Curso de Viagem Astral
Curso de Viagem Astral
Curso de Viagem Astral
(VIAGEM ASTRAL)
1
O HOMEM METAFÍSICO
M
atéria é energia em estado condensado e energia é matéria em estado radiante. Deste
postulado podemos deduzir o universo em suas inumeráveis formas, do macrocosmo
ao microcosmo, como variações do estado vibracional da matéria. O homem
(microcosmo) não será diferente. Tal qual as ondas sonoras, luminosas e demais ondas ultra-
sensíveis (energias variando em seu estado de radiação), o homem também é formado de
diferentes categorias de energias, cada qual ocupando uma determinada gama que o alimenta e
serve de meio de expressão. Assim sendo, os alimentos sólidos pertencem à matéria cuja gama
vibracional é densa e serve para preservar o corpo físico e suas funções biológicas. Todavia,
existem outros “alimentos energéticos” tão ou até mais importantes que os tradicionalmente
conhecidos, logicamente servindo para nutrir outros corpos conforme o grau vibracional
correspondente.
Logo, as emoções e os pensamentos também são matéria, só que radiantes, cuja função é
alimentar, como falamos, outros corpos: o emocional e o mental. O corpo emocional (corpo
astral) e o corpo mental não possuem o designativo corpo por acaso. Eles realmente têm a forma
de nossa parte física, variando em perfeição dependendo do nível evolutivo de cada um, e podem
ser usados como veículos para deslocarmos nossa consciência desperta, tal como fazemos
quando esta consciência está sendo transportada pelo corpo físico, tendo o cérebro como
instrumento de manifestação neste mundo de três dimensões.
Quando falamos em experiências fora do corpo estamos a nos referir à possibilidade de projeção
da consciência através desses dois veículos, o emocional e o mental. Além desses dois existem
outros veículos altamente refinados chamados de Causal, Búdico e Átmico.
Se colocarmos numa linguagem mais simples, podemos afirmar, ainda que de forma grosseira
estarem todos esses corpos dentro da conhecida separação do homem em corpo (parte física),
Alma (emocional e mental) e Espírito (Causal, Búdico e Átmico).
Não podemos deixar de citar a existência do que muitos chamam de corpo vital, etérico ou
energético. Na verdade não é propriamente um corpo, pois permeia a matéria física, conduzindo
as energias mais básicas para alimentar a vida orgânica e vegetativa, usando para isso cerca de
72.000 canais energéticos (etéricos) chamados de nadis. Hoje em dia, o que muitos chamam de
AURA não passa da parte visível do corpo etéreo.
2
AS DIMENSÕES DA NATUREZA
C
ada veículo de manifestação da consciência está vinculado à uma diferente dimensão.
Como sabemos, a ciência cada vez mais admite a existência de universos paralelos
presentes em todos os lugares ao mesmo tempo, ocupando espaços em mundos diferentes,
sem interferência aparente sobre o homem. Por exemplo: você que agora está lendo esta frase
está situado num determinado lugar (não importa qual), num determinado momento de tempo
(não importa quando), onde existem, simultaneamente, diversas camadas de energia se
interpenetrando. Essas energias são as diferentes dimensões da natureza, os diferentes planos
existentes, aos quais somente podemos ter acesso (por enquanto) através de percepções ultra-
sensoriais e desdobramentos da consciência nos respectivos planos. No ambiente em que você se
encontra, mesmo que não possa ver, há uma infinidade de ondas energéticas diferentes (ondas de
televisão, de rádio, raios cósmicos, etc.), ou seja, podemos traçar paralelos com as diferentes
dimensões, elas estão lá (ou aqui), à espera de serem sintonizadas e captadas, e o que é melhor, o
receptor é você, basta ajustar-se adequadamente.
O mesmo principio serve para os corpos sutis do homem: estão aqui e agora, só não os captamos
com clareza devido a nossa pobreza de percepções. Somos capazes apenas de perceber aquilo
que nos oferecem nossos sentidos, muitas vezes degenerados. As percepções já entram no campo
da metafísica, e é neste campo que estamos interessados.
Dessa forma, habitamos com nossa parte física o mundo das três dimensões, o plano físico. Ao
mesmo tempo coexistem em nós, apenas recebendo as percepções mais grosseiras, o corpo
emocional numa dimensão superior e o corpo mental numa outra ainda mais refinada.
Lembramos que a palavra superior refere-se à dimensão cuja vibração é mais sutil que outra, não
querendo dizer com isso que uma está sobre a outra, como camadas de terra ou areia. Todas estão
presentes aqui e agora.
O processo de projetar-se conscientemente para fora do corpo nos coloca diretamente em contato
com as diferentes dimensões, ou seja, se nos projetamos com o corpo emocional estaremos tendo
acesso à quarta dimensão; com o corpo mental teremos acesso à quinta dimensão.
A projeção com cada corpo dependerá do desenvolvimento do estudante, por isso é mais comum
a projeção com o corpo emocional e, partindo do domínio deste, poderemos acessar a projeção
com o corpo mais sutil e mais difícil, o mental.
3
VEÍCULOS DE DESDOBRAMENTO ASTRAL
C
ada corpo é um veículo para a manifestação da consciência. Os corpos, nos planos
correspondentes, possuem forma idêntica ao corpo físico. Entretanto, essas formas podem
variar muito, desaparecendo inclusive a aparência semelhante ao físico, para dar lugar a
uma luz opaca e sem vida nos casos de pessoas de baixa evolução espiritual, ou formas brilhantes
e bastantes luminosos nos casos de pessoas evoluídas interiormente.
Por serem exatamente aquilo que temos cultivado para nós em vida, esses corpos refletem o
estado interior de cada ser humano. As pessoas acostumadas a se “alimentarem” de emoções
inferiores e pensamentos distorcidos, dificilmente terão corpos suficientemente capazes de servir
de veículo para a consciência, pois estes já estão deveras desvirtuados e não servirão para tal fim.
Assim é fácil de entender o porquê da dificuldade existente em conseguir a projeção para fora do
corpo.
Cada veículo absorve energias afins a sua gama de variação: o emocional se “alimenta” de
emoções e o mental de pensamentos. Logo, o cultivo das emoções e pensamentos superiores será
de fundamental importância para o êxito da projeção. As pessoas simples do campo, as pessoas
que levam uma vida contemplativa ou que ainda não foram intoxicadas pelas impressões
deturpadas pelos meios de comunicação e pelos preconceitos sociais e morais, geralmente têm
maior facilidade em projetar-se, pois suas emoções e pensamentos mantêm-se puros e
espontâneos.
4
PORTAS DIMENSIONAIS
O
s chakras são as verdadeiras portas dimensionais que podem nos conduzir a outros
universos. Esses centros ou vórtices de energias quando estimulados ou desenvolvidos
em alto grau, alteram toda vibração atômica do corpo, projetando nossa consciência
desperta através de outros veículos mais sutis. Por isso podemos afirmar que as portas para
outras dimensões se abrem, onde quer que estejamos.
Mesmo que não possamos nos projetar para o “outro lado” por algum motivo, fazendo uso das
faculdades extrafísicas podemos ver, ouvir e sentir coisas que estão além de nossos cinco
sentidos.
