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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


CADEIRA: HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL
CURSO: GESTÃO E MARKETING e CONTABILIDADE E AUDITORIA

MANUAL DE APOIO A HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL

CORPO DE PROFESSORES: EDVÂNIA ANDRÉ E ZEIMA TRINDADE


PLANO DE HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL
ANO: º

I. DADOS
II. EMENTA

Curso GESTÃO E MARKETING e CONTABILIDADE E AUDITORIA

Disciplina HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL

Contacto
Email: [email protected]

Período DIURNO/NOCTURNO

Actualização 2019

Horas 4H
semanais

Ao longo do ano lectivo, perspectiva-se abordar os seguintes pontos: Conceitos básicos


da Economia e de Empresa; Mercado e seus principais elementos; Crescimento
Estratégico das Empresas; Empresa, Custos e as Receitas; política de Investimento e o
Crescimento da Empresa; Previsão Comercial e Económica; Estudos dos Agregados
Macroeconómicos; A Importância da Política Monetária e Fiscal na Economia da
Empresa; Mercados Financeiros e a Empresa; Globalização e perspectivas Económicas
das Empresas.

III. OBJECTIVOS
GERAL Estudar a evolução dos aspectos económicos e sociais.

ESPECÍFICO  Analisar as principais doutrinas do pensamento económico.

IV. COMPETÊNCIAS

Transmitir aos discentes os conhecimentos adequados para analisar os principais


dogmas da História Económica e Social até ao período actual.

V. HABILIDADES

Pretende-se com esta disciplina fortalecer no seio dos estudantes as seguintes


habilidades:
 Despertar no seio conceptual uma visão holística sobre a evolução da História
Económica mundial e a sua relação com os factos sociais.

VI. METODOLOGIA DE ENSINO

Aulas expositivas, trabalhos em grupo e individuais, defesa e estudo de textos sobre a História
Económica do mundo em especial da Europa..

VII. MATERIAL DE APOIO


 Quadro e giz;
 Data show para às aulas;
 Manual de apoio;
 Artigos.

VIII. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A metodologia a ser seguida subordinar-se-á ao estatuído no regime de avaliação


vigente na Instituição.

IX. PROGRAMA ANALÍTICO

Capítulo 1 Enquadramento e Introdução a 1.1 Conceitos


História Económica e Social
1.1.1 Historia
1.1.2 Economia
1.1.3 Sociologia
1.4 Origens do pensamento económico
1.5 Relações económicas na
Antiguidade
1.6 Relações económicas na Idade
Média
Capítulo 2 Feudalismo, Renascimento, 2.1 Período de vigência do Feudalismo
Idade Moderna e Idade
2.2 A base do sistema feudal
Contemporânea
2.3 A organização do sistema feudal
2.4 Os principais dogmas do sistema
feudal
2.5 Os elementos que precipitarão o
fim do Feudalismo
2.6 Renascimento
2.7 Idade Moderna
2.8 Idade Contemporânea
Capítulo 3 Mercantilismo 3.1 Conceito
3.2 O Mercantilismo como conjunto
de ideias económicas
3.3 A época mercantilista
3.4 As ideias mercantilistas
3.5 Princípios mercantilistas
3.6 Principais modelos mercantilistas

Capítulo 4 Fisiocracia, Iluminismo e as 4.1 Enquadramento conceptual


Revoluções Liberais 4.2 Ideias opostas ao Mercantilismo
- 4.3 Objectivo do movimento dos
Fisiocratas
4.4 Os equívocos dos Fisiocratas
4.5 O Iluminismo
4.6 Revolução Americana de 1776
4.7 Revolução liberal do Porto
4.8 Revolução Francesa de 1789
4.9 As Revoluções de 1848/49.
Capítulo 5 Capitalismo, Revolução 5.1 Capitalismo e os seus principais
Industrial e Escola Clássica
elementos
5.2 Revolução Industrial
5.3 O pensamento económico de Adam
Smith
5.4 David Ricardo: A economia como
sistema de análise de produção e
distribuição
5.5 Thomas Malthus: Teoria da
População e da Procura Efectiva
5.6 O pensamento económico de Jean
BaptisteSay
5.7 As Reacções Contra a Escola
Clássica
Capítulo 6 Escola Neoclássica 6.1 O Início do Pensamento
Marginalista
6.2 A Revolução Marginalista
6.3 Walras: O Equilíbrio Geral à
Economia Política Social
6.4 Marshall: O Equilíbrio Parcial
Capítulo 7 O Pensamento de Karl Marx e 7.1 As Correntes Utópicas do
o Marxismo Movimento Socialista
7.2 O Materialismo Histórico e a
Interpretação Marxista da Evolução das
Sociedades
7.3 Os Paradigmas Fundamentais
Capítulo 8 Escola Institucionalista 8.1 Visão Geral da Escola
Institucionalista
8.2 Principais Dogmas da Escola
Institucionalista
8.3 Desenvoltura da Escola
Institucionalista
Capítulo 9 Pensamento Económico de 9.1 Tempo e Actividade de Keynes
Jonh M. Keynes
9.2 A Crítica da Teoria Ortodoxa
9.3 A Teoria Geral
9.4 A Intervenção do Estado: Teoria e
Realidade
Capítulo Escola de Chicago 10.1 Visão Geral da Escola de Chicago
10
10.2 Principais Dogmas da Escola de
Chicago
10.3 Desenvoltura da Escola de
Chicago
Capítulo O Contributo de Paul 11.1 O funcionamento das economias
11
Samuelson e William na visão de Paul Samuelson e William
Nordhaus ao Pensamento Nordhaus
Económico
Capítulo O Contributo de Joseph Stiglitz 12.1 O funcionamento das economias
12
e sua visão sobre a na visão de Joseph Stiglitz
Globalização Económica 12.1 O pensamento de Joseph Stiglitz
sobre a Globalização Económica
Capítulo A História da Economia em 13.1 Os principais elementos da
13
Angola História da Encomia Angolana
Capítulo I- Enquadramento e Introdução a História Económica e Social
1.1- Conceitos

1.1.1 História : Do grego antigo historie, significa testemunho, no sentido daquele que
vê, é a ciência que estuda o homem e a sua acção no tempo e no espaço,
concomitantemente à análise de processos e eventos ocorridos no passado.

História económica : É a parte da história que se dedica essencialmente ao estudo da


evolução da economia e da sociedade, mostrando a forma como era feita a produção e
distribuição dos bens e serviços no passado, ou seja, a História Económica e Social
responde as questões relacionadas com o passado socioeconómico.

O estudo histórico divide-se em dois grandes períodos : A Pré – História e a Proto-


História.

Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem á Pré-História e as sociedades que


co-existem com sociedades que já conhecem a escrita pertencente à Proto-História.

Um objecto, uma obra, um desenho, uma canção, uma carta são traços da passagem do
homem e definem um documento histórico.

Pré – História Proto – História

1º Idade antiga ( 4000 a.c – 476 d.c) : 1º Idade Moderna :


Antiguidade clássica ( VII a.c – V d.c) Século XV
Antiguidade tardia (300 – 600) Século XVI
Século XVII
Século XVIII

2º Idade Média ( 476 d.c – 1453 d.c): 2º Idade contemporânea :


Alta Idade Média (V-X ) Século XIX
Idade Media Plena ( XI – XIII ) Século XX
Baixa Idade Média ( XI – XV ) Século XXI
Idade Média Tardia ( XIV – XV)

1.1.2 Economia
Nos escritos de muitos autores é consensual que etimologicamente, a palavra economia vem
do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Seria a “administração da casa”, que pode ser
generalizada como “administração da coisa pública”.

Na visão de (Maia. 2015, p. 31) a ciência económica «tem como objecto o estudo de como
os indivíduos e a sociedade decidem o emprego de recursos escassos, que podem ter usos
alternativos, para produzir bens e serviços e reparti-los para serem consumidos agora ou no
futuro pelos agentes económicos». Já para (Begg; Fischer; e Dornbusch. 2004, p. 2) «a
economia é o estudo de como a sociedade decide o quê, como e para quem produzir».
Importa ainda denotar que segundo (Vasconcellos. 2002, p. 21) a economia é a «ciência
social que estuda como o individuo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos
escassos, na produção de bens e serviços, de modos a distribuí-los entre as várias pessoas e
grupos na sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas».

Em nosso entender a economia é uma ciência que se ocupa em estudar como a sociedade
deve decidir o que produzir, quando produzir e para quem produzir de modos a satisfazer as
necessidades colectivas e individuais.

A divisão da economia em microeconomia e macroeconomia está relacionada com a


abrangência dos fenómenos económicos.

Para (Samuelson; Nordhaus. 2005, p. 5) «Adam Smith é habitualmente considerado o


fundador do campo da microeconomia, o ramo da economia que actualmente trata do
comportamento de entidades como os mercados, as empresas, e as famílias». Ainda para o
mesmo autor existe um outro ramo da economia que merece ser estudado e discutido, que é
proposto por John Maynard Keynes na sua obra revolucionaria Teoria Geral do Emprego,
do Juro e do Dinheiro. Actualmente a macroeconomia examina uma grande variedade de
assuntos tais como a determinação do investimento e do consumo globais, como os bancos
centrais fazem a gestão da moeda e das taxas de juro, o que causa as crises financeiras
internacionais e porque razão alguns países se desenvolvem rapidamente enquanto outros
estagnam.

Já para (Costa. 2010, p. 9) a microeconomia «representa a parte da teoria económica que


estuda o comportamento das unidades económicas quando consideradas individualmente,
como os consumidores (teoria dos consumidores) ou os produtores (teoria da empresa)». É
como se afirmássemos que a microeconomia preocupa-se com temas como a formação de
preços, a produtividade ou os custos de produção. Ainda para o mesmo autor, a
macroeconomia «é a parte da teoria económica que estuda o comportamento da economia
como um todo, ou seja, os efeitos da actividade económica no conjunto dos seus agregados».
É como se afirmássemos que a macroeconomia preocupa-se com temas como o desemprego,
a produção ou o crescimento.

Na perspectiva de (Begg; Fischer; e Dornbusch. 2004) a economia tem muitos ramos. A


economia do trabalho trata de emprego e salários; a economia urbana, de habitação e
transportes; a economia monetária, de taxas de juros e de câmbio. Contudo, uma outra
classificação atravessa todos esses ramos. A microeconomia estuda decisões individuais
sobre mercadorias específicas. Já a macroeconomia analisa interações na economia como
um todo.

Cabe-nos realçar que tanto a microeconomia, como a macroeconomia estudam a teoria


económica objectivando saber o que produzir, como produzir e para quem produzir.
1.1.3 Sociologia
É a ciência que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do
meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.
Debruça-se sobre todos os aspectos da vida social, desde o funcionamento de estruturas
macro-sociológicas como o Estado, a classe social, ao comportamento dos indivíduos num
nível micro-sociológico. A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XVII, na forma
de resposta académica para um desafio de modernidade.

1.4 Origens do pensamento económico


A Economia surgiu como ciência através de Adam Smith (1723-1790), considerado o pai da
Economia Política. A sua obra, intitulada a Riqueza das Nações, publicada em 1776,
constituiu um marco na história do pensamento econômico. Antes disso, a Economia não
passava de um pequeno ramo da filosofia social, como atestam as contribuições do abade e
filósofo francês Turgot (1727-1781). Com o Mercantilismo (1450-1750), as ideias
econômicas conheceram algum desenvolvimento, mas na Antiguidade e na Idade Média as
relações econômicas eram bastante simples, como será visto a seguir.

1.5 Relações económicas na Antiguidade


Mesmo nas sociedades primitivas, os homens precisavam organizar-se em sociedade, para
defender-se dos inimigos, abrigar-se e produzir comida para sobreviver. A divisão do
trabalho daí decorrente permitiu o desenvolvimento da espécie humana em comunidades
cada vez maiores e mais bem estruturadas. Na maior parte dos casos, a produção era
basicamente para a própria subsistência. Algumas pessoas produziam um pouco mais,
permitindo as trocas, o que gerou especialização.

No lar, os homens produziam as ferramentas e utensílios rudimentares para a agricultura,


caça, pesca e para trabalhos com madeira (enxadas, pás, machados, facas, arco, flechas e
outras armas). Com o tempo, surgiram pessoas com habilidade que se especializaram na
produção de cada um dos tipos de bens. Alguns trabalhadores mais habilidosos não só
aprenderam uma profissão específica, como passaram a reunir aprendizes e ajudantes. A
escala de produção ampliou-se; os produtos adquiriram maior qualidade e os custos de
produção se reduziram em função do aumento das quantidades produzidas. Aqueles que
produziam armas ou ferramentas específicas tinham pouco tempo para se dedicar à caça, à
pesca ou à agricultura: eles precisavam trocar os produtos que fabricavam por alimentos e
peles para vestuário. Aos poucos, o trabalho de alguns homens passou a ser suficiente para
atender às necessidades de um conjunto cada vez maior de pessoas. As trocas se
intensificaram, portanto, entre artesãos, agricultores, caçadores e pescadores. A economia
adquiria maior complexidade à medida que as relações econômicas realizadas em
determinadas localidades alcançavam comunidades cada vez mais distantes. As trocas
colocavam em contacto culturas diferentes, com repercussões locais sobre os hábitos de
consumo e a estrutura produtiva.

