendadas para testagem não presencial, do
fluxograma 1 de diagnóstico de infecção por HIV do Ministério da Saúde:
• Resultado não reagente no TR1 deverá ser liberado como “Amostra não reagente”
e o laudo deverá conter as seguintes observações:
➢ Resultado definido com o Fluxograma 1, realizado não presencialmente com
amostra obtida por punção venosa, conforme estabelecido pela Portaria no 29, de
17 de dezembro de 2013. Persistindo a suspeita de infecção pelo HIV, uma nova
amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra.
• Resultado reagente no TR1 e TR2 será liberado como “Amostra reagente para
HIV”. Deve-se coletar uma segunda amostra e realizar o TR1 para eliminar a
possibilidade de troca de amostra. Portanto, o laudo deverá incluir as ressalvas a
seguir:
Resultado definido com o Fluxograma 1, realizado não presencialmente com
amostra obtida por punção venosa, conforme estabelecido pela Portaria no 29, de
17 de dezembro de 2013. Uma segunda amostra deverá ser coletada e submetida
ao primeiro teste do fluxograma utilizado com a primeira amostra, conforme
estabelecido pela Portaria no 29, de 17 de dezembro de 2013.
Após recoleta da segunda amostra nos casos reagentes, o resultado deverá ser
inserido na máscara de Anti-HIV I e II específica para segunda amostra (TRHIV2).
Que contém as seguintes observações:
Resultado obtido com a utilização do Fluxograma 1, realizado não presencialmente
com segunda amostra obtida por punção venosa, conforme estabelecido pela
Portaria no 29, de 17 de dezembro de 2013. A oportunidade de inicio de terapia
antirretroviral imediata, baseada no resultado reagente obtido com dois testes
rápidos, deverá ser avaliada por um profissional de saúde habilitado. A coleta da
amostra para a realização do exame de quantificação de carga viral do HIV deve ser
sempre realizada antes do inicio do tratamento.
O analista responsável pelas leituras dos testes fará a revisão do laudo (conferindo
os resultados inseridos) e a liberação do resultado em rede de informatizada.
Quando o resultado é positivo o analista deverá alimentar duas planilhas presentes
no Doc Público da ULACP (Controle de Testes Rápidos e Notificação Compulsória).

Limitações:
O teste rápido de HIV 1 e 2 é um teste de triagem para caracterizar a presença de
anticorpos antiHIV-1 e/ou anti-HIV-2, portanto, um resultado repetidamente positivo
com este teste é uma presumível evidência da presença de um dos anticorpos ou
de ambos na amostra.
Resultados positivos deverão sempre ser confirmados por Western blot ou outro
teste confirmatório.
Podem ocorrer resultados falso-positivos e falso-negativos com este teste, cuja
proporção dependerá da prevalência da doença na população ensaiada.
Um resultado negativo em teste de triagem não exclui a possibilidade de infecção
pelo HIV. Como em qualquer procedimento diagnóstico, o resultado deste teste
deve ser sempre interpretado com outras informações clínicas disponíveis.

Controle de qualidade:
Descrito nos POPs de controle interno e controle externo de qualidade (POP.n0 055
e n0054
da ULACP).

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