Os chakras são em número de sete e estão distribuídos ao longo da espinha dorsal. Estão
baseados sobre órgãos muito importantes, quase todas glândulas endócrinas (secreções interna)
do organismo: o chakra superior, situado no topo da cabeça, tem seu fundamento na glândula
pineal ou epífase; o frontal fica no entrecenho sobre a glândula pituitária ou hipófise; o da
garganta está ligado às glândulas tireóide e paratireóides; o do coração não fica exatamente sobre
uma glândula, mas tem seu fundamento no coração e na timo; o chakra do plexo solar (umbigo)
está vinculado ao fígado e ao baço principalmente; o chakra prostático fica na próstata no homem
e no útero na mulher; por último o chakra fundamental baseado nas glândulas sexuais (testículos
e ovários).
Nesses estudos precisaremos trabalhar com os chakras através de práticas especiais,
principalmente com alguns deles, como veremos na parte prática do Curso.
É importante citar que os chakras, tão comumente conhecidos na literatura esotérica, estão
relacionados somente ao corpo etérico ou energético. No entanto, cada corpo ou veículo superior
possui seus chakras correspondentes. Se ainda formos mais longe podemos afirmar ser cada
átomo ou molécula de nosso corpo um pequenino chakra ou vórtice de energia.
5
CORDÃO DE PRATA OU ANTAKARANA
Q uando há a projeção para fora do corpo denso em outra dimensão, continua existindo um
elo entre a consciência projetada num corpo mais sutil e seu veículo físico. Esse elo é
conhecido corno cordão de prata ou cordão de ouro.
Como estamos abordando a projeção em dois veículos diferentes, geralmente usa-se o nome
cordão de prata para o primeiro (emocional) e cordão de ouro para o segundo (mental).
Este fio de vida somente será rompido no momento da morte, e isso nunca ocorrerá devido á
projeção. Ao mesmo tempo, este elo serve de proteção ao corpo físico abandonado
momentaneamente, para não ocorrer o que muitas pessoas acreditam ser possível: a tomada do
corpo físico por outras entidades quando não estamos de posse dele.
Cada cordão está ligado ao seu corpo pelo chakra correspondente, isto é, saindo do corpo denso
temos o cordão de prata pelo plexo solar e o cordão de ouro pelo topo superior da cabeça, ambos
conectados a parte de trás da cabeça nos veículos mais sutis.
Na verdade cada cordão é parte integrante do próprio veículo, desprendendo-se e sendo alongado
no momento da projeção. Quando do retorno dos corpos eles são reabsorvidos normalmente.
Não é tão comum tomarmos contato com esses cordões e, inclusive, é possível nos projetarmos
durante anos sem ao menos vê-los, já que nas experiências fora do corpo raramente iremos nos
preocupar com eles. Eles estão lá e cumprem sua finalidade, isso é o que importa: conduzem do
corpo fisico-etérico parte da energia necessária para ficarmos acordados “do outro lado”, e
trazem, das dimensões onde a consciência se encontra desdobrada, as energias mais sutis e
espirituais para engrandecer e sublimar o veiculo mais denso.
6
OS SONHOS
D
evemos dar ênfase ao estudo dos sonhos. Muitas linhas psicológicas, baseadas nas idéias
de seus precursores, principalmente direcionados pelos estudos de um dos maiores
psicólogos modernos (C.G. Jung), já fazem uso constante da análise dos sonhos. Sem
exceções, todas as religiões do mundo, sejam elas primitivas ou não, sempre foram enfáticas ao
afirmarem que o sonho reintegra o homem (micro) ao Cosmos (macro).
Tal qual somos hoje, o sonho nos proporciona um mergulho às memórias ancestrais e
arquetípicas que cada homem, povo, raça ou humanidade traz dentro de si. O sonho nos leva ao
inconsciente, e é no inconsciente que encontraremos as respostas para solucionarmos os grandes
problemas e obstáculos que nós mesmos, via de regra inconscientemente, criamos.
Se não somos melhores do que somos hoje, se não somos felizes, se não conseguimos
materializar nossos planos devido as nossas próprias fraquezas ou, aparentemente, devido às
fraquezas e obstáculos do mundo e das pessoas que nos cercam, é porque não conhecemos
nossos potenciais psíquicos mais profundos; é porque a origem de nossas ansiedades, traumas e
bloqueios ficou perdida no passado imemorial, seja na infância inconsciente ou seja, em um
passado mais distante, ainda que se perde na esteira do tempo...
Por isso devemos, num primeiro passo, mergulhar em nós mesmos através dos sonhos.
Posteriormente, as experiências conscientes fora do corpo nos proporcionarão meios mais
eficazes e profundos, algo palpável para expandirmos aquilo que demos inicio através de nossos
sonhos.
Não há uma só pessoa que não sonhe toda noite; aliás, é comum termos vários sonhos durante o
período de sono. O problema é não nos lembrarmos deles, e isso ocorre por falta de preparo e
exercício ou, o que é pior, por falta de interesse. No passado foram construídos grandes e belos
templos para onde os reis e sacerdotes, governantes dos maiores impérios da humanidade,
dirigia-se a fim de sonharem e, através de seus sonhos, liderarem povos e nações para as
conquistas sociais e políticas que os aguardavam. Esperavam eles as indicações que sempre lhes
vinham através dos sonhos, haja vista a ponte que os ligava à divindade. O homem se
embruteceu e se materializou, perdeu-se nas maravilhas da tecnologia e começou a procurar fora
de si as respostas para seu sofrimento. Assim afastou-se de Deus. Logo, é hora de recultivarmos
a semente original da humanidade. Sem perdermos a visão do futuro, podemos reconquistar a
sabedoria do passado.
7
OS TIPOS DE SONHOS
D
esde o momento que nos deitamos para dormir, até levantarmos para o novo dia, o sono
se passa em diversas fases. Primeiramente passamos pelo estado de transição da vigília
para o sono leve; logo após entramos no sono profundo que pode ser interrompido
algumas vezes; por último passamos do estado de sono profundo para o sono leve e entramos
novamente no estado de vigília.
O sonho, genericamente falando, não passa de projeção para fora do corpo denso, onde nossa
consciência usa os veículos ou corpos num profundo sono hipnótico. Logicamente existem
outros tipos de sonhos variando até mesmo conforme o estágio do sono indicado linhas atrás,
Vamos dividi-los em 03 (três):
Ainda que não seja projeção, este estado é deveras importante, pois é o limiar ou a porta entre os
mundos. Ora vemos imagens existentes do outro lado, ora percebemos as nossas projeções
mentais provenientes dos reflexos passados. Aprender a distinguir essas imagens será de muita
utilidade, já que, como nos sonhos, nelas encontraremos valiosos subsídios simbólicos.
3. O último tipo de sonho é ainda mais profundo que o segundo e também está ligado ao mesmo
estágio de sono anterior. Nesses casos a pessoa começa a se fazer consciente de si mesma. Faz
perguntas como essas: Onde estou? O que está acontecendo? Será isto realidade ou fantasia?
Será que estou sonhando?
Quando entramos nesse estágio estamos a um passo de “despertarmos” nossa consciência numa
dimensão superior. Muitos segredos nos podem ser revelados nessas condições, por isso
devemos estar atentos aos acontecimentos ocorridos durante essa experiência. E difícil, mas não
raro, encontrarmos pessoas que vivem esta situação.
Os sonhos, em verdade, são como válvulas de escape para nossa personalidade. Durante o dia
vivemos muitas situações onde nosso desejo animal (depositado nas regiões inferiores do
inconsciente) se vê aflorado. As máscaras que formam a personalidade impedem que eles
dominem completamente nossos pensamentos e nossa parte motora. E, quando isso não ocorre,
aparecem os casos de homicídio, estupro, etc. Todavia, ao dormirmos, nossas máscaras caem
8
completamente e passamos a ser conduzidos pelo inconsciente. Somos projetados em outras
dimensões e ali externalizamos e revivemos o produto mórbido de nossos desejos, já que nessas
regiões a lei e a moral humana não imperam, e sim a verdadeira lei espiritual se faz presente.
