Finanças Públicas V3
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II Trabalho de Campo
Docente:
2.1.2.Investir na educação:...............................................................................................................5
1.1.Objectivos do trabalho
A realização da presente pesquisa teve como objectivos:
1.1.3.Objectivos Gerais
1.2. Metodologia
Para segundo BARROS (1998:191): consiste em pôr o pesquisador a obter conhecimentos em
livros ou documentos, internet. É o instrumento de recolha e análise de dados. Sendo assim
consistiu na leitura de livros, revistas, consulta de alguns “site da internet” que abordavam os
assuntos relacionados com o tema de modo a servir de base para a interpretação dos dados e
conclusão do trabalho. Neste trabalho usar-se-ão vários métodos mas a pesquisa bibliográficas e
documental serão dominantes e que tornarão possível na realização deste trabalho.
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CAPÍTULO II. Fundamentação teórica
2.0.Estratégias de desenvolvimentos de políticas de finanças públicas em prol do
desenvolvimento da comunidade
Uma estratégia de desenvolvimento é uma “visão” de para onde se quer levar a economia. Mais ao
ponto pode ser descrita como um conjunto de metas, instrumentos e responsabilidades explicitadas
em um programa plurianual de políticas públicas, que seja percebido pela sociedade como factível,
legítimo e objecto do comprometimento governamental. Se bem concebida e implementada, ela
pode reduzir o risco e alongar os prazos do investimento, elevando sua eficiência, principalmente se
for percebida como válida para além do ciclo eleitoral. (Monteiro, 2000).
o sector público, em especial, uma estratégia de desenvolvimento é fundamental para orientar e dar
consistência intertemporal às suas políticas, actividades e investimentos, melhorando a qualidade da
gestão e a eficiência do seu gasto.( Brito, 2019).
2.1.2.Investir na educação:
A educação é fundamental para o desenvolvimento de uma comunidade. As políticas de finanças
públicas podem investir em escolas, programas de alfabetização e outros recursos educacionais para
melhorar a qualidade da educação e reduzir a taxa de desemprego entre os jovens.
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serviços educativos deveriam encontrar o equilíbrio adequado entre organizações públicas e
privadas, de modo a que as oportunidades incluam todos os estudantes. A experiência internacional
proporciona lições úteis para diferentes opções para alcançar estes objectivos.
2.1.4.Desenvolvimento económico:
As políticas de finanças públicas podem incentivar o crescimento económico por meio de
investimentos em infraestrutura, como estradas, pontes e sistemas de transporte. Isso pode ajudar a
atrair novas empresas e criar empregos, levando a um aumento da renda e do bem-estar da
comunidade.
2.1.5.Saúde pública:
As políticas de finanças públicas podem investir em programas de saúde pública, como campanhas
de vacinação, programas de prevenção de doenças e clínicas móveis. Isso pode ajudar a melhorar a
saúde e o bem-estar da comunidade, reduzindo a carga sobre o sistema de saúde.
2.1.6.Protecção ambiente
As políticas de finanças públicas podem investir em programas de proteção ambiental, como a
reciclagem, a redução de resíduos e a promoção de energias renováveis. Isso pode ajudar a reduzir o
impacto ambiental e melhorar a qualidade de vida da comunidade.
2.1.6.1.Política agrícola
O sector agrícola, em particular os pequenos produtores, beneficiariam de uma abordagem
diversificada e coerente em relação à política agrícola. A programação orçamental da política
agrícola deveria visar o aumento gradual da produtividade e do rendimento dos agricultores a médio
e longo prazo. Estes objectivos devem ser atingidos de modo a que haja melhorias ao nível da
nutrição da população, a oferta de produtos agrícolas responda à procura interna e de exportação, e
o apoio à agricultura não resulte num encargo líquido para o orçamento e para a sociedade. As áreas
que requerem melhorias foram amplamente analisadas e identificadas. Por exemplo, investir
eficientemente na produção e distribuição de sementes poderia reduzir os custos e aumentar a oferta
de insumos. O investimento numa rede de extensionistas divulgaria de forma mais eficiente as
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tecnologias de produção e distribuição. Desenvolver organizações de financiamento e de seguros
dedicadas ao fornecimento de serviços aos pequenos produtores aumentaria o acesso aos recursos e
reduziria o risco. A reafectação de parte do orçamento do Estado actualmente gasto na
administração pública a um apoio mais directo aos agricultores representaria uma melhoria da
gestão orçamental. Isto poderia contribuir para uma decisão de aumentar a proporção do orçamento
agrícola no orçamento total do Estado.
2.1.6.2.Política industrial
A política industrial deve ajudar o país a desenvolver empresas competitivas que possam ser
requalificadas de produtos de baixo para alto valor acrescentado (Rasiah, 2017). Esta abordagem
deve ser persistente ao longo dos anos, e os decisores de políticas devem estar conscientes de que
nem todas as escolhas seriam bem-sucedidas, o que acarretaria um custo para a sociedade. Contudo,
outras escolhas seriam bem-sucedidas, contribuindo assim para a diversificação económica, o
processo de aprendizagem, e a transformação estrutural (Stiglitz, 2017).
