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MANUAL DE OS MEDIA HOJE

Curso: TÉCNICO DE MECATRÓNICA


AUTOMÓVEL

Autora: Joana Nicolau


Local: Covilhã
Data: 20/11/2013
CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

INDICE

Introdução, objetivos gerais, objetivos específicos, conteúdos


programáticos…

1. Conceitos de comunicação, informação e


media……………………………………….4 a 8

2. Funções e potencialidades dos diferentes media…………………………………….8


a 12

3. Componentes do sistema mediático: profissionais, empresas, tecnologias,


conteúdos, audiências e políticas de
comunicação…………………………………….12 a 16

4. Condicionantes da produção mediática: audiências, programação e


publicidade…………………………………………………………………………………………
……….16 a 18

5. A importância dos media na formação da opinião pública……………………19 a


22

6. Componentes do direito à informação……………………………………………………


22 a 23

7. Obstáculos ao direito à
informação……………………………………………………….........24

8. Relação entre as novas tecnologias e a


comunicação……………………………………25

Bibliografia…………………………………………………………………………………………
………26
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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

Introdução

O manual de formação que se apresenta incide sobre o módulo Os Media Hoje.


É um manual de 25 horas.

Objetivos Específicos

 Distingue comunicação e informação.


 Identifica os vários tipos de media e as respetivas funções.
 Explicita a influência do media na opinião pública.
 Reconhece a importância do direito à informação.
 Identifica novas formas de informação e de comunicação resultantes da
evolução tecnológica.

Conteúdos Programáticos

1. Conceitos de comunicação, informação e media;

2. Funções e potencialidades dos diferentes media;

3. Componentes do sistema mediático: profissionais, empresas, tecnologias,


conteúdos, audiências e políticas de comunicação;

4. Condicionantes da produção mediática: audiências, programação e


publicidade;

5. A importância dos media na formação da opinião pública;

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

6. Componentes do direito à informação;

7. Obstáculos ao direito à informação;

8. Relação entre as novas tecnologias e a comunicação.

1. Conceitos de comunicação, informação e media

Comunicação – é a forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e


trocando experiências, ideias e sentimentos, informações. Sem a comunicação,
cada um de nós seria um mundo isolado.
Comunicar é transmitir (um emissor transmite uma informação a um recetor) e
compartilhar (emissores e recetores constroem o saber, a informação e
transmitem-na).
Quem comunica é a fonte ou emissor e do outro lado está o recetor, quem
recebe a mensagem.
Mensagem que pode ser vista, ouvida e tocada, logo as formas de mensagem
podem ser: palavras, gestos, olhares, movimentos do corpo, ou seja, sinais. Em
conjunto os sinais formam os códigos que possuem significado: língua
portuguesa, código Morse, sinais de trânsito. Estes são transportados até ao
destinatário através de um canal de comunicação (ex: carta, telefone…).
Antes dos meios tecnológicos surgirem, a transmissão de informação era feita
através de rios, navios, estradas. Hoje em dia os meios de comunicação já não
são físicos, são tecnológicos e a transmissão faz-se através da TV, rádio, jornais,
internet.
EMISSOR/RECETOR EMISSOR/RECETOR

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

MENSAGEM

TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Quando a comunicação se realiza por meio de uma linguagem falada ou escrita,
denomina-se comunicação verbal. É uma forma de comunicação exclusiva dos
seres humanos e a mais importante nas sociedades humanas.

As outras formas de comunicação que recorrem a sistemas de sinais não-


linguísticos, como gestos, expressões faciais, imagens, etc., são denominadas
comunicação não-verbal.

O termo "comunicação" também é usado no sentido de ligação entre dois


pontos, por exemplo, os meios de transporte que fazem a comunicação entre
duas cidades ou os meios técnicos de comunicação (telecomunicações).
EXEMPLOS DE COMUNICAÇÃO

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

• Sonoro: telefone, rádio;


• Escrita: jornais e revistas;
• Audiovisual: televisão e cinema;
• Multimédia: diversos meios (internet, TV digital, etc…)

Informação é um conceito vago, isto é, quando fazemos uma pergunta, estamos


a pedir informação, quando assistimos a algum programa de TV ou a filme,
estamos a absorver informação. Ao lermos um jornal, uma revista ou ao
ouvirmos uma música, sabemos que estamos em contacto com algum tipo de
informação.
Usamos – Absorvemos – Assimilamos – Manipulamos – Transformamos –
Produzimos – Transmitimos --------INFORMAÇÃO
Logo, sabemos intuitivamente o que é informação, apesar de não termos uma
definição concreta.
Resumindo, os dicionários definem informação como o ato de informar, sob essa
visão, a informação é vista como "algo" resultante de uma ação, resultante do
verbo informar. Entretanto, não é feita uma descrição desse algo que advém do
ato de informar, não se faz um descrição das características desse objeto, desse
algo, sobre o qual a ação de informar recai.

