HES Material
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I. DADOS
II. EMENTA
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Período DIURNO/NOCTURNO
Actualização 2019
Horas 4H
semanais
III. OBJECTIVOS
GERAL Estudar a evolução dos aspectos económicos e sociais.
IV. COMPETÊNCIAS
V. HABILIDADES
Aulas expositivas, trabalhos em grupo e individuais, defesa e estudo de textos sobre a História
Económica do mundo em especial da Europa..
1.1.1 História : Do grego antigo historie, significa testemunho, no sentido daquele que
vê, é a ciência que estuda o homem e a sua acção no tempo e no espaço,
concomitantemente à análise de processos e eventos ocorridos no passado.
Um objecto, uma obra, um desenho, uma canção, uma carta são traços da passagem do
homem e definem um documento histórico.
1.1.2 Economia
Nos escritos de muitos autores é consensual que etimologicamente, a palavra economia vem
do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Seria a “administração da casa”, que pode ser
generalizada como “administração da coisa pública”.
Na visão de (Maia. 2015, p. 31) a ciência económica «tem como objecto o estudo de como
os indivíduos e a sociedade decidem o emprego de recursos escassos, que podem ter usos
alternativos, para produzir bens e serviços e reparti-los para serem consumidos agora ou no
futuro pelos agentes económicos». Já para (Begg; Fischer; e Dornbusch. 2004, p. 2) «a
economia é o estudo de como a sociedade decide o quê, como e para quem produzir».
Importa ainda denotar que segundo (Vasconcellos. 2002, p. 21) a economia é a «ciência
social que estuda como o individuo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos
escassos, na produção de bens e serviços, de modos a distribuí-los entre as várias pessoas e
grupos na sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas».
Em nosso entender a economia é uma ciência que se ocupa em estudar como a sociedade
deve decidir o que produzir, quando produzir e para quem produzir de modos a satisfazer as
necessidades colectivas e individuais.
Para os filósofos gregos, com grande influência no mundo antigo, havia restrições filosóficas
aos empréstimos a juros, ao comércio e ao emprego do trabalho assalariado. A busca de
riqueza era considerada como um mal, tendo em vista que a ambição é um vício. Esse
pensamento dificultava o desenvolvimento da economia. De outra parte, na Grécia antiga,
como em Roma, a maior parte da população era composta por escravos, que realizavam todo
o trabalho em troca do estritamente necessário para sobreviver em termos de alimentos e
vestuário. Os senhores dos escravos apropriavam-se de todo o produto excedente às
necessidades de consumo dos trabalhadores. A economia era quase exclusivamente agrícola;
o meio urbano não passava de uma fortificação com algumas casas, onde residiam os nobres,
ou chefes militares.
Para os gregos, a Economia constituía apenas uma pequena parte da vida da cidade, onde se
desenrolava a vida política e filosófica, constituindo segundo eles os verdadeiros valores
do homem. Por essa razão, a obtenção de riqueza constituía um objectivo bastante secundário
na vida dos cidadãos. Para eles, a questão primordial consistia na discussão acerca da
repartição da riqueza entre os homens e não como ela se obtinha.
Segundo a filosofia grega, o grande objectivo do homem era alcançar a felicidade, que se
encontrava no seio da família e no convívio no interior da cidade, através da interação entre
os cidadãos. A busca da felicidade, no entanto, não devia se restringir ao prazer, porque seria
voltar à condição de animal e de escravo. A honra era importante na medida em que mostrava
ao homem os verdadeiros valores da vida. Segundo eles, embora o comércio não fosse
considerado como uma actividade natural, as trocas não eram condenáveis pois permitiam a
diversificação das necessidades humanas e levavam à especialização dos produtores.
Entretanto, como o comércio era uma actividade que não possuía limites naturais e a moeda
facilitava as trocas, criava-se uma classe de comerciantes ricos. Segundo eles, essa
possibilidade de riqueza fácil corrompia os indivíduos, que passavam a dar prioridade à
busca da riqueza, em prejuízo da prática das virtudes. Pela lógica grega, tornava-se portanto
condenável toda prática que levasse à acumulação de moeda, como a existência de trabalho
remunerado e a cobrança de juros nos empréstimos.
Aristóteles compartilhava da maioria das ideias de seu mestre Platão, mais rejeitou a
comunidade de bens por considerá-la injusta por que não compensava o indivíduo
segundo o seu trabalho. Como os indivíduos não são iguais, eles não deviam ter a
mesma participação na posse dos bens. Concluía Aristóteles que a comunidade acabava
produzindo mais conflitos do que a desigualdade em si. Segundo ele, o indivíduo devia
preocupar-se mais com aquilo que lhe pertence e não com a partilha dos bens existentes. A
comunidade, ao desestimular a propriedade, produz a pobreza. Considerava que o trabalho
agrícola devia ser reservado aos escravos, ficando os cidadãos livres para exercer a
actividade política no interior da cidade.
