ISOMERIA 4
ISOMERIA 4
ISOMERIA 4
PROPÓSITO
Compreender os conceitos de isomeria plana e estereoisomeria permite o entendimento das
diferenças de propriedades físico-químicas de substâncias, bem como de outras características
como a atividade óptica, levando à possibilidade de identificação de compostos. Além disso,
permite compreender a importância da estereoquímica em fármacos e outras moléculas
biologicamente ativas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Reconhecer isômeros cis/trans , bem como os designados E/Z em alcanos de cadeia aberta
e fechada
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, conheceremos uma parte da química que trata de compostos que podem
parecer muito similares à primeira vista, mas que acabam por apresentar propriedades muito
distintas em um segundo momento.
A isomeria plana nos mostra como a diferença na organização dos átomos em uma estrutura
pode levar a propriedades físico-químicas, como pontos de fusão e ebulição, polaridade e
reatividades completamente diferentes.
Quem nunca ouviu dizer que gorduras trans são maléficas à saúde?
Ou talvez você já tenha ouvido falar da tragédia da talidomida causada por um enantiômero
desse fármaco. Entenderemos o que são esses conceitos e a importância deles para a nossa
realidade.
MÓDULO 1
A pergunta-chave que devemos responder para iniciar nosso estudo em isomeria é: o que é um
isômero?
Isômeros são compostos que apresentam fórmula química igual, porém possuem estruturas
diferentes. Consequentemente, esses compostos apresentarão características físico-químicas
também distintas.
O éter metil metílico e o etanol, por exemplo, possuem fórmula química C2H6O e, em
É importante que você saiba que as normas preconizadas pelo INMETRO estabelecem
que as unidades de medida devem estar separadas dos números por um espaço. No
entanto, limitações tecnológicas nos fazem juntar algumas das unidades aos números
para tornar o entendimento do nosso material didático mais fácil. Assim, se você
encontrar número e unidades juntos, saiba que foi feito para melhorar a sua visualização,
mas que relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão
internacional de separação dos números e unidades.
O álcool encontra-se no estado líquido.
Compostos isômeros também podem apresentar diversas características diferentes, tais como
sabor e odor, além de propriedades biológicas e químicas também distintas.
Neste módulo, concentraremos nossas atenções na isomeria constitucional (ou plana). Existem
cinco tipos de isomeria plana possíveis. Vamos conhecê-las?
ISOMERIA DE CADEIA
O primeiro tipo possível de isomeria que trataremos é a isomeria de cadeia. Como o próprio
nome diz, a diferença entre os isômeros está na possibilidade de compostos de mesma fórmula
química apresentarem cadeias diferentes, como cadeias lineares e ramificadas, por exemplo.
Butano
Isobutano
Lembra da fórmula geral dos alcanos? Um alcano linear tem fórmula geral CnH2n+2, como
vimos no caso do butano e do isobutano. No caso do composto C5H10, então, não poderíamos
ter um alcano linear, mas poderíamos ter um alcano cíclico, como o ciclopentano, ou um
alceno. Veja abaixo os isômeros de fórmula C5H10:
Ciclopentano
Imagem: Anna Claudia Silva.
1-metil-ciclobutano
1-Penteno
Digamos que você se depare com uma situação em que é necessário saber quem são os
isômeros planos possíveis que apresentam determinada fórmula molecular. Como você
procederia? Vamos pensar juntos?
SATURADO INSATURADO
SATURADO
Isso mesmo! Compostos que apresentam número de hidrogênios igual a 2n+2, sendo n o
número de átomos de carbono, serão saturados. No caso do nosso composto: 2×5+2=12,
nossos isômeros serão hidrocarbonetos saturados.
INSATURADO
Que pena! Na verdade, compostos que apresentam número de hidrogênios igual a 2n+2,
sendo n o número de átomos de carbono, serão saturados. No caso do nosso composto:
2×5+2=12, nossos isômeros serão hidrocarbonetos saturados.
PENTANO ISOPENTANO
PENTANO
Exatamente! O cuidado necessário nessa etapa é o de não criar dois compostos iguais
achando que são isômeros. As duas estruturas abaixo representam o mesmo composto:
2-metilbutano. As ramificações devem estar sempre no carbono de menor número
possível, então, temos, em ambos os casos, a metila na posição 2.
PENTANO SUBSTITUÍDO
Não é bem assim! Vamos, então, ver as possibilidades com butano substituído:
O cuidado necessário nessa etapa é o de não criar dois compostos iguais achando que
são isômeros. As duas estruturas acima representam o mesmo composto: 2-metilbutano.
As ramificações devem estar sempre no carbono de menor número possível, então,
temos, em ambos os casos, a metila na posição 2.