Media
A expressão mass media significa no seu sentido literal meios de comunicação
em massa (TV, rádio, imprensa escrita e internet), porém esta expressão sugere
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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

que os meios de comunicação sejam agentes de massificação social, o que nem


sempre é correto, logo será preferível falar em meios de comunicação social.
Os meios de comunicação são também um tipo de comunicação e, estes,
podem referir-se ao instrumento ou à forma de conteúdo utilizados para a
realização do processo comunicacional Quando referido a comunicação de
massa, pode ser considerado sinónimo de media. Entretanto, outros meios de
comunicação, como o telefone, não são maciços e sim individuais.
Estes exercem muitas vezes influências quer positivas quer negativas na vida
das pessoas, exemplo: os jornais podem ajudar na tomada de decisões
importantes, propiciar o estabelecimento de contatos sociais.
Tanto pode referir-se, apropriadamente, aos veículos através dos quais são
difundidas as mensagens a um público vasto e heterogéneo, como a rádio, os
jornais e revistas ou a televisão, como pode referir-se, menos
apropriadamente, aos órgãos de comunicação social (Expresso, RTP, TSF, etc.),
às mensagens, à difusão das mensagens, aos jornalistas e aos órgãos
jornalísticos no seu conjunto (a chamada "comunicação social").
Adotando uma definição universal, mass media são não apenas a imprensa
escrita, a rádio, a televisão e a internet, mas também todos aqueles a que as
pessoas recorrem para comunicar e para transmitir ou conservar a informação,
como o cinema ou as cassetes de áudio e vídeo. Cronologicamente, os jornais,
as revistas e os livros de grande tiragem (sobretudo as edições de bolso) foram
os primeiros meios de difusão massiva a aparecer. Seguiram-se-lhes o cinema e
a rádio, a televisão, os discos e as cassetes áudio e vídeo e os CD e os DVD.
Mas, por outro lado, instrumentos como o telégrafo, o telefone, o fax, a
teleconferência e similares, que, geralmente, estabelecem comunicação entre
dois interlocutores ou entre pequenos grupos de interlocutores, não podem
considerar-se efetivos meios de comunicação social.
Importância dos meios de comunicação social
A importância dos meios de comunicação para a sociedade, assenta
principalmente em dois fatores: em primeiro lugar, e embora concorram, em
termos de influência, com outros agentes mediadores, como a escola ou a
família, os meios de comunicação suportam conteúdos que contribuem para os

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processos de produção e construção, de reprodução e reconstrução e de


representação social da realidade e da cultura, desde logo porque têm um papel
na prescrição dos comportamentos e atitudes aceitáveis e convenientes no
meio social, porque fazem circular a informação, podendo promover o
conhecimento, e porque estabelecem os parâmetros da normalidade e os
referentes sociais sobre a realidade.
Em segundo lugar, os meios de comunicação, enquanto artefactos técnicos e
não apenas enquanto difusores de mensagens, terão tido também um papel
relevante na determinação da história das civilizações, das sociedades e das
culturas.
Os vários media convergem no multimédia. A internet é um veículo multimédia
por excelência, que suporta combinações de texto escrito, imagens (fixas e
animadas) e som.
A interatividade é outra das marcas de alguns destes novos meios que
permitem não só a capacidade de produção e de escolha, mas também, por
exemplo, a capacidade de falar com desconhecidos.

RESUMINDO:
Comunicação – trata-se da troca de impressões entre emissor e recetor em que
a mensagem circula entre estes dois através de um canal e seguindo um código
inerente ao contexto.
Informação – é tudo o que circula e constitui mensagem, sendo esta passada do
emissor para o recetor.
Media – é a designação própria utilizada para se representar o canal pela qual a
mensagem circula. Existem como exemplos: a TV, a rádio, a internet e a
imprensa escrita.

2. Funções e potencialidades dos diferentes media

Do mesmo modo que a ferramenta é, de certa forma, o prolongamento da mão,


os mass media são o prolongamento dos sentidos: pensamento, ideias,
informações, etc. Só podemos falar em mass media quando se trata de meios

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cuja finalidade habitual não resida na comunicação interpessoal, mas na


transmissão de uma mensagem de um centro emissor para uma pluralidade de
indivíduos recetores.
Os meios de comunicação social invadiram o nosso ecossistema e instalaram-se
de maneira indiscutível na nossa vida quotidiana.
As funções dos diferentes media são essencialmente a informação e o
entretenimento.
POTENCIALIDADES DA TELEVISÃO
Vantagens
• Meio audiovisual de grande impacto;
• Elevada eficácia com custo de contacto muito baixo;
• Excelente veículo para a demonstração do produto;
• Possibilita a cobertura a nível nacional, elevados níveis de qualidade e de
penetração em todos os segmentos da população;
• Grande flexibilidade: permite a seleção de vários períodos horários e em
programas distintos, com diferentes durações e sob a forma de
patrocínio;
• Resultados rápidos em termos de cobertura e impacto.
Desvantagens
• O tempo de vida de um spot televisivo é curto;
• Elevados custos de produção;
• Necessidade de orçamento elevado para um impacto mínimo;
• Obriga a um planeamento a longo prazo devido à saturação publicitária
do meio;
• Dificuldade em alcançar um alvo muito específico.
POTENCIALIDADES DA RÁDIO
Vantagens
• Custo por contacto muito baixo;
• Timings de produção curtos;
• Permite uma rápida concretização do planeamento devido à não
saturação publicitária da maior parte dos suportes e caraterísticas
técnicas;