Para os filósofos gregos, com grande influência no mundo antigo, havia restrições filosóficas
aos empréstimos a juros, ao comércio e ao emprego do trabalho assalariado. A busca de
riqueza era considerada como um mal, tendo em vista que a ambição é um vício. Esse
pensamento dificultava o desenvolvimento da economia. De outra parte, na Grécia antiga,
como em Roma, a maior parte da população era composta por escravos, que realizavam todo
o trabalho em troca do estritamente necessário para sobreviver em termos de alimentos e
vestuário. Os senhores dos escravos apropriavam-se de todo o produto excedente às
necessidades de consumo dos trabalhadores. A economia era quase exclusivamente agrícola;
o meio urbano não passava de uma fortificação com algumas casas, onde residiam os nobres,
ou chefes militares.

Para os gregos, a Economia constituía apenas uma pequena parte da vida da cidade, onde se
desenrolava a vida política e filosófica, constituindo segundo eles os verdadeiros valores
do homem. Por essa razão, a obtenção de riqueza constituía um objectivo bastante secundário
na vida dos cidadãos. Para eles, a questão primordial consistia na discussão acerca da
repartição da riqueza entre os homens e não como ela se obtinha.

Segundo a filosofia grega, o grande objectivo do homem era alcançar a felicidade, que se
encontrava no seio da família e no convívio no interior da cidade, através da interação entre
os cidadãos. A busca da felicidade, no entanto, não devia se restringir ao prazer, porque seria
voltar à condição de animal e de escravo. A honra era importante na medida em que mostrava
ao homem os verdadeiros valores da vida. Segundo eles, embora o comércio não fosse
considerado como uma actividade natural, as trocas não eram condenáveis pois permitiam a
diversificação das necessidades humanas e levavam à especialização dos produtores.
Entretanto, como o comércio era uma actividade que não possuía limites naturais e a moeda
facilitava as trocas, criava-se uma classe de comerciantes ricos. Segundo eles, essa
possibilidade de riqueza fácil corrompia os indivíduos, que passavam a dar prioridade à
busca da riqueza, em prejuízo da prática das virtudes. Pela lógica grega, tornava-se portanto
condenável toda prática que levasse à acumulação de moeda, como a existência de trabalho
remunerado e a cobrança de juros nos empréstimos.

No pensamento de Platão o comércio e o crescimento econômico associavam-se com o


mal e com a infelicidade dos homens. Para ele, o trabalho era indigno porque retirava do
cidadão o tempo que ele precisava para o lazer e a prática das actividades políticas e
filosóficas. No livro a República, de Platão, os cidadãos que exerciam altos cargos públicos
não deviam “trabalhar” para não “poluir a própria alma”. Eles precisavam ignorar o dinheiro,
desvencilhar-se da propriedade de bens e esposa, buscando o que necessitavam na
comunidade. Sendo o trabalho necessário para a actividade produtiva, ele precisava ser
realizado por escravos. A classe inferior, que trabalhava, podiam possuir bens e trocá-los,
bem como acumular riquezas dentro de certos limites para não se tornarem maus
trabalhadores. Ele condenava o empréstimo a juros, pois o ganho provém da moeda
acumulada e, segundo ele, ela devia ser usada apenas para facilitar as trocas.

Aristóteles compartilhava da maioria das ideias de seu mestre Platão, mais rejeitou a
comunidade de bens por considerá-la injusta por que não compensava o indivíduo
segundo o seu trabalho. Como os indivíduos não são iguais, eles não deviam ter a
mesma participação na posse dos bens. Concluía Aristóteles que a comunidade acabava
produzindo mais conflitos do que a desigualdade em si. Segundo ele, o indivíduo devia
preocupar-se mais com aquilo que lhe pertence e não com a partilha dos bens existentes. A
comunidade, ao desestimular a propriedade, produz a pobreza. Considerava que o trabalho
agrícola devia ser reservado aos escravos, ficando os cidadãos livres para exercer a
actividade política no interior da cidade.

Para a maioria da população, a cidade constituía um local de refúgio em caso de ataques


inimigos. Constituía também um local de compras, em que o camponês levava seus produtos
para vender e abastecia dos gêneros de primeira necessidade, sobretudo de bens
manufacturados. Porém, as cidades da Antiguidade eram pequenas e insalubres, salvo
algumas capitais e centros administrativos. A urbanização expandiu-se um pouco com o
desenvolvimento das trocas comerciais. Surgiram cidades relactivamente grandes,
para os padrões da época, como Atenas, Esparta, Tebas, Corinto e Roma. Devido à
pobreza do solo para o cultivo, a navegação tornou-se uma necessidade crucial para os
gregos, a fim de aumentar as riquezas de suas cidades, que eram independentes
politicamente umas das outras.

No mundo grego antigo justificava-se a escravidão pela ideia de que alguns homens
possuíam uma inferioridade inata. Esse regime de trabalho atrasou o desenvolvimento
da humanidade, pois, como o trabalho era considerado tortura, os escravos nada
faziam para aumentar a sua eficiência. O domínio da Filosofia sobre o pensamento
econômico implicava nas ideias de igualdade entre os cidadãos e no desprezo pela
riqueza e o luxo. O homem devia procurar o aprimoramento de sua alma, dedicando a
maior parte de seu tempo à meditação, com prejuízo de sua actividade econômica.
Necessitava levar uma vida simples, o que não favorecia o consumo e a produção. Essa
posição filosófica dificultava, portanto, o desenvolvimento das relações econômicas. A
busca e a posse de riquezas era sinônimo de vaidade, orgulho e luxúria.

Já entre os romanos o pensamento econômico estava ligado à política e ao aumento dos


domínios nacionais. O espírito imperialista dos romanos levou à expansão das trocas
entre Roma e as nações conquistadas. A riqueza era sempre bem-vinda, o que se obtinha
pela dominação: os povos conquistados eram obrigados a produzir os bens que os romanos
necessitavam consumir. Os romanos, por seu turno, construíram muitas estradas e aquedutos
na Europa e partes da África, com o fim de facilitar o transporte e o abastecimento das tropas;
essas construções possuíam, portanto, um fim político e não econômico.

O Império Romano (27 a.C – 476 d.C) é a fase da história Antiga caracterizada por um forma
autocrática de governo. O império sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos
( 509 a.C – 27 a.C) onde o poder era exercido pelos generais. Antes da República o governo
que vigorava em Roma era a Monarquia em que o poder era exercido por um Rei ou uma
Rainha.

O surgimento do Império Romano O surgimento do império veio como consequência do


esforço de expansão crescente de Roma durante os séculos III e II a.C. Os antigos povos que
habitavam em Roma desenvolveram uma economia baseada na agricultura e nas actividades
pastoris. A sociedade nesta época, era formada por patrícios (Nobres proprietários de terras)
e plebeus (comerciantes , artesãos e pequenos proprietários). O Império Romano Era
caracterizado pela libertdade relativa do comércio e da produção até o final do século III. O
primeiro imperador de Roma foi César Augusto ( 27a.c – 14 d.c ). A sua primeira acção foi
visitar todas as províncias para saber da real necessidade e realidade social da população
afim de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Decretou também a liberdade comercial
(livre circulação dos comerciantes de uma cidade para outra. O que contribuiu para o
crescimento económico de Roma. A economia do Império Romano tinha instituições
capitalistas quase tão avançada quanto as da Inglaterra no início da Revolução Industrial.
Capitalismo: é um sistema económico e social onde onde o principal objectivo é a
acumulação de capitais. Durante o seu auge nos séculos I e II, o sistema económico do
Império Romano era o mais avançado que já havia existido. No que tange a religião o
paganismo era a única religião existente em Roma. Mas a partir de 313 D. C, com o Édito
de Milão emitido por Constantino I (o imperador que sucedeu César Augusto após a sua
morte) o Império Romano passou a tolerar o cristianismo uma decisão que trouxe revolta no
seio dos cidadãos romanos e tornou – se a única religião oficial do Império sob o governo
de Teodósio I (379-395 d,C sucessor de Constantino I) e todos os outros cultos foram
proibidos.

O declínio do Império Romano Devido a crise da religião o Império Romano começou a


ficar fragilizado e a situação piora com a morte de Teodósio I que deixa o Império dividido
em 2 partes (Ocidente e Oriente) aos seus filhos (Honório e Adário) . A cisão do Império
Romano devido a morte de Teodósio I entre o ocidente (Honório) e o oriente (Adário)
fragilizou o império e precipitou o início da sua derrocada. Pois o povo tinha agora dois
imperadores e duas formas de governo, onde cada um procurava satisfazer os seus caprichos
criando cada um a sua moeda gerando a inflação (subida generalizada dos preços), a
desvalorização da moeda e consequente crise económica. Coma fragilidade religiosa agora
política e económica resultou em:

 a diminuição do número de escravos;


 as rebeliões nas províncias;
 a anarquia militar;
 as invasões bárbaras.

A partir desa data a implantação de controles de preços pelos imperadores suprimiu a


liberdade económica do Império. O déclineo económico durante os séculos III,IV e V,fruto
da massiva inflação promovida pelos imperadores durante a crise do terceiro século destruiu
a moeda corrente. Contribuiu também para a sua queda a diversificação cultural que Roma
se tornou após o contacto com as colónias e com a naturalização dos bárbaros. O exército
descobriu a sua importância no sistema romano e passou a exigir status e melhores
remunerações, exigências que o império não tinha condições de corresponder. Quando um
dos imperadores foi deposto, em 476 D.C por um grupo de mercenários, poucos territórios
(e tropas) restavam ao seu serviço. Com o declíneo do Império 476 fruto das invasões das
tribos bárbaras e más políticas económicas, a organização social volta a tomar feições tribais,
até a Baixa Idade Média. Perdeu-se o acesso aos tratados cientificos originais da antiguidade
classica (em grego), ficaram apenas versões resumidas,e até deturpadas, que os romanos
tinham traduzido para o latim. A única instituição que não se desintegrou juntamente com o
falecido império foi a igreja católica, que manteve o que restou de força
intelectual,especialmente através da vida monástica.

Com a fundação de Constantinopla em 330 d.C. e a transferência da corte romana para essa
cidade, Roma entrou em decadência. Houve uma substancial redução dos gastos públicos e
redução da massa salarial da cidade. O comércio foi enfraquecido, assim como as actividades
econômicas, parte das quais havia mudado para a nova capital. O Império do Oriente era
uma potência industrial, enquanto o Império do Ocidente definhava em termos econômicos.
As rotas comerciais que levavam a Roma foram abandonadas e as invasões dos bárbaros
ajudou a afundar o Império do Ocidente.

1.6 Relações económicas na Idade Média e introdução ao Feudalismo


Considera-se como Idade Média o período entre o desaparecimento do Império Romano do
Ocidente, no ano de 476 d.c, e a queda de Constantinopla, tomada pelos turcos em 1453.
Esse período caracteriza-se particularmente pela pulverização política dos territórios e por
uma sociedade agrícola dividida entre uma classe nobre e uma classe servil, que se sujeitava
à primeira. A economia conhece um retrocesso, principalmente entre os séculos V ao XI. As
trocas passaram a se realizar em nível local, entre Senhor e os servos; as antigas estradas
romanas deixaram de ser conservadas e tornaram-se intransitáveis (Hugon,1988, p. 45).
Capítulo II – Feudalismo, Renascimento, Idade Moderna e Idade
Contemporânea
2.1 Período de vigência do Feudalismo

A Idade Média teve início com a desintegração do Império Romano do ocidente ,no
século V (em 476 d.C.), e terminou com a queda do Império Romano do Oriente, no
século XV (em 1453 d.C.).

Com a invasão dos povos barbaros em Roma as pessoas foram para o campo onde
estariam mais seguras. Ao grandes proprietários de terras que então construíram castelos
medievais com grandes muralhas e segurança para se protegerem dos bárbaros.
Caracterizava-se por apresentar um poder centralizado por apresentar um poder nas mãos
dos senhores feudais, uma economia baseada na agricultura (feudos) e utilização do
trabalho dos servos. A produção feudal própria do ocidente europeu tinha por base a
economia agrária, de escassa circulação monetária mas auto-suficiente.

Em que sentido a queda do Império Romano, marco tradicional de início da Idade


Média,pode definir também o ponto de partida para a constituição do feudalismo?
O declínio do Império Romano levou à formação de vários reinos bárbaros ao longo do
Século V. Essa divisão do território romano não se fez definitivamente: as disputas entre
os vários reinos bárbaros mantiveram a Europa em estado de guerra.

2.2 A base do sistema feudal

Feudalismo: foi um modo de organização social e política baseado nas relações servos-
contratuais (servis).
Feudo: significa terra.
Os feudais: eram os donos das terras e dos castelos e os camponeses sob sua proteção
prestavam-lhes serviços e eles os protegiam com abrigo e seus pequenos exércitos.
Vassalagem: era um contrato de exclusividade que os servos acordavam com os senhores
feudais, fazendo juramento de servir apenas a um senhor feudal de forma absoluta ( até a
sua morte).

