Os Sete Corpos - Gnosisonline
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Atualmente, a ciência materialista considera o homem apenas em seu aspecto físico, sem
levar em conta a existência dos mundos suprafísicos. Outros creem que somos duais, que
temos corpo e alma. Há outros, ainda, que admitem a existência do corpo da alma, e do
espírito.
Esses corpos são invisíveis para a maioria dos homens pelo fato de estarem adormecidos os
nossos sentidos sutis e elevados, que poderiam servir para demonstrar a realidade das
dimensões superiores (e também inferiores) da Natureza e do Cosmo.
Embora esteja envolvido pela luz e pela cor, é incapaz de aperceber-se delas. Para ele, isso
não existe e é algo incompreensível, simplesmente porque lhe faltam os sentidos apropriados
que lhe permitiriam perceber tais realidades cósmicas.
Objetos físicos todos nós podemos sentir, ver, apalpar, simplesmente por que temos os
sentidos físicos que nos capacitam perceber a realidade tridimensional; mas não outras
realidades, porque nossos outros sentidos estão atrofiados/adormecidos.
Assim acontece com a maior parte da humanidade. Sentem e veem objetos e ouvem sons do
mundo físico, mas outros reinos e planos que unicamente os clarividentes chamam de “mundo
superior” são para esta humanidade tão incompreensíveis como a luz e a cor para os cegos de
nascença.
Porém, porque o homem cego não pode ver nem a luz nem a cor, isto não é argumento
plausível contra a sua existência e realidade. Tampouco teria lógica o argumento de que pelo
fato de a maioria das pessoas não poder ver os mundos suprafísicos é que absolutamente
ninguém os possa ver. Se o cego adquirir a visão, verá a luz e a cor.
Caso os sentidos superiores dos que atualmente estão cegos para o mundo suprafísico forem
despertados com os meios apropriados, estes também poderão ver tais mundos que
presentemente lhes são ocultos.
Um estudo de anatomia, para que seja completo, tem de abarcar em seu conjunto os sete
corpos do homem, em toda suas inter-relações.
Através do segundo fator, a magia sexual, teremos de construir os corpos existenciais do Ser,
tal como para nascer no mundo físico, para criar nosso corpo físico, é necessária a união
sexual; assim também, para a criação dos corpos em outras dimensões será também
necessária a energia sexual, pois tudo nasce da união dos opostos, do positivo e do negativo,
isto ocorre na criação de todos os Universos, do maior (os Cosmos) até os menores (o Ser
Humano é um microcosmos).
Na tabela abaixo, observamos os corpos e percebemos que é necessário um corpo para cada
dimensão, a situação é a inicial, ou seja, antes de começarmos a trabalhar com a construção
dos corpos:
1º – Corpo Físico
Serve para nos manifestarmos no plano tridimensional, chamado comumente plano denso, que
é onde a matéria tem sua completa manifestação. É claro que esse veículo adaptado para a
zona física não serve para nos manifestarmos em outros planos (salvo em situações esotéricas
muito especiais) onde a matéria é mais sutil. Para essas dimensões necessitamos de um
veículo apropriado, com as características indispensáveis e acondicionadas às leis que regem
essas dimensões.
Ao cabo desse tempo não fica um só átomo antigo em dito corpo. No entanto, o corpo vital não
muda. Nele estão contidos todos os átomos da infância, da adolescência, da juventude e ainda
da idade adulta e velhice. O corpo físico pertence ao mundo de três dimensões, ao passo que
o vital é um corpo da quarta dimensão.
Durante os desdobramentos astrais, o assento vital aproveita para repor no corpo físico as
energias perdidas durante o dia. Quando o paciente dorme, o médico se tranquiliza, porque
sabe que despertará melhor.
Essa recuperação é devida ao assento vital que está realizando seu trabalho. Na verdade, o
corpo vital jamais abandona o físico, salvo no último instante da vida.
O corpo vital está constituído de quatro níveis: a) éter químico, b) de vida, c) luminoso e d)
refletor.
a ) Éter Químico:
As forças que produzem a assimilação e a excreção trabalham por meio dele. A assimilação é
o processo pelo qual os diferentes elementos nutritivos dos alimentos e da respiração se
incorporam ao corpo da planta, do animal e do homem. Essas forças não atuam cega e
mecanicamente, mas de forma seletiva, realizando assim as suas finalidades, que são o
crescimento e a manutenção do corpo.
A excreção é efetuada por forças da mesma índole, por meio das quais são expulsos os
materiais contidos nos alimentos que são impróprios para o corpo, ou são expulsos os que já
prestaram toda sua utilidade possível e que, portanto, devem ser eliminados do sistema. Esses
processos, como todos os demais que são independentes da vontade do homem, são sábios,
seletivos e não puramente mecânicos em sua atuação.
b ) Éter de Vida:
Assim como o éter químico é o condutor ou meio de atuação das forças que têm como
finalidade a manutenção da forma individual, o éter de vida é o meio de operação das forças
que têm como finalidade a manutenção das espécies, a força de propagação. O éter de vida
tem polos positivos e negativos.