Por conseguinte, acabamos por nos ver cometendo os atos mais absurdos, aqueles que
acreditávamos (ou não queríamos aceitar) sermos incapazes de fazer. Por isso os sonhos nos
mostrarão o que realmente somos, sem máscaras, mentiras e ilusões. Logo, aquelas pessoas que
juram fidelidade ao seu cônjuge, se vêem adulterando constantemente. Aquelas que se dizem
passivas e amorosas, se vêem matando e odiando como nunca imaginaram ou aceitaram.
Para lembrarmos dos sonhos com mais facilidade existem algumas dicas importantes, as quais
servem também para o desdobramento consciente propriamente dito:
a) Nunca devemos dormir de estômago cheio. A última refeição deve ser feita com 3 horas de
antecedência. A fome antes de dormir também deve ser evitada, e se for este o caso, devemos
ingerir alimentação bem leve.
b)Tanto o frio como o calor são prejudiciais. A temperatura deve estar agradável. O ambiente
limpo e arejado. Faça um relaxamento antes de dormir, nada deve apertá-lo ou incomodá-lo.
d) Se o problema é a falta de memória onírica, recomendamos, além das seqüências ‘a”, “b” e
principalmente “c", o mantra RAOM - GAOM que é feito da seguinte maneira:
RRRRAAAA0000MMMM GGGGAAAA0000MMMM mentalmente junto com o exercício “c”.
Um desjejum com frutas ácidas e amêndoas moídas misturadas com mel de abelha possui
propriedades que facilitam a lembrança dos sonhos.
9
AS LINGUAGENS E FORMAS DE SE TRANSMITIR E
RECEBER O ENSINAMENTO
E
xistem, a saber, três linguagens ou formas diferentes para transmitir e receber
conhecimentos.
A primeira delas é a linguagem comumente usada em nosso mundo regido pelos princípios
Newtonianos ou mecânicos, ou seja, a didática.
Ainda que os meios de comunicação também façam uso da segunda linguagem, nem de longe se
aproximam do verdadeiro significado da mesma, sendo ainda quase que invariavelmente
distorcida em seu princípio e conteúdo. Obviamente a mente humana desconhece e é incapaz de
compreender os valores superiores da linguagem dos símbolos, já que estes pertencem à
consciência e visam ter acesso à Alma de cada homem. Logo, o simbolismo, tal qual
conhecemos hoje em sua parte externa, foi deturpado para atingir e alienar os sentidos e desejos
facilmente manifestados pela fraqueza humana.
O Simbolismo também é expresso através da Dialética Superior ou, como diziam os antigos
sábios pitagóricos, através de Matemática e da Música contidas nas Esferas Ascendentes.
10
O SIMBOLISMO DOS SONHOS
A
linguagem simbólica deve ser estudada e compreendida pelas pessoas que realmente
visam a sabedoria do ser. Mais especificamente, é deveras importante para os projetores
iniciantes e avançados conhecerem profundamente a linguagem dos símbolos, pois será
através dela que poderão subtrair maior número de informações nas experiências e chegar a
compreender os grandes mistérios inacessíveis à razão e à palavra.
Nos estudos sobre os sonhos e também nas projeções fora do corpo, bem como em grande parte
das experiências extrasensoriais, sejam elas quais forem, necessariamente entraremos em contato
com a linguagem simbólica.
Num caso mais preciso, ligado principalmente aos sonhos e às projeções conscientes, é
preponderante, em determinado momento do desenvolvimento, perceber a profunda ligação entre
os sonhos e as projeções com nossos processos psicológicos inconscientes. Somente dai poderão
surgir então as projeções interiores, onde entraremos em contato com os deuses atômicos e
siderais presentes no micro-universo que somos nós. Esta intraprojeção será descrita em capitulo
à parte.
11
A INTERPRETAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
N a Idade Média os textos alquímicos sempre estavam a se referir ao Mercúrio dos Sábios e
á Pedra Filosofal. Será que estavam eles querendo falar de objetos e materiais físicos?
Obviamente que não.
Esses exemplos e muitos outros estão espalhados por toda nossa civilização. Nas experiências
fora do corpo e também nos sonhos constantemente entraremos em contato com a simbologia. O
problema é como interpretá-la
Isto pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento, no mundo físico e mais ainda
quando fora dele.
A Lei das analogias dos contrários, dos acontecimentos paralelos e das comparações terá
validade de acordo com cada pessoa. E assim vem a importância do estudante tornar-se seu
próprio instrutor, familiarizando-se com os símbolos e relações existentes consigo mesmo.
As imagens e os símbolos religiosos ligados à cultura individual, bem como tudo que lhe foi
passado na infância pelos pais e pela sociedade, são fundamentais. As experiências também
estarão ligadas às crenças espirituais ou até mesmo às descrenças e ao ceticismo. Cada um terá
como símbolo para sua compreensão aquilo que vem plantando ou não, e colhendo durante a
vida.
Logo, o estudante deverá, algumas vezes, compreender um símbolo pelo que ele lhe traz de
recordações. E este símbolo poderá vir na figura de um animal, de um homem, de um objeto ou
de uma ocorrência passada.
Em outras ocasiões será necessário buscar na Simbologia Universal a resposta para o sonho ou
experiência consciente fora do corpo. Nos casos dos números e figuras matemáticas, bem
sabemos a relação entre o divino e o humano através deles, pois como já dizia Euclides, “Deus
geometriza”.
Como a interpretação dos números está ligada diretamente à Caballa e aos Arcanos do Tarô,
colocaremos resumidamente a seguir o simbolismo numérico:
12
3. Produção material e espiritual...
9. Solidão, sofrimentos...
18. Os inimigos ocultos surgem em qualquer momento. Enfermidades, não fazer negócios...
A seguir colocamos algumas interpretações oníricas ligadas ao símbolos que podem muito bem
ser vividas em experiências fora do corpo (sonho ou projeção). Todavia, não devemos traduzi-las
ao pé da letra, mesmo porque há que se ter afinidade com o mundo contido nesses símbolos.
Mesmo assim, é fácil observarmos idéias valorosas implícitas em cada interpretação. A intuição
pode e deve sempre falar mais alto do que qualquer informação proveniente do exterior.
13
Estes símbolos serão melhor interpretados pelas pessoas que tomam conhecimento da linguagem
universal do Gnosticismo.
Afogado: Ver um afogado: herança, avanço hierárquico no trabalho seja interior ou exterior.
Águia: Representa o Espírito. O avanço espiritual é indicado pela altura em que voa a águia.
Vôo rápido: êxito na vida. Vôo lento: estancado na senda. Águia retida: fracasso, resultados
nulos.
Árvore partida: Alguém vai ser atingido, mas poderá depois se recuperar.
Árvore arrancada: Alguém (nós mesmos) vai ser atingido e sem possibilidade de recuperação.
Banho em água suja: Enfermidades, doenças, dor, tragédia. Deve-se ter muito cuidado.
Burro: A mente.
Carro: Observar como se dirige; de modo análogo dirigimos nosso corpo físico.
Cavalo: Corpo físico, também significa luxúria. Queda do cavalo significa abandono do
caminho de evolução espiritual.
14
Cavalo desdentado: Má espiritualidade; o íntimo não pode governar o corpo físico.
Chacal ou lobo: Justiça, Lei Divina. Se ataca, a Lei está contra ou há karma para pagar.