No mundo grego antigo justificava-se a escravidão pela ideia de que alguns homens
possuíam uma inferioridade inata. Esse regime de trabalho atrasou o desenvolvimento
da humanidade, pois, como o trabalho era considerado tortura, os escravos nada
faziam para aumentar a sua eficiência. O domínio da Filosofia sobre o pensamento
econômico implicava nas ideias de igualdade entre os cidadãos e no desprezo pela
riqueza e o luxo. O homem devia procurar o aprimoramento de sua alma, dedicando a
maior parte de seu tempo à meditação, com prejuízo de sua actividade econômica.
Necessitava levar uma vida simples, o que não favorecia o consumo e a produção. Essa
posição filosófica dificultava, portanto, o desenvolvimento das relações econômicas. A
busca e a posse de riquezas era sinônimo de vaidade, orgulho e luxúria.
O Império Romano (27 a.C – 476 d.C) é a fase da história Antiga caracterizada por um forma
autocrática de governo. O império sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos
( 509 a.C – 27 a.C) onde o poder era exercido pelos generais. Antes da República o governo
que vigorava em Roma era a Monarquia em que o poder era exercido por um Rei ou uma
Rainha.
Com a fundação de Constantinopla em 330 d.C. e a transferência da corte romana para essa
cidade, Roma entrou em decadência. Houve uma substancial redução dos gastos públicos e
redução da massa salarial da cidade. O comércio foi enfraquecido, assim como as actividades
econômicas, parte das quais havia mudado para a nova capital. O Império do Oriente era
uma potência industrial, enquanto o Império do Ocidente definhava em termos econômicos.
As rotas comerciais que levavam a Roma foram abandonadas e as invasões dos bárbaros
ajudou a afundar o Império do Ocidente.
A Idade Média teve início com a desintegração do Império Romano do ocidente ,no
século V (em 476 d.C.), e terminou com a queda do Império Romano do Oriente, no
século XV (em 1453 d.C.).
Com a invasão dos povos barbaros em Roma as pessoas foram para o campo onde
estariam mais seguras. Ao grandes proprietários de terras que então construíram castelos
medievais com grandes muralhas e segurança para se protegerem dos bárbaros.
Caracterizava-se por apresentar um poder centralizado por apresentar um poder nas mãos
dos senhores feudais, uma economia baseada na agricultura (feudos) e utilização do
trabalho dos servos. A produção feudal própria do ocidente europeu tinha por base a
economia agrária, de escassa circulação monetária mas auto-suficiente.
Feudalismo: foi um modo de organização social e política baseado nas relações servos-
contratuais (servis).
Feudo: significa terra.
Os feudais: eram os donos das terras e dos castelos e os camponeses sob sua proteção
prestavam-lhes serviços e eles os protegiam com abrigo e seus pequenos exércitos.
Vassalagem: era um contrato de exclusividade que os servos acordavam com os senhores
feudais, fazendo juramento de servir apenas a um senhor feudal de forma absoluta ( até a
sua morte).
O mais importante desses reinos – o dos francos- buscou crescer por meio da guerra,
alcançando sua máxima extensão sob carlos Magno (768- 814): com nucleos no território
que hoje constitui a França, o Império Carolíngio- como ficou conhecido o Estado dos
francos dessa época-estendeu seu domínios sobre parte da Europa Ocidental (deste
territorios da Espanha até a Alemanhãe o norte da Itália,tendo por base a actual
configuração do mapa da Europa).
Após a morte de Carlos Magno, o Império Carolíngio sofreu divisões,enfraquecendo-se
pelo conflito entre os novos estados. Ao longo do século IX enfrentou também várias
incursões de povos vizinhos : eslavos,árabes,magiares (hungaros) e normandos
(escandinavos)praticavam saques e, em alguns casos, acabaram por se estabelecer em
territórios do Império Carolíngio em desagregação.Desse modo , pode se afirmar, talvez
com algum exagero, que a partir do século V , a Europa viveu num estado de guerra
recorrente que se estendeu até aproximadamente o ano 1000.
O próprio feudo, como definido anteriormente, é entendido sob essa ótica: para contar
com os serviços – principalmente militares – de cavaleiros, o rei concedia áreas de terras
que permitiam a eles, cavaleiros, obter os recursos para o seu sustento e, assim poder se
dedicar à guerra. Desse modo,definia-se a relação suserano –vassalo como uma das
características do feudalismo. É importante precisar alguns aspectos dessa relação: ao
conceder um feudo (na forma de uma área de terra), o suserano não está doando uma
propriedade como seria entendida nos dias de hoje. Na verdade, a noção de propriedade
plena,( que pode ser comprada ,vendida, usada de acordo com a vontade de seu detentor)
não corresponde ao que existia na época feudal: aí se estabelecia uma «hierarquia de
proprietários » que indicava tanto os direitos de cada um sobre o fruto do uso da
terra,como também que indicava tanto os direitos de cada um sobre o fruto do uso da
terra,como também as relações pessoais (obrigações mútuas) que emergiam do vínculo
com aquela terra.