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• Meio flexível que permite segmentar o público-alvo, "regionalizar", estar


presente em várias durações e períodos horários específicos;
• Possibilita a obtenção de elevados índices de repetição;
• Elevada capacidade de exploração musical;
• Excelente meio no que respeita ao contacto direto com o público.
Desvantagens
• Fraca demonstração e identificação com o produto;
• Proporciona níveis de cobertura muito baixos;
• Os elevados níveis de repetição provocam o rápido esgotamento da
comunicação utilizada.
POTENCIALIDADES DA IMPRENSA ESCRITA
Vantagens
• Cobertura a nível nacional;
• Maior tempo de exposição da comunicação ao alvo;
• Possibilidade de contacto direto com o público;
• Grande flexibilidade em termos de regionalização, possibilidade de
segmentação e variedade de formatos e localizações;
• Possibilidade de utilizar o recetor como veículo informativo;
• Não exige um orçamento elevado para um mínimo de impacto.
Desvantagens
• Elevada repetição implica custos elevados;
• A fidelidade da audiência obriga a uma maior diversificação de suportes
selecionados para garantir um mínimo de cobertura;
• Elevado custo por contacto;
• Obriga a um planeamento a longo prazo devido à saturação publicitária e
condicionamentos de ordem técnica:
• Baixos índices de cobertura em alguns segmentos da população.
POTENCIALIDADES DA INTERNET
Vantagens
• Possibilidade de segmentação a nível comportamental;
• Possibilidade de comunicação interativa;
• Rápida evolução ao nível de penetração;

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• No futuro haverá a possibilidade de identificar em pormenor cada


contacto.
Desvantagens
• Ausência de dados rigorosos de audiência;
• Fraco nível de penetração.

TEXTO 1 "Mass media" é uma palavra inglesa que significa intermediário ou


suporte de massas. Os "mass media" são ao mesmo tempo canais de difusão e
meios de expressão que se dirigem não a um indivíduo personalizado, mas a
um "público-alvo" definido por características sócioeconómicas e culturais, em
que todos os recetores são anónimos."
(A. Moles, La Communication et les mass media, Gérard-Marabout, 1971.)

TEXTO 2 “O telefone não entra na categoria dos "mass media", o cinema, a


rádio, a televisão, a imprensa, o livro (com algumas reservas), a publicidade são
"mass media". O teatro, na sua forma social corrente, é-o sob fortes reservas:
não existe nele um caráter de amplificação devido ao medium em si, nem ao
anonimato do público-alvo.”
Marc Angenot, Glossário da crítica contemporânea

PARA UMA LEITURA DOS TEXTOS: COMPREENSÃO DA MENSAGEM

• 1. Por palavras tuas, define mass media.


• 2. Identifica os recetores dos meios de comunicação social.
• 3. Enumera os meios de comunicação social.
• 4. Que meio de comunicação atual não é mencionado neste texto?
• 5. "Já não somos capazes de viver sem os mass media."
• 5.1 Mostra a importância dos meios de comunicação social na vida dos
homens.
• 6. Tendo em conta a tua própria experiência como consumidor de
televisão comenta a seguinte afirmação:
" Tem magia, a televisão. É o mundo em nossa casa." Fernando Namora

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Estes diferentes media têm em comum duas caraterísticas principais:


1. Comunicarem com uma enorme quantidade de pessoas à escala mundial;
2. Funcionarem como meios de difusão cultural, transmitindo valores,
comportamentos, ideias, estilos de vida, etc.