A guerra dos cem anos

O mais importante desses reinos – o dos francos- buscou crescer por meio da guerra,
alcançando sua máxima extensão sob carlos Magno (768- 814): com nucleos no território
que hoje constitui a França, o Império Carolíngio- como ficou conhecido o Estado dos
francos dessa época-estendeu seu domínios sobre parte da Europa Ocidental (deste
territorios da Espanha até a Alemanhãe o norte da Itália,tendo por base a actual
configuração do mapa da Europa).
Após a morte de Carlos Magno, o Império Carolíngio sofreu divisões,enfraquecendo-se
pelo conflito entre os novos estados. Ao longo do século IX enfrentou também várias
incursões de povos vizinhos : eslavos,árabes,magiares (hungaros) e normandos
(escandinavos)praticavam saques e, em alguns casos, acabaram por se estabelecer em
territórios do Império Carolíngio em desagregação.Desse modo , pode se afirmar, talvez
com algum exagero, que a partir do século V , a Europa viveu num estado de guerra
recorrente que se estendeu até aproximadamente o ano 1000.

O próprio feudo, como definido anteriormente, é entendido sob essa ótica: para contar
com os serviços – principalmente militares – de cavaleiros, o rei concedia áreas de terras
que permitiam a eles, cavaleiros, obter os recursos para o seu sustento e, assim poder se
dedicar à guerra. Desse modo,definia-se a relação suserano –vassalo como uma das
características do feudalismo. É importante precisar alguns aspectos dessa relação: ao
conceder um feudo (na forma de uma área de terra), o suserano não está doando uma
propriedade como seria entendida nos dias de hoje. Na verdade, a noção de propriedade
plena,( que pode ser comprada ,vendida, usada de acordo com a vontade de seu detentor)
não corresponde ao que existia na época feudal: aí se estabelecia uma «hierarquia de
proprietários » que indicava tanto os direitos de cada um sobre o fruto do uso da
terra,como também que indicava tanto os direitos de cada um sobre o fruto do uso da
terra,como também as relações pessoais (obrigações mútuas) que emergiam do vínculo
com aquela terra.

2.3 A organização do sistema feudal

Apesar da diversidade das experiências históricas no feudalismo, é possível propor um


modelo de organização da económia feudal que sintetize as principais relações presentes
no sistema. Consideremos um feudo como uma área de terra, não necessariamente
contínua: essa aréa é denominada comumente de senhorio, já que o termo feudo (que
utilizamos imprecisamente até agora) tem conotação principalmente jurídica e política.

Um senhorio de grandes dimensões em regiões da França atual podia até 4000 hectares e
abrigava 300 famílias de camponeses. Senhorios de menores dimensões também eram
viavéis e mesmo mais frequentes em várias áreas da Europa:

Vejamos como estava distribuída a terra do senhorio ou feudo:

I-Reserva ou manso senhorial : eram as áreas de uso exclusivo do Senhor.


Comportavam :
1. Centro do domínio:
2. Terras cultiváveis:

II- Lotes dos camponeses ou manso servil : eram os lotes,dentro do senhorio, que
estavam na posse dos camponeses e que eram cultivados por ele e por sua família.
Próximo à área das tenências se localizava a aldeia com as habitações dos camponeses.
Os lotes dos camponeses não estavam consolidados num único pedaço de terra.
III- Terras de uso comum ou manso comunal : dentro do senhorio havia ainda certas
áreas que, embora formalmente pertencessem ao senhor, podiam ser utilizadas por todos
os seus habitantes.
Era pastos, florestas (que forneciam a madeira para construção e aquecimento), campos,
pântamos, áreas pouco propícias à lavouraetc. Serviam como importante apoio para a
subsistência dos camponeses. Eram os servos dedicados aos serviços domésticos e
também aos outros ofícios (ferreiros, cervejeiros, moageiros, padeiros e outros artesãos).

Classes sociais no feudalismo


 Clero: constituído pelos homens da Igreja que tinham como função a reza e
influênciavam todas as outreas classes sociais ( considerados como homens sábios
e intelectuais) tendo a Igreja Católica em maior destaque.

 Lord ou nobreza: era a classe militar chamados de homens das armas que
causavam a guerra e antes de cada combate pediam a benção ao Clero o que fez
com que tal classe ganhasse maior dstaque.

 Servos: eram os camponeses que trabalhavam para os senhores feudais em troca


de terra pra morar.

A fraca mobilidade social indicava que as pessoas estavam destinadas a morrer na classe
em que nascecem.

Mais importante era a forma de cultivo das terras aráveis de reserva senhorial. Na sua
froma típica ,esse cultivo era realizado pelos camponeses, obrigados a trabalhar nas terras
do senhor essas obrigações, ao longo do tempo, passaram a ser impostas aos camponeses
pelo costume, por normas legais ou simplesmente pela força dos senhores
(independentemente da necessidade de proteção ao camponês). o camponês, submetido à
servidão, afim de manter a terra que lhe era arrendada tinha outras obrigações ou tributos
por pagar em relação ao senhor, Por Exemplo:

Corveia era o elemento mais característico da servidão era, pois o servo em


alguns dias da semana (em geral de 2 a 3 dias por semana) prestava serviços
domesticos na residencia do Senhor. .
 Banalidades o servo pagava para o uso de alguns instrumentos como moinho de
água, enchadas e etc. pertencentes ao Senhor feudal.
 Talha: parte da produção do servo para o seu sustento e o de sua familia devia ser
entregue ao senhor feudal.
 Capitação: quanto maior o número de menbros numa familia maior seria o
poagamento do servo pela obtenção de terra.
 Mão morta: sendo que era o Pai quem selebrava o contrato com o senhor feudal,
caso ele morresse a família tinha de pagar para não serem expulsos da terra.
 Taxa de justiça: quando houvesse algum incidente, para não serem castigados ou
penalizados eles tinham de pagar para serem ouvidos e se apurar sua inocência.
 Dizimo: 10% do seu rendimento devia ser pago a igreja.
 Formaríage: caso o senhor feudal quisesse casar os servos também tinham de
contribuír, e se um servo quisesse casar ou casar suaa filha tinha de ter a permissão
do senhor Feudal.

Qual a dinâmica dessa forma de organização económica? Ou seja, qual a capacidade de


crescimento e de aumento da produtividade do sistema feudal?

2.4 Os principais dogmas do sistema feudal

À idade média associou- se ao rotulo da idade das trevas, um rótulo aplicado por seus
adversários históricos na época do Renascimento, os quais contrastavam a cultura
medieval com a da antiguidade clássica da Grécia e de Roma. Essa noção, de certo
modo,foi transposta para a forma de organização económica : a económia feudal seria
caracterizada pela estagnação , pelo reduzido dinamismo tecnológico, por uma
produtividade muito baixa e estável.

É certo que a Inovação tecnologica acentuada não foi uma característica da época feudal
(pelo menos em comparação com os períodos posteriores); no entanto, não se pode
ignorar que houve períodos de expansão da económia, em parte sustentados por inovações
com razoável impacto sobre a produtividade da época. A expansão feudal se manifestou,
em primeiro lugar, por meio do aumento populacional.

O crescimento populacional tambem é atestado ,indirectamente pela expansão das áreas


colonizadas da Europa. É certo que o crescimento populacional e a expansão territorial
da Europa feudal respondem , em parte ao fim das guerras e invasões que se repetiam do
século V ao século X. As mortes em combates, os saques,a destruição de colheitas
atuavam contrariamente ao crescimento da população.Porém é necessario reconhecer que
algumas inovações tiveram impacto na produtividade do sistema: por exemplo : O
desenvolvimento de ferramentas como a charrua, a carroça de 4 rodas e carruagens , o
uso de cavalos no lugar dos bois e arreios para animais de cargas e a utilização de moinhos
de água.

Paralelamente a outros fenômenos vinha se articular à expansão feudal,induzindo


algumas mudanças na forma das obrigações dos servos para com os senhores, com o
excedente produzido, poderiam comprar de seus senhores lotes de terras e, assim deixar
de cumprir suas obrigações junto ao senhor feudal.

O ressurgimento do comércio na Europa Ocidental e o seu impacto sobre a


sociedade feudal
Uma noção usualmente associada ao feudalismo é a economia fechada ou, até mesmo de
economia natural. Esta – a economia natural-é definida em oposição à economia
monetária ou seja seria uma economia em que não só circula moeda , mas que os produtos
não são objeto de qualquer tipo de avaliação monetária. Neste sentido parece exagero
considerar a economia feudal como natural, pois embora a circulação monetária fosse
reduzida, havia alguma troca de produtos os quais eram havaliados
monetariamente.Assim embora em epocas mais agudas algum comercio tivesse se tinha
mantido,é inegável que na Alta Idade Média o nível de atividade comercial foi bastante
reduzido. Nesta altura era usual atribuir –se o declínio das cidades e do comercio às
invasões barbaras no Império Romano.Assim a queda de Roma em 476 ,seria um marco
fundamental para explicar essa mudança em relação à intensa atividade comercial do
Império Romano . Revoltas políticas ,tendências demográficas depressivas e também a s
invasões parecem se somar na definição desse declíneo econômico cujo o impactos se
observava no comércio e nas cidades.

Henri Pirenne também afirma que o comercio não desapareceu no século v como
resultado do domínio germânico sobre Roma. Por situar o mediterrâneo como via
essencial para o comércio da época, Pirene entende que o comércio na Europa Ocidental
foi brutalmente reduzido no início do século VIII, quando os mussulmanos atravessaram
o estreito de Gibraltar (no ano de 711),Iniciaram a rápida conquista na Península Ibérica
e consolidaram seu domínio sobre o Mediterrâneo, impedindo aí o fluxo de navios
europeus.

Por outro lado há certo consenso entre os historiadores de que,a partir do ano 1000
observaram-se sinais de aumento do movimento comercial na Europa ocidental,
ocorrendo paralelamente, a recuperação da actividade urbana.É certo que algum comércio
sempre existiu: cidades italianas, como Veneza, mantiveram sua actividade com base em
produtos orientais vendidos ma Europa Ocidental. Em suma nesta perspectiva o
renascimento comercial respondia a uma transformação interna à propria Europa feudal.
2.5 Os elementos que precipitarão o fim do Feudalismo

Até aqui centramos nossa atenção nos eventos que ocupam os séculos XI, XII,XIII, os
quais colonização de novas áreas e também pelo crescente volume de comércio). No
entanto, em meados do século XIV a expansão foi interrompida e vários eventos indicam
a emergência de uma crise do sistema feudal (a qual ocupa também a primeira metade do
século XV).Qual é o sentido dessa crise e quais s evidências relevantes para caracterizá-
la?

Bem antes da referida crise, europa destacando-Roma, vive num periodo de super
produção agricola devido ao sistema de rotação trienal criado, que baseava-se na divisão
da terra para cultivo em três (3) partes, em quanto uma parte fosse usada para cultivo duas
ficavam em repouso e guardadas para a produção seguinte, o que permitia nunca enfrentar
período seca nem de baixa produção. Esse considerável e acelerado crescimento
produtivo deu a oportunidade de muitos servos pouparem o suficiente ao ponto de
comprarem sua liberdade dos nhores feudais e construirem cidades livres. Mas
infelizmente nem todos os servos conseguiram o que gerou revolta (rebelaram-se contra
os senhores feudais e pararam com a produção) por parte dos que continuaram sob o
sistema feudal, trazendo a trilogia negra (guerras, peste e fome).

A primeira evidência da crise aparece nas estimativas demográficas : o impacto do


declínio da população europeia verificado no século XIV se estende por cerca de duzentos
anos. O declíneo populacional, particularmente acentuado na Europa após 1300 é forte
evidênvia da crise dessa sociedade, pois mostra sua incapacidade para garantir a
reprodução de sua população. Usualmente atribui-se o acento declíneo populacional entre
1300 e 1350 aos feitos destrutivos de uma epidemia de peste – a Peste Negra.

A peste negra é a designação por que ficou conhecida, a peste bubónia, pandemia que
assolou um terço da população europeia e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas, um
terço da pupulação da época, peste não só dizimou a população como destruiu a
civilização europeia da baixa idade media, que foi substituída pela bastante diferente
civilização das descobertas e do Renascimento.A doença é causada pela bacteria yersinia
pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos(Rattus rattus) ou
outros roedores que surgiram nos campos.

Foi resultado da peste negra e das guerras a fome, pois a destruíção dos campos de
cultivo e o decréscimo das populações fez diminuir a capacidade de produção e a
consequente falta de alimentos.

2.6 Renascimento

Renascimento ou Renascença são os termos usados para identificar o período entre fins
do século XIV e meados do século XVII. Chamou-se “Renascimento” em virtude da
redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica. Foi a época
da descoberta do mundo do Homem e de diversas transformações numa multiplicidade
de áreas da vida humana.

Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, economia, politica e


religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo. O termo é mas
comummente empregue para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana e se
difundiu para o resto da Itália e depois para praticamente todos os países da Europa
Ocidental.

Deste modo marca-se a transição da Idade Média para a Era Moderna, tendo como
principais eventos: o início da recuperação demográfica e económica após a Peste
Negra; os descobrimentos marítimos; a ascensão das monarquias nacionais; o
movimento de redescoberta da cultura clássica, por volta do século XV; e a reforma
Protestante.