Cores:
Branco: pureza.
Cruz: Transmutação.
Dente: Os dentes superiores referem-se á família. Os dentes inferiores referem-se aos amigos.
Dentes sadios riquezas, poder, saúde e importância em aumento. Dentes sujos: vergonha na
15
família Dentes cariados: morte de um parente. Dente novo: nascimento. Dentes que caem:
enfermidade ou morte~ tragédia espiritual.
Livro: Quando se recebe um livro de um Mestre, sinal de que nada se sabe nos mundos
internos, ignorância espiritual. Necessidade de aprender, estudar.
Leão que ataca: Justiça, Lei em ação, karma. Se o leão é manso, a Lei está a favor.
Machado: Destruição.
16
Ovos: Símbolo da vida e de nascimentos (espirituais).
Semente: Nascimentos.
Serpente que ataca: Mulher que nos seduzirá (ou vice-versa), perda de energia, traição.
Tempestade: Destruição.
Tigres: Traição.
Torre: Ver uma torre forte e sólida diante de uma tormenta: sairá vitorioso de uma dura prova.
Torre rachada ou destruída: catástrofe, desgraça.
Touro: Inimigos. Às vezes representa a ira; outras vezes paciência e trabalho. Tudo doce:
Amarguras.
Vaca: Símbolo da natureza e da Mãe Divina. Ver-se morto: Mudança favorável, morte de um
defeito, renascimento.
Ver-se nu: Amargura, dor, tragédias. Ver-se em trajes íntimos tem o mesmo significado.
Voar: Indica certo tipo de consciência desperta. Se interpreta o que se vê e o que se sente quando
se está voando. Geralmente é um bom sintoma. Avanço espiritual.
17
POR QUE NÃO TEMOS CONSCIENCIA DESPERTA DURANTE
O SONO?
P
or que não temos experiências fora do corpo conscientemente? Existem muitos motivos,
mas os principais nós podemos relacioná-los para que você, dentro de seu aprendizado,
possa superá-los:
Quantas vezes durante o dia paramos para nos auto-recordarmos? Somos completamente
condicionados pelos fatores externos, e isso ocorre em todos os sentidos, ou seja, não somos
nunca nós mesmos, apesar de acreditarmos sinceramente no contrário. Podemos dizer, sem errar,
algo que pode nos parecer absurdo, mas você verá que analisando cuidadosamente é realmente
verdade: não só dormimos à noite, dormimos da mesma forma durante o dia. Não colocamos
atenção em quase nada que fazemos; nossa mente perdeu a capacidade de concentrar-se; nossos
pensamentos são dispersivos e pulam de segundo a segundo mudando seu foco de atenção;
nossas emoções oscilam constantemente de acordo com as atitudes das pessoas e da situação em
que estamos. Poderíamos citar dezenas de exemplos para ilustrar o que estamos afirmando, mas
acreditamos ser bastante o já acima colocado.
Muito bem, mas o que tem a ver isso com projeção inconsciente?!
Os sonhos são os reflexos daquilo que acontece durante o dia, só que nas dimensões superiores
não há limite de tempo e de espaço, como veremos mais adiante, e por isso mesmo tudo que
fizemos no transcorrer do dia, seja ontem, na semana passada ou no ano passado, volta a se
repetir como antes, mecanicamente.
Há, porém, uma profunda e significativa diferença: no mundo físico, devido à densidade da
matéria, nossas emoções e pensamentos giram em torno de nós mesmos. Ficamos abstraídos,
perdidos em nossas ilusões, agindo, como dissemos, como autômatos condicionados pelo meio.
Estamos perdidos em pensamentos ou ocupados com nossas emoções e, num instante, acontece
algo (alguém chama nosso nome, por exemplo) e nos tira de nossos devaneios e fantasias para,
daqui a alguns segundos ou minutos, voltarmos a outras elucubrações até que a história volte a se
repetir.
18
b) O segundo grande problema é a capacidade de fabricação de energia psíquica e a conservação
da mesma. A energia psíquica é a que nos mantém despertos nas outras dimensões, é o somatório
de todas as energias produzidas pelo correto funcionamento dos chakras, bem como as captadas
durante o transcorrer normal do dia.
Aqui precisamos falar novamente sobre a mecanicidade e a falta de consciência em que vivemos.
As energias produzidas pelo metabolismo através da ingestão de alimentos físicos, não é
suficiente para nos manter conscientes fora do corpo físico. Ainda porque nossa constante
identificação emocional e mental com as coisas do dia-a-dia esgotam completamente a reserva
energética que por ventura possa existir. Dai faz-se necessário tomarmos uma atitude mais
contemplativa, onde a auto-observação constante será o gerador e acumulador de energias para o
desdobramento consciente. Mesmo assim, quase sempre é necessário uma série de práticas de
conteúdo energético antes de efetuarmos o desdobramento. Essas práticas visam ao acúmulo das
energias e podem ser respiratórias, de meditação, vocalização de mantras para ativar os chakras
necessários e outras. Abordaremos esse assunto com maiores detalhes ao final deste Curso.
c) Sem dúvida outro grande obstáculo, talvez o primeiro deles, é a preguiça. Esse tipo de
conhecimento não pode ser comprado em lojas ou adquirido em livros. Por isso a primeira
seleção é feita naturalmente através da falta de persistência e dedicação de cada pessoa.
Sivananda, um grande mestre do Oriente, certa vez afirmou: “Somente os fortes chegam a
Deus’’. O cultivo da força de vontade é fator essencial. Sem ela é melhor nem dar início a este
processo, pois estancaremos no primeiro obstáculo encontrado e a preguiça quase sempre estará
se escondendo atrás de suas diversas facetas.
d) Outro obstáculo importante a ser vencido é o medo. O medo, como a preguiça, se manifesta de
várias formas. Muitas vezes não nos apercebemos dele, mas ele está ali, arrumando desculpas e
aliando-se à preguiça para nos afastar logo nas primeiras etapas. Não há por que ter medo. Nunca
estamos sozinhos onde quer que estejamos. Geralmente tememos o desconhecido e, neste campo,
o que mais encontraremos é o desconhecido.
Não devemos esquecer que o homem é a morada de Deus. Por acaso você daria ao seu filho
alguma coisa que ele pudesse se machucar? Da mesma forma o Pai que está em oculto também
não o faria, a não ser que você já estivesse pronto para cuidar de si mesmo sozinho. Mesmo
assim Ele estaria atento, observando seu aprendizado.
O medo será vencido na medida que o combatermos e verificarmos o quanto era infundada nossa
atitude.
e) A ansiedade é o último item de nossa pequena lista. Cabe ressaltar a existência de outros
bloqueios, mas quase todos giram em torno dos colocados nesse tópico.
19
A ansiedade gera desequilíbrio emocional, fácil de observar pela taquicardia (o coração pulsa
rapidamente). Se houver desequilíbrio de qualquer espécie já não é possível o desdobramento
consciente, isto porque há perda de energia e bloqueios na circulação da mesma.
Para se vencer a ansiedade recomendamos a prática constante dos exercícios descritos no final
deste Curso. De acordo com o avanço dentro de cada exercício o estudante será capaz de
dominá-la perfeitamente.
20
O QUE HÁ DO OUTRO LADO?
De qualquer forma vamos enumerar algumas possibilidades, as mais comuns, possíveis de serem
vividas por qualquer um que se aventure a investigar a realidade da existência de vida além da
matéria física.
Quanto mais sutil for a dimensão, menor significado terão essas duas barreiras, ao ponto de
chegarmos ao limiar da eternidade.