3. Componentes do sistema mediático: profissionais, empresas,


tecnologias, conteúdos, audiências e políticas de comunicação

O sistema dos media é composto por todos os profissionais que nele trabalham:
jornalistas, fotógrafos, operadores de câmara e de som, realizadores, etc.
Estes profissionais desempenham a sua atividade no âmbito das empresas de
comunicação, cujo lucro é obtido essencialmente através da publicidade.
A política de comunicação dos diferentes media assenta nas receitas
publicitárias e na percentagem de audiência dos seus programas. Por este
motivo, cada empresa procura investir nas mais recentes tecnologias e fazer
uma determinada seleção dos conteúdos com vista a aumentar a sua quota de
audiência.
O sistema mediático é uma fonte de conhecimento da atualidade – tanto para
nós, como para os cidadãos, como para governos, instituições públicas e
privadas, empresas, enfim, para todas as organizações da sociedade, mas é
também uma fonte de poder.
Ter informação e controlar a informação é talvez o maior exercício de poder e
influência na sociedade contemporânea. Ter informação é ter o poder de
influenciar políticas e decisões públicas; o poder de formar e criar opinião
pública; o poder económico; o poder social; o poder cultural; o poder humano
sobre a nossa rede de amigos e conhecidos – o poder de decidir melhor, o poder
de gerir recursos, o poder de gerar bem estar.
Foi o controlo da informação que esteve na génese do jornalismo e da
organização das empresas jornalísticas.
Os jornais começaram como organizações de interesse público, destinados a
divulgar informação do interesse da sociedade, do interesse de todos. Com o

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

tempo, a organização das empresas jornalísticas foi mudando e foi sendo


invadida por interesses particulares e económicos. Hoje, é normalíssimo que um
jornal considerado de referência seja do grupo económico “a” ou do grupo
económico “b”.
Os investimentos de angolanos nos meios de comunicação portugueses, uns já
concretizados, outros anunciados, são um exemplo expressivo do poder e da
influência crescentes de Angola na economia portuguesa.
Curiosidade:
Em Portugal, o primeiro jornal surgiu em 1641 e tinha por título: "Gazeta em
que se relatam as novas todas, que houve nesta corte, e que vieram de várias
partes no mês de Novembro de 1641, com todas as licenças necessárias". O seu
objetivo era dar notícia dos acontecimentos da guerra com Espanha e da
aclamação de D. João IV como Rei de Portugal, procurando igualmente auxiliar a
consolidação da independência. Esta publicação tem também sido denominada
de "Gazeta da Restauração". Mas foi no ano de 1715, que o primeiro jornal
oficial português iniciou a sua publicação. Embora seja geralmente conhecido
como "Gazeta de Lisboa", ao longo da sua publicação tem ostentado títulos
muito diversos.
Profissionais
O que se vê, lê e ouve nos media é o produto final de um processo complexo.
Filmes, programas de televisão, música popular, publicidade e histórias
jornalísticas produzem-se dentro das organizações mediáticas conforme um
conjunto particular de atividades e práticas, e por conjuntos diferentes de
pessoas. Enquanto o consumidor vê o resultado dos media como simples, os
produtores dos media estão envoltos num sistema de produção altamente
organizado e de níveis múltiplos. As pressões económicas são uma chave
determinante no trabalhar deste processo de produção, mas há outros fatores
igualmente importantes.
O contexto no qual trabalham os profissionais dos media foi identificado por
alguns como central na explicação do conteúdo mediático, mas também para
compreender a sua relação com outras instituições sociais e as suas audiências.

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

Para além de nos mostrar os media como atividade económica, esta perspectiva
permite ver quem trabalha nos media e como é que se organiza esse trabalho.
O conteúdo dos media não é determinado simplesmente pela relação entre
patrão e empregado, mas por fatores organizacionais e ocupacionais, que
obrigam os profissionais a regras, rotinas e valores das organizações mediáticas
e a relações com outras instituições sociais.
As organizações mediáticas, como outras grandes organizações, são
caraterizadas pela hierarquia, divisão de tarefas e rotina das operações de
trabalho através de regras e procedimentos relativamente estandardizados
(modelos).
Empresas
As empresas da comunicação são o segundo poder que rege o mundo atual –
sendo que o primeiro é o poder económico e financeiro – e funciona como o
aparato ideológico da globalização. Hoje, mais do que nunca, a emissão de
informações constitui um mercado.
A “informação” está cada vez mais gratuita – podemo-nos informar pela TV sem
pagar nada, e pela Internet, pagando apenas pelo acesso ao meio. O comércio
lucrativo que se pratica na verdade é a venda de consumidores pelas empresas
mediáticas aos seus anunciantes. Os media tornaram-se mais um comércio no
mundo globalizado. São um produto que vende bem e vende fácil.
Os meios estão interligados entre si – o rádio passa aquilo que a TV mostra, que
é copiada pela imprensa escrita e que, muito antes disso, já estava na Internet.
É uma mesma mercadoria que roda em todos os meios, para ser aceite pelo
público que a recebe. Uma maneira prática de monopolização.
Nesse sentido, a roda viva movida pelo lucro fará com que se procure um
programa que dê audiência sem se preocupar com a qualidade da programação
e, na maioria das vezes, repetindo as fórmulas de sucesso dos adversários.
Tudo pode ser usado nos media desde que esse “tudo” traga benefícios
financeiros.