As forças que trabalham através do polo positivo são as que atuam na fêmea durante o
período de gestação, tornando-a assim capaz de efetuar o trabalho ativo e positivo de formar
um novo ser. Por outro lado, as forças que trabalham pelo polo negativo do éter de vida tornam
o macho capaz de produzir o sêmen.
c ) Éter luminoso:
Este éter é também positivo e negativo e as forças que atuam pelo seu polo positivo são as
que geram o calor do corpo dos animais superiores e do homem, as que os convertem em
fontes individuais de calor. As forças que atuam pelo polo negativo do éter luminoso são as
que operam através dos sentidos manifestando-se como função passiva da visão, audição,
tato, olfato e paladar. São também os que constroem os olhos e os conservam.
Nas plantas, as forças que atuam pelo polo positivo do éter luminoso produzem a circulação da
seiva. No inverno, quando o éter luminoso não está carregado de luz solar como no verão, a
seiva deixa de correr até o estil. As forças que atuam pelo polo negativo do éter luminoso
depositam a clorofila – substância verde das plantas – e dão cor às flores.
d) Éter Refletor:
A imagem mental de uma casa, gerada pela mente do arquiteto, pode ser recuperada,
tomando-a da memória da Natureza, ainda mesmo depois de falecido o arquiteto. É que todo
conhecimento deixa após uma indestrutível imagem neste éter refletor. Assim como as
samambaias gigantescas da infância da Terra deixaram sua marca no carvão petrificado,
assim como a marcha dos glaciais que podem ser observados pelos sinais que deixam nas
rochas… assim são os pensamentos e atos dos homens que ficam gravados indelevelmente
pela Natureza no éter refletor, no qual o clarividente treinado pode ler sua história com uma
exatidão proporcional à sua habilidade.
O éter refletor é assim denominado por mais uma razão: as recordações ou imagens que nele
se encontram são apenas reflexos das memórias da Natureza. A memória propriamente dita
da Natureza encontra-se em um reino muito mais elevado. Nenhum clarividente desenvolvido
dá importância à leitura deste éter, porquanto as imagens que ele apresenta são obscuras e
vagas comparadas com as que encontram nos reinos superiores.
Leem neste éter os que geralmente não podem fazer outra coisa ou que na realidade não
sabem onde estão lendo.
Em geral, os psicômetras e os médiuns obtêm neste éter as suas informações. Até certo
tempo, também os estudantes das escolas ocultistas, nos primeiros passos do caminho do
desenvolvimento, observam este éter refletor, mas o seu instrutor sempre os previne da
influência deste éter como meio de adquirir informações exatas, evitando assim que venha a
tirar conclusões errôneas.
Esse éter é o agente pelo qual o pensamento faz impressão sobre o cérebro humano.
O homem que deixa o corpo físico pelo exercício de sua vontade, o deixa com plena
consciência e conhece por conseguinte tudo que o rodeia no mundo astral. Então, utiliza o
corpo astral por veículo, como utiliza o corpo físico, tornando-se capaz de estudar os
fenômenos do mundo astral tão claramente como quando em seu corpo de carne e osso
estuda os fenômenos do mundo físico.
Diz-se que o homem está desperto no mundo astral quando é capaz de valer-se de seu corpo
astral como veículo operante de sua consciência, quando observa e discerne os fenômenos
astrais como qualquer um de nós pode observar e discernir os fenômenos do mundo físico.
Nesse corpo existe certo número de centros sensoriais que na maioria das pessoas se
encontram em estado latente. Na grande maioria das pessoas esses chacras são simples
redemoinhos e não têm qualquer atividade como meio de percepção.
Num ser completamente desenvolvido, esse corpo é de natureza solar, eletrônica, tendo sido
elaborado de forma consciente, através de grandes esforços. Tal corpo lhe possibilitará
experiências transcendentais como a saída consciente em corpo astral.
4º – Corpo Mental
Aqueles que supõem que a mente é o cérebro, estão totalmente equivocados. A mente é
energética, pode independizar-se da matéria densa, pois é um corpo à parte, constituído de
matéria mental. A mente elabora os pensamentos que se expressam por meio de cérebro.
Pensamentos, mente e cérebro são três coisas totalmente distintas. Temos de aprender a
dominar a mente, submetendo-a à vontade do Ser.
A razão divide a mente entre o batalhar das antíteses; os conceitos antitéticos convertem a
mente num campo de batalhas. O processo de racionabilidade extremada rompe as delicadas
membranas do corpo mental. O pensamento deve fluir silencioso sereno e integralmente, sem
o batalhar das antíteses.
O corpo mental pode viajar através do tempo e do espaço, independentemente do cérebro
físico. Neste determinado processo do estudo esotérico, o discípulo aprende a se desdobrar
em corpo astral. Já em corpo astral, aprende a abandonar este corpo e a ficar no corpo mental.
O corpo mental da raça humana encontra-se até agora na aurora de sua evolução, estando
quase completamente desorganizado (corpo mental lunar).
Podemos e devemos estabelecer diferença entre o seu corpo da vontade de seres humanos
comuns e correntes, do tipo lunar, e o corpo da vontade consciente de um mestre. O legítimo
corpo da vontade permite ao Adepto realizar ações nascidas da vontade consciente e
determinar circunstâncias.
Normalmente, pensamos que temos força de vontade, para realizar tal ou qual coisa ou
projeto, porém, na verdade, o que temos é desejo concentrado e, de acordo com esse desejo,
efetuamos sacrifícios a fim de lograr, de triunfar.
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