Como é comum ocorrer em toda natureza, os fatos sempre acontecem naturalmente, sem grandes
festas ou exageros, tal qual um por do sol, belo, simples e resplendoroso! Nós, infelizmente,
distorcermos os fatos c fantasiamos situações comuns, tornando-as inexistentes, e acabamos por
não perceber as verdades mais profundas por estarmos impregnados de conceitos e preconceitos
irreais.
Quando menos esperamos nos vemos em ambientes e épocas passadas, com roupas antigas,
vivendo cenas as quais nunca antes presenciamos. Se não estivermos atentos, ou se mantivermos
em nossa mente idéias e conceitos já pré-estabelecidos, provavelmente não seremos capazes de
compreender o real significado daquele momento. Muitas vezes apenas vemos os
acontecimentos, como se estivéssemos à janela de nossa casa observando as pessoas e os carros
passarem. Como dissemos, devido à nossa falta de atenção, podemos até mesmo receber cátedras
completas e nem nos darmos conta.
O futuro se apresenta de mesma forma: podemos ver claramente situações futuras ou conversar
com pessoas que nos dão informações acerca dele, mas isso não quer dizer que tudo irá
acontecer, pois o futuro não passa de uma série de possibilidades que podem ser modificadas.
Tudo dependerá do nível de compreensão e, principalmente, da intuição e percepção do
estudante.
21
COMO É O MUNDO ASTRAL?
E
xistem, nos mundos superiores, cidades e templos desconhecidos a este mundo em que
vivemos. Cadeias de montanhas, mares, lagos... Enfim, ao que vemos neste plano físico
podemos somar outros tantos lugares, aonde a maioria deles não podem ser encontrados
na terceira dimensão.
Como existem outras dimensões além da nossa, existirão também sete subdimensões para cada
uma delas. Por exemplo: o plano astral, sendo mais sutil que o físico, ainda se subdivide em
outros graus de matéria interior a ele mesmo, sem, no entanto, sair desse plano para passar para o
acima (mental). As paisagens encontradas no mundo físico fazem parte também dos planos astral
e mental; todavia, não existem nas subdimensões mais sutis desses dois planos. Novamente
daremos um exemplo para que fique clara esta afirmação:
uma cadeira, ou uma cidade, no mundo físico tem sua contrapartida astral e mental nas primeiras
subdivisões dessas dimensões (1º, 2º, 3º e 4º). No entanto, nas últimas subdivisões de cada
dimensão (5º, 6º e 7º) deixam de existir, somente estando presente suas vibrações por demais
sutis.
Por isso, voltando aos ambientes, numa projeção no plano astral, se for efetuada dentro de nossa
casa e numa subdimensão inferior, poderemos encontrar tudo aquilo que há normalmente dentro
dela. Algumas vezes encontraremos até mesmo objetos inexistentes ou que ainda ali estarão no
futuro. Lembremos a quebra da barreira tempo e espaço.
Algumas vezes podemos também, numa projeção dentro de nossa própria casa, não encontrar
nada do esperado. Nos vemos em outro lugar totalmente diferente, numa situação exótica ou
simplesmente incomum. Nesse caso a projeção se fez numa subdimensão superior do plano
astral, sem que percebêssemos este fato.
Geralmente as projeções iniciais sempre se dão nas primeiras subdimensões da dimensão astral.
Inclusive, para ter acesso à dimensão mental e mesmo às subdimensões superiores do plano
astral, é necessário muito domínio de si e do corpo astral. Além disso, precisaremos méritos para
tal.
Não é tão difícil o desdobramento, existem inclusive pessoas materialistas ou de índole inferior
que o executam; entretanto essas pessoas ficarão restritas às dimensões e subdimensões
inferiores do plano astral e mental, quando não ao limbo, como iremos explicar no tópico mais
adiante.
Numa experiência fora do corpo, respeitando os requisitos necessários poderemos visitar cidades
perdidas ou Templos de Mistérios. As maiores e verdadeiras Escolas Esotéricas existem nas
dimensões superiores. O que temos hoje neste mundo é um pálido reflexo dessas Escolas.
Aprender diretamente com os Mestres, ou entrar em contato com o Mestre Interno que cada um
possui não é utopia nem demagogia, ainda que muitos assim pensem.
Deixar de teorizar sobre civilizações antigas e sim estudar suas cidades e costumes, além de
conversar com as pessoas que lá viviam e ainda vivem, é outra possibilidade. Se uma cidade
desaparece, sua contrapartida astral mental continua existindo, a não ser que seja construída outra
no plano físico onde antes estivera a antiga.
22
FORMAS DE VIDA
A
s formas de vida são tão variadas que vão desde as criaturas mais inferiores geradas pela
mente humana, até os mais elevados Devas (deuses da natureza), cada qual ocupando a
dimensão de acordo com suas vibrações Aqueles que possuem vibrações elevadas em
conseqüência da espiritualidade vivem nas dimensões mais sutis e nas subdimensões
intermediárias superiores de cada plano. Já as criaturas de baixa evolução, tanto as criadas pelo
homem (elementares) como os invólucros grosseiros dos mortos que ainda não se desprenderam
da matéria, habitam as subdimensões inferiores a região chamada de limbo.
Como cada experiência fora do corpo estará de acordo com nosso nível de vibração, ou seja, nos
projetaremos para a dimensão ou subdimensão à que temos afinidade, poderemos estar sujeitos a
entrar em contato com cada um desses seres.
Nada acontece por acaso, e qualquer experiência é direcionada para nosso aprendizado, ainda
que sejam desagradáveis num primeiro instante.
Aliás, não devemos nos preocupar, pois nada ou ninguém poderá nos fazer mal, mesmo porque é
raro os seres mais inferiores se preocuparem com iniciantes.
Há alguns casos esporádicos onde nos veremos em situações diferentes do normal, mas isso
sempre ocorrerá pré-definidamente, com finalidades muito especiais de aprendizado.
Em outras ocasiões poderemos nos assustar com os elementais (espíritos da natureza), pois eles
são como as crianças, estão além do bem e do mal e só querem brincar e se divertir conosco.
De conformidade com o abordado acima, sempre é importante efetuarmos uma constante higiene
mental, principalmente antes de deitarmos para sonhar ou para tentar a projeção consciente, pois
o estado psíquico ou físico é que será responsável pela boa ou má experiência. Se, durante o dia,
entrarmos em graves desentendimentos, tendo como fruto dessas desarmonizações, explosões
emocionais e mentais, quase certamente numa projeção consciente nos veremos em
subdimensões densas. Ainda que seja desagradável estar em locais inferiores, presenciando o
sofrimento dos habitantes dessas paragens teremos nessa experiência grande material de
crescimento.
Um mal-estar causado por indigestão, ou mesmo deitar-se de estômago cheio pode provocar
efeito semelhante, projetando-nos para locais mais densos.
23
OS ELEMENTARES
E
lementares são formas de vida criadas pelo homem; na maioria das vezes sem intenções
de fazê-lo, ou seja, inconscientemente. São chamados também de formas-pensamento.
O caso contrário também ocorre. Emoções e pensamentos negativos criam cores e sons feios e
desarmônicos. Quando são intensos e constantes, materializam-se em formas de bestas e animais
medonhos, permanecendo em volta da pessoa que a criou durante anos ou até mesmo por toda
vida. Em outros casos essas formas-pensamento passam a não só obsidiar seu criador, mas sim
todas as pessoas que estejam em seu raio de alcance. Muitas vezes sobrevivem durante anos e
anos após a morte daquele que a gerou, pois seu alimento pode ser tirado de qualquer pessoa cuja
afinidade vibracional se compatibilize com a de seu criador.