Conteúdos

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As práticas de quem produz informação e os hábitos de quem a consome estão


ainda formatados por um registo que tem mais de convencional do que de
digital, sendo por isso um obstáculo decisivo à produção de conteúdos online e
à sua fruição completa pelo(s) público(s). Regista-se uma clara fronteira entre
um sistema tradicional, associado a uma narratologia clássica (com princípio,
meio e fim) e tradição oral e o sistema da modernidade assente no dispositivo
digital caracterizado pela pulverização da narratividade em suportes,
linguagens, escritas e instrumentos.
Audiências e políticas de comunicação
Os estudos relativos às audiências têm sofrido, nos últimos tempos, em
Portugal, um crescimento e importância acentuada, quer devido ao
desenvolvimento do setor, quer pela situação concorrencial que se gerou, quer
ainda porque a distribuição da publicidade pelos media é também, e sobretudo,
função da audiência, logo, tornou-se num dos principais fatores de distribuição
de riqueza pelos órgãos de comunicação social portuguesa.
As televisões privadas em Portugal, em especial a SIC, vieram transformar o
panorama televisivo português.
A SIC é encarada como a televisão que inovou uma nova forma de fazer
programação e de estar perante o público.
A "entrada em cena" deste operador privado concorreu para uma alteração da
comunicação social em Portugal. A competitividade, a irreverência e a inovação,
como imagem de marca da SIC, quebraram os padrões vigente, instituídos e
dominados pela televisão pública portuguesa (RTP).
Outro dos fatores que se encontra na base das audiências da SIC é o facto desta
estação televisiva ser generalista, ou seja, tem programas diferentes para
gostos diferentes, em horários diferentes, cativando a população no geral.
Políticas de comunicação
Temos, de facto, um sistema mediático vasto e forte (dir-se-ia mesmo
desproporcionado, relativamente à robustez da sociedade civil), com um
conjunto muito amplo de comentadores e editorialistas (da imprensa à televisão
generalista e por cabo) que não só desenvolvem permanente e
sistematicamente uma monitorização da situação política como determinam em

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boa parte a própria agenda política. A situação é tão curiosa que se verifica uma
autêntica corrida dos políticos mais ou menos profissionais à própria condição
de comentadores, se possível residentes. (ex. Marcelo Rebelo de Sousa na TVI,
José Sócrates na RTP). O comentário político é, pois, muito intenso e vasto em
Portugal. Dir-se-ia mesmo que é invasivo, porque é filtrado pelo próprio poder
mediático, que pode dar voz a quem quer e quando quer, designadamente aos
protagonistas políticos.
É por isso que a atenção central da comunicação política ainda continua virada
para os telejornais em prime time (horário nobre), assumindo-se implicitamente
como dominante a ideia de que continuamos a viver numa sociedade de
massas, ou seja, comunicação individual de massas.

4. Condicionantes da produção mediática: audiências,


programação e publicidade

A estabilidade nos horários dos programas, reconhecida pela maior parte dos
telespetadores, permite que as pessoas organizem as suas atividades em
virtude da programação da emissora. Na verdade, cada público específico sabe
exatamente em qual horário vai encontrar os seus programas preferidos, nada
disso acontece por acaso.
Os canais televisivos investem no estabelecimento de canais diretos de
comunicação com o seu público por meio de entrevistas em profundidade e
discussões de grupo, exatamente para garantir que os seus programas atendam
às expetativas dos seus telespetadores, tanto em relação ao horário de
exibição, quanto ao conteúdo.
Essa facilidade do telespetador encontrar o seu programa favorito, traz, para
quem anuncia, a certeza de que irá alcançar o seu público-alvo e obter o
retorno desejado para o seu investimento. Basta escolher os programas
adequados.
Os picos de audiência têm uma maior incidência nas horas das principais
refeições, com particular destaque na hora do jantar, zona onde se insere o já
conhecido horário nobre. Esta variação não é de todo estranha, uma vez que a

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

maioria das pessoas, durante o dia, se encontra a trabalhar. No entanto, os


fenómenos de sazonalidade também se aplicam aos finais de semana, quando
as pessoas, na sua maioria, estão no seu período de descanso. Uma vez que os
hábitos televisivos se alteram nestes dias, o período do horário nobre, por
exemplo, difere se estivermos a falar de dias úteis ou de fins de semanas, sendo
mais alargado nestes últimos, mas os fenómenos de sazonalidade também se
fazem sentir ao longo do ano.
Os meses de junho a setembro são normalmente atípicos quando comparados
com os restantes, em termos de audiências. Além da sazonalidade, também os
acontecimentos excecionais alteram as audiências.
Podemos dividi-los em dois grupos:
a) Os que são programados.
b) Os que são imprevistos.
Um exemplo de um acontecimento especial programado pode ser um jogo da
final da taça de Portugal; um exemplo de um acontecimento inesperado foi o 11
de setembro.
Publicidade
O sentido, a lógica e a construção do real são fortemente influenciados, e até
determinados, pelas mensagens dos mass media. O sentido é construído de
acordo com a lógica mediática, no processo em que o desenvolvimento dos
transportes e de outros meios de comunicação permitiu amplificar.
Com o desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações, a
comunicação de massas é usada com propósitos bem definidas, com
pressupostos intencionais, no sentido de causar efeitos nas audiências.
Relativamente à publicidade temos que saber o objetivo da Publicidade:
exercer uma influência sobre o espírito das pessoas e sobre os seus
comportamentos; influenciar os sentimentos do consumidor em termos de
marca, produto, serviço, causa…
A designação da Mensagem: a forma como a mensagem está apresentada
ao consumidor - o meio como uma atração ou caraterística especial se
transforma numa mensagem publicitária.