SIM NÃO
SIM
Muito bem! O propano é uma cadeia principal de 3 carbonos, com isso, precisaríamos
alocar mais 2 na forma de ramificações. É importante lembrar que as ramificações devem
ficar no meio da estrutura. Se adicionarmos um desses carbonos na ponta, voltamos a ter
o butano, pois estamos aumentando a cadeia principal. Da mesma forma, se tentarmos
substituir um etil no carbono 2 do propano, teremos mais uma vez o 2-metilbutano.
Não é bem assim! O propano é uma cadeia principal de 3 carbonos, com isso,
precisaríamos alocar mais 2 na forma de ramificações. É importante lembrar que as
ramificações devem ficar no meio da estrutura. Se adicionarmos um desses carbonos na
ponta, voltamos a ter o butano, pois estamos aumentando a cadeia principal. Da mesma
forma, se tentarmos substituir um etil no carbono 2 do propano, teremos mais uma vez o
2-metilbutano.
É importante lembrar que, se o número de hidrogênios na fórmula molecular for igual a 2n,
poderemos ter um alceno ou um composto cíclico e, se for 2n-2, pode ser um alcino ou um
composto com duas ligações duplas ou ainda um hidrocarboneto cíclico com uma ligação
dupla, por exemplo. A relação entre o número de hidrogênios e carbonos é sempre um forte
indicativo em termos do tipo de cadeia do composto.
ISOMERIA DE FUNÇÃO
Os isômeros que vimos até aqui eram compostos apenas de átomos de carbono e hidrogênio,
mas o que acontece se tivermos um composto que apresenta um átomo de oxigênio, por
exemplo?
Um aldeído, por outro lado, apresenta a carbonila na ponta, portanto é possível de existir numa
molécula com 2 carbonos. Ficamos, então, com 3 possibilidades:
ÁLCOOL
ÉTER
ALDEÍDO
Para confirmar, podemos desenhar as três estruturas. O que percebemos é que o acetaldeído
não apresenta a mesma fórmula química dos demais e, por isso, não é isômero deles.
O etanol e o éter dimetílico, por outro lado, apresentam fórmula molecular C2H6O e diferem um
do outro pela função orgânica a qual pertencem, por isso são isômeros de função.
ISOMERIA DE POSIÇÃO
Temos como exemplo desse tipo de isomeria a isopropilamina, que tem o grupo amina no
carbono 2, e a propilamina, na qual o grupo amina está ligado ao carbono 1. Veja as estruturas
abaixo:
Imagem: Anna Claudia Silva
Isopropilamina e propilamina são exemplos de isômeros de posição.
Um bom exemplo desse tipo de isomeria e que é muito importante na indústria farmacêutica
são os anéis de imidazol e pirazol. Ambos apresentam 2 átomos de nitrogênio em sua estrutura
e fórmula molecular C3H4N2, porém o imidazol é o 1,3-diazol e o pirazol é o 1,2-diazol, como
Embora pareça uma diferença pequena, esses dois anéis são partes importantes da estrutura
de fármacos completamente diferentes, como é o caso da dipirona sódica, utilizada como
antipirético e antitérmico, e do albendazol, um antiparasitário de grande relevância na prática
clínica.
Imagem: Anna Claudia Silva.
Dipirona sódica e albendazol, fármacos que apresentam anéis que apresentam metameria.
TAUTOMERIA
Isso é um engano.
RESPOSTA
RESPOSTA
Não! O butano tem ponto de ebulição de -1°C enquanto o isobutano tem ponto de
ebulição igual a -11,7°C. E isso se deve ao fato de os átomos estarem ligados de
maneira diferente. A ramificação diminui a área superficial disponível para a ocorrência
das forças intermoleculares e torna o ponto de ebulição do composto mais baixo.
Voltemos ao exemplo do éter dimetílico e do etanol citados no início deste módulo. Esses
compostos são isômeros de fórmula química C2H6O, ou seja, apresentam a mesma massa
molecular. No entanto...
O etanol tem ponto de ebulição igual a 78,4°C.
E é por isso que em temperatura ambiente essas substâncias estão em estados físicos
da matéria diferentes.
Essa diferença se deve, mais uma vez, ao arranjo diferenciado dos átomos nos dois
compostos. A existência da hidroxila no álcool permite que ele faça ligações de hidrogênio,
enquanto o éter tem como força intermolecular entre suas moléculas as forças do tipo dipolo-
dipolo, que são mais fracas e levam a menores pontos de ebulição.
Note, então, que, embora tenham a mesma fórmula química, os isômeros planos (ou
constitucionais) apresentam propriedades distintas.
Agora que conhecemos a isomeria plana (ou constitucional), é hora de estudarmos o efeito das
diferentes organizações dos átomos nas estruturas no espaço e as diferenças que podem
ocorrer.
CLASSIFICAÇÃO DE ISÔMEROS
CONSTITUCIONAIS
Neste vídeo, a especialista Gabriela de Andrade Danin Barbosa falará sobre a classificação dos
isômeros constitucionais e a construção da estrutura molecular de isômeros a partir da fórmula
química. Assista!
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Isômeros são compostos que apresentam a mesma massa molecular e podem conter
átomos de elementos diferentes.
B) A isomeria constitucional ou plana trata das diferenças nas ligações entre os átomos de
compostos com a mesma fórmula química.
A) Isomeria de cadeia
B) Isomeria de função
C) Isomeria de posição
E) Tautomeria
GABARITO
ESTEREOISOMERIA
Sabemos que a isomeria é dividida em isomeria plana ou constitucional e a estereoisomeria.
Neste módulo, vamos nos concentrar no segundo tipo.
Vamos começar vendo como classificar alguns desses isômeros que são formados a partir das
diferentes estruturas de alcenos e cicloalcanos, moléculas que não apresentam rotação livre.
ISOMERIA CIS-TRANS
Nos alcanos lineares, temos apenas ligações simples que apresentam rotação praticamente
livre em torno de seu eixo, de forma que a barreira de rotação na molécula do etano, por
exemplo, é de apenas 12kJ/mol, uma barreira facilmente transponível, que permite que os
vários confôrmeros existam em equilíbrio.
No caso das duplas ligações, para que a rotação ocorra, é necessário que a ligação π seja
rompida, pois, na rotação, os orbitais p deixarão de estar paralelos, e isso requer uma energia
de aproximadamente 350kJ/mol, uma barreira energética bem mais difícil de ser ultrapassada.
Para que a isomeria cis-trans exista, ambos os carbonos devem ter substituintes diferentes,
ou seja, se um dos carbonos estiver ligado a dois ligantes iguais, não há isomeria. É o que
acontece com o propeno, no qual um dos carbonos está ligado a dois átomos de hidrogênio,
portanto a molécula não possui isomeria cis-trans .
Imagem: Anna Claudia Silva.
Não há isomeria em compostos nos quais um dos carbonos da dupla ligação está ligado a
dois substituintes iguais.
O alceno mais simples no qual podemos ver a isomeria cis-trans é o 2-buteno, pois podemos
ter as metilas terminais do mesmo lado da dupla ligação (isômero cis) ou em lados opostos
(isômero trans), como podemos ver nas imagens abaixo:
Isso porque os óleos de origem natural, como os óleos vegetais, por exemplo, apresentam
gorduras poli-insaturadas na forma do isômero cis, porém podem ser convertidos aos isômeros
trans devido às condições dos processos e essa mudança leva a alterações nas propriedades
físico-químicas dos compostos.
O ácido oleico, também conhecido como ômega 9, por exemplo, é um composto de fórmula
C18H34O2 que apresenta uma insaturação no carbono 9, isomeria cis e ponto de fusão igual a
14°C, ou seja, é um líquido à temperatura ambiente. Já o isômero trans, conhecido como ácido
elaídico, tem ponto de fusão igual a 44°C, sendo um sólido à temperatura ambiente. Podemos
ver a fórmula estrutural dos dois na imagem a seguir:
Imagem: Anna Claudia Silva.
Estrutura dos ácidos oleico e elaídico, importantes na indústria de alimentos.
Isso porque os óleos vegetais são líquidos à temperatura ambiente devido à presença de
múltiplas ligações duplas com isomeria cis, mas podem ser hidrogenados completamente
levando a gorduras saturadas sólidas de alto ponto de fusão ou, ainda, serem parcialmente
hidrogenados levando à formação de insaturações com isomeria trans, que tornam a gordura
sólida, mas com ponto de fusão intermediário, dando a essas gorduras uma consistência
cremosa à temperatura ambiente.
Foto: Shutterstock.com
DESIGNAÇÃO E/Z
Você deve ter observado que nos exemplos já vistos os substituintes ligados aos carbonos da
dupla eram parecidos, senão iguais.
A verdade é que não. Nesses casos, a designação cis/trans pode ser ambígua, assim, foi
criado um sistema, a designação E/Z. Nessa designação, os substituintes ligados aos carbonos
da dupla ligação são priorizados de acordo com as regras de Cahn-Ingold-Prelog, que vamos
ver a seguir, utilizando o 2-bromo-1-fluorobut-1-eno.
REGRA N° 1
REGRA N° 2
REGRA N° 3
REGRA N° 1
Compare os átomos imediatamente ligados aos carbonos da dupla ligação; aquele que tiver o
maior número atômico terá maior prioridade. No caso do nosso exemplo, temos:
No caso dessa substância, podemos ver, então, que os substituintes de maior prioridade estão
do mesmo lado da dupla ligação e, por isso, esse é o composto Z (do alemão zusammen, que
significa “juntos”). A imagem abaixo mostra o composto E (do alemão entgegen, que significa
“oposto”):
Essa regra é válida quando a primeira não é suficiente para definir o substituinte de maior
prioridade. Caso os primeiros átomos dos dois substituintes ligados ao carbono da dupla
ligação sejam iguais, passamos aos próximos átomos. A imagem abaixo traz um exemplo
desse tipo:
Na estrutura, podemos ver que o carbono da ponta direita é de fácil resolução: flúor tem maior
número atômico que o hidrogênio e, por isso, tem prioridade. Já no caso do carbono à
esquerda da dupla ligação, ele está ligado a ambos os substituintes que têm como primeiro
átomo o carbono. Assim, precisamos ir andando na cadeia a fim de resolver o empate.
No caso do substituinte de cima (etila), o átomo seguinte é outro carbono, porém, no de baixo,
temos apenas átomos de hidrogênio, já que se trata de uma metila. Carbono tem um número
atômico maior que o hidrogênio, então tem prioridade sobre ele. Logo, o composto mostrado é
o (E)-1-fluoro-2-metil-1-buteno.
Caso o segundo átomo não seja capaz de definir o substituinte de maior prioridade, passa-se
ao terceiro, quarto, quinto, e assim sucessivamente, até que haja uma diferença que resolva o
empate.
REGRA N° 3
Átomos ligados entre si através de ligações múltiplas equivalem a várias ligações simples entre
aqueles átomos. Ou seja, C=O equivale a um átomo de carbono ligado a dois átomos de
oxigênio por meio de ligações simples. A imagem abaixo mostra como seria isso:
Note que os compostos classificados usualmente como cis e trans também podem ser
classificados na designação E/Z. Vamos ver o caso do 2-buteno novamente:
ATENÇÃO
Ao escrever o nome dos isômeros, note que a designação cis/trans não precisa estar entre
parênteses, mas deve estar em itálico. Na designação E/Z, deve-se colocar a letra entre
parênteses e em itálico antes do nome IUPAC do composto.
Agora que discutimos os alcenos, vamos ver como funciona a isomeria em compostos cíclicos.
ISOMERIA EM CICLOALCANOS
No caso de cicloalcanos, a isomeria cis/trans é possível pelo mesmo motivo que nos alcenos:
Não existe rotação livre nas ligações sigma que compõem o anel.
Desse modo, assim como nos alcenos, os isômeros cis e trans só são passíveis de se
interconverterem se houver quebra das ligações sigma, o que não ocorre à temperatura
ambiente. Essa característica implica propriedades físico-químicas diferentes para os
compostos, que podem ser isolados separadamente.
Quando os dois substituintes estão do mesmo lado do plano do anel, temos o isômero cis
Quando os substituintes estão em planos opostos, temos o isômero trans
A isomeria dos cicloalcanos começa a ficar mais difícil de visualizar com os cicloexanos, devido
às diferentes conformações que eles podem assumir, e ao fato de sua conformação mais
estável, a cadeira, não ser plana e ter substituintes nas posições axial e equatorial. Vamos
começar entendendo quem são essas posições.
Para começar, vamos ver como desenhar a conformação cadeira do cicloexano. A imagem ao
lado mostra as linhas que compõem essa estrutura coloridas de maneira a facilitar a
visualização: as linhas azuis são paralelas entre si, da mesma forma que as rosas e as pretas.
Note também que as pontas do cicloexano na conformação cadeira ficam no mesmo nível.
Em seguida, precisamos colocar os substituintes nas posições axial e equatorial. Aqui, vamos
utilizar hidrogênios apenas e desenhar o cicloexano, mas qualquer substituinte seguiria a
mesma lógica de desenho. Primeiro colocamos os hidrogênios axiais. Esses hidrogênios
estarão em linha reta, acima ou abaixo do anel, de maneira intercalada, conforme a imagem a
seguir:
Agora que entendemos como desenhar o cicloexano e quem são as ligações equatoriais e
axiais, vamos ver a isomeria cis/trans propriamente dita. Existem três possibilidades de
dissubstituições no cicloexano:
os compostos 1,2-dissubstituídos;
os 1,3-dissubstituídos;
os 1,4-dissubstituídos.
Essa diferenciação das ligações para cima e para baixo funciona também para compostos
cíclicos ainda maiores. A decalina, por exemplo, um composto bicíclico, também apresenta
isomeria cis/trans, como podemos ver a seguir:
Imagem: Anna Claudia Silva.
Cis e trans -decalina.
Note que o anel da direita (todo em preto) pode ser considerado o anel principal, e que as
ligações entre esse anel e o segundo seguem a mesma lógica de ter ambas as ligações na
mesma direção para o composto cis e ligações na direção contrária para o composto trans.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A)
A)
B)
B)
C)
C)
D)
D)
E)
E)
GABARITO
O primeiro passo seria identificar o composto que apresenta 5 carbonos na cadeia principal,
com ligação dupla entre os carbonos 2 e 3, substituído com flúor no carbono 2 e um grupo
amina na posição 3. Em seguida, sabemos que o isômero E é aquele que apresenta os
grupos de maior prioridade em lados opostos da dupla ligação e, como podemos ver na figura,
esse é o caso da letra C, em que o flúor e a amina estão em lados opostos.
MÓDULO 3
ESTEREOISOMERIA
Até o momento, vimos os isômeros constitucionais ou planos, a isomeria cis/trans e designação
E/Z. Agora, vamos continuar nos aprofundando na estereoisomeria. Para isso, precisamos
conhecer um conceito importantíssimo: a quiralidade.
QUIRALIDADE
Mesmo sem saber, o conceito de quiralidade é familiar para você. Já acordou de manhã e
tentou calçar o sapato errado? Tentou colocar uma luva e percebeu que estava colocando a
mão errada? O fato de que existe um sapato e uma luva errados para nossas mãos e pés é
resultado da quiralidade desses membros.
Um objeto ou molécula quiral é aquele que não é sobreponível à sua imagem especular.
Como assim?
Falamos antes que as nossas mãos são quirais. Vamos, então, fazer um experimento?
Coloque a sua mão esquerda em frente a um espelho. Note que a imagem refletida é igual à
sua mão direita, mas que se você tentar sobrepor as duas mãos com a palma para cima, por
exemplo, isso não será possível.
Isso quer dizer que, se a imagem refletida não apresentar um plano de simetria, as imagens
especulares não serão sobreponíveis, como é o caso da letra B mostrada na imagem acima. O
número 8, por outro lado, é simétrico e, por isso, suas imagens especulares são sobreponíveis,
conforme pode ser visto na imagem a seguir:
A quiralidade, no entanto, vai muito além das nossas mãos e de objetos como luvas e sapatos.
A natureza está repleta de exemplos de quiralidade, desde plantas que crescem sempre para o
mesmo lado até nossos aminoácidos que, com a exceção da glicina, são quirais e apresentam,
geralmente, desvio da luz polarizada para a esquerda, enquanto os açúcares naturais
apresentam desvio da luz polarizada para a direita. Essas diferenças são cruciais, pois afetam
a interação dessas substâncias com as enzimas e receptores do nosso organismo.
MOLÉCULAS QUIRAIS
RESPOSTA
A regra é: moléculas quirais não são sobreponíveis à sua imagem especular.
CARBONO TETRAÉDRICO
Carbono com hibridização sp3 e que, por isso, faz 4 ligações simples.
É importante observarmos que uma molécula só será certamente quiral caso haja apenas um
centro de quiralidade em sua estrutura. Caso dois ou mais estejam presentes, é necessário
avaliar a molécula como um todo e ver se ela é ou não sobreponível à sua imagem especular.
Uma vez que a molécula é identificada como quiral, sabemos que ela poderá existir na forma
das duas imagens especulares, que são denominadas enantiômeros.
Os enantiômeros, assim como os outros isômeros que vimos, apresentam nomes diferentes
para que possamos saber a qual deles estamos nos referindo ao ler um texto, por exemplo.
Para nomear os enantiômeros de acordo com a IUPAC, devemos utilizar as regras de Cahn-
Ingold-Prelog que vimos quando discutimos a designação E/Z , lembra delas? Vamos fazer um
resumo para refrescar a memória:
REGRA Nº 1
Compare os átomos imediatamente ligados aos carbonos. Aquele que tiver o maior número
atômico terá maior prioridade.
REGRA Nº 2
Essa regra é válida quando a primeira não é suficiente para definir o substituinte de maior
prioridade. Caso os primeiros átomos dos substituintes ligados ao carbono sejam iguais,
passamos aos próximos átomos.
REGRA Nº 3
Átomos ligados entre si através de ligações múltiplas equivalem a várias ligações simples entre
aqueles átomos. Ou seja, C=O, por exemplo, equivale a um átomo de carbono ligado a dois
átomos de oxigênio através de ligações simples.
Agora que lembramos das regras, vamos ver como designar se um enantiômero é o R ou o
S , etapa por etapa, utilizando um enantiômero do 2-butanol como exemplo:
1
imagem: Anna Claudia Silva
Lembrando que a etila tem preferência sobre a metila, pois, comparando o segundo átomo,
sabemos que carbono tem preferência sobre hidrogênio.
Giramos a estrutura de modo que o substituinte de menor prioridade fique o mais longe
possível do observador. Nessa etapa e na seguinte, o uso da projeção de Newman facilita a
designação e o entendimento
Traçamos um giro que vai de a até c (d está para trás do carbono, então não será considerado
nessa etapa). Se as setas mostrarem que a molécula gira para direita (sentido horário),
estamos frente ao enantiômero R; caso as setas apontem para a esquerda (sentido anti-
horário), estamos frente ao isômero S.
Note que na nomenclatura de enantiômeros, a designação R,S deve vir entre parênteses, antes
do restante do nome e sempre em itálico.
No caso de compostos que apresentam mais de um centro de quiralidade, cada centro deve
ser tratado e nomeado de maneira individual para designar se aquele centro é R ou S. Uma vez
estabelecida a designação, o centro é numerado como se fosse um substituinte. Temos, por
exemplo, o composto (2R,3R)-2,3-dibromobutano.
Agora que sabemos identificar se estamos frente ao enantiômero R ou S, digamos que você
queira desenhar o outro enantiômero. Para compostos que apresentam apenas um centro de
quiralidade, como o 2-butanol, é bastante simples: a inversão de quaisquer dos dois
substituintes na estrutura de um isômero levará ao outro. A imagem traz o exemplo do 2-
butanol:
Nesse caso, o primeiro passo é saber que o número máximo de enantiômeros que um
composto pode ter é 2n, em que n é o número de centros de quiralidade. No caso do 2,3-
dibromopentano, então, podemos ter um máximo de 4 enantiômeros para o composto.
Imagem: Anna Claudia Silva.
Estrutura do 2,3-dibromopentano com os centros de quiralidade indicados.
Para desenhar os primeiros dois isômeros, podemos escolher a posição que quisermos, mas é
sempre melhor se o desenho da estrutura estiver de tal forma que facilite a visualização de um
possível plano de simetria. A imagem abaixo traz o exemplo do par de enantiômeros 1 e 2 do
2,3-dibromopentano:
Como podemos ver, as duas estruturas acima não são sobreponíveis e, portanto, são
enantiômeros. Para encontrarmos o outro par de enantiômeros possível, vamos inverter a
posição de dois substituintes em um dos carbonos e espelhar a imagem, conforme a imagem:
Imagem: Anna Claudia Silva.
Enantiômeros 3 e 4 do 2,3-dibromopentano.
A análise das estruturas dos quatro estereoisômeros possíveis do 2,3-dibromopentano nos leva
a uma outra diferença importante.
Note que os compostos 1 e 2 são a imagem especular um do outro e não são sobreponíveis,
ou seja, são enantiômeros. O mesmo acontece entre as estruturas 3 e 4. Mas e se
compararmos 1 e 4? Ou 2 e 3? Vamos descobrir.
DIASTEREOISÔMEROS, ENANTIÔMEROS E
COMPOSTOS MESO
O fluxograma abaixo mostra como todas essas formas de isomeria que vimos até o momento
estão relacionadas:
Imagem: Química Orgânica. SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B.; SNYDER, S. A.; 2021.
Classificação dos diferentes tipos de isômeros.
Existe, ainda, um terceiro tipo de composto muito importante de ser mencionado: o composto
meso. Para entender quem é esse composto, vamos analisar o 2,3-dibromobutano.
Em seguida, vamos inverter um dos centros quirais para obter o diastereoisômero 3 e sua
imagem especular 4.
Imagem: Anna Claudia Silva.
Composto meso do 2,3-dibromobutano.
Agora, podemos observar que 1 e 2 são a imagem especular não sobreponível um do outro e,
portanto, são enantiômeros. Porém, 3 e 4 são sobreponíveis e apresentam um plano de
simetria que corta a ligação σ carbono-carbono entre os dois centros quirais ao meio. Isso quer
dizer que 3 e 4 são uma única estrutura que apresenta dois centros de quiralidade e não é
quiral, ou seja, é um composto meso.
Da mesma forma que fizemos para o 2,3-dibromopentano, vamos olhar as relações entre os
isômeros do 2,3-dibromobutano?
RESPOSTA
A sequência correta é:
Diastereoisômeros são compostos que apresentam mesma fórmula molecular, porém seus
átomos estão arranjados de maneira diferente no espaço e não são a imagem especular um
do outro. Esses compostos apresentam propriedades físico-químicas como ponto de fusão e
ebulição diferentes entre si.
Enantiômeros são compostos que são a imagem especular não sobreponível um do outro.
Esses compostos devem apresentar ao menos um átomo de carbono tetraédrico ligado a
quatro substituintes diferentes, também conhecido como carbono assimétrico. Caso tenha
ATIVIDADE ÓPTICA
Os estudos relacionados à atividade óptica começaram no século XIX com os trabalhos do
físico francês Jean-Baptiste Biot sobre a natureza da luz polarizada.
No entanto, é possível passar a luz por um dispositivo denominado polarizador, que filtra o feixe
de luz de maneira que a luz que atravessa tem suas oscilações no mesmo plano, ou seja, a luz
se torna polarizada.
O que Biot observou a princípio foi que algumas substâncias eram capazes de desviar o plano
da luz polarizada em determinado ângulo α. Atualmente, contamos com um equipamento
denominado polarímetro para fazer essas observações.
Um polarímetro apresenta uma fonte de luz não polarizada, um polarizador, um espaço onde
pode-se colocar soluções de substâncias orgânicas para serem analisadas e um analisador
que nada mais é que um segundo polarizador, conforme pode ser visto na imagem abaixo:
Quando o tubo de amostra contém uma substância opticamente inativa ou está vazio, a luz
chegará ao observador com a mesma intensidade máxima que passou pelo polarizador.
SUBSTÂNCIA DEXTRÓGIRA
Quando o analisador gira para a direita, em sentido horário, a substância é dita dextrógira e a
rotação específica recebe um sinal positivo (+).
SUBSTÂNCIA LEVÓGIRA
ROTAÇÃO ESPECÍFICA
O lado para o qual uma substância gira a luz polarizada é indicado pelo sinal de positivo ou
negativo, como já vimos, mas agora veremos o quanto essa substância vai desviar a luz
polarizada.
Por todos esses motivos, os químicos decidiram elaborar um padrão para que pudéssemos
comparar diferentes substâncias e, por isso, criou-se a ideia de rotação específica de uma
substância. Essa rotação é medida a 25°C utilizando uma luz de 586,6nm de comprimento de
onda (lâmpada de sódio comum), o caminho ótico l é de 1dm (ou 10cm) e a concentração da
substância é de 1g/mL.
[Α]D
Rotação específica da substância
Α
Rotação observada no polarímetro
L
Caminho óptico
C
Concentração da substância
A rotação específica de um par de enantiômeros vai ter o mesmo valor numérico e sinais
invertidos.
A configuração R/S não determina se um composto será dextrógiro ou levógiro – note que o
(R)-2-metil-1-butanol é dextrógiro (+), enquanto o (R)-1-cloro-2-metilbutano é levógiro (-).
Penicilina
+233
V
Colesterol -31,5
Isso quer dizer que, quando uma solução de um composto quiral apresentar quantidades
equimolares do par de enantiômeros, essa solução será chamada de mistura racêmica e
não será capaz de desviar o plano da luz polarizada.
Isso acontece porque enquanto um enantiômero vai desviar a luz polarizada em +x, o outro irá
desviá-la em -x, e o resultado será zero de desvio. A imagem abaixo mostra essa situação:
Imagem: Química Orgânica. SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B.; SNYDER, S. A., 2021.
Adaptado por Anna Claudia Silva.
Misturas racêmicas não são capazes de desviar a luz polarizada.
A mistura racêmica de dois enantiômeros pode ser representada pelo símbolo (±) antes do
nome da substância. Por exemplo, uma mistura racêmica do (R)-2-butanol e (S)-2-butanol é
representada como (±)-2-butanol.
EXCESSO ENANTIOMÉRICO
Chamamos uma solução na qual só existe um enantiômero de solução opticamente pura ou
enantiomericamente pura e de mistura racêmica uma solução com proporções iguais de
enantiômeros.
Como vimos, as soluções opticamente puras desviarão a luz polarizada e a rotação observada
será equivalente à rotação específica da substância, no sentido correspondente ao
enantiômero que estiver presente na solução. A mistura racêmica, por outro lado, tem rotação
nula.
Diferente desses dois casos, uma solução constituída por quantidades diferentes de
dois enantiômeros será opticamente ativa, porém, ao ser analisada em polarímetro,
apresentará rotação diferente da rotação específica da substância.
Vamos voltar ao exemplo do 2-butanol para entender melhor como isso funciona. Se em uma
solução tivermos 70% do (R)-2-butanol e 30% do (S)- 2-butanol, podemos dizer que existe um
excesso de 40% de enantiômero R (70% - 30% = 40%). As demais partes da solução são
constituídas por uma mistura racêmica dos dois enantiômeros. Chamamos esse excesso de
um dos enantiômeros de excesso enantiomérico (ee%).
58% 85%
58%
Não é bem assim! Vamos inserir os valores das rotações específicas do enantiômero puro
e da mistura de enantiômeros na equação apresentada para o cálculo de ee%:
|α observado|
% ee = × 100
∣α do enanti ômero puro∣
|45|
% ee = × 100 = 85%
|53|
85%
Muito bem! Vamos inserir os valores das rotações específicas do enantiômero puro e da
mistura de enantiômeros na equação apresentada para o cálculo de ee%:
|α observado|
% ee = × 100
∣α do enanti ômero puro∣
|45|
% ee = × 100 = 85%
|53|
A partir desse resultado, podemos dizer que temos um excesso enantiomérico de 85% da
adrenalina. Os outros 15% referem-se à mistura racêmica da adrenalina e seu enantiômero
(7,5% de adrenalina e 7,5% do seu enantiômero).
Se quisermos saber qual o percentual total de adrenalina que temos nessa mistura, basta
somarmos o excesso enantiomérico (85%) e o percentual da substância na mistura racêmica
(7,5%). Logo, podemos dizer que essa mistura é composta por 92,5% de adrenalina e 7,5 % do
seu isômero.
RESOLUÇÃO DE ENANTIÔMEROS
Na natureza, a maior parte das moléculas quirais que encontramos estão na forma de um dos
enantiômeros. Os aminoácidos, por exemplo, são majoritariamente encontrados na forma de L-
aminoácidos (levógiros), enquanto os açúcares naturais são dextrógiros (D-açúcares).
Mas como podemos separar compostos que não apresentam propriedades físico-
químicas diferentes?
A maneira mais fácil de fazer essa separação é utilizando os compostos naturalmente quirais
que estão disponíveis na natureza.
Digamos, por exemplo, que queremos separar enantiômeros da mistura racêmica de um álcool.
Podemos fazer isso utilizando o ácido (R)-mandélico proveniente de amêndoas em uma reação
de esterificação em que um dos produtos de partida está na forma enantiomericamente pura.
Uma vez que temos os diastereoisômeros puros, podemos reverter a esterificação através de
reação de hidrólise, recuperando tanto o ácido quanto o álcool na forma enantiomericamente
pura, conforme esquema abaixo:
Aproveitando-se do fato de que o naproxeno é um ácido carboxílico, reage-se ele com uma
amina enantiomericamente pura, no caso a N-propilglucosamina, e os sais diastereoisômeros
são formados. Um dos sais apresenta solubilidade enquanto o outro se mantém na forma
cristalina, podendo então ser filtrado para fora da solução, separando os enantiômeros, e a
posterior basificação com hidróxido de sódio permite a recuperação do sal de sódio do (S)-
naproxeno, conforme esquema abaixo:
O que podemos fazer caso os enantiômeros a serem resolvidos não contenham grupos
funcionais capazes de serem reagidos de maneira a formar diastereoisômeros
diferentes?
RESPOSTA
Nesse caso, podemos recorrer à cromatografia, na qual a fase estacionária é quiral por reação
da sílica com um composto enantiomericamente puro, conforme mostra a imagem:
Imagem: : Organic Chemistry. CAREY, F. A.; GIULIANO, R. M.; ALLISON, N. T.; BANE, S. L.,
2018, Pág. 326
Fase estacionária quiral.
O que acontece nesse caso é que um dos enantiômeros a ser resolvido terá maior afinidade
pela fase estacionária quiral do que o outro, portanto sairão da coluna cromatográfica em
tempos diferentes, permitindo a resolução dos enantiômeros. A imagem abaixo mostra como
esse processo acontece:
Β-BLOQUEADORES
DOPA
Β-BLOQUEADORES
O primeiro exemplo que podemos citar é o dos fármacos β-bloqueadores. Estudos mostram
que os enantiômeros levorrotatórios desses fármacos chegam a ser 100 vezes mais ativos que
suas contrapartes dextrorrotatórias. Apesar disso, a maior parte dos fármacos β-bloqueadores
seguem sendo comercializados na forma de racematos.
DOPA
Por outro lado, a dopa, utilizada no tratamento da doença de Alzheimer, era comercializada sob
a forma de mistura racêmica, porém foram observados efeitos tóxicos graves relacionados à D-
Dopa e, por esse motivo, atualmente o fármaco corresponde à forma enantiomericamente pura
da L-Dopa.
Nem sempre, no entanto, a resolução dos enantiômeros é o suficiente para eliminar os efeitos
tóxicos de um dos enantiômeros. Isso acontece porque alguns fármacos podem ser convertidos
ao enantiômero tóxico dentro do nosso organismo.
É o caso da talidomida, por exemplo, um fármaco que foi muito usado na década de 1960 para
o tratamento de enjoos matinais em gestantes. Na época, a medicação foi amplamente
utilizada e desencadeou o que ficou conhecido como a “Tragédia da talidomida”, na qual várias
crianças nasceram com deficiências em razão do efeito teratogênico da (S)-talidomida.
Foto: shutterstock.com
Composto Efeito
Estrona
(-): inativo
D: Antirreumático
Penicilamina
L: Extremamente tóxico
(R): Sedativo
Talidomida
(S): Teratogênico
(+): Anestésico
Cetamina
Timolol
Prilocaína
(R): é rapidamente hidrolisado formando a toluidina, que causa
metemoglobinemia. É um caso de biointoxicação estereoespecífica.
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
2. A RESPEITO DOS ESTEREOISÔMEROS, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA:
A) Enantiômeros são moléculas que são imagens especulares sobreponíveis uma à outra.
C) Compostos meso são substâncias que não apresentam centro de quiralidade e, por isso,
não são quirais.
D) Enantiômeros são moléculas que são imagens especulares não sobreponíveis uma à outra.
GABARITO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, conhecemos os diferentes tipos de isomeria que existem e aprendemos a
reconhecer esses compostos e a importância que eles têm na nossa vida.
Vimos que a isomeria plana pode apresentar cinco tipos diferentes, com propriedades físico-
químicas distintas apesar das fórmulas moleculares iguais.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CAREY, F. A.; GIULIANO, R. M.; ALLISON, N. T.; BANE, S. L. Organic Chemistry. New York:
McGraw-Hill Education, 2018.
FASSIHI, A. R. Racemates and enantiomers in drug development. International Journal of
Pharmaceutics, 92 (1993), 1-14. Consultado na internet em: 01 de jun. 2021
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Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, leia:
CONTEUDISTA
Anna Claudia Silva
CURRÍCULO LATTES