As pessoas cujo hábito de drogar-se é constante, acabam por criar meios artificiais para contato
com esses e outros seres ainda piores, isso quando não acessam regiões proibidas ao homem
comum. Forçam sua passagem para o mundo tenebroso e acabam sintonizando cada vez mais
suas próprias vibrações com as vibrações rudimentares desses planos. Entram em contato com
criaturas que realmente existem, quando não, partes obscuras de si mesmos. Os íncubos e
súcubos citados com freqüência nas histórias da Idade Média, são justamente essas formas
obsessoras geradas pelo mau uso da energia sexual. Essas criaturas, algumas vezes horríveis e
outras vezes aparentemente formosas, provinham dos recendidos mais escondidos do
subconsciente, e eram engendradas pelo desejo sexual reprimido e distorcido por isso eram tão
fortes a ponto de se materializarem no mundo físico.
Existem formas de proteção simples que cada projetor deve saber, caso se veja em situações
negativas e precise enfrentar formas-pensamento. A maioria dessas situações são facilmente
contornáveis. Novamente realçamos a necessidade de tirar aprendizado de fatos como esses.
Assim sendo, colocamos 05 (cinco) precauções que todo projetor deve ter ciência:
3. Você pode transladar-se tanto das dimensões e subdimensões mais elevadas para as menos
elevadas e também o contrário, da de menos vibração para a de maior; as formas-pensamento
somente no sentido “de cima para baixo”.
24
4. Nunca parta para a agressão, pois isso fere o principio de que somente pode se combater o
ódio com amor. Mesmo porque você acabará por se identificar completamente, esquecendo-
se de si mesmo e caindo no sono hipnótico. É necessário manter-se atento e autoconsciente
todo o tempo pois o risco de mecanizar-se novamente, adormecendo a consciência, maior que
no mundo físico.
5. Existem certas frases mágicas, chamadas conjurações, cuja função é exatamente afastar as
entidades nocivas do plano astral ou mental. Daremos algumas delas, mas elas devem ser
decoradas e usadas com fé, imaginação e vontade, se é que você quer fazê-las funcionar. A
oração possui um poder gigantesco e, muitas vezes, tem o mesmo efeito das conjurações.
25
O MUNDO DOS MORTOS
Numa subdimensão intermediária do plano astral existe uma região que alguns povos antigos
chamavam de limbo ou orco. Na terminologia cristã chama-se purgatório.
Esta região pode ser comparada a um cone de penumbra intermediando a luz e as trevas. A Luz
aqui é representada pelas dimensões superiores do mundo astral ou mesmo do mundo mental. As
trevas, por sua vez, representam as regiões submersas ao planeta terra, onde a densidade da
matéria chega a ser superior a existente no plano físico. Parece impossível conceber dimensões
inferiores à terceira dimensão na qual vivemos, no entanto essas regiões existem e são
conhecidas em todas as religiões como ‘infernos”. No Oriente a religião hindu a chama de
avitchi.
É interessante traçarmos paralelo com a astrofísica, pois esta tem descoberto estrelas minúsculas,
muito menores que o nosso sol, cuja densidade atômica equivale a densidade de diversos
sistemas solares ou até mesmo galáxias.
Isto prova como é possível existirem mundos imensos comprimidos em espaços fisicamente
pequenos, o que corresponde a constante descrição, pelas religiões de todo mundo, dessas
regiões abismais. Aliás, como já vimos, o espaço físico praticamente inexiste quando falamos em
dimensões.
Não podemos deixar de citar a profunda relação existente entre os mundos externos e internos ao
homem. Assim descreve a grande Lei Oculta: “como é em cima é em baixo, e o que está dentro é
igual ao que está fora”, logo, o homem possui em si mesmo a parte abismal da natureza, e
podemos encontrá-la nas regiões infraconscientes da mente. Lembremos como as vibrações afins
se atraem mutuamente. Por isso, aqui abrimos pequena lacuna para alguns questionamentos:
De onde mais poderia vir tamanha crueldade quando vimos os crimes mais infames provocados
pelo homem? De onde poderia ter saído à música infernal e as pinturas que representam figuras
grotescas e totalmente sem harmonia e estética? Se refletirmos um pouco compreenderemos
como a natureza animal e infraconsciente têm se apoderado quase que completamente da
humanidade no sentido geral. A inversão total dos valores mais sagrados e tradicionais da
humanidade deixou a mercê os instintos. Em outras palavras, o homem perdeu o controle sobre
si mesmo, as portas de seus infernos foram abertas Assim, mais do que nunca, este curso insiste
na necessidade de mudança radical em cada individuo. Recuperar os valores arquetípicos faz
parte de grande aventura do homem quando pretende vencer as barreiras que o separam dos
universos paralelos. É ilusão acreditar que, tal como estamos podemos ter acesso à sabedoria
sagrada contida nesses mundos.
Dando continuidade ao exposto nos parágrafos anteriores, dentro das experiências fora do corpo,
essas regiões inferiores somente podem ser acessadas pelo projetor em casos muito especiais,
quando ele necessite aprender e for conduzido por seres inteligentes através de seus umbrais
Temos na literatura de todos os tempos grandes exemplos que o mundo até hoje não chegou a
compreender. Obras julgadas infantilmente como ficção pelos cépticos e materialistas: A Divina
Comédia de Dante; os relatos da descida de Orfeu aos infernos; da mesma forma Hermes e
Ullisses tiveram que descer á morada de Plutão (regente do mundo subterrâneo); Hércules ao
executar parte de seus doze trabalhos (principalmente a luta com Cérbero, Guardião dos infernos
na mitologia) e, enfim, tantos outros relatos antiqüíssimos e até mais recentes espalhados pelo
mundo com roupagens religiosas, míticas, mitológicas, etc.
26
Já a região intermediária, aqui chamada de cone de sombra, é o limite para o projetor comum.
Ali ele se deparará com os invólucros dos mortos, como aqueles que morreram e ainda não
sabem. Essas pessoas mortas ainda estão presas ao mundo pelo apego e pelo desejo de perpetuar
as sensações físicas; pela dor dos parentes e amigos que em vida choram, também desejando
presença constante do morto neste mundo novamente; pelas sessões mediúnicas que levam ao
morto tudo aquilo que tinha em vida, cedendo corpos humanos através de médiuns, ou abrindo
canais de comunicação com eles. Por essas e outras razões, tais desencarnados permanecem
perambulando a solta pelo limbo, atraídos e presos ao plano físico.
Quando nos projetarmos certamente poderemos entrar em contato com essas pessoas. Veremos
que o corpo astral do desencarnado, sede do desejo inconsciente após a morte, vaga como um
sonâmbulo pelo mundo astral, repetindo todas as atividades feitas durante a vida. Permanece
revivendo seus sofrimentos e ampliando suas angústias, ansiando os prazeres antigos que os
sentidos ofereciam e externalizando, como num pesadelo, suas cobiças e ambições. Poderemos
tentar ajudar essas pessoas, mas pouco conseguiremos fazer, pois somente elas terão que se livrar
dos fantasmas gerados pelo passado.
Poderemos ser vitimas de obsessões nessas regiões, assim como pode ocorrer com os
elementares. Essas criaturas precisam de luz, de vida e amor. Uma pessoa projetada, ainda mais
se estiver consciente, traz um campo energético considerável que atrai esses invólucros
autômatos. Não o fazem por mal, muitas vezes, mas sim por necessidade. Em tais situações basta
tomarmos as atitudes citadas no tópico sobre elementares.