2.7 Idade Moderna

Tradicionalmente aceita-se o inicio estabelecido pelos historiadores franceses, 1453


quando ocorreu a tomada de constantinopla pelos turcos otomanos, e o termino da
revolução francesa em 1789.

A época moderna pode ser considerada como uma época de revolução social cuja base
consiste na substituição do modo de produção capitalista. Esta época caracteriza-se por
um desanuviamento da trilogia negra , e leva o homem europeu a restaurar o campo e
atender ao mercado urbano. A partir do século XV o comércio cresceu fruto de
modificações ocorridas no interior das sociedades feudais europeias. As feiras ,as
cruzadas e o crescimento dos burgos, eram sinais, também, de que o comércio renascia.

Criou – se e desenvolveu-se um conjunto de condições propícias às descobertas marítimas


e ao encontro de povos. Avanços em instrumentos como a bússola e o astrolábio. A
confecção de mapas e a invenção das caravelas tornaram possível a expansão marítimo-
comercial Europeia. Os séculos XV e XVI tornaram-se os séculos dos desbravamentos e
das descobertas.É quando surge também uma nova mentalidade. O Renascimento.

Transição da Idade média para a Era Moderna


 O início da recuperação demográfica e económica após a Peste Negra;
 Os descobrimentos marítimos;
 A ascensão das monarquias nacionais europeias;
 O movimento de redescoberta da cultura clássica, por volta do século XV;
 A reforma protestante, a partir de 1517.

2.8 Idade Contemporânea

É o período actual da história do mundo ocidental, iniciado apartir da Revolução Francesa


(1789 d.C). O seu início foi marcado pela corrente filosófica iluminista, que elevava a
importância da razão. A idade contemporânea está marcada pelo desenvolvimento e
consolidação do regime capitalista no ocidente e, consequentemente pelas disputas por
territórios, matérias-primas e mercados consumidores.
Capítulo III – Mercantilismo

3.1 Conceito

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas económicas desenvolvidas na


Europa da idade moderna, entre o século XV e os finais do século XVIII e originou
diversas medidas de acordo com os estados.

O mesmo caracterizou-se por uma forte ingerência do Estado na economia e numa serie
de medidas tendentes a unificar o mercado interno. O Estado adquire um papel primordial
no desenvolvimento da riqueza nacional ao adoptar políticas protecionistas, e em
particular estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio a exportação. O mesmo
desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias
(protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações), controlando
os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e
promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de
garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufacturados.

É considerado ao mesmo tempo:


 um sistema de poder político,
 um sistema de regulamentação da actividade económica,
 um sistema proteccionista,
 um sistema monetário.

O conceito de mercantilismo define-se a partir dos descobrimentos, consequências da


abertura das rotas comerciais marítimas pelos portugueses entre o século XV e 1500
(descobrimento do Brasil) .

Nesta fase atribuí-se ao conseito de riquesa a obtenção de metais preciosos, ou seja quanto
mais metais um pais possuía mais rico ele se tornava, a riqueza e o poder do Estado
medem-se pela quantidade de ouro que possuem sem mencionar a renda nacional.
Desenvolveu-se numa época em que a economia europeia estava em transição do
feudalismo ao capitalismo. Derivado da expansão militar europeia e do incipiente
desenvolvimento manufactureiro.

3.2 O Mercantilismo como conjunto de ideias económicas

O termo Mercantilismo, foi criado pelo economista Adam Smith em 1776, a partir da
palavra latina mercari, que significa “gerir um comércio”, de mercadorias ou produtos. É
considerado ao mesmo tempo um sistema de poder político, um sistema de
regulamentação da actividade económica, um sistema protecionista bem como um
sistema monetário com a teoria da balança comercial.
Os mercantilistas viam o sistema económico como um jogo de soma zero, onde a ganância
de uma das partes supunha a perda da outra. O mercantilismo é portanto, uma doutrina
política económica que aparece num período intervencionista e prevaleceu à época de
nascimento do capitalismo. Durante este período, importantes quantidades de ouro e prata
fluíam desde as colónias espanholas do Novo Mundo para a Europa. Para os bulionistas
a riqueza e o poder do Estado medem-se pela quantidade de ouro que possuem sem
mencionar a renda nacional. Assim cada nação, deve acrescentar as suas reservas de ouro
à custa das demais nações para fazer crescer o seu poder. Este interesse pelas reservas de
ouro e prata é explicado em parte pela importância dessas matérias-primas na época de
guerra.

Se um Estado exportava mais do que importava, a sua balança comercial era excedentária.
Isto levou os mercantilistas a propor como objectivo económico ter um excedente
comercial. Era estritamente proibida a exportação de ouro. Os bulionistas também eram
partidários de altas taxas de juros para animar os investidores a investir seu dinheiro no
país.

No século XVIII foi desenvolvida uma versão mais elaborada das ideias mercantilistas,
que recusava a visão simplista do bulionismo. Embora considerassem que o ouro fosse a
riqueza principal, admitiam que existiam outras fontes de riqueza, como as mercadorias.
Esta nova visão recusava a partir desse momento a exportação de matérias-primas, que
uma vez transformadas em bens finais constituíam uma importante fonte de riqueza.

Enquanto o bulionismo favorecera a exportação massiva de lã, a nova geração de


mercantilistas apoiava a proibição total de exportar matérias-primas e propugnava o
desenvolvimento de indústrias manufactureiras domésticas.

3.3 A época mercantilista

O conceito de mercantilismo define-se a partir dos descobrimentos, consequência da


abertura das rotas comerciais marítimas pelos portugueses entre o século XV e 1500
(descobrimento do Brasil). Desenvolveu-se numa época em que a economia europeia
estava em transição do feudalismo militar europeia e do incipiente desenvolvimento
manufactureiro. O mercantilismo incrementou notavelmente o comercio internacional.
Os mercantilistas foram os primeiros a identificar a importância monetária e política
deste. Intimamente ligado à emergência do Estado-nação moderno e baseado na
existência do binómio metrópole-colónias. O mercantilismo assumiu formas nacionais,
nomeadamente: Portugal, França, Inglaterra, Espanha e Holanda, durante os séculos XVI,
XVII e XVIII.

Em Portugal:

O Mercantilismo português ocorreu no reinado de D. Pedro II e foi iniciado por Luís de


Meneses (1675-1690), mais conhecido por Conde da Ericeira. As medidas aplicadas
foram pragmática de 1677 e a introdução de indústrias manufactureiras. A
pragmática de 1677 aplicava-se ao vestuário e consistia na proibição do uso de produtos
importados (só se podiam usar peças de origem nacional) e na proibição de artigos de
luxo.

O uso de produtos nacionais levou ao desenvolvimento da indústria manufactureira,


sobretudo a nível dos tecidos de lã, e ao crescimento económico. O fracasso das primeiras
medidas mercantilistas deu-se devido à diminuição das importações, nomeadamente da
Inglaterra, levando com isso a assinatura do Tratado de Methuen em 1703. O Tratado em
questão prejudicou e levou à diminuição da produção nacional e ao aumento das
importações. Outra razão foi a descoberta de ouro no Brasil que levou Portugal a aumentar
as importações pois comprava-se o que estava em falta no país.

Em França:

O Mercantilismo nasce a princípios do Século XVI, pouco tempo depois do reforço da


monarquia. Em 1539, um decreto real proíbe a importação de mercadorias têxteis de lã
provenientes da Espanha e impõe restrições a exportação de ouro. Jean Baptiste Colbert,
Ministro das Finanças durante 22 anos, foi o principal impulsionador das ideias
mercantilistas na França, ganhando o mercantilismo francês a designação de Colbertismo.

Colbert eliminou os obstáculos ao comércio ao:

 reduzir as taxas alfandegárias interiores,


 construir uma importante rede de estradas e canais.
 Também é característico do colbertismo empreender uma política de criação de
manufacturas reais que fabricavam produtos estratégicos ou de luxo (os Gobelinos
e cristais).

As políticas desenvolvidas por Colbert permitiram com que a indústria e a economia


francesa crescessem consideravelmente durante esse período, tornando França numa das
maiores potências europeia. Contudo a França não teve tanto sucesso em tornar-se numa
grande potência comercial equiparável à Inglaterra e a Holanda.

Na Inglaterra:

O Mercantilismo inglês adoptou a forma de controlo do comércio internacional. Foi posto


em prática um amplo leque de medidas destinadas a favorecer a exportação e penalizar a
importação. Foram instauradas taxas alfandegárias sobre as importações e subvenções à
exportação. Foi proibida a exportação de algumas matérias-primas e as Actas de
Navegação (1651) proibiam aos comerciantes estrangeiros de fazer comércio no interior
da Inglaterra. Inglaterra aumentou o número de colónias e, uma vez que estavam sob seu
controlo, eram instauradas regras para autorizar a produzir apenas matérias-primas e a
comerciar unicamente com a Inglaterra.

No interior, a transformação de terras não cultivadas em terreno agrícola teve um efeito


duradouro. Os mercantilistas pensavam que para fazer crescer o poderio de uma nação,
todas as terras e recursos deviam ser utilizadas ao máximo. Estas medidas políticas
contribuíram em larga medida para tornar a Inglaterra na maior potência comercial do
mundo, e uma potência económica internacional.

Na Espanha:

A revolução dos preços que afectou a Europa desde o século XVI, teve a sua origem na
chegada a Espanha das remessas anuais de metais preciosos que trazia a frota das Índias.
Os economistas espanhóis dos séculos XVI e XVII eram chamados de arbitristas, a
medida que, pela sua mera vontade, podia o rei tomar em benefício do reino que o
solicitavam. Eram ridicularizados por propor medidas extravagantes, causando toda
classe de catástrofes. Durante a crise económica do seculo XVII puseram-se em prática
muitas políticas económicas com certa incoerência, como alterações monetárias e fiscais
que contribuíram para o seu aprofundamento. Apos a Guerra de Sucessão Espanhola
(1700-1714), a adopção de novas medidas mercantilistas, de inspiração colbertista pelo
governo de Filipe V, implicou um indubitável sucesso económico. O final do seculo
XVIII foi período da ascensão de políticas com ideias económicas mais próximas à
fisiocracia e o liberalismo económico.

Em outros países:

As demais nações também adoptaram as teses mercantilistas em diferente grau. Ao longo


deste período o poder das nações europeias estendeu-se por todo o planeta. Os países
baixos, tornaram-se no centro financeiro da Europa graças à sua muito desenvolvida
actividade comercial e a fraca restrição económica. O Mercantilismo contribuiu para o
desenvolvimento do imperialismo, já que maior parte das nações tratavam de apoderar-
se de territórios para ficar com matérias-primas. O mesmo alimentou os períodos de
conflito armado nos séculos XVII e XVIII. Era ideia dominante, o enriquecimento de um
país em detrimento de outro. muitas guerras, entre as quais é preciso as guerras Anglo-
Holandesas, Franco-Holandesa, e Franco-Inglesa foram ocasionadas pelas doutrinas que
preconizavam o nacionalismo económico.

3.4 As ideias mercantilistas

O pensamento mercantilista pode ser sintetizado através das nove regras de Robert
Ekelund e Robert Herbert. Sendo elas as seguintes:

1ª Cada polegada do chão de um país seja utilizada para a agricultura, a mineração ou a


manufacturas;

2ª Todas as matérias sejam utilizadas nas manufacturas nacionais, porque os bens


acabados têm um valor maior que as matérias-primas;

3ª Que seja fomentada uma população grande e trabalhadora;

4ª Que sejam proibidas todas as exportações de ouro e prata e que todo dinheiro nacional
seja mantido em circulação;
5ª Que seja obstaculizado tanto quanto for possível todas importações de bens
estrangeiros;

6ª Que as importações indispensáveis sejam obtidas de primeira mão, em troca de outros


bens nacionais, e não de ouro e prata;

7ª Na medida que for possível, as importações sejam limitadas às primeiras matérias que
possam acabar-se no país;

8ª Que sejam procuradas constantemente oportunidades para vender o excedente de


manufacturas no estrangeiro em troca de ouro e prata;

9ª Que não sejam importados bens se existirem suficiente e adequadamente no pais.

Um dos grandes teóricos do mercantilismo é o italiano António Serra seguido do francês


Antoine de Montchréstien que introduziu o termo económia politica, em 1615. O
mercantilismo foi entendido através desde autores como um sistema de unificação
económica à escala nacional, criando monopólios e sociedades por acções. Esta doutrina
procurou o engradecimento do Estado como um sistema de poder e como fim supremo
da economia politica.Segundo as teses do mercantilismo um Estado será forte se for
económicamente poderoso, donde a necessidade de acumulação permanente de
riquezas,fundamentalmente os metais preciosos, através do comércio marítimo.

Uma balança comercial favorável, tendendo para o aumento de « Stock » de metais


preciosos,como finalidade da politica estatal.

Os mercantilistas preconizaram a expansão das companhias comerciais ultramarinas de


manufaturas privilegiadas, que evitassem às importações , a emigração de mão-de-obra
qualificada, optando por uma politica aduaneira proteccionista dos interesses
nacionais.Considerando o comércio como fonte essencial de riquezas foram introduzidas
as Actas de Navegação Inglesas, as licenças que submetiam o comércio de matérias
primas às tarifas aduaneiras protectoras.

Como concepção de sociedade a economia mercantilista não tinha preocupações com


questões ligadas à moral social. A razão do Estado justificava todos os actos. Porque os
interesses de Estado tinha de ser defendido ainda que fosse pela utilização da força.
Assim o comércio colonial desenvolveu-se através da abertura das rotas marítimas do
Atlântico para as Indias Orientais, pelos Portugueses, Espanhóis, Ingleses, Hollandeses e
outros durante os primeiros anos das descoberta o comércio mundial concentrava-se em
Lisboa, Antuérpia, Servilha, ao invés de Veneza que servia de centro de distribuição de
produtos trazidos das terras descobertas.

3.5 Princípios mercantilistas

Os principais princípios do Mercantilismo são os seguintes:


1º Metalismo ou Bullionismo;

2º Incentivos às manufacturas;

3º Proteccionismo alfandegário;

4º Pacto colonial;

5º Colónias de exploração:

6º Balança Comercial favorável.

Metalismo ou Bullionismo

As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na


acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através
do incremento das exportações e da restrição das importações.

Incentivos às manufacturas

O governo estimulava o desenvolvimento de manufacturas em seus territórios. Como o


produto manufacturado era mais caro do que as matérias-primas ou géneros agrícolas, sua
exportação era certeza de bons lucros.

Proteccionismo alfandegário

O governo aplica uma política protecionista sobre a economia, favorecendo a exportação


e desfavorecendo a importação, mediante a imposição de tarifas alfandegárias.
Estimulava a indústria e manufacturas nacionais e evitava a siada de moedas para outros
países.

Pacto colonial

As colónias europeias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma
garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na
Europa.

Colónias de exploração

A riqueza de um país estava diretamente ligada à quantidade de colónias de exploração


deste. O Mercantilismo serviu causa e fundamento do imperialismo europeu, e a luta pelo
controlo dos mercados disponíveis no mundo.

Balança comercial favorável

Os mercantilistas preconizavam o desenvolvimento económico por meio do comércio


exterior. O esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais
moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.
3.6 Principais modelos mercantilistas

- Bulionismo ou Metalismo;

- Colbertismo ou Balança Comercial Favorável;

- Mercantilismo Comercial e Marítimo.

Bulionismo ou Metalismo

É uma teoria económica da idade moderna (1453-1789) que quantifica a riqueza através
da quantidade de metais preciosos possuídos. Baseia-se na crença de posse e acúmulo de
ouro e de metais preciosos, confundindo estes com capital, não investindo em actividades
lucrativas como manufacturadas, comércio etc.

Colbertismo ou Balança Comercial Favorável

Nasceu no século XVII e é o Mercantilismo característico da política económica francesa.


Teorizado e promovido por Jean-Baptiste Colbert, controlador geral das finanças do rei
Luís XIV. Uma vez que o comércio internacional se fazia por meio de metais, ouro e
prata, o colbertismo propunha que o volume de exportações fosse maior que o de
importações obtendo uma balança comercial favorável.

Mercantilismo Comercial e Marítimo

Visava sobretudo o desenvolvimento da frota marítima nacional como meio para expandir
seus domínios e consequentemente seus mercados. Visava também o incremento da
produção de manufacturados como forma para atender o mercado interno e os novos
mercados conquistados, resultado da expansão marítima. A confiança no Mercantilismo
começou a decair em finai do século XVIII, quando as teorias de Adam Smith e de outros
economistas clássicos foram ganhando favor no império Britânico, e em menor grau no
restante da Europa e nos EUA. Adam Smith, que criticava com dureza na sua obra “A
Riqueza das Nações”, qualifica o Mercantilismo como uma “economia ao serviço do
Príncipe.

Porém no século XX, a maioria de economistas de ambos os lados do Atlântico chegaram


a aceitar que em algumas áreas as teorias mercantilistas eram correctas .Destacando –se
o economista John Maynard Keynes.
Capítulo IV: A fisiocracia, o Iluminismo e as Revoluções liberais

4.1 Enquadramento conceptual

O termo fisiocrata ( fis = natureza; cratos = poder), origem grega, significa poder da
natureza. A fisiocracia, advinda da chamada escola fisiocrática surgiu no século XVIII e
é considerada a primeira escola de economia científica.

Os fisiocratas consideram o sistema económico como um organismo regido por leis


intrínsecas ( pela ordem natural das coisas ), sendo elas assim, cientificamente relevantes.
François Quesnay ( Méré, 4 de Junho de 1694 – Paris, 16 de Dezembro de 1774) foi um
economista francês que se destacou como principal figura da escola dos fisiocratas. Foi
Quesnay, que utilizava a noção de direito natural para justificar a propriedade privada e
o liberalismo.

Para Quesnay ,
 O governo deve proteger a propriedade e a liberdade do indivíduo (não
interferindo na ordem natural).
 A terra era o mais importante factor de produção (e otrabalho aplicado à
terra era capaz de produzir um excedente).
 A sociedade dividia-se em três classes:
 Classe produtiva: era constituida pelos agricultores.
 Classe estéril : era a que pertencial os comerciantes e trabalhadores de
outros ramos de actividade.
 Classe de proprietários, era constituída pelo soberano e pelos donos das
terras.
A limitação da doutrina fisiocrática foi a distinção entre a classe produtiva e a classe
estéril, ligando a criação do produto a um factor exclusivo (a terra).

Quesnay era filho de agricultores e, devido a situação que viveu, tornou-se adepto da
Fisiocratia. Destaca a agricultura como sendo a fonte de riqueza da nação, conceito
contrário ao Mercantilismo inglês que primava pelo desenvolvimento da indústria e do
comércio exterior. Quesnay viveu na França em 1758, com uma França que há muito
tempo passava pela Reforma de Colbert. Estava atrasada em relação à Inglaterra, sem
possuir forte indústria, comércio exterior desenvolvido e uma frota marítima competitiva
o jeito era estruturar o Estado Francês na agricultura. Surge então um modelo de fluxos
que aponta a realidade através de um sistema que detinha as classes: Produtiva,
Proprietária e Estéril.

 Classe Produtiva ou Arrendatário da Terra

É a classe que faz renascer pelo cultivo da terra as riquezas anuais da nação ,que realiza
os adiantamentos das empresas dos trabalhos da agricultura e que paga anualmente os
rendimentos dos proprietários da terra. Encerram – se na dependência desta classe todos
os trabalhos e todas as despesas feitas até as vendas das produções.

 Classe dos Proprietários de Terra

Proprietários de terra inclui o soberano, os donos das terras, cobradores e dizimistas. Estas
classes subsistem pelo rendimento ou produto liquido que lhe é pago anualmente pela
classe produtiva.

 Classe Estéril

Para os fisiocratas é estéril porque não produz excendente,e é formada pelos cidadãos
ocupados em outros serviços e trabalhos que não sejam os da agricultura. Suas despesas
são pagas pela classe produtiva e pela classe dos proprietários , que se retira por sua vez
os seus rendimentos da classe produtiva.Esta classe sobrevive das anteriores.

O grande mérito de quesnay foi ter visto que era necessário partir do capital para
compreender as actividades económicas que se desenrolavam .Sendo que o problema
essencial a resolver passaria pela reconstituição do capital despendido ou adiantado com
vista a produção. Mostra claramente como, no modo de procução capitalista, todo o
mecanismo da actividade económica depende da iniciatva dos detentores de capitais que
fazem os adiantamentos e que consomem os lucros.

Como toda a riqueza provém da terra , a segurança sobre a propriedade é fundamental,


podendo-se dizer que a segurança sustenta o sistema.Deve haver segurança jurídica para
os proprietários, para que não mudem radicalmente o sistema o qual os camponeses são
os geradores de toda a riqueza.

Quesnay acreditava que somente a agricultura era criadora de riqueza.Já que a indústria
limitava –se a transformar a matéria. Deste modo os indivíduos mais úteis à sociedade
eram os grandes proprietários e os fazendeiros. Opunha-se às teorias mercantilistas
defendendo que os entraves à produção, circulação e consumo de géneros deveriam ser
suprimidos.

Trata –se pois de uma visão defensora da liberdade económica, expressa na máxima
laissez-faire, laissez passer (deixem fazer, deixem passar, este era o símbolo do
liberalismo). Defendiam a liberdade económica segunda a lei da oferta e procura. Produz-
se e consome-se o necessário, logo há estabilidade do preço e equilíbrio.

4.2 Ideias opostas ao Mercantilismo

A fisiocracia introduz duas ideias novas opostas ao mercantilismo:


 A crença na existência de uma ordem natural, subjacente às actividades
económicas. Seria inútil impor leis e regulamentos à organização económica, pois
esta seria capaz de guiar-se a si própria.
 A proeminência da agricultura sobre o comércio e a indústria.Para os fisocratas
só a terra é a fonte de riquezas. As classes sociais não envolvidas no trabalho
agrícola foram consideradas estéreis.
4.3 Objectivo do movimento dos Fisiocratas

O objectivo do movimento fisiocrata é o livre comércio admitindo que o preço do


mercado é o da ordem natural.

Nesta medida tornam-se secundárias as preocupações adicionais, sendo suficiente admitir


que o preço natural será aquele determinado pela concorrência. O valor dos protudos
manufacturados , o custo das matérias-primas mais custos de remuneração de trabalho, o
seu preço final corresponderá necessariamente ao que foi consumido no processo.

Os fisiocratas preocupavam-se com o preço dos produtos agrícolas que determinariam os


rendimentos dos produtores e dos proprietários. Daí a atenção confereida a liberdadde
comercial e a organização do sistema tributário.
4.4 Os equívocos dos Fisiocratas

O grande erro consiste em pensar que a economia política trata das riquezas
entendendo estas apenas como os bens materiais. A única classe produtiva esta
ligada a agricultura, pois esta classe cria bens materiais. Por esta razão agricultura é
considerada fecunda e a indústria não.

O quadro económico de Quesnay, trata da formação,circulação e distribuição dos valores


mas contudo não explica o que é o valor. A Fisiocracia foi uma contribuição para a gestão
do modelo do pensamento económico. Sua principal ideia foi a de valorizar a terra e
Quesnay veio desenvolver essas teorias criando o quadro de alerta para a circulação de
capital nos sectores económicos.

4.5 O Iluminismo

Iluminismo ou esclarecimento designa uma época da história intelectual ocidental. Boa


parte dos académicos simplesmente utiliza o início do século XVIII como marco de
referências, aproveitando a já consolidada denominação « Século das Luzes».

É um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, correntes intelectuais e atitudes


religiosas. Sintetiza também uma atitude geral de pensamento e de acção.
Caracteriza-se pela ênfase nas ideias de progresso e perfectibilidade humana, assim como
a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e
ideologias tradicionais.
Os iluministas admitiam que os seres humanos estavam em condições de tornar este
mundo um lugar melhor – mediante introspeção, livre exercicio das capacidades humanas
e do engajamento político –social.

“ O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma turelagem que estes mesmo
se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da
própria razão independentemente da direcção de outrem. (Immanuel Kant)”.

Os iluministas acreditavam poder expandir os principios do conhecimento crítico a todos


os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da
humanidade e para a superação dos resíduos da tirania, superstição e iracionalismos.

A primeira fase do iluminismo foi marcada por tentativas de importação do modelo de


estudo dos fenómenos físicos para a compreensão dos fenómenos humanos e culturais.

Os Iluminismos Regionais

 Alemanha

Um dos traços distintivos do iluminismo é a onexistência do sentimento anti-clerical que,


por exemplo, deu a tónica ao iluminimo françês. Os iluminists alemães possuíam, um
profundo interesse e sensibilidade religiosa. E almejavam uma reformulação das formas
de religiosidade.

 Escócia
Curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa Ocidental no século XVIII
foi um dos mais importantes espaços de produção de ideias associadas ao iluminimo. O
iluminismo Escocês foi marcado pelo empirismo e o pragmatismo.

 Estados Unidos
Nas colónias Americanas , o iluminismo foi a inspiração de Tomas Jefferson e Benjamin
Franklin e da independência americana.

 França
País de tradição católica mais onde as correntes protestantes , também desempenharam
um papel dinamizador.
O conflito entre uma sociedade feudal e católica e as novas forças de pendor protestante
e mercantil (Iluministas) . irá culminar na Revolução Francesa.

 Inglaterra

A influência católica havia sido definitivamente afastada do poder político em 1688, com
a Revolução Gloriosa. A partir de então , nenhum católico voltaria a subir ao trono-
embora a igreja da Inglaterra tenha permanecido bastante próxima do catolicismo em
termos doutrinários e de organização interna.

 Portugal

Tendo sido embaixador de Londres durante 7 anos (1738 - 1745) , o primeiro ministro de
Portugal, Marquês de Pombal, contrariando o legadp histórico feudal tentou por todos os
meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa.

Impacto do iluminismo
O iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectiva da maior parte
dos países ocidentais.

 A declaração dos Direitos Humanos ( 1789 França), foi um dos muitos


documentos políticos produzidos no século XVIII sob a inspiração do ideário
iluministas.
 A época do Iluminismo foi marcada por transformações políticos tais como a
criação e consolidação de Estados – Nação,
 a expansão de direitos civis,
 a redução da influência de instituições hierarquicas como a nobreza e o igreja.

O iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que se


revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno. Contribuiu
para o surgimento das principais correntes de pensamento que caracterizariam o século
XIX , a saber ,liberalismo, socialismo, e social-democracia.

Iluministas Notáveis

Charles de Montesquieu (1689-1755), filósofo francês, notabilizou-se pela sua teoria da


separação dos poderes do Estado (Legislativo, executivo e judiciário). O espírito das leis
(1748).

Jean Jacques Rousseau (1712-1778) , filosófo francês .Excepção dos iluministas,defendia


a Republica ,dizia que a emoção deveria se sobrepor a razão, soberania
popular,propriedade privada é um roubo,tudo é de todos. O contrato social.

Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. Contra o mercantilismo, dizia


que todo o poder emana do Trabalho. A Riqueza das Nações.

Jonh Locke (1632-1704), filósofo inglês. Ensaio sobre o entendimento humano.


Motesquieu (1689-1755), filósofo francês, notabilizou-se pela sua teoria da separação dos
poderes do estado (Legislativo, executivo e judiciário). O espírito das leis.

Voltaire (1694-1778), filósofo francêns, defendia uma monarquia esclarecida. Também


notou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual.

Marquês de Pombal (1699-1782), português, notabilizou-se pela sua capacidade de


liderança, implementou políticas económicas regulando as actividades comerciais e
industrial em portugal.
Immanuel Kant (1724-1804), Filósofo alemão, fundamentou sistemáticamente e a
filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da
filosofia moral.

4.6 Revolução Americana de 1776

A guerra da Independência dos EUA , também conhecida como Revolução Americana de


1776 ,teve suas raízes com a assinatura do Tratado de Paris que em 1763 acabou por
finalizar a Guerra dos sete Anos. Movimento de ampla base popular ,teve como principal
motor a burguesia colonial e levou à independência das treze colónias dos Estados Unidos
da América (proclamada em 4 de julho de 1776).

Paralelamente aos conflitos políticos, iniciou-se um movimento contra a carga tributária


exercida pelos ingleses sobre a produção de açúcar,vidro,papel e chá, para impedir o
empedir o enriquecimento dos locais. Além da cobrança excessiva de impostos, os
ingleses em 1765 proibiram a abertura de estabelecimentos fabris e em 1774, aprovaram
os actos intoleráveis, que fechava o porto de Boston e aumentava os poderes dos
britânicos sobre as 13 colónias.

Os ingleses , lutando a 5.500 km de casa, enfrentaram problemas de carência de


provisões,comando desunido, comunicação lenta,população hostil e falta de experiência
em combater tácticas de guerrilha.

A França e Espanha países antagonistas da Inglaterra, auxiliaram os rebeldes enviando


soldados para ajudar na guerra da independência. Após inúmeras batalhas finalmente no
dia 3 de setembro de 1783,em Paris,foi assinado o tratado em que os Estados Unidos
tiveram sua Independência reconhecida,formalmente,pelo Reino da Grã-Bretanha.

4.7 Revolução liberal do Porto

Foi um movimento liberal iniciado na cidade do Porto no dia 24 de Agosto de 1820,cuja


burguesia mercantil se ressentia dos efeitos do Decreto de Abertura dos Portos às Nações
Amigas (1808).
Iniciando pela guarnição do Porti, irritada com a falta de pagamento, e por comerciantes
descontentes,conseguiu o apoio de quase todas as camadas sociais o Clero,a Nobreza e o
Exército português.

França invade portugal e a família real foge para o Brasil afim de não serem capturados
pelos francesis e ficarem com o poder soberano. Portugal pede auxílio á Inglaterra para
fazer frente a França, cria-se um governo provisório (regência) com a ajuda dos Inglesis
devido a ausência da família real. Isso contribuíu para instabilidade política de portugal
de modos que o povo exigia o regresso da família real, pois as indústrias eram
insuficientes tornando fraco o mercado português levando também a instabilidade
económica fazendo de portugal dependente de outros países.

A força militar de portugal estava descontente devido a baixa remuneração e por veses
nenhuma remuneração, as condições de vida eram precárias, por isso em nenhuma
24/08/1820 a população de modo geral revolta-se contra o modo de governação ( como o
rei tinha poder absoluto, sem a sua presença pouco se podia fazer para melhorar as
condições de vida do país quer a nível político como económico), deste modo criou-se
uma monarquia constitucional onde o Rei exercia o poder mas não de modo absoluto,
agora podia-se criar novas leis de governação e a família real era obrigada a agir de acordo
a constituíção por isso o povo exigia o retorno imediato da corte para o reino, visto como
forma de restaurar a dignidade metropolitana bem como estabelecimento, em Portugal,
de uma Monarquia constitucional.

4.8 Revolução Francesa de 1789

É o nome dado ao conjunto de acontecimentos entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro


de 1799, influênciada pelos ideais do iluminismo e que alteraram o quadro político e
social da França. A Revolução aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os
principios universais de «Liberdade, igualdade e Fraternidade» (Liberté,Egalité e
Fraternité).

As causas da revolução francesa são remotas e imediatas.Há que considerar a crise


financeira fruto da participação francesa na Guerra da Independência do EUA e na guerra
dos sete anos, bem como elevados custos da corte de Luís XVI.

Por outro lado as grandes injutiças entre as antigas ordens.Os chamados privilegiados
estavam isentos de impostos, e apenas uma ordem sustentava o país, deixando
obviamente a balança comercial negativa.

O terceiro estado, constitúido por burgueses e camponeses sem terra era oprimido,
explorado e sobre quem incidiam os impostos e contribuições para o Estado.

A revolução francesa pode ser subdividida em quatro períodos : A Assembleia


constituinte, a assembleia legislativa, a convenção e o directório.
 A Assembleia constituinte (09/07/1789 – 30/09/1991)
As primeiras acções do revolucionários começam com os montins em paris, tomando
posse da prisão da Bastilha ( onde os prisioneiros apenas entravam e não saíam) pois
representava o s+imbolo de poder real, um lugar onde todos tinham medo de estar, ter a
prisão na posse do estado era o mesmo que tirar o poder do rei, deste modo o Rei e sua
família foram feitos refém.

A Assembleia constituínte tendo como cabeça a burguesia decidiu eliminar todos os


privilégios das comunidades e das pessoas até os direitos Feudais, porque todos os bens
foram tirados da Igreja Católica que outrora tinham como seus pertences mas agora
pertencem ao Estado e é da sua responsabilidade administrá-los.

 A assembleia legislativa
Foi criada com o objectivo de determinar quem agora tomaria posse do poder a base do
voto e/ou poder de escolha, mas ainda assim esta assembleia não satisfazia as
necessidades do povo como eles desejavam pois estavam enfrentando um período de
fome, em função disso a pequena burguesia ( homens chamados de jacobinos que tinham
em mente que para haver igualdade tudo valia até mesmo a violência) decidiu dar um
golpe de estado. França declara guerra a Austria, o palacio real é atacado e a família real
é presa o qual deu lugar a conveção nacional.

 A convenção Nacional
Dominada pelos jacobinos, criou-se o comité de segurança pública que instaurou medo e
terror no reino – um período sangrento onde a monarquia é abolida, a família real de Luis
XVI +e brutamentalmente assassinada em 1793, e muitos nobres abandonam o país e vão
buscar refúgio nos países vizinhos. Com o passar do tempo os jacobinos também golpe
de estado por parte da grande ou alta burguesia.

 Directório.
Foi um período assente no exértito, a alta burguesia como o apoio de cidades vizinhas tira
os jacobinos do poder, elabora uma nova constituíção com o propósito de manter a alta
burguesia longe e livre das ameaças dos jacobinos. Depois aparece Napoleão que dá o
golpe de estado ao directório em 09 de Novembro de 1799 acabando com a quarta fase
da revolução Francesa, iniciando-se a era Napoleonica sob a forma de consulado (a
ditadura e império).

4.9 As Revoluções de 1848/49.

Conjunto de revoluções na Europa central e oriental que eclodiram em funções de regimes


governamentais autocráticos, de crises económicas , de falta de representação política das
classes médias e do nacionalismo despertado nas minorias.
Foi iniciada por membros da burguesia e da nobreza que exigiam governos
constitucionais, e por trabalhadores e camponeses que se rebelaram contra os excessos e
a difusão das práticas capitalistas.

Os anos 1845 e 1846 foram de péssimas colheitas,desencadeando uma uma crise agricola
em todo o continente.Essa crise atirou à miséria grandes sectores da população rural e
reduziu a sua capacidade de consumo de produtos e manufacturados. A crise se agravou
atingindo a indústria e as finanças. Esta situação tornou-se extremamente sensível aos
apelos revolucionários difundidos pelos socialistas, que em 1848,conquistaram grande
nitidez no cenário europeu.

Em 1849, forças contra-revolucionárias restauraram a ordem, mas a monarquia


absolutista e os direitos feudais da aristocracia fundiária haviam sido tacitamente
abandonados. A burguesia apercebera-se dos perigos das revoluções,tomando
consciência de que seus anseios políticos poderiam ser alcançados pela via do sufrágio
universal,evitando conflitos e sublevações.

Assim ,a revolução de 1848 foi o movimento que posicionou definitivamente a burguesia


e proletariado em campos opostos, o que marcaria profundamente os embates políticos
vindouros. Estas revoluções alteraram o quadro político e económico dos países dando
origem ao novo sistema de governação que é o capitalismo, pois antes das revoluçõeso
Estado tinha o poder total do mercado e do comércio.
Capítulo V: O capitalismo, Revolução Industrial e Escola Clássica

e a teoria monetária

5.1 Capitalismo e os seus principais elementos

O Capitalismo tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa
idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social
e política dos feudos para a cidade.

O capitalismo é um sistema econômico e social, onde o principal objetivo visa o lucro e


a acumulação de riquezas, por meio dos meios de produção. Este é o sistema mais
adotado no mundo atualmente. No sistema capitalista, os meios de produção e de
distribuição são de propriedade privada e o maior esforço deste processo está nas mãos
dos trabalhadores, chamados também de proletariados. Eles exercem grande parte das
atividades de trabalho coletivo para que os donos das empresas detenham todo o lucro
necessário.

Neste processo, as decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos no


sistema capitalista não são feitos pelo governo e os lucros são distribuídos para os
proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas
empresas. O capitalismo é dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo. O
Capitalismo, segundo seus defensores é o meio mais eficiente e eficaz de prosperidade,
desenvolvimento e eliminação de pobreza nas sociedades.

Na lógica do capitalismo está o aumento de rendimentos. Estes tanto podem ser


concentrados como distribuídos, sem que isso nada tenha a ver com a essência do sistema.
Concentração e distribuição dos rendimentos capitalistas dependem muito mais das
condições particulares de cada sociedade.

O capitalismo é o sistema sócio-econômico baseado no reconhecimento dos direitos


individuais, em que toda propriedade é privada e o governo existe para banir a iniciação
de violência humana. Em uma sociedade capitalista, o governo tem três órgãos: a polícia,
o exército e as cortes de lei.

Outro fator que surgiu com o capitalismo foi a desigualdade social, que ressaltava a
divisão de classes entre os trabalhadores e os empresários. O capitalismo só pode
funcionar quando há meios tecnológicos e sociais para garantir o consumo e acumular
capitais. Quando assim sucede, tem conservado e até aumenta a capacidade econômica
de produzir riqueza.

Manifestou-se nas cidades o desejo recíproco de unir, pelo matrimônio, as famílias


burguesas e as da nobreza – classe burguesa. Esta nova classe social buscava o lucro
através de atividades comerciais. Neste contexto, surgem também os banqueiros e
cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia
que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta
burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema
capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão
dos negócios.

A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução
social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de
produção capitalista". Com as revoluções liberais da Idade Moderna o capitalismo se
estabeleceu como sistema econômico predominante, pela primeira vez na história, nos
países da Europa Ocidental. Algumas dessas revoluções foram a Revolução Inglesa
(1640-60, Hill 1940), a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965) e a Independência
dos EUA, que construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento
capitalista. Assim começou a era do capitalismo moderno.

Fases do Capitalismo

Primeira Fase - Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo: Essa fase estende-se do


século XVI ao XVIII, iniciando-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas
Europeias. O acúmulo de riqueza era gerado através do comércio de especiarias e
matérias-primas não encontradas em solo europeu.

Segunda Fase - Capitalismo Industrial: Inicia-se com a Revolução Industrial. O


acúmulo de riqueza provinha do comércio de produtos industrializados das fábricas
europeias. Enorme capacidade de transformação da natureza, por meio da utilização cada
vez mais de maquinas movidas a vapor, gerando uma grande produção onde a
multiplicação dos lucros era cada vez maior.