Um senhorio de grandes dimensões em regiões da França atual podia até 4000 hectares e
abrigava 300 famílias de camponeses. Senhorios de menores dimensões também eram
viavéis e mesmo mais frequentes em várias áreas da Europa:
II- Lotes dos camponeses ou manso servil : eram os lotes,dentro do senhorio, que
estavam na posse dos camponeses e que eram cultivados por ele e por sua família.
Próximo à área das tenências se localizava a aldeia com as habitações dos camponeses.
Os lotes dos camponeses não estavam consolidados num único pedaço de terra.
III- Terras de uso comum ou manso comunal : dentro do senhorio havia ainda certas
áreas que, embora formalmente pertencessem ao senhor, podiam ser utilizadas por todos
os seus habitantes.
Era pastos, florestas (que forneciam a madeira para construção e aquecimento), campos,
pântamos, áreas pouco propícias à lavouraetc. Serviam como importante apoio para a
subsistência dos camponeses. Eram os servos dedicados aos serviços domésticos e
também aos outros ofícios (ferreiros, cervejeiros, moageiros, padeiros e outros artesãos).
Lord ou nobreza: era a classe militar chamados de homens das armas que
causavam a guerra e antes de cada combate pediam a benção ao Clero o que fez
com que tal classe ganhasse maior dstaque.
A fraca mobilidade social indicava que as pessoas estavam destinadas a morrer na classe
em que nascecem.
Mais importante era a forma de cultivo das terras aráveis de reserva senhorial. Na sua
froma típica ,esse cultivo era realizado pelos camponeses, obrigados a trabalhar nas terras
do senhor essas obrigações, ao longo do tempo, passaram a ser impostas aos camponeses
pelo costume, por normas legais ou simplesmente pela força dos senhores
(independentemente da necessidade de proteção ao camponês). o camponês, submetido à
servidão, afim de manter a terra que lhe era arrendada tinha outras obrigações ou tributos
por pagar em relação ao senhor, Por Exemplo:
À idade média associou- se ao rotulo da idade das trevas, um rótulo aplicado por seus
adversários históricos na época do Renascimento, os quais contrastavam a cultura
medieval com a da antiguidade clássica da Grécia e de Roma. Essa noção, de certo
modo,foi transposta para a forma de organização económica : a económia feudal seria
caracterizada pela estagnação , pelo reduzido dinamismo tecnológico, por uma
produtividade muito baixa e estável.
É certo que a Inovação tecnologica acentuada não foi uma característica da época feudal
(pelo menos em comparação com os períodos posteriores); no entanto, não se pode
ignorar que houve períodos de expansão da económia, em parte sustentados por inovações
com razoável impacto sobre a produtividade da época. A expansão feudal se manifestou,
em primeiro lugar, por meio do aumento populacional.
Henri Pirenne também afirma que o comercio não desapareceu no século v como
resultado do domínio germânico sobre Roma. Por situar o mediterrâneo como via
essencial para o comércio da época, Pirene entende que o comércio na Europa Ocidental
foi brutalmente reduzido no início do século VIII, quando os mussulmanos atravessaram
o estreito de Gibraltar (no ano de 711),Iniciaram a rápida conquista na Península Ibérica
e consolidaram seu domínio sobre o Mediterrâneo, impedindo aí o fluxo de navios
europeus.
Por outro lado há certo consenso entre os historiadores de que,a partir do ano 1000
observaram-se sinais de aumento do movimento comercial na Europa ocidental,
ocorrendo paralelamente, a recuperação da actividade urbana.É certo que algum comércio
sempre existiu: cidades italianas, como Veneza, mantiveram sua actividade com base em
produtos orientais vendidos ma Europa Ocidental. Em suma nesta perspectiva o
renascimento comercial respondia a uma transformação interna à propria Europa feudal.
2.5 Os elementos que precipitarão o fim do Feudalismo
Até aqui centramos nossa atenção nos eventos que ocupam os séculos XI, XII,XIII, os
quais colonização de novas áreas e também pelo crescente volume de comércio). No
entanto, em meados do século XIV a expansão foi interrompida e vários eventos indicam
a emergência de uma crise do sistema feudal (a qual ocupa também a primeira metade do
século XV).Qual é o sentido dessa crise e quais s evidências relevantes para caracterizá-
la?
Bem antes da referida crise, europa destacando-Roma, vive num periodo de super
produção agricola devido ao sistema de rotação trienal criado, que baseava-se na divisão
da terra para cultivo em três (3) partes, em quanto uma parte fosse usada para cultivo duas
ficavam em repouso e guardadas para a produção seguinte, o que permitia nunca enfrentar
período seca nem de baixa produção. Esse considerável e acelerado crescimento
produtivo deu a oportunidade de muitos servos pouparem o suficiente ao ponto de
comprarem sua liberdade dos nhores feudais e construirem cidades livres. Mas
infelizmente nem todos os servos conseguiram o que gerou revolta (rebelaram-se contra
os senhores feudais e pararam com a produção) por parte dos que continuaram sob o
sistema feudal, trazendo a trilogia negra (guerras, peste e fome).