Na medida do desprendimento das emoções e apegos baixos, o invólucro astral mais denso
começa a se desfazer, e essas pessoas mortas vão como que tirando as roupas mais pesadas para
poderem transcender as subdimensões, chegando a realizarem o mesmo processo na dimensão
mental. Assim, a certa altura, podemos entrar em contato com a essência divina que o ser
humano carrega dentro de si, já livre de seu passado e apenas aguardando novo corpo para
retornar. Quando falamos em essência divina não estamos nos referindo à personalidade, mas
sim àquilo que já existia e sempre existiu num homem antes mesmo dele nascer. Poderíamos, por
exemplo, entrar em contato com a essência de uma criança que está por vir e saber, diretamente
dela, o que aqui veio fazer, qual sua missão e até mesmo quais foram suas existências passadas.
A essência humana é o verdadeiro ser imortal, é o fragmento divino que devemos despertar em
nós, a fim de fazê-la fluir perfeitamente através dos valores transitórios da personalidade.
27
UBIQÜIDADE E ESTADO DE JINAS (4ª DIMENSÃO)
E
ste tópico foi incluído à parte, pois não podemos deixar de citar dois casos especiais
relacionados, de certa forma, com as experiências fora do corpo.
O primeiro deles é o dom da ubiqüidade, ou seja, a capacidade que uma pessoa tem de deslocar-
se, ao mesmo tempo, para dois ou mais locais diferentes com o corpo projetado. Este fenômeno é
raro mais pode ser encontrado em algumas literaturas.
Na medida que o projetor aprende a dominar seus corpos sutis e a usar o poder da Vontade nas
projeções, bem como na medida que ele cria para si corpos mais poderosos através da Alquimia,
ele se vê livre das técnicas e pode projetar-se quando quiser e onde estiver, mesmo que seu corpo
físico não esteja repousando sobre uma cama ou cadeira. Isto quer dizer que é possível continuar
trabalhando, estudando ou dando uma conferência e, ao mesmo tempo, estar projetado em outro
lugar com o corpo sutil tendo uma entrevista com alguém sem que as demais percebam este fato.
O próximo passo é adquirir a ubiqüidade, já que obteve total controle sobre os demais corpos.
Neste caso pode-se estar em diversos locais diferentes ao mesmo tempo, realizando também
diversas tarefas sem ligações umas com as outras.
Tão fabuloso ou mais que a ubiqüidade é o estado Jinas. Colocar-se em Jinas é colocar o corpo
físico na quarta coordenada (quarta dimensão).
Este fenômeno, também conhecido por Nagualismo ou Licantropia, foi muito usado pelos
feiticeiros (Naguais) dos povos antigos da América Central (Astecas, Toltecas, Zapotecas, Maias,
etc.).
Ainda hoje existem pessoas que dominam as técnicas do estado Jinas. Podemos encontrar
referências nas obras de Carlos Castaffleda, antropólogo que travou contato com essa cultura.
Isto só para citar obras e autores mais conhecidos e contemporâneos. Em Jinas é possível até
mesmo mudar a forma física do corpo, dando a ele aspecto animal ou de outra criatura qualquer.
Muitas lendas tenebrosas advém dos relatos de pessoas que viram essas transformações
(lobisomem, por exemplo).
Em Jinas também é possível deslocar o corpo físico para qualquer lugar do planeta~ sobrevoar
rios e mares, atravessar rocha sólida e ainda caminhar sobre as águas, como fez o Mestre Jesus.
28
PROJEÇÃO INTERIOR
1. A projeção é efetuada dentro de nosso sistema vegetativo, ou seja, podemos ver o interior de
nosso corpo. As veias, as funções vegetativas tais como o coração, o fígado e outros se tornam
translúcidos para nós. Passamos, muitas vezes, a fazer parte desse sistema, como se fôssemos ele
próprio, detectando possíveis doenças ainda não manifestadas.
2. O outro tipo é muito mais intrigante, pois a projeção ocorre dentro do universo psíquico que
possuímos: nossos pensamentos, emoções e fantasias ganham vida e são materializados tal como
são. O macro-universo e o micro-universo se fundem nesses momentos, por isso podemos entrar
em contato com a divindade que existe dentro de cada ser humano. A frase Evangélica: “O
homem é a imagem e semelhança de Deus” expressa muito bem o que acabamos de falar, e é
essa divindade que buscamos. A essência a que nos referíamos no último tópico não passa de um
fragmento da presença de Deus no homem.
Uma árvore, para lançar seus galhos o mais alto possível deve projetar suas raízes no lodo mais
profundo e sombrio da terra. Teremos que descer ao lodo mais profundo de nossa “terra
psicológica” para projetarmos nossos galhos e nossos frutos acima das nuvens.
Quando nos deparamos com essas criaturas, que na verdade fazem parte de nós mesmos,
veremos nossas imperfeições materializadas de acordo com a densidade correspondente a cada
uma delas. Teremos que nos enfrentar diante de um espelho, e a visão, muitas vezes, não nos
agradará nem um pouco.
29
O COMPORTAMENTO DURANTE A VIAGEM ASTRAL
Após a projeção consciente, seja através de qualquer técnica, deveremos tornar algumas atitudes
importantes para nos manter conscientes durante maior tempo possível. Nossa consciência
permanecerá "desperta” de acordo com a quantidade de energia psíquica armazenada
anteriormente, e de acordo com a capacidade de não identificação com os acontecimentos em
nossa volta. Isto, pois, a identificação leva a perda de energia, e esta ao adormecimento e ao
sono. Assim, uma experiência que pode começar lúcida acaba se tornando um sonho, podendo
acontecer também o contrário como iremos colocar mais adiante.
Para permanecermos despertos será importante sempre a posição passiva, ou seja, contemplativa.
O bom observador não julga, não analisa, não interfere apenas observa. Caso faça o contrário
com certeza interferirá nos acontecimentos, inclusive externalizando e cristalizando pensamentos
e emoções sem perceber, e estes colocarão em risco a autenticidade da experiência.
A percepção deve ser ampliada juntamente com a intuição, pois ambas terão papel fundamental
na vida de todo projetor, inclusive não só durante as experiências fora do corpo, e sim também
no estado de vigília. Para isso seremos obrigados, mais uma vez, a frisar o estudo holístico de si
mesmo, pois será necessário tomar contato com outras disciplinas esotéricas para obter o que
somente a Projeciologia não pode nos oferecer. De qualquer forma, numa experiência fora do
corpo, percebe-se certos poderes latentes com mais clareza, e podemos dizer até mesmo que
fazemos uso deles naturalmente mas não adequadamente.
Para o projetor iniciante não é fácil dominar o veiculo recém descoberto. Não temos controle
sobre ele e somos facilmente desviados de nosso objetivo pelas circunstâncias e maravilhas que
encontramos numa experiência. Aprender a usar a Vontade superior como condição de
deslocamento será importante, pois é justamente essa Vontade, aliada ao autodomínio que nos
conduzirá pelas dimensões e subdimensões.
É interessante traçarmos nossos objetivos antes de efetuarmos a projeção para não acontecer o
acima citado, nos perdermos no emaranhado de coisas novas encontradas. Se anteriormente à
projeção já sabemos o que queremos, após nos vermos do outro lado, fixaremos nossa idéia no
objetivo e poderemos fazer da idéia motivo de meditação e profunda reflexão. O resto a própria
natureza se encarregará de fazê-lo, pois somente o fato de nos concentrarmos naquilo desejado já
acarreta um deslocamento dentro do tempo e do espaço.
Ainda assim não é tão fácil como parece. A verdade é que somos débeis e fracos, falta-nos
atenção, concentração, persistência ... por isso é importante ter humildade e solicitar à Divindade
interior (alguns chamam de mestre interno) que nos transporte para o local desejado se assim
merecermos. Devemos ter em mente que, em última análise, tudo, absolutamente tudo está nas
mãos de Deus.
30
Além de caminharmos podemos nos deslocar da forma a qual nos agradar melhor. Podemos
caminhar, flutuar, voar ou qualquer outra maneira de locomoção mais original, quanto menos
esforços fizermos melhor, menos energias gastaremos.
A atenção deve estar sempre voltada para si mesmo (interiorizada) ao mesmo tempo em que
examinamos o local ou os seres com quem estivermos.
Nas projeções efetuadas nas subdimensões mais densas de cada plano nos depararemos com os
objetos e obstáculos existentes no plano físico. Eles podem ser simplesmente atravessados com
nosso corpo astral, isto é, podemos atravessar paredes, portas e coisas desse tipo, isso se não
tivermos medo e dúvidas, porque nesses casos externalizaremos uma angústia imperceptível para
nós, mas suficiente para bloquear essa possibilidade.
31
EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS
a) Os exercícios devem ser efetuados antes de dormir ou de manhã bem cedo. Temos observado
que pela manhã os resultados são melhores. Todavia o estudante poderá adaptar seus horários
conforme sua necessidade.
• Para o chakra do plexo solar o mantra “A” (concentrando-se dois dedo acima do umbigo).
Aprender o correto uso da meditação, aliado ao poder da imaginação, será de grande valor para a
ativação dos chakras e circulação das energias a fim de uma total harmonização. Podemos fazer
os mantras na posição deitado em decúbito dorsal ou sentado. O importante é manter a coluna
reta.
d) Exercício respiratório para oxigenação e energização. Quanto mais atenta e profunda for a
respiração maior será o estado de interiorização do estudante. Esses exercícios respiratórios
devem ser efetuados após o exercício ‘b”, durante o tempo necessário para se atingir o estado de
completa concentração e relaxamento (20 minutos, por exemplo). Após o exercício a respiração
pode normalizar-se.
32
TÉCNICAS
O
s exercícios do tópico anterior são os pontos primários e qualquer pessoa que esteja se
iniciando na Projeciologia deve passar por eles sem suprimir nenhuma das partes. A
partir daqui entra a experiência individual de cada estudante. Mas, ainda assim, existem
algumas técnicas possíveis de serem passadas.
Lembramos a necessidade de experimentar todas para descobrir a que mais se adaptará ao seu
biótipo.
Na verdade existem muitas técnicas diferentes, mas elas giram todas em torno dos pontos
abordados a seguir.
Qualquer técnica, para ser eficaz, deverá ser experimentada após o estudante ter seguido as dicas
e exercícios abordados no item anterior, e ainda assim, durante o período de 30 dias
consecutivos, no mínimo. Algumas pessoas conseguem êxito em poucas semanas, outras podem
necessitar de meses.
Primeiro sentirá torpor em todo corpo, depois sentirá seu corpo astral e sua consciência, nele
centralizada, desligar-se lentamente do corpo físico. Depois se imaginará subindo e deslocando-
se através das regiões superiores ao físico.
Este processo deverá ser feito muito lentamente, etapa por etapa, tantas vezes quanto necessário.
É bom deixar claro que a projeção é algo distinto de imaginação, fácil de ser separado. Mesmo
assim, no inicio, o estudante poderá ter dúvidas, mesmo porque, não possuindo energia suficiente
para estar completamente “desperto” no plano astral, sua experiência poderá se confundir com o
sonho lúcido, até adaptar-se à nova realidade. No entanto, isso não é regra geral.
b) Meditação transitória: outra técnica que será usada ao término dos exercícios de preparação é
a meditação transitória.
Após os exercícios iniciais, o estudante deitar-se-á em decúbito dorsal, braços esticados (posição
esta padrão para todas as técnicas) e relaxado.
Entrará em meditação profunda, contemplando sua mente e seus pensamentos. Não julgará e nem
se identificará com as idéias, apenas deve aguardar a hora em que o sono começa a se apoderar
do corpo.
Quando perceber que chegou o limiar entre vigília e sonho, quando começar a observar na tela
mental imagens desconexas, ele simplesmente usará sua vontade e levantará.
Terá saído de seu leito com o corpo astral, por isso deverá se afastar da cama para não retornar
ao corpo físico devido a forte atração exercida pelo cordão de prata. Após distanciar-se alguns
metros, poderá começar a exploração do ambiente.
33
Para o estudante se certificar que está fora do corpo pode dar um pulo ou puxar seu dedo
indicador, se sair voando no primeiro caso, ou se seu dedo esticar, não deve se espantar, pois está
desdobrado. Caso não o esteja, deverá reiniciar o processo.
A estimulação dos chakras aumentará a freqüência vibratória do corpo astral, projetando-o para
fora da matéria densa. Pode-se adaptar esta técnica à técnica da meditação transitória (“b”).
d) A projeção no corpo mental: para a projeção no corpo mental será necessário, quase sempre,
completo domínio do corpo astral, haja visto ser o processo idêntico ao necessário para projetar-
se no corpo astral. Todavia esta técnica se torna difícil devido a necessidade de realizá-la no
plano astral, quando o estudante já está de posse deste veículo.
Neste caso o projetor deixará seu corpo astral repousando e se projetará com o corpo mental
exatamente como fez para sair com o veículo anterior na técnica da meditação transitória.
e) Despertar no sonho: neste caso não temos propriamente uma técnica, mas sim conseqüência
do processo de autopercepção diária abordado em alguns tópicos desse Curso.
Durante o sonho começaremos a nos dar conta que algo anormal está acontecendo (estamos
conversando com uma lebre, por exemplo). Este fato será o catalisador para pararmos o que
estivermos realizando e começarmos a simplesmente observar o local onde estamos, como
estamos e o que estamos fazendo.
Podemos usar três dicas durante o dia (quando em estado de vigília) para facilitar este fato:
A primeira delas é nos perguntarmos constantemente sobre o que estamos fazendo. Nesses
instantes focalizaremos atenção plena sobre nós e os acontecimentos ocorrendo em nossa volta.
Em outras palavras, nos lembraremos de nós mesmos.
A segunda e a terceira das dicas nós faremos em qualquer local ou momento: pararemos nossas
obrigações momentâneas, puxaremos nosso dedo indicador e daremos dois “pulinhos”. Como
vimos, nossos atos diários são repetidos nos sonhos, se estivermos atentos, estes pequenos fatos
serão suficientes para nos darmos conta que estávamos sonhando.
34
Cuidado apenas para não mecanizar também esses atos. E necessário fazê-los atentamente, pois
caso contrário o estudante também o repetirá no astral de forma mecânica, perdendo
completamente a finalidade e não resultando em consciência desperta.
Finalizaremos as técnicas com dois mantras que são, por excelência, os mantras da projeção
astral. Eles deverão ser feitos diariamente, até obtermos resultados.
• O outro Mantra é conhecido como som do grilo, pois se parece com o silvo agudo deste
pequenino inseto, O Mantra é a letra S, pronunciado assim:
SSSSSSSSSSSS. A concentração e a vontade aumentará com a vibração que este som
provoca em nosso corpo até que o mantra se confundirá com o próprio som do deslocamento
do corpo astral.
35