A economia como um todo desenvolveria bens e serviços competitivos, de modo a que o mercado
externo fosse equilibrado. Poderiam ser aplicados diferentes instrumentos de política, tais como
uma taxa de câmbio real competitiva e estável, investigação e desenvolvimento, e programas
educacionais.
Moçambique já aplicou uma política de estabilização, programas de infra-estruturas, zonas francas
industriais, e zonas económicas especiais, mas aplicou estes instrumentos num quadro frágil e
inconsistente. Uma opção complementar para o país é identificar as indústrias sem chaminés para
tentar competir no mercado internacional. Estas indústrias incluiriam produtos tais como frutas e
vegetais (milho bebé, feijão verde, citrinos, bananas, mangas), cereais (milho e produtos
relacionados, sésamo), flores cortadas, turismo, electricidade de centrais hidroeléctricas e de gás
natural, e serviços de transporte (Cruz et. al 2016).
2.1.7.Desenvolvimento social:
As políticas de finanças públicas podem investir em programas de desenvolvimento social, como
programas de cuidado infantil, programas de idosos e programas de apoio às vítimas de violência
doméstica. Isso pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e reduzir a pobreza da comunidade.
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Em resumo, as estratégias de desenvolvimento de políticas de finanças públicas em prol do
desenvolvimento da comunidade envolvem investimentos em educação, desenvolvimento
económico, saúde pública, protecção ambiental e desenvolvimento social. Essas estratégias podem
ajudar a melhorar a qualidade de vida e promover o crescimento económico da comunidade.
2.1.8.2.Condições económicas:
O estado da economia, como a taxa de inflação, o crescimento económico, o desemprego e a dízima
de desemprego, influencia as políticas de finanças públicas. Por exemplo, em tempos de recessão, o
governo pode implementar políticas fiscais expansivas para estimular a economia.
2.1.8.3.Condições políticas:
A situação política, como a maioria do governo, a estabilidade política e as eleições, também podem
influenciar as políticas de finanças públicas. Por exemplo, um governo de coalizão pode ter que
equilibrar as demandas de diferentes partidos para formar uma política de finanças pública.
2.1.8.4.Condições sociais:
As condições sociais, como a distribuição de renda, a educação, a saúde e a segurança social,
também podem influenciar as políticas de finanças públicas. Por exemplo, um governo pode
implementar políticas de redistribuição de renda para reduzir a desigualdade de renda.
2.1.8.5.Condições ambientais:
As condições ambientais, como mudanças climáticas, poluição e conservação de recursos naturais,
também podem influenciar as políticas de finanças públicas. Por exemplo, um governo pode
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implementar políticas de incentivo à energia renovável para reduzir as emissões de gases de efeito
estufa.
2.1.8.6.Condições geopolíticas:
As condições geopolíticas, como conflitos regionais, acordos comerciais e alianças internacionais,
também podem influenciar as políticas de finanças públicas. Por exemplo, um governo pode
implementar políticas de incentivo à exportação para aumentar as receitas de exportação.
2.1.8.7.Condições jurídicas:
As condições jurídicas, como leis fiscais, leis de protecção do consumidor e regulamentações
financeiras, também podem influenciar as políticas de finanças públicas. Por exemplo, um governo
pode implementar políticas de incentivo à investimento para atrair investimentos estrangeiros.
2.1.8.8.Condições históricas:
As condições históricas, como a história económica e política do país, também podem influenciar as
políticas de finanças públicas. Por exemplo, um país com uma história de dízima de desemprego
alto pode implementar políticas de incentivo ao emprego para reduzir o desemprego.
2.1.8.9.Condições demográficas:
As condições demográficas, como a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e a distribuição etária,
também podem influenciar as políticas de finanças públicas. Por exemplo, um país com uma
população envelhecida pode implementar políticas de incentivo à aposentadoria para garantir a
segurança social dos idosos.
2.1.8.10.Condições de governança:
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crescimento económico. Avaliar a adequação das politicas das finanças públicas com relação a
situação económica e social do País. (Cruz, 1994).
Portanto, a avaliação da adequação das políticas das finanças públicas em relação à situação
económica e social do país envolve a análise de vários factores, incluindo a distribuição de renda, o
nível de emprego, a inflação, a dívida pública e o acesso à educação e saúde. É importante que as
políticas das finanças públicas sejam projectadas para abordar as necessidades específicas do país e
suas populações, e que sejam adaptadas ao longo do tempo conforme as condições económicas e
sociais mudam. Além disso, é importante que as políticas das finanças públicas sejam transparentes,
responsivas e responsáveis, e que sejam implementadas de maneira eficaz para alcançar seus
objectivos pretendidos. (Dror, 2012).