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A tipologia de anúncios em relação à mensagem: existem três dimensões (a


dimensão racional, a emocional e a moral).
Dimensão Relacional:
- A notoriedade: tem como objetivo tornar o nome de uma marca familiar e
presente no espírito dos potenciais clientes.
- Informação Fatual: tem como objetivo difundir certas informações reais que,
pelo facto de serem difundidas junto do segmento alvo pode fazer com que
modifique o seu comportamento.
- Persuasão: pretende convencer os seus destinatários de que determinado
comportamento será para eles útil e agradável.
Dimensão Emocional:
- A Emoção, o Desejo, o Sonho: têm como objetivo associar a uma marca
atributos imaginários, símbolos valorizadores ou ainda sonhos ou emoções
agradáveis que, por um processo mental irracional e geralmente inconsciente
de identificação, a tornarão desejável pelos consumidores.
- A Simpatia pela Marca: tem como objetivo suscitar ou reforçar os sentimentos
de simpatia por uma determinada marca, esperando que o alvo a manifeste,
comprando os seus produtos.
Dimensão Moral
- Campanhas Sociais: tem o objetivo promover o bem estar da sociedade,
defendendo causas que pretendem corrigir desigualdades sociais.

5. A importância dos media na formação da opinião pública

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

A definição de opinião pública é um somatório de opiniões e conhecimentos que


se adquirem ao longo da vida, conversando com pessoas de diferentes graus de
escolaridade, ouvindo debates sobre diferentes temas.
A opinião pública deriva da noção de opinião que significa juízo de valor (opinião
individual). A opinião pública tem origem numa reflexão colectiva.
Cada pessoa forma a opinião sobre os mais variados temas da vida pública.
Tem influência a sua vida profissional e familiar, bem como a sua educação, a
sua escolaridade ou os programas que ouve e vê.
As sondagens de opinião pública constituem uma das formas mais utilizadas
para saber a opinião pública e, assim agir de acordo com essa informação.
O papel dos mass media são de grande importância na formação da opinião
pública. Os programas televisivos e radiofónicos têm grande influência na
construção da opinião pública sobre os diferentes temas nacionais e
internacionais. A opinião dos comentadores altera, muitas vezes, a opinião
pública mesmo que haja uma ideia já formada sobre um tema em discussão.
A noção de opinião pública relaciona-se com:
• A opinião do grupo;
• A opinião do público;
• A atitude da maioria;
• A opinião da maioria.
A opinião do indivíduo, no público e no grupo.
A opinião pública está diretamente relacionada com um fenómeno social que
poderá ter, ou não, um caráter político; É um pouco mais do que a simples soma
de opiniões; É influenciada pelo sistema social de um país ou de uma
comunidade; É influenciada pelos meios de comunicação social; Não deve ser
confundida com vontade popular.
Quando se diz por exemplo que a opinião pública pressiona o governo, significa
que a sociedade civil, através dos media, expressa uma posição de pressão
sobre o governo. É, portanto, o comportamento que a maioria de uma
sociedade toma em relação a algum assunto.
No que respeita aos meios de comunicação social em massa, através da
persuasão direta ou indireta têm o poder de controlar as notícias e as ideias,

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

formando uma determinada opinião pública e com isso, exercer uma verdadeira
manipulação.
Medir a opinião pública também é importante, significa sondar a opinião das
pessoas sobre determinado assunto, questão ou objeto, com interesse relevante
para a sociedade. A medição pode ser feita através de referendo, sufrágio
universal ou sondagem de opinião.
Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer
informações úteis e importantes para a população, como para influenciar,
moldar a opinião pública, determinar um modo de pensar, induzindo certos
comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo as variadas
publicidades televisivas.
Através da publicidade, noticias, slogans, cartazes os mass media podem
influenciar a opinião publica sobre determinado tema, e até mesmo levar a
população ao consumismo, mas por outro lado permitem-nos estar a par do que
se passa no mundo, os meios de comunicação são a nossa janela para o
mundo.
Podemos concluir então que os meios de comunicação são a melhor forma de
atingir os objetivos, de informar, educar e fornecer entretenimento de várias
formas, apesar de concorrerem com a escola ou a família ao utilizarem
conteúdos pré selecionados de forma a atingir diferentes camadas da
sociedade.
Exercício:
“Vivemos numa Sociedade cada vez mais dominada pelos mass media, até ao
ponto de aniquilarmos a nossa própria opinião.”
Concorda com a afirmação? Comente a frase anterior referindo como a opinião
pública se deixa manipular pelos mesmos. Na elaboração da sua resposta tenha
em conta alguns casos mediáticos registados na sociedade atual e refira se
considera que o trabalho desenvolvido, pelos mesmos, tem sido positivo ou
negativo para a sociedade. Pode tomar como exemplo os seguintes casos: Caso
Maddie; Processo Casa Pia; Gripe do Tipo A.
Possível resposta:

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CURSO: Técnico de Mecatrónica Automóvel

Concordamos que os Mass Media têm uma grande influência na opinião pública,
no entanto não podemos afirmar que têm influência em todas as pessoas.
Podemos dizer que em alguns casos terá conseguido mudar opiniões ou pelo
menos apresentar as informações que mais convêm, deixando pouca margem
para opiniões contrárias. No entanto é necessário analisar caso a caso.
Por exemplo, no mediático caso Maddie, a cobertura dos média foi de tal modo
negativa, tendo mesmo havido manipulação de informação ou talvez mesmo
fabricação de notícias.
É preciso frisar que este facto não se deve apenas aos meios de comunicação
nacionais, principalmente os Media Ingleses demonstraram uma total
parcialidade e um desrespeito tal pelas instituições Portuguesas, que merecia a
intervenção da Autoridade de Comunicação Europeia.
Esqueceram-se que os meios de comunicação dos nossos dias têm uma grande
influência, na medida em que contribuem para vários processos sociais,
culturais e comportamentais, estabelecendo parâmetros de comportamento e
atitudes aceitáveis e convenientes no nosso meio social.
Nos nossos tempos nota-se uma influência crescente dos Media, impondo-se
como agentes mediadores ao fazer circular a informação, conseguindo
desequilibrar em situações importantes, como julgamentos mediáticos,
aprovação de Leis, chegando mesmo a derrubar Governos ao divulgar
escândalos.
Ao longo da História, os meios de comunicação sempre tiveram um papel
relevante na História das civilizações, sociedades e culturas, estando interligado
com o fenómeno da globalização.
Atualmente pode-se considerar que a opinião publica, apesar de existir, esta
não tem qualquer valor, e que a verdadeira opinião publica é a opinião formada
pelos mass média controlados pelos poderes económico, políticos e mediáticos.
Poder económico devido ao controle destes por parte de grandes empresas
devido aos lucros resultantes dos conteúdos publicitários; do poder politico
devido ao controle exercido nos mass media por parte de governos e lobies
partidários na manipulação de notícias e no controle das massas por parte dos
meios de comunicação, e também por parte do poder mediático o qual tira

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partido da exploração da vida privada e pública, de quem quer que seja por
vezes sem olhar a meios sem outro objetivo senão o lucro.
Uma opinião pública bem formada é aquela que, aceita e analisa as informações
de derivadas fontes ou canais, e que tem uma mente aberta e critica para poder
compreender a informação à sua disposição e dai tirar as suas conclusões.

6. Componentes do direito à informação

O direito à informação engloba os conceitos, noções jurídicas e a legislação que


se aplica aos conteúdos, geração e consumo de informação.
Segundo Reichmann, “o direito da informação é para todos os efeitos uma
matéria transversal, independentemente dos campos jurídicos, em particular
que venham a ser contemplados.”
Portugal é um país em que o jornalismo se vai fazendo sem grandes
sobressaltos, a não ser de ideias, caso quem segue a imprensa, pense no que
lê.
O direito à informação é o direito a informar e a ser informado que implica o
direito a expressar-se livremente e emitir opinião sem estar sujeito a qualquer
restrição.
De acordo com os ensinamentos de Gomes Canotilho e Vital Moreira, o direito
de informar consiste na liberdade de transmitir ou comunicar informações a
outrem ou no direito a meios para informar, e, o direito a ser informado,
consiste no direito a ser mantido adequadamente e verdadeiramente
informado.
Já o direito de se informar, consiste na liberdade de recolha de informação isto
é, no direito de não ser impedido de se informar.
Quanto ao direito à Informação está previsto num dos artigos da Constituição
que: "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessário ao exercício profissional; todos têm direito a receber
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à

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segurança da sociedade e do Estado; são a todos assegurados,


independentemente do pagamento de taxas: a obtenção de certidões em
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal".
No auge da era da Informação, dentro do contexto de mundo globalizado e de
governos, as empresas e as pessoas estão conetadas – todos têm um site ou
blog onde prestam informações próprias e alheias. O exercício do direito à
Informação deve ser realizado exclusivamente por meio de pesquisa de fontes
abertas (open source) de informação de domínio público (public domain
information), para não configurar violação de sigilo ou invasão de privacidade.
Dados de domínio estritamente privados e documentos sob segredo de justiça e
de sigilo telefónico, fiscal e bancário - ou mesmo fichas médicas - devem ser
preservados em favor do consagrado Direito à Privacidade.
Na prática, o direito à Informação é o poder consultar facilmente dados
cadastrais de empresas, sócios ou colaboradores para verificar e/ou confirmar
antecedentes criminais e profissionais pela Internet.

7. Obstáculos ao direito à informação

O direito à informação é essencial para defender outros direitos fundamentais,


para fomentar a transparência, a justiça e o desenvolvimento. Juntamente com
o princípio de liberdade de expressão, o direito à informação funciona como
apoio à democracia.
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É possível que nós não exerçamos, de maneira consciente, o nosso direito à


informação. Mas, cada vez que nós lemos um jornal, ligamos a TV ou rádio para
ver ou ouvir o noticiário, ou acedamos a internet, a qualidade daquilo que nós
vemos ou ouvimos depende do acesso que esses meios tiveram a informações
atualizadas, credíveis e precisas.
Os obstáculos que surgem diante do nosso direito à informação assumem
diversas formas, que podem ser desde a carência de recursos e a insuficiência
de infraestrutura, até a obstrução deliberada do acesso às informações.
Muitos jornalistas desempenham sua profissão em contextos nos quais a regra é
a restrição à informação e onde a pressão, o assédio, a intimidação e as
agressões físicas são parte integrante de seu dia a dia.
Por outro lado, precisamos reconhecer os progressos importantes que foram
alcançados neste sentido. É cada vez maior o número de países que adotam leis
para garantir a liberdade de informação. Essas medidas facilitam a supervisão
da ação governamental e reforçam a responsabilidade do público.
Ao mesmo tempo, a existência de uma tecnologia mais rápida e mais barata
permite que um número cada vez maior de pessoas tenha fácil acesso a
informações procedentes de outros contextos, fora do seu contexto imediato.
É hora de aproveitarmos ao máximo esses avanços, fortalecendo as instituições,
fornecendo a formação necessária aos profissionais da informação, fomentando
uma abertura maior em nossos setores públicos e uma ampla conscientização
do público.

8. Relação entre as novas tecnologias e a comunicação

A interatividade
De modo geral, as novas tecnologias estão associadas à interatividade e a
quebra com o modelo comunicacional um-todos, em que a informação é
transmitida de modo unidirecional, adotando o modelo todos-todos, em que
aqueles que integram redes de conexão operacionalizadas por meio das Novas
Tecnologias de Informação e Comunicação fazem parte do envio e do

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recebimento das informações. Neste sentido, muitas tecnologias são


questionadas quanto à sua inclusão no conceito de novas tecnologias da
informação e comunicação, ou meramente novos modelos de antigas
tecnologias.
As novas tecnologias e a Comunicação
É difícil prever o impacto que terá nelas, embora já se possam antever alguns
contornos: maior facilidade e rapidez de acesso à informação, melhor
coordenação de colaboradores dispersos geograficamente, por exemplo,
integração e automatização dos processos de negócio a fornecedores e a
clientes, incremento da possibilidade de participação dos colaboradores nas
actividades de gestão dos seus superiores hierárquicos, etc.
As novas tecnologias parecem favorecer a tendência para as empresas terem
fronteiras cada vez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente, a
trabalharem cada vez mais "em rede" com outras empresas e, dentro delas, os
seus colaboradores também trabalharem cada vez mais conetados.
As novas tecnologias de comunicação levam a educação a uma nova dimensão.
Esta nova dimensão é a capacidade de encontrar uma lógica dentro do caos de
informações que muitas vezes possuímos, organizar numa síntese coerente das
informações dentro de uma área de conhecimento. Agilidade na questão de
domínio do raciocínio lógico em grandes empresas com informações
importantes para o crescimento da mesma.

BIBLIOGRAFIA

 Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley


Cintra, Jsc.
 Comunicar – 10º ano, Gabriela Lança e Conceição Jacinto, Porto Editora.
 Página Seguinte- 10º ano, Filomena Alves e Graça Moura, Texto Editores.
 *Aula Viva- 11º ano, João Guerra e José Augusto Vieira, Porto Editora.

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Sites Internáuticos:
 http://www.youtube.com/watch?v=ZXKn04m2Ehw (quatro tipos de
comunicação)
 http://www.youtube.com/watch?v=nORQwZ-U-CU (elementos da
comunicação)
 http://www.youtube.com/watch?v=KOspn9tCsV4 (história da
comunicação)
 http://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ (processo de
comunicação)
 http://www.youtube.com/watch?v=oOHCN0pH5Uc (efeito dos mass
media)
 http://www.youtube.com/watch?v=0TdHj9vruwU (o poder dos mass
media)
 http://www.youtube.com/watch?v=lqT_dPApj9U (a publicidade/marketing)

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