8 atitudes para ser um bom pai
8 atitudes para ser um bom pai
8 atitudes para ser um bom pai
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“Ainda temos resquícios de uma educação que nos ensinou que a responsável pelos filhos
é a mãe”, diz a terapeuta familiar Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira
de Psicopedagogia (ABPp). Mas, aos poucos, eles começam a deixar o papel de provedor
exclusivo para serem participantes ativos na vida das crianças. “O termômetro é a reunião
de pais e mestres nas escolas. Já existe uma participação muito maior dos pais hoje em
dia”.
Ao testemunhar um mau comportamento dos filhos, muitos pais se queixam dizendo “Mas
não está faltando nada para ele”. Não está faltando nada mesmo? Carinho não pode ser
trocado por presentes. “A presença é muito importante”, diz Quézia. Se envolver com os
filhos não se resume a levar um chocolate no final do dia, ao voltar do trabalho.
3. Seja carinhoso
Muitos pais confundem masculinidade com falta de afeto e evitam beijar e abraçar a
criança. Essa falta não pode ser excessiva: o pai pode e deve mostrar o amor que sente
pelo filho. Segundo Cris Poli, é preciso haver uma interação física com a criança também
durante as brincadeiras. Às vezes o pai prefere não brincar de boneca com as filhas, por
exemplo, por ficar constrangido, mas é preciso se adaptar. E fazer brincadeiras com
interação mais pessoal – ficar somente no computador e no videogame não é uma
solução. A criança precisa de afeto.
Na contramão dos pais autoritários estão os pais permissivos. Embora afetuosos, eles não
se dispõem a estabelecer limites para os filhos. E terminam sendo ausentes. Segundo Cris
Poli, os pais demasiadamente permissivos deixam de se posicionar e preferem deixar o
filho fazer tudo o que quer. “É aquele pai que costuma dizer: ‘vê com a sua mãe’ e nunca
toma as decisões”, diz a “Supernanny”.
Para Cris Poli, o erro mais recorrente dos pais é não tomar uma postura em relação à
educação dos filhos. “A ausência, a falta de posicionamento e de autoridade são uma
carência muito forte”, diz ela. Essa regra vale não só para a hora de tomar decisões, mas
também para os afazeres miúdos e os cuidados do dia a dia, como o banho, a comida e as
brincadeiras. Até porque as modalidades de diversão e aprendizagem da mãe costumam
ser diferentes da do pai. “O lúdico é importante e deve vir dos dois”, defende Quézia.
Um bom pai é também um bom marido e um bom cidadão. De acordo com o psicanalista
Rubens de Aguiar Maciel, todo o ambiente ao redor da criança influencia na formação dela
e a figura do pai também conta. Para os filhos crescerem da melhor maneira possível,
portanto, os pais devem ser maduros emocionalmente. “O homem e a mulher precisam
saber quais são os próprios valores diante de uma sociedade que muitas vezes os leva a
conhecer pouco sobre si mesmos e a serem competitivos e consumistas”, resume ele.
“Para ser um bom pai é preciso procurar, antes, ser um bom ser humano”, completa.