Universalizar a educação básica, da pré-escola ao ensino médio, melhorar sua qualidade, com
forte redução da distorção idade-série e acabar com a gratuidade universal no ensino público
superior, de forma a concentrar os subsídios públicos na educação básica e nos estudantes de
baixa renda. Reformas semelhantes na saúde, voltadas para universalizar a adopção de
procedimentos básicos de alta eficácia e baixo custo, focalizando os subsídios públicos na
população de baixa renda e expandindo os sistemas de seguro privado para cobertura de riscos
médios e altos, com disponibilização de menu variado de opções. Nos dois casos, se deve
recorrer mais intensamente a esquemas de parceria público-privada para a gestão de unidades de
saúde e ensino. Além disso, cabe focar as transferências monetárias nos domicílios mais pobres,
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especialmente naqueles com crian- ças, quiçá até redistribuindo para esses parte dos subsídios
hoje transferidos por meio da Previdência Social. (Saravia, 2004).
Melhorar o ambiente de negócios e investimentos no país. Para isso se deveria fortalecer a
segurança jurídica; simplificar o relacionamento das empresas com a autoridade pública, aí
incluídas as normas para instalação, fechamento e operação de empresas; e simplificar e tornar
mais eficientes as regulações tributárias e trabalhistas, reduzindo a informalidade. (Warren,
2002).
Aprofundar o esforço de liberalização económica, fomentando a eficiência por meio de preços e
incentivos correctos, o que em geral pressupõe uma economia aberta e em que a competição
prevaleça. Em especial, cabe diminuir a dispersão das tarifas de importação, reduzindo a
protecção efectiva de sectores como material de transporte, por exemplo, e fortalecer o Sistema
de Defesa da Concorrência e as agências reguladoras, estimulando uma melhor coordenação
entre elas. (Monteiro, 2000).
Avançar no desenvolvimento do sector financeiro, promovendo a queda do custo de capital,
alongando prazos e expandindo a oferta de financiamento, tanto do crédito bancário como
daquele concedido via mercado de capitais. Para isso se deve trabalhar no fortalecimento das
garantias, na desoneração tributária, na melhoria das informações, e no aumento da competição.
Também seria importante reduzir o volume de subsídios canalizados por meio dos bancos
públicos, restringir o direccionamento do crédito e aumentar a transparência com que esses dois
instrumentos são utilizados para favorecer determinados tomadores de financiamento, entre
outras coisas eliminando o sigilo bancário para as operações que envolvam recursos públicos ou
que sejam beneficiadas por subsídios cruzados instituídos por regulação governamental.
Fortalecer a capacidade de o sector público formular e avaliar suas políticas, assim como
corrigir ou compensar as falhas de mercado mais severas, privilegiando o uso de regulações
transparentes, com objectivos e metas claras, e combatendo as intervenções com motivações
essencialmente políticas. De forma geral, é preciso aumentar a transparência da actuação
pública e a capacidade do cidadão monitorá-la e cobrar um melhor desempenho. Para isso
contribuiria o desenvolvimento de uma cultura de metas, planejamento e avaliação nos vários
ministérios, órgãos e agências estatais.
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Para Labota (1997), também salienta dizendo o mesmo vale para as administrações subnacionais.
Antes de concluir, cabe observar que o sucesso de uma estratégia de desenvolvimento não se
encerra no enunciado de suas linhas mestras; é preciso detalhar as propostas, estabelecer metas etc.
Além disso, é fundamental que haja um forte compromisso público com linhas de actuação claras,
consistentes e aceitas por investidores e outros agentes económicos. É a antítese do que
frequentemente se vê, em que o discurso do governante varia conforme a plateia e a ocasião.
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CAPITULO II. Conclusão
Moçambique alcançou uma independência arduamente conquistada em 1975, e desde então tem
vindo a tentar tornar-se um país próspero através de várias transformações. No início, tentou
também tornar-se uma sociedade equitativa. Nestes processos, os governos da Frelimo geriram os
recursos fiscais através do que parecia ser a abordagem mais apropriada em cada fase. Na procura
de estratégias de crescimento económico para criar empresas viáveis num sistema económico
funcional, os governos tentaram durante 45 anos diferentes abordagens, Na literatura, os países
ricos em recursos naturais, mas com instituições fracas, têm uma pobre qualidade em termos de
GFP. Aplicando a abordagem institucional histórica, Moçambique poderia ser considerado como
uma sociedade de “ordem de acesso limitado”, não sendo capaz de proporcionar oportunidades
livres para todos participarem na política e prosperarem economicamente, e melhorar a
produtividade por longos períodos de tempo. Se depender apenas do livre curso da ganância política
e económica das elites, poderia levar gerações a ser transformada numa sociedade de “ordem de
acesso aberto”.
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4.0. Referencias Bibliográficas
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