A peste negra é a designação por que ficou conhecida, a peste bubónia, pandemia que
assolou um terço da população europeia e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas, um
terço da pupulação da época, peste não só dizimou a população como destruiu a
civilização europeia da baixa idade media, que foi substituída pela bastante diferente
civilização das descobertas e do Renascimento.A doença é causada pela bacteria yersinia
pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos(Rattus rattus) ou
outros roedores que surgiram nos campos.
Foi resultado da peste negra e das guerras a fome, pois a destruíção dos campos de
cultivo e o decréscimo das populações fez diminuir a capacidade de produção e a
consequente falta de alimentos.
2.6 Renascimento
Renascimento ou Renascença são os termos usados para identificar o período entre fins
do século XIV e meados do século XVII. Chamou-se “Renascimento” em virtude da
redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica. Foi a época
da descoberta do mundo do Homem e de diversas transformações numa multiplicidade
de áreas da vida humana.
Deste modo marca-se a transição da Idade Média para a Era Moderna, tendo como
principais eventos: o início da recuperação demográfica e económica após a Peste
Negra; os descobrimentos marítimos; a ascensão das monarquias nacionais; o
movimento de redescoberta da cultura clássica, por volta do século XV; e a reforma
Protestante.
A época moderna pode ser considerada como uma época de revolução social cuja base
consiste na substituição do modo de produção capitalista. Esta época caracteriza-se por
um desanuviamento da trilogia negra , e leva o homem europeu a restaurar o campo e
atender ao mercado urbano. A partir do século XV o comércio cresceu fruto de
modificações ocorridas no interior das sociedades feudais europeias. As feiras ,as
cruzadas e o crescimento dos burgos, eram sinais, também, de que o comércio renascia.
3.1 Conceito
O mesmo caracterizou-se por uma forte ingerência do Estado na economia e numa serie
de medidas tendentes a unificar o mercado interno. O Estado adquire um papel primordial
no desenvolvimento da riqueza nacional ao adoptar políticas protecionistas, e em
particular estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio a exportação. O mesmo
desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias
(protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações), controlando
os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e
promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de
garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufacturados.
Nesta fase atribuí-se ao conseito de riquesa a obtenção de metais preciosos, ou seja quanto
mais metais um pais possuía mais rico ele se tornava, a riqueza e o poder do Estado
medem-se pela quantidade de ouro que possuem sem mencionar a renda nacional.
Desenvolveu-se numa época em que a economia europeia estava em transição do
feudalismo ao capitalismo. Derivado da expansão militar europeia e do incipiente
desenvolvimento manufactureiro.
O termo Mercantilismo, foi criado pelo economista Adam Smith em 1776, a partir da
palavra latina mercari, que significa “gerir um comércio”, de mercadorias ou produtos. É
considerado ao mesmo tempo um sistema de poder político, um sistema de
regulamentação da actividade económica, um sistema protecionista bem como um
sistema monetário com a teoria da balança comercial.
Os mercantilistas viam o sistema económico como um jogo de soma zero, onde a ganância
de uma das partes supunha a perda da outra. O mercantilismo é portanto, uma doutrina
política económica que aparece num período intervencionista e prevaleceu à época de
nascimento do capitalismo. Durante este período, importantes quantidades de ouro e prata
fluíam desde as colónias espanholas do Novo Mundo para a Europa. Para os bulionistas
a riqueza e o poder do Estado medem-se pela quantidade de ouro que possuem sem
mencionar a renda nacional. Assim cada nação, deve acrescentar as suas reservas de ouro
à custa das demais nações para fazer crescer o seu poder. Este interesse pelas reservas de
ouro e prata é explicado em parte pela importância dessas matérias-primas na época de
guerra.
Se um Estado exportava mais do que importava, a sua balança comercial era excedentária.
Isto levou os mercantilistas a propor como objectivo económico ter um excedente
comercial. Era estritamente proibida a exportação de ouro. Os bulionistas também eram
partidários de altas taxas de juros para animar os investidores a investir seu dinheiro no
país.
No século XVIII foi desenvolvida uma versão mais elaborada das ideias mercantilistas,
que recusava a visão simplista do bulionismo. Embora considerassem que o ouro fosse a
riqueza principal, admitiam que existiam outras fontes de riqueza, como as mercadorias.
Esta nova visão recusava a partir desse momento a exportação de matérias-primas, que
uma vez transformadas em bens finais constituíam uma importante fonte de riqueza.
Em Portugal:
Em França:
Na Inglaterra:
Na Espanha:
A revolução dos preços que afectou a Europa desde o século XVI, teve a sua origem na
chegada a Espanha das remessas anuais de metais preciosos que trazia a frota das Índias.
Os economistas espanhóis dos séculos XVI e XVII eram chamados de arbitristas, a
medida que, pela sua mera vontade, podia o rei tomar em benefício do reino que o
solicitavam. Eram ridicularizados por propor medidas extravagantes, causando toda
classe de catástrofes. Durante a crise económica do seculo XVII puseram-se em prática
muitas políticas económicas com certa incoerência, como alterações monetárias e fiscais
que contribuíram para o seu aprofundamento. Apos a Guerra de Sucessão Espanhola
(1700-1714), a adopção de novas medidas mercantilistas, de inspiração colbertista pelo
governo de Filipe V, implicou um indubitável sucesso económico. O final do seculo
XVIII foi período da ascensão de políticas com ideias económicas mais próximas à
fisiocracia e o liberalismo económico.
Em outros países:
O pensamento mercantilista pode ser sintetizado através das nove regras de Robert
Ekelund e Robert Herbert. Sendo elas as seguintes:
4ª Que sejam proibidas todas as exportações de ouro e prata e que todo dinheiro nacional
seja mantido em circulação;
5ª Que seja obstaculizado tanto quanto for possível todas importações de bens
estrangeiros;
7ª Na medida que for possível, as importações sejam limitadas às primeiras matérias que
possam acabar-se no país;
2º Incentivos às manufacturas;
3º Proteccionismo alfandegário;
4º Pacto colonial;
5º Colónias de exploração:
Metalismo ou Bullionismo
Incentivos às manufacturas
Proteccionismo alfandegário
Pacto colonial
As colónias europeias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma
garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na
Europa.
Colónias de exploração
- Bulionismo ou Metalismo;
Bulionismo ou Metalismo
É uma teoria económica da idade moderna (1453-1789) que quantifica a riqueza através
da quantidade de metais preciosos possuídos. Baseia-se na crença de posse e acúmulo de
ouro e de metais preciosos, confundindo estes com capital, não investindo em actividades
lucrativas como manufacturadas, comércio etc.
Visava sobretudo o desenvolvimento da frota marítima nacional como meio para expandir
seus domínios e consequentemente seus mercados. Visava também o incremento da
produção de manufacturados como forma para atender o mercado interno e os novos
mercados conquistados, resultado da expansão marítima. A confiança no Mercantilismo
começou a decair em finai do século XVIII, quando as teorias de Adam Smith e de outros
economistas clássicos foram ganhando favor no império Britânico, e em menor grau no
restante da Europa e nos EUA. Adam Smith, que criticava com dureza na sua obra “A
Riqueza das Nações”, qualifica o Mercantilismo como uma “economia ao serviço do
Príncipe.
O termo fisiocrata ( fis = natureza; cratos = poder), origem grega, significa poder da
natureza. A fisiocracia, advinda da chamada escola fisiocrática surgiu no século XVIII e
é considerada a primeira escola de economia científica.
Para Quesnay ,
O governo deve proteger a propriedade e a liberdade do indivíduo (não
interferindo na ordem natural).
A terra era o mais importante factor de produção (e otrabalho aplicado à
terra era capaz de produzir um excedente).
A sociedade dividia-se em três classes:
Classe produtiva: era constituida pelos agricultores.
Classe estéril : era a que pertencial os comerciantes e trabalhadores de
outros ramos de actividade.
Classe de proprietários, era constituída pelo soberano e pelos donos das
terras.
A limitação da doutrina fisiocrática foi a distinção entre a classe produtiva e a classe
estéril, ligando a criação do produto a um factor exclusivo (a terra).
Quesnay era filho de agricultores e, devido a situação que viveu, tornou-se adepto da
Fisiocratia. Destaca a agricultura como sendo a fonte de riqueza da nação, conceito
contrário ao Mercantilismo inglês que primava pelo desenvolvimento da indústria e do
comércio exterior. Quesnay viveu na França em 1758, com uma França que há muito
tempo passava pela Reforma de Colbert. Estava atrasada em relação à Inglaterra, sem
possuir forte indústria, comércio exterior desenvolvido e uma frota marítima competitiva
o jeito era estruturar o Estado Francês na agricultura. Surge então um modelo de fluxos
que aponta a realidade através de um sistema que detinha as classes: Produtiva,
Proprietária e Estéril.
É a classe que faz renascer pelo cultivo da terra as riquezas anuais da nação ,que realiza
os adiantamentos das empresas dos trabalhos da agricultura e que paga anualmente os
rendimentos dos proprietários da terra. Encerram – se na dependência desta classe todos
os trabalhos e todas as despesas feitas até as vendas das produções.
Proprietários de terra inclui o soberano, os donos das terras, cobradores e dizimistas. Estas
classes subsistem pelo rendimento ou produto liquido que lhe é pago anualmente pela
classe produtiva.