Terceira Fase - Capitalismo Monopolista-Financeiro: Iniciada no século XX (após


término da Segunda Guerra Mundial) e estendendo-se até os dias de hoje. Uma das
consequências mais importantes do crescimento acelerado da economia Capitalista foi
brutal processo de centralização dos capitais. Várias empresas surgiram e cresceram
rapidamente: Indústrias, Bancos, Corretoras de Valores, Casas Comerciais e etc. A
acirrada concorrência favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e incorporações
que resultaram a parti dos fins do século XIX, na monopolização de muitos setores da
economia.

5.2 Revolução Industrial

Foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A
principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo
assalariado e com o uso das máquinas.

Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia
o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a
Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos
artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da
manufatura.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles:
possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre
comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que
facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo
forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso,
mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho


oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os
quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o
objetivo de defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de
fabricação passando a executar apenas uma etapa.

A Primeira etapa da Revolução Industrial

Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra.


Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico.

As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano.


Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o século
XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros
também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas indústrias.

Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias
mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela
começou na Inglaterra.

A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus
negócios de várias maneiras:

 financiando ataques piratas (corsários)


 traficando escravos
 emprestando dinheiro a juros
 pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas
 vencendo guerras
 comerciando
 impondo tratados a países mais fracos
Os ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior
era a concorrência).

Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar
os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir
nas indústrias.

Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social:
o proletariado.

O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram confeccionados


com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a liberdade individual e a crença
no progresso incentivaram o homem a inventar máquinas.

O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso
também favoreceu as descobertas tecnológicas.

Graças à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os
continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares do planeta.

No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das
ferrovias cresceu ainda mais.

Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia, já


nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX.

No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia
(o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus
negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que
a industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para
incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.

Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa
obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma que o
individualismo é bom para toda a sociedade.

Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith também
considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são importantes e que a
indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade, ou seja, cada um deve
se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.

A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam


na miséria.
Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco, a jornada
de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia
para as crianças.

Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os


trabalhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus direitos.

Movimentos

 Movimento ludista

O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O
movimento ludista era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e
quebravam as máquinas.

Os ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os
salários com medo de uma rebelião.

Além do ludismo , surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e


das greves.

 Movimento cardista

Em 1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Optou pelo pacifismo, um


movimento mais brando, baseado na conversa. Os cartistas redigiram um documento
chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A principal reivindicação
era o direito do voto para todos os homens (sufrágio universal masculino), mas somente
em 1867 esse direito foi conquistado. Conquistando diversos direitos políticos para os
trabalhadores.

O movimento cartista foi organizado pela associasão dos operários que exigia melhores
condições de trabalho como:

 Limitação da jornada para 8H de trabalho;


 Regulamentação do trabalho feminino;
 Extinção do trabalho infantil;
 Folga semanal;
 Salário mínimo.

 As trade-unions

Era sequência do movimento cardista. Na segunda metade do séc. XIX, evoluíram para
os sindicatos (documentos que apoiavam os trabalhadores e velava pelos seus direitos).

A greve neste movimento era a ferramenta mais viável para lutar a favor dos seus direitos.
Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da população
era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los. Para ele,
as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de reduzir a população,
equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.

Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito simples:
os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos deles para
ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava a cultura.

O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma
lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres.

A desculpa usada foi a que ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo
serviria como um estímulo para que eles procurassem emprego.

A revolução Industrial mudou a vida da humanidade.

A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas
consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições
precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o constante
medo do desemprego e da miséria.

Após a Revolução Industrial ocorreu um aumento extraordinário da produção. Isso


aconteceu da seguinte forma: o que era feito artesanalmente, notavelmente os bens de
consumo, começou a chegar à economia a partir da maquinofatura, o que levou bens
industrializados à população, em escala muito maior. Assim, os populares deslocaram-se
aos centros urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Desta forma, milhares de
trabalhadores começaram a praticamente viver dentro das fábricas

Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e


inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas tecnologias:
locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia..

A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A Segunda etapa da Revolução Industrial demarca um período de alterações nos


processos de produção. Ocorreu no século XIX, a partir de 1850 à 1900, afetando em
larga escala as relações comerciais entre os países industrializados. Esta etapa é
considerada a continuação da Primeira Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra cerca
de 100 anos antes.

Com duração de 100 anos, abrangendo também o início do século XX, a Segunda
Revolução Industrial apresentou mudanças em relação à ocorrida no período anterior.
Estas novas características consistem na revolução do segmento dos transportes, no
desenvolvimento da tecnologia, na criação de novas áreas de atuação na indústria, na
utilização de novos recursos energéticos e, consequentemente, na expansão do
movimento industrial através da Europa, América do Norte e parte da Ásia. Dentro deste
contexto, os países que fizeram parte da Segunda Revolução Industrial foram Reino
Unido, Alemanha, Estados Unidos, França, Países Baixos, Itália e Japão.

Outro fator da industrialização alterado a partir daquele momento foi o processo de


produção. Se durante a Primeira Revolução Industrial a atenção era focada no carvão
mineral – utilizado para fazer funcionar o maquinário a vapor – na Segunda Revolução
Industrial ocorreu a sua substituição pela energia elétrica e principalmente pelo petróleo.

Com isso, os setores da indústria foram bastante diversificados, nascendo a emergente


indústria de base, que contava com as companhias petroquímicas – atuantes na produção
de petróleo e seus vários derivados – e as siderúrgicas com a transformação do aço.

Na Segunda Revolução Industrial foi iniciado também um avanço no segmento dos


transportes. Diferentemente da Primeira Revolução Industrial, na qual as relações
comerciais e a movimentação dos trabalhadores ocorriam em uma área delimitada, nesta
segunda fase os transportes se davam por meio de trens a vapor, navios e foi fundamental
também para a criação do avião e dos automóveis, o que aumentou a área de relações. Foi
o início das construções de ferrovias quilométricas para interligar as cadeias produtivas,
além de trazer praticidade à movimentação das pessoas.

A Terceira Etapa da Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial é também conhecida como Revolução Técnico-


Científica. Assim como na Primeira e na Segunda Revolução Industrial, demonstrou uma
alteração drástica no processo produtivo. Esta terceira fase ocorre a partir da segunda
metade do século XX. Os territórios atingidos por este fenômeno são diversos, com ênfase
no Japão, na Europa e nos Estados Unidos.

Duas características fundamentais da Terceira Revolução Industrial são a internet e a


robótica. Com a automação industrial, tarefas que antes eram especialidade de um
trabalhador (como no modelo fordista e taylorista), agora podem ser realizadas por
máquinas como braços robóticos.

Quando se fala em Terceira Revolução Industrial, é importante ter em mente o surgimento


do setor terciário. Dentro deste segmento estão as atividades de prestação de serviços e
comércio. Isso se deve à chamada Revolução Verde - proveniente também das
transformações da Terceira Revolução Industrial. Ela consiste na evolução tecnológica
no campo através de equipamentos e práticas inovadoras que aumentaram a produtividade
do solo e, consequentemente, renderam o aumento da produção de alimentos.

Assim, grande parcela da população proveniente das atividades agrárias acabou ficando
desempregada. Com isso, ocorreu o seu movimento na direção das cidades em busca de
recolocação profissional, processo que acaba por endossar o setor terciário. Na falta de
empregos no parque industrial, estes cidadãos passam a realizar atividades de comércio e
prestação de serviços.

A Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é uma


atualização das revoluções industriais anteriores. Consiste em uma alteração drástica nos
meios de produção por meio da utilização de tecnologias avançadas. Internet das coisas,
biologia sintética, impressoras 3D, algoritmo, 5G, nanotecnologia, big data, realidade
aumentada, I.A. (Inteligência Artificial) aliada à robótica são processos que consolidam
esta nova etapa industrial. Desta forma, as telecomunicações e equipamentos estão cada
vez mais interligados no sentido de fazer convergir estas inovações. Assim configura-se
a Quarta Revolução Industrial, que tem como uma de suas principais características a
fusão entre o mundo físico e o virtual.

A partir do momento em que ocorre uma revolução industrial – das máquinas a vapor até
a construção de casas com impressoras 3D – a sociedade passa por alterações radicais e
que ocorrem com rapidez maior do que a sua própria capacidade de assimilação. Estas
mudanças drásticas em nosso modo de vida podem ser benéficas – como o uso da
tecnologia para a produção de alimentos – mas também podem trazer malefícios como a
utilização destas ferramentas no sentido de destruir os meio naturais da Terra ou iniciar
confrontos bélicos.

Se na Terceira Revolução Industrial a tecnologia se dava por meio de braços mecânicos


que efetuavam tarefas de funcionários de fábrica, nesta nova etapa, com a I.A. aplicada à
robótica, temos a utilização dos algoritmos que fazem as máquinas aprenderem conforme
a atuação junto às pessoas. Ou seja, utilizando os dados da realidade, robôs e agentes
podem repetir e aprimorar processos e até mesmo solucionar problemas para os seres
humanos. Isso se reflete nos chamados empreendimentos inteligentes, que possuem
mecanismos aptos a indicar em que locais está havendo desperdício de material, tem a
capacidade de gerir suprimentos, definir as melhores práticas para determinados
ambientes, entre outros aspectos.

A partir da segunda década do século XXI, tornaram-se comuns dispositivos de


inteligência artificial em bots de atendimento ou robôs que orientam centrais telefônicas,
além da aplicação da I.A. em estruturas automatizadas. A tecnologia proveniente da
Quarta Revolução Industrial está marcada pela interconectividade. Especialistas apontam
para uma substituição de ruptura em todas as práticas comuns anteriormente. Em países
desenvolvidos, a I.A. se faz presente em ferramentas como veículos agrícolas, robôs,
carros e drones.

Um exemplo da aplicação da Quarta Revolução Industrial em nossa vida cotidiana ocorre


quando utilizamos aplicativos de celular. Muitas vezes nos surpreendemos com
propagandas que refletem pesquisas que realizamos ou, por incrível que pareça, assuntos
que comentamos em momentos de dispersão. Aprendemos a lidar com esta nova maneira
de relacionamento referente às marcas e empresas, práticas que de tão contínuas acabam
sendo naturalizadas.

5.3 O pensamento económico de Adam Smith

Adam Smith (1723-1790) foi um economista e filósofo social do iluminismo escocês e


é considerado o Pai da Economia Moderna.
Filho do advogado Adam Smith e de Margaret Douglas, Adam Smith nasceu na pequena
cidade portuária de Kirkcaldy, Escócia, em 16 de julho de 1723.
Abordou questões como o crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho,
livre concorrência, evolução social, etc.

Em 1737, com apenas 14 anos, ingressou no curso de Filosofia na Universidade de


Glasgow. Graduou-se em 1740, ano em que ganhou uma bolsa para estudar no
“Balliol College”, da Universidade de Oxford.
Ministrou aulas de retórica e filosofia, sendo nomeado Professor da Cátedra de Lógica,
na Universidade de Glasgow (1751). E mais tarde, em 1758, foi eleito reitor da mesma
universidade. Ali seria amigo do filósofo David Hume que tanto influenciaria no seu
pensamento.
Além disso, foi tutor do duque de Buccleuch, sendo seu acompanhante nas viagens para
Toulouse e Paris, na França e, em Genebra, na Suíça. Além disso, foi inspetor de
alfândega em Edimburgo a partir de 1777.
Um das grandes influências no pensamento de Adam Smith foi o pensamento do filósofo
escocês David Hume. Para Hume, havia uma relação entre a moral natural, baseada no
impulso egoísta e no altruísmo.
Mais do que a bondade, o que levava o ser humano a agir corretamente era a
sobrevivência. Curiosamente, isto era positivo, pois ao pensar em si mesmo, por várias
vezes o indivíduo terminava por beneficiar seu entorno.
Em 1759, Adam Smith publica “Teoria dos sentimentos morais”. Nessa obra, ele analisa
criticamente a moral do seu tempo e da natureza humana, buscando entender suas
motivações para atuar na sociedade.

Principais Obras
 Teoria dos Sentimentos Morais (1759)
 Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776)
 Ensaio sobre Temas Filosóficos (1795).
 A Riqueza das Nações
Adam Smith tomou notas durante mais de trinta anos sobre diversos temas e levou mais
dez para elaborar sua grande obra “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da
Riqueza das Nações”. O trabalho ficaria mais conhecido como "Riqueza das Nações".
Ali explica a natureza do sistema econômico, as mudanças pelo qual a economia passava
no século XVIII e aponta novos caminhos diante da Revolução Industrial inglesa que
engatinhava.

Natureza Econômica
Para Smith, a economia se move pelo interesse privado dos indivíduos.

Exemplo: um trabalhador não se levanta toda manhã apenas porque ama seu trabalho ou
deseja praticar o bem. Ele sabe que precisa desta ocupação para sobreviver. No entanto,
com este gesto, ele ajuda toda a sociedade, pois graças ao seu esforço, as pessoas que
dependem dele, também são beneficiadas.

Smith dizia que ainda que não fosse intencional, o egoísmo das pessoas, redundava no
bem comum.
“Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento
anual da sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção
de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento
mais à atividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria
segurança; e, ao dirigir essa atividade de maneira que sua produção seja de maior valor
possível, ele tem em vista apenas seu próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros,
ele é guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua
intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua intenção nem sempre é o pior para
a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, frequentemente ele promove o da sociedade
de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo.”

Mão Invisível
A metáfora da mão invisível se tornaria a figura mais famosa da economia e o lema
do liberalismo econômico.

Adam Smith a utiliza para explicar que a “mão invisível” leva os seres humanos
preferirem consumir produtos da indústria nacional e não da estrangeira.
"O indivíduo, ao preferir dar apoio à indústria de seu país, mais do que à estrangeira, se
propõe unicamente buscar sua própria segurança (...) em este como em muitos outros
casos, uma mão invisível o leva a fomentar uma atividade que não entrava nos seus
propósitos".

fundador da escola clássica inglesa, é considerado o “pai da política”, sendo a sua


principal obra “A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas”.
O economista não concorda com as ideias dos fisiocratas, pois para ele a riqueza se
baseia na divisão do trabalho e na liberdade econômica e não somente ao trabalho na
terra (DROUIN, 2008).

A doutrina mercantilista, que vigorou entre o século XV e meados do século XVIII, era
fundada na crença de que um país seria mais rico quanto maiores fossem sua população
e seu estoque de metais preciosos. Portanto, o Estado deveria fomentar o comércio, a
indústria e a agricultura com o objetivo de estimular as exportações e obter um superávit
comercial nas transações com seus parceiros, pois os pagamentos internacionais eram
feitos em ouro ou prata (SILVA; CARVALHO, 2007).

"A falha dos mercantilistas, segundo Smith, foi não perceber que uma troca deveria
beneficiar as duas partes envolvidas no negócio, sem que se registre, necessariamente,
um déficit para uma das nações envolvidas" (SILVA; CARVALHO, 2007, pag. 4).

A teoria da vantagem absoluta de Adam Smith defende que os países devem abrir-se
para o comércio, realizando trocas. Desta maneira, obtém-se vantagem quando cada
nação concentra seus esforços na produção do bem que consegue produzir em melhores
condições (SILVA; CARVALHO, 2007).

Desta maneira, Adam Smith elaborou um forte argumento para contribuir com a
expansão do comércio e redução de controles comerciais que caracterizaram o período
mercantilista, capaz de promover o aumento da produção de cada país por meio da
especialização e, com as trocas, aumentar o consumo e o bem-estar da população
(APPLEYARD et al., 2010).

Após a percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos
finais o que gerou a especialização dos indivíduos em habilidades especiais.

"Os indivíduos, em função de suas capacidades se orientam para uma profissão a qual
se dedicam após um período de aprendizagem. Uma vez estabelecidos em sua ocupação
profissional, eles venderão os produtos de sua atividade, e os ganhos assim auferidos
vão lhes permitir obter os bens e serviços que não produzem e que lhes são necessários"
(DROUIN, 2008, pag. 18).

A percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos


finais geraria o interesse próprio de cada indivíduo em especializar-se em habilidades
especiais, conforme exposto anteriormente. Dessa forma, o interesse pessoal e a
competição regulariam automaticamente o mercado, com pouca necessidade de
intervenção governamental, intensificando a política governamental da laissez-faire.
(APPLEYARD et al., 2010).

Adam Smith denomina a “mão invisível” a orientação do interesse pessoal na direção


mais adequada aos interesses da sociedade. Além disso, o Estado tem um papel a
desenvolver, visto que deve assegurar as funções que são atinentes a ele como Estado-
polícia e ainda, em relação ao mercado proteger a livre concorrência e produzir certas
atividades. (DROUIN, 2008).
Adam Smith defendia que o trabalho deveria ser realizado por etapas, a fim de cada trabalhador
fosse se aperfeiçoando e melhorando seu empenho ao longo da produção, igualmente, transpôs
essa ideia para as nações, afirmando que cada uma deveria se especializar em fabricar apenas
certos produtos com o objetivo de vendê-los no mercado. Isso criaria uma mão de obra qualificada
e um conhecimento técnico difícil de superar.

5.4 David Ricardo: A economia como sistema de análise de produção e distribuição

Ao contrário da teoria da vantagem absoluta, David Ricardo defende a teoria da


vantagem comparativa, em que uma nação pode preferir importar algumas mercadorias
que poderia fazer com custos mais baixos do que outro país, desde que tiver a
possibilidade de conquistar uma posição dominante em outras mercadorias exportáveis.
Cada país opta pelo tipo de produção em que se destaca, sendo que as receitas obtidas
com as exportações permitem financiar as importações (DROUIN, 2008).

Embora um país seja menos eficiente na produção de dois bens em comparação a outro
país, a teoria das vantagens comparativas defende que pode haver comércio de forma
vantajosa entre países quando os custos de produção envolvidos são diferentes
determinados pelas diferenças tecnológicas que se refletem na produtividade da mão de
obra e nas vantagens comparativas (SILVA; CARVALHO, 2007).

"O princípio das vantagens comparativas prevê que uma nação exportará os produtos
com custos de oportunidade relativamente menores e importará os produtos nos quais
tenha custos de oportunidade relativamente maiores" (VASCONCELLOS, 2007, p. 17).

David Ricardo, foi considerado o principal teórico da escola clássica, exibiu uma
reformulação da teoria do valor-trabalho de Adam Smith. (DROUIN, 2008). Para ele a
riqueza de um país é determinada não pela quantidade de dinheiro que este possúi, mas
sim pela abundância de mercadoria que contribuem para a comodidade e bem estar de
seus habitantes.

“A teoria do valor-trabalho é empregada no modelo. Consequentemente, o valor relativo


de uma mercadoria baseia-se somente em seu conteúdo de trabalho relativo. De um
ponto de vista de produção, isso significa que (a) nenhuma outra entrada é usada no
processo produtivo, ou (b) quaisquer outras entradas são medidas em termos do trabalho
representado em sua produção, ou (c) as outras entradas/médias de trabalho são as
mesmas em todas as indústrias. Em termos simples, essa suposição significa que um
produto que representa duas horas de trabalho é duas vezes mais caro do que um produto
que utiliza apenas uma hora” (APPLEYARD et al., 2010, p.29).

Além disso, elaborou uma nova ponderação sobre repartição de rendas, lucros e salários,
bem como adotou a teoria do livre câmbio a estabilidade da moeda. Ricardo consentia
com as ideias de Smith e Malthus em relação a taxa salarial resulta em um crescimento
demográfico, e quando a demanda de trabalho é maior que a oferta os salários tendem
a aumentar, dessa forma, acredita tal como Malthus que os desequilíbrios econômicos
decorrem da mão-de-obra excessiva. Além disso, defendia que a alta nos preços dos
bens de subsistência origina maiores salários e queda nos lucros causando a estagnação
a economia. (DROUIN, 2008).

5.5 Thomas Malthus: Teoria da População e da Procura Efectiva

Thomas Malthus, o teórico da superlotação defende que as terras cultiváveis do planeta


estão limitadas pelo espaço geográfico do território nacional, e que naturalmente irá
existir um ponto de esgotamento na produção de alimentos. O mesmo autor explica que
a população cresce de maneira mais rápida em comparação à produção agrícola,
gerando o aumento da fome e da destruição da ordem social (DROUIN, 2008).

"Os que se beneficiam de recursos econômicos suficientes poderão contrair uma aliança
matrimonial e procriar; por outro lado, todos os que apenas conseguem não morrer de
fome terão de se impor como dever uma castidade completa, até o momento em que
forem capazes de manter uma família" (DROUIN, 2008, p.59). Ou seja, para aliviar a
pobreza recomendava o controle da natalidade através da abstinência sexual e o
casamento depois de se possuír condições económicas para sustentar a família.

A teoria da superlotação ficou conhecido como pessimista, pois


além do que foi citado anteriormente, houve a preocupação com o
desenvolvimento tecnológico, uma vez que não haveria recursos
naturais suficientes para atender a expansão da população
causando a redução das áreas cultiváveis (ALBERGONI, 2008).

5.6 O pensamento económico de Jean Baptiste Say

O economista Jean-Baptiste Say define o empreendedorismo como a reunião dos


fatores de produção, são estes: os agentes naturais, o trabalho humano e o capital. A
função do empreendedor é associar os homens, as máquinas e as matérias-primas com
o objetivo de criar os produtos necessários à satisfação dos consumidores (DROUIN,
2008).

O termo entrepreneur foi primeiramente utilizado pelo economista francês Jean Baptiste
Say, para referir-se aos indivíduos capazes de gerar valor ao estimular o progresso
econômico através da convergência e interação entre os meios de produção disponíveis
(BULGACOV et al., 2007).
Para Say não existem as chamadas crises de super-produção geral, uma vez que tudo o
que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um bem é determinada pela
oferta de outros bens.

O desemprego permanente é impossível em virtuda da lei da população de Malthus.


Considera que esta teoria é própria para reforçar a causa do liberalismo económico. As
famílias sobrecarregadas com filhos e enfermidades morrem e a partir de então a
procura de trabalho declina, levando com isso o aumento da oferta e do preço.

Ao contrário de Smith, que se concentrava na atividade industrial como sua tese sobre
a riqueza das nações, Say estendeu a noção de trabalho produtivo ao conjunto das
atividades dos prestadores de serviços, que devem ser incluídos no mesmo nível de
utilidade social das partes que contribuem para a criação das riquezas materiais
(DROUIN, 2008).

5.7 Auguste Comte

Auguste comte criador da teoria positiva ou positivismo que partia do princípio de que
os homensdeveriam aceitar a ordem existente e não deviam contestá-la, ou seja morte e
vida são efeitos naturais devem apenas ser estudados não alterados ou mudados. Assim
cabe ao ser humano revelar o mundo não existindo a possibilidade de mudá-lo, porque
o ser humano quando não conhece algo atribuí toda a responsabilidade a Deus mas
Comte defendia a análise e investigação para saber e justificar o porquê das coisas e não
considerá-las como sobre natural.

O positivismo está alicerçado a prática da coleta de dados sobre determinada sociedade,


cuja a análise será feita através da costatação e confirmação desses dados.

As leis estabelecidas pela ciência devem ser aceites, não podendo haver nenhum tipo
de contestação quanto ao que elas afirmam ou impõem. A crença no que de facto existe
é primordial. A filosofia positiva de Comte nega qua a explicação dos fenómenos
naturais, assim como saciais, provenha de um só princípio (Deus ou Natureza) e torna-
se pesquisa de suas leis.

“ Conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas acções, para que
o ser humano possa melhorar sua realidade.”

A LEI DOS TRÊS ESTADOS


Comte observando a evolução das concepções intelectuais da humanidade, percebeu
que esta evolução passa por três estados teóricos diferentes: o estado teológico ou
fictício, o estado metafísico ou abstracto e o estado científico ou positivo.

 1º Estado

Os factos observados são explicados pelo sobrenatural, ou seja, as ideias baseadas no


sobrenatural (Deus) são usadas como ciência.

 2º Estado

Neste estado já se encontram as ideias naturais, mas ainda há a presença do sobrenatural


nas ciências. A indústria já se expandiu mas não totalmente, a sociedade já não é
francamente militar. Este é o Estado intermédio entre o primeiro e o terceiro.

 3º Estado

Nesta fase tudo é científicamente explicado e o que a ciência determina é incontestável.


A indústria torna-se preponderante, tendo como actividade única e permanente a
produção.

5.8 As Reacções Contra a Escola Clássica


TEMAS PARA TRABALHO

Capítulo VI – Escola Neoclássica


6.1 O Início do Pensamento Marginalista

6.2 A Revolução Marginalista

6.3 Walras: O Equilíbrio Geral à Economia Política Social

6.4 Marshall: O Equilíbrio Parcial


Capítulo VII – O pensamento de Karl Marx e o Marxismo

7.1 As Correntes Utópicas do Movimento Socialista

7.2 O Materialismo Histórico e a Interpretação Marxista da Evolução das


Sociedades

7.3 Os Paradigmas Fundamentais


Capítulo VIII – Escola Institucionalista

8.1 Visão Geral da Escola Institucionalista

8.2 Principais Dogmas da Escola Institucionalista

8.3 Desenvoltura da Escola Institucionalista


Capítulo IX – O pensamento Económico de Jonh M. Keynes

9.1 Tempo e Actividade de Keynes

9.2 A Crítica da Teoria Ortodoxa

9.3 A Teoria Geral

9.4 A Intervenção do Estado: Teoria e Realidade


Capítulo X – Escola de Chicago
10.1 Visão Geral da Escola de Chicago

10.2 Principais Dogmas da Escola de Chicago

10.3 Desenvoltura da Escola de Chicago


Capítulo XI – O Contributo de Paul Samuelson e William Nordhaus ao
Pensamento Económico
11.1 O funcionamento das economias na visão de Paul Samuelson e William Nordhaus
Capítulo XII – O Contributo de Joseph Stiglitz e sua visão sobre a
Globalização Económica
12.1 O funcionamento das economias na visão de Joseph Stiglitz

12.1 O pensamento de Joseph Stiglitz sobre a Globalização Económica


Capítulo XIII – A História da Economia Angolana
13.1 Os principais elementos da História da Encomia Angolana

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