RELATÓRIO RESTAURAÇÃO COM AMÁLGAMA CLASSE II

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SÁUDE


DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA RESTAURADORA
DISCIPLINA: DENTÍSTICA RESTAURADORA I
CURSO: BACHARELADO EM ODONTOLOGIA

BIANCA DA COSTA FEITOSA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE PREPARO CAVITÁRIO- CLASSE I

TERESINA
2024
1
BIANCA DA COSTA FEITOSA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE PREPARO CAVITÁRIO- CLASSE I

Relatório acerca da prática laboratorial entregue à


disciplina de Dentística Restauradora I da
Universidade Federal do Piauí, como requisito
parcial da avaliação prática correspondente à
Unidade 1.

Orientadores: Profa. Dra. Regina Ferraz Mendes


Viana e Prof. Dr. Rosendo Prado Júnior.

TERESINA
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
2. OBJETIVO ........................................................................................................................ 4
3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................ 4
3.1 MATERIAIS PARA O PREPARO CAVITÁRIO...............................................................4
3.2 ETAPAS PARA O PREPARO CAVITÁRIO......................................................................5
4. RESULTADOS .................................................................................................................. 7
5. DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 9
6. CONCLUSÃO.................................................................................................................. 10
7. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS ............................................................................. 11
3

1. INTRODUÇÃO

Sabe-se, que o preparo cavitário é o primeiro passo realizado quando os tecidos duros
do dente (esmalte e dentina) são acometidos por uma lesão cariosa ou por uma fratura, tendo
em vista que suas propriedades garantem durabilidade para o tratamento restaurador posterior.
Destarte, para uma correta confecção de cavidade, é necessário ter como base os princípios
preconizados pelo pai da Odontologia; Greene Vardiman Black. Entretanto, é imprescindível a
adequação dos embasamentos citados, criados em 1908, para a contemporaneidade, como
exemplo: a “extensão preventiva” recomendada até o século XX é substituída, no tempo
hodierno, pela “prevenção da extensão” durante a instrumentação da cavidade.

Cabe ressaltar que o preparo cavitário para amálgama-classe I (envolve apenas a face
oclusal dos dentes) é realizado conforme os preceitos de Black, principalmente por o amálgama
ser um material restaurador de difícil acomodação na cavidade. Assim, os princípios a serem
objetivados, são: forma de contorno, remoção da dentina cariada remanescente, forma de
resistência, forma de retenção, forma de conveniência, acabamento das paredes e margens do
esmalte e, por fim, limpeza da cavidade.

Desse modo, a confecção da cavidade torna-se um processo racionalizado, em que as


etapas são efetuadas de modo a facilitar o andamento da cavidade. E respeitando-se
devidamente os princípios biomecânicos, as estruturas remanescentes adequadamente
preparadas, tornam-se aptas a receber a restauração, o que recupera sua integridade,
contribuindo para proteger e minimizar a ocorrência de lesões cariosas, fraturas, entre outros
(Hong; Fadil; Aripin, 2013).
4

2. OBJETIVO

A atividade prática oportunizou a consolidação da confecção de um preparo cavitário classe


I para amálgama em dentes posteriores. Outrossim, possibilitou a aplicação dos preceitos de
Black para formação de uma cavidade, principalmente, a forma de resistência e a forma de
retenção. Assim como propiciou maiores conhecimentos sobre os instrumentais e,
consequentemente, o desenvolvimento de habilidades com os artefatos necessários para o
isolamento absoluto e para o preparo cavitário classe I. Dessa forma, a atividade laboratorial
propiciou o estabelecimento da relação entre teoria ministrada pelos professores e a prática
realizada.

3. MATERIAS E MÉTODOS
3.1 MATERIAS NECESSÁRIOS:

• Lençol de borracha
• Lápis
• Régua
• Mandril
• Broca carbide para alta rotação N° 245
• Saca broca
• Contra-ângulo convencional para micromotor
• Arco Young metálico
• Dique de borracha
• Perfurador para dique de borracha Ainsworth
• Pinça porta-grampo de Palmer
• Grampo para isolamento absoluto N° 200
• Fio dental
• Tesoura
• Pinça clínica
• Espelho bucal plano
• Sonda exploradora N° 5
• Enxada monoangulada N° 8 e 9
• Machado N° 14 e 15
5

• Escova para limpeza de broca

3.2 ETAPAS PARA O PREPARO CAVITÁRIO PARA AMÁLGAMA- CLASSE I:

1. Marcação da oclusal do dente: O dente 36 foi escolhido como caso hipotético de


tratamento, para tanto foi necessária a marcação na face oclusal, com o auxílio de um lápis bem
apontado, englobando o sulco principal e os sulcos secundários, todavia conservando as
estruturas de reforço do dente; cúspides e cristas marginais, a fim de garantir maior resistência
para futura restauração.

2. Isolamento Absoluto: Antes da inicialização do preparo cavitário, é imprescindível


o isolamento absoluto para que o campo operatório esteja livre das secreções da cavidade bucal,
assim como garantia de uma melhor visibilidade para o profissional. Nessa etapa, marcamos o
lençol de borracha em quadrantes, com o auxílio de uma régua, e em seguida encaixamos o
dique no arco de Young. Nesse ínterim, posicionamos o conjunto no manequim e fizemos as
marcações do segundo molar inferior esquerdo até o canino inferior direito, seguindo as
recomendações da literatura, posteriormente furamos as marcações com o perfurador de
Ainsworth. Levamos então o conjunto em posição na cavidade bucal e adaptamos os dentes em
seus respectivos orifícios, com o auxílio da pinça porta-grampo posicionamos o grampo N° 200
(com o fio dental de segurança em seu arco) no dente 38 por cima do lençol, tendo em vista que
houve resistência no encaixe do dente 37 no manequim. Finalmente, invaginamos o lençol de
borracha por todos os dentes, nas faces vestibular e lingual, e confeccionamos a amarria no
dente 43.

3. Técnica de preparo cavitário para amálgma-classe I: De início, houve a


penetração inicial com a broca N° 245 inclinada, posicionada na fossa central, posteriomente a
broca foi colocada de forma paralela ao eixo longitudinal do dente e com movimentos para
distal e mesial houve a formação de uma canaleta, esta apresentava profundidade igual a metade
da ponta ativa da broca e largura de aproximadamente ¼ da distância entre os vértices das
cúspides vestibular e lingual. É importante ressaltar que nas paredes vestibular e lingual a broca
se mantinha paralela ao eixo longo do dente, já nas paredes mesial e distal a broca era
ligeiramente inclinada a fim de garantir um ângulo aproximadamente de 70° da borda da
restauração, ou seja, garantindo que o esmalte esteja sempre apoiado em dentina. Em seguida,
movimentamos a broca para os lados, se limitando a área de abrangência sulcos secundários.
Dessa forma, com o correto manuseio da broca, as paredes circundantes culminaram em
6

convergentes para oclusal, a parede pulpar tornou-se plana e os ângulos diedros formados entre
as paredes circundantes e pulpar estableceram-se arredondados/definidos.

4. Acabamento do preparo: Nesse processo, houve a utilização da enxada


monoangulada N° 8 e 9 para concretização da planificação da parede pulpar, assim como o uso
do machado N° 14 e 15 para realização de acabamentos nas paredes circundantes, retirando os
prismas de esmalte fragilizados/sem apoio de dentina.
7

4. RESULTADOS

Figura 1.0 – Bancada com os materiais para o preparo cavitário para amálgama-classe I.

Fonte: Laboratório de Dentística-UFPI.

Acima visualizamos a mesa preparada com o instrumental para aula prática de preparo
cavitário para amálgama-classe I.

Figura 2.0 – Isolamento absoluto dos dentes 36 ao 43.

Fonte: Laboratório de Dentística-UFPI.

Na figura 2.0 observamos o isolamento absoluto realizado nos dentes 36 ao 43 para


prosseguimento do preparo cavitário, bem como possível visualizar o grampo posicionado no
dente 38.
8

Figura 3.0- Vista do preparo cavitário para amálgama-classe I sem os acabamentos.

Fonte: Laboratório de Dentística-UFPI.

Na figura 3.0 é demonstrado o preparo cavitário para amálgama-classe I sem os


acabamentos realizados com os instrumentais manuais posteriormente.

Figura 4.0- Vista final do preparo cavitário para amálgama-classe I.

Fonte: Laboratório de Dentística-UFPI.

Na figura 4.0 é possível visualizar uma visão do preparo cavitário finalizado, após os
acabamentos com o machado e a enxada.
9

5. DISCUSSÃO

A prática do preparo cavitário para amálgama-classe I foi realizada corretamente,


seguindo as orientações da literatura recomendada, assim como as recomendações prestadas
pelos professores e mestrandos. Durante a prática, alguns passos foram mais dificultosos, como:
a colocação do grampo no elemento 37, tendo em vista que o dente não se acomodava ao
manequim, entretanto com a ajuda da mestranda Simone obtive sucesso ao adaptar o
isolamento, utilizando o grampo no dente 38 em decorrência do empecilho. Outrossim, durante
a confecção da cavidade houve dificuldade em manter as paredes circundantes convergentes
para oclusal. A determinação das paredes vestibular, lingual, mesial e distal paralelas entre si
ou convergentes para oclusal também satisfaz os requisitos de resistência e retenção, tanto para
estrutura dentária como para o material restaurador (Mondelli, 2006). Nesse sentido, tendo em
vista a importância do preceito, o professor Rosendo me ajudou a posicionar a broca de forma
paralela ao eixo longitudinal do dente, desse modo logrei êxito ao formar uma cavidade mais
retentiva e resistente.

Ao conseguir ultrapassar os percalços citados acima, o preparo cavitário foi


concretizado, permitindo assimilar as seguintes características da cavidade, descritas no século
XX por Black; abertura vestibulolingual aproximadamente de ¼ entre os vértices das cúspides
correspondentes, paredes circundantes convergentes para oclusal, parede pulpar plana, ângulos
internos da cavidade ligeiramente arredondados e ângulo cavo-superficial nítido e uniforme.

Portanto, houve a construção de um preparo cavitário para amálgama-classe I


apresentando: forma de contorno, forma de resistência, forma de retenção e com o acabamento
das paredes circundantes e de fundo. Nesse sentido, a cavidade confeccionada contribui para
uma futura restauração satisfatória tanto para o paciente quanto para o profissional.
10

6. CONCLUSÃO
Conclui-se, que as aulas teóricas e práticas ministradas pelo Prof. Roseno Prado Júnior
e Profa. Regina Ferraz, são primordiais para o conhecimento e aprimoramento da área da
dentística, e, consequentemente, para futura formação profissional. Nesse ínterim, foi possível
assimilar durante a prática a importância de um preparo cavitário racionalizado, seguindo os
preceitos de Black, para confecção de futuras restaurações duradouras e funcionais. Outrossim,
o seguinte relatório, mostrou-se primordial para relembrar as teorias e técnicas repassadas em
sala de aula.
11

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HONG, S. T. J.; FADIL, M. R.; ARIPIN, D. Prevalence of dental caries based on gender,
age, Black'sclassification and its distribution on different teeth. Padjadjaran Journal of
Dentistry, 25 (3); 158-162, 2013.

MONDELLI, J. et al. Fundamentos de Dentística Operatória. 1 ed. São Paulo: Ed. Santos,
2006.

Você também pode gostar