Classe Estéril
Para os fisiocratas é estéril porque não produz excendente,e é formada pelos cidadãos
ocupados em outros serviços e trabalhos que não sejam os da agricultura. Suas despesas
são pagas pela classe produtiva e pela classe dos proprietários , que se retira por sua vez
os seus rendimentos da classe produtiva.Esta classe sobrevive das anteriores.
O grande mérito de quesnay foi ter visto que era necessário partir do capital para
compreender as actividades económicas que se desenrolavam .Sendo que o problema
essencial a resolver passaria pela reconstituição do capital despendido ou adiantado com
vista a produção. Mostra claramente como, no modo de procução capitalista, todo o
mecanismo da actividade económica depende da iniciatva dos detentores de capitais que
fazem os adiantamentos e que consomem os lucros.
Quesnay acreditava que somente a agricultura era criadora de riqueza.Já que a indústria
limitava –se a transformar a matéria. Deste modo os indivíduos mais úteis à sociedade
eram os grandes proprietários e os fazendeiros. Opunha-se às teorias mercantilistas
defendendo que os entraves à produção, circulação e consumo de géneros deveriam ser
suprimidos.
Trata –se pois de uma visão defensora da liberdade económica, expressa na máxima
laissez-faire, laissez passer (deixem fazer, deixem passar, este era o símbolo do
liberalismo). Defendiam a liberdade económica segunda a lei da oferta e procura. Produz-
se e consome-se o necessário, logo há estabilidade do preço e equilíbrio.
O grande erro consiste em pensar que a economia política trata das riquezas
entendendo estas apenas como os bens materiais. A única classe produtiva esta
ligada a agricultura, pois esta classe cria bens materiais. Por esta razão agricultura é
considerada fecunda e a indústria não.
4.5 O Iluminismo
“ O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma turelagem que estes mesmo
se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da
própria razão independentemente da direcção de outrem. (Immanuel Kant)”.
Os Iluminismos Regionais
Alemanha
Escócia
Curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa Ocidental no século XVIII
foi um dos mais importantes espaços de produção de ideias associadas ao iluminimo. O
iluminismo Escocês foi marcado pelo empirismo e o pragmatismo.
Estados Unidos
Nas colónias Americanas , o iluminismo foi a inspiração de Tomas Jefferson e Benjamin
Franklin e da independência americana.
França
País de tradição católica mais onde as correntes protestantes , também desempenharam
um papel dinamizador.
O conflito entre uma sociedade feudal e católica e as novas forças de pendor protestante
e mercantil (Iluministas) . irá culminar na Revolução Francesa.
Inglaterra
A influência católica havia sido definitivamente afastada do poder político em 1688, com
a Revolução Gloriosa. A partir de então , nenhum católico voltaria a subir ao trono-
embora a igreja da Inglaterra tenha permanecido bastante próxima do catolicismo em
termos doutrinários e de organização interna.
Portugal
Tendo sido embaixador de Londres durante 7 anos (1738 - 1745) , o primeiro ministro de
Portugal, Marquês de Pombal, contrariando o legadp histórico feudal tentou por todos os
meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa.
Impacto do iluminismo
O iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectiva da maior parte
dos países ocidentais.
Iluministas Notáveis
França invade portugal e a família real foge para o Brasil afim de não serem capturados
pelos francesis e ficarem com o poder soberano. Portugal pede auxílio á Inglaterra para
fazer frente a França, cria-se um governo provisório (regência) com a ajuda dos Inglesis
devido a ausência da família real. Isso contribuíu para instabilidade política de portugal
de modos que o povo exigia o regresso da família real, pois as indústrias eram
insuficientes tornando fraco o mercado português levando também a instabilidade
económica fazendo de portugal dependente de outros países.
A força militar de portugal estava descontente devido a baixa remuneração e por veses
nenhuma remuneração, as condições de vida eram precárias, por isso em nenhuma
24/08/1820 a população de modo geral revolta-se contra o modo de governação ( como o
rei tinha poder absoluto, sem a sua presença pouco se podia fazer para melhorar as
condições de vida do país quer a nível político como económico), deste modo criou-se
uma monarquia constitucional onde o Rei exercia o poder mas não de modo absoluto,
agora podia-se criar novas leis de governação e a família real era obrigada a agir de acordo
a constituíção por isso o povo exigia o retorno imediato da corte para o reino, visto como
forma de restaurar a dignidade metropolitana bem como estabelecimento, em Portugal,
de uma Monarquia constitucional.
Por outro lado as grandes injutiças entre as antigas ordens.Os chamados privilegiados
estavam isentos de impostos, e apenas uma ordem sustentava o país, deixando
obviamente a balança comercial negativa.
O terceiro estado, constitúido por burgueses e camponeses sem terra era oprimido,
explorado e sobre quem incidiam os impostos e contribuições para o Estado.
A assembleia legislativa
Foi criada com o objectivo de determinar quem agora tomaria posse do poder a base do
voto e/ou poder de escolha, mas ainda assim esta assembleia não satisfazia as
necessidades do povo como eles desejavam pois estavam enfrentando um período de
fome, em função disso a pequena burguesia ( homens chamados de jacobinos que tinham
em mente que para haver igualdade tudo valia até mesmo a violência) decidiu dar um
golpe de estado. França declara guerra a Austria, o palacio real é atacado e a família real
é presa o qual deu lugar a conveção nacional.
A convenção Nacional
Dominada pelos jacobinos, criou-se o comité de segurança pública que instaurou medo e
terror no reino – um período sangrento onde a monarquia é abolida, a família real de Luis
XVI +e brutamentalmente assassinada em 1793, e muitos nobres abandonam o país e vão
buscar refúgio nos países vizinhos. Com o passar do tempo os jacobinos também golpe
de estado por parte da grande ou alta burguesia.
Directório.
Foi um período assente no exértito, a alta burguesia como o apoio de cidades vizinhas tira
os jacobinos do poder, elabora uma nova constituíção com o propósito de manter a alta
burguesia longe e livre das ameaças dos jacobinos. Depois aparece Napoleão que dá o
golpe de estado ao directório em 09 de Novembro de 1799 acabando com a quarta fase
da revolução Francesa, iniciando-se a era Napoleonica sob a forma de consulado (a
ditadura e império).
Os anos 1845 e 1846 foram de péssimas colheitas,desencadeando uma uma crise agricola
em todo o continente.Essa crise atirou à miséria grandes sectores da população rural e
reduziu a sua capacidade de consumo de produtos e manufacturados. A crise se agravou
atingindo a indústria e as finanças. Esta situação tornou-se extremamente sensível aos
apelos revolucionários difundidos pelos socialistas, que em 1848,conquistaram grande
nitidez no cenário europeu.
e a teoria monetária
O Capitalismo tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa
idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social
e política dos feudos para a cidade.
Outro fator que surgiu com o capitalismo foi a desigualdade social, que ressaltava a
divisão de classes entre os trabalhadores e os empresários. O capitalismo só pode
funcionar quando há meios tecnológicos e sociais para garantir o consumo e acumular
capitais. Quando assim sucede, tem conservado e até aumenta a capacidade econômica
de produzir riqueza.
A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução
social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de
produção capitalista". Com as revoluções liberais da Idade Moderna o capitalismo se
estabeleceu como sistema econômico predominante, pela primeira vez na história, nos
países da Europa Ocidental. Algumas dessas revoluções foram a Revolução Inglesa
(1640-60, Hill 1940), a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965) e a Independência
dos EUA, que construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento
capitalista. Assim começou a era do capitalismo moderno.
Fases do Capitalismo
Foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A
principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo
assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia
o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a
Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos
artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da
manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles:
possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre
comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que
facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo
forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso,
mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.
Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias
mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela
começou na Inglaterra.
A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus
negócios de várias maneiras:
Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar
os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir
nas indústrias.
Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social:
o proletariado.
O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso
também favoreceu as descobertas tecnológicas.
Graças à Marinha Inglesa (que era a maior do mundo e estava em quase todos os
continentes) a Inglaterra podia vender seus produtos em quase todos os lugares do planeta.
No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das
ferrovias cresceu ainda mais.
No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia
(o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus
negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que
a industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para
incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial.
Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa
obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma que o
individualismo é bom para toda a sociedade.
Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith também
considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são importantes e que a
indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade, ou seja, cada um deve
se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.
Movimentos
Movimento ludista
O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O
movimento ludista era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e
quebravam as máquinas.
Os ludistas conseguiram algumas vitórias, por exemplo, alguns patrões não reduziram os
salários com medo de uma rebelião.
Movimento cardista
O movimento cartista foi organizado pela associasão dos operários que exigia melhores
condições de trabalho como:
As trade-unions
Era sequência do movimento cardista. Na segunda metade do séc. XIX, evoluíram para
os sindicatos (documentos que apoiavam os trabalhadores e velava pelos seus direitos).
A greve neste movimento era a ferramenta mais viável para lutar a favor dos seus direitos.
Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da população
era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los. Para ele,
as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de reduzir a população,
equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.
Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito simples:
os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos deles para
ajudar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava a cultura.
O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma
lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres.
A desculpa usada foi a que ajudando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo
serviria como um estímulo para que eles procurassem emprego.
A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas
consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições
precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o constante
medo do desemprego e da miséria.
Com duração de 100 anos, abrangendo também o início do século XX, a Segunda
Revolução Industrial apresentou mudanças em relação à ocorrida no período anterior.
Estas novas características consistem na revolução do segmento dos transportes, no
desenvolvimento da tecnologia, na criação de novas áreas de atuação na indústria, na
utilização de novos recursos energéticos e, consequentemente, na expansão do
movimento industrial através da Europa, América do Norte e parte da Ásia. Dentro deste
contexto, os países que fizeram parte da Segunda Revolução Industrial foram Reino
Unido, Alemanha, Estados Unidos, França, Países Baixos, Itália e Japão.
Assim, grande parcela da população proveniente das atividades agrárias acabou ficando
desempregada. Com isso, ocorreu o seu movimento na direção das cidades em busca de
recolocação profissional, processo que acaba por endossar o setor terciário. Na falta de
empregos no parque industrial, estes cidadãos passam a realizar atividades de comércio e
prestação de serviços.
A partir do momento em que ocorre uma revolução industrial – das máquinas a vapor até
a construção de casas com impressoras 3D – a sociedade passa por alterações radicais e
que ocorrem com rapidez maior do que a sua própria capacidade de assimilação. Estas
mudanças drásticas em nosso modo de vida podem ser benéficas – como o uso da
tecnologia para a produção de alimentos – mas também podem trazer malefícios como a
utilização destas ferramentas no sentido de destruir os meio naturais da Terra ou iniciar
confrontos bélicos.
Principais Obras
Teoria dos Sentimentos Morais (1759)
Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776)
Ensaio sobre Temas Filosóficos (1795).
A Riqueza das Nações
Adam Smith tomou notas durante mais de trinta anos sobre diversos temas e levou mais
dez para elaborar sua grande obra “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da
Riqueza das Nações”. O trabalho ficaria mais conhecido como "Riqueza das Nações".
Ali explica a natureza do sistema econômico, as mudanças pelo qual a economia passava
no século XVIII e aponta novos caminhos diante da Revolução Industrial inglesa que
engatinhava.
Natureza Econômica
Para Smith, a economia se move pelo interesse privado dos indivíduos.
Exemplo: um trabalhador não se levanta toda manhã apenas porque ama seu trabalho ou
deseja praticar o bem. Ele sabe que precisa desta ocupação para sobreviver. No entanto,
com este gesto, ele ajuda toda a sociedade, pois graças ao seu esforço, as pessoas que
dependem dele, também são beneficiadas.
Smith dizia que ainda que não fosse intencional, o egoísmo das pessoas, redundava no
bem comum.
“Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento
anual da sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção
de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento
mais à atividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria
segurança; e, ao dirigir essa atividade de maneira que sua produção seja de maior valor
possível, ele tem em vista apenas seu próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros,
ele é guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua
intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua intenção nem sempre é o pior para
a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, frequentemente ele promove o da sociedade
de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo.”
Mão Invisível
A metáfora da mão invisível se tornaria a figura mais famosa da economia e o lema
do liberalismo econômico.
Adam Smith a utiliza para explicar que a “mão invisível” leva os seres humanos
preferirem consumir produtos da indústria nacional e não da estrangeira.
"O indivíduo, ao preferir dar apoio à indústria de seu país, mais do que à estrangeira, se
propõe unicamente buscar sua própria segurança (...) em este como em muitos outros
casos, uma mão invisível o leva a fomentar uma atividade que não entrava nos seus
propósitos".
A doutrina mercantilista, que vigorou entre o século XV e meados do século XVIII, era
fundada na crença de que um país seria mais rico quanto maiores fossem sua população
e seu estoque de metais preciosos. Portanto, o Estado deveria fomentar o comércio, a
indústria e a agricultura com o objetivo de estimular as exportações e obter um superávit
comercial nas transações com seus parceiros, pois os pagamentos internacionais eram
feitos em ouro ou prata (SILVA; CARVALHO, 2007).
"A falha dos mercantilistas, segundo Smith, foi não perceber que uma troca deveria
beneficiar as duas partes envolvidas no negócio, sem que se registre, necessariamente,
um déficit para uma das nações envolvidas" (SILVA; CARVALHO, 2007, pag. 4).
A teoria da vantagem absoluta de Adam Smith defende que os países devem abrir-se
para o comércio, realizando trocas. Desta maneira, obtém-se vantagem quando cada
nação concentra seus esforços na produção do bem que consegue produzir em melhores
condições (SILVA; CARVALHO, 2007).
Desta maneira, Adam Smith elaborou um forte argumento para contribuir com a
expansão do comércio e redução de controles comerciais que caracterizaram o período
mercantilista, capaz de promover o aumento da produção de cada país por meio da
especialização e, com as trocas, aumentar o consumo e o bem-estar da população
(APPLEYARD et al., 2010).
Após a percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos
finais o que gerou a especialização dos indivíduos em habilidades especiais.
"Os indivíduos, em função de suas capacidades se orientam para uma profissão a qual
se dedicam após um período de aprendizagem. Uma vez estabelecidos em sua ocupação
profissional, eles venderão os produtos de sua atividade, e os ganhos assim auferidos
vão lhes permitir obter os bens e serviços que não produzem e que lhes são necessários"
(DROUIN, 2008, pag. 18).
Embora um país seja menos eficiente na produção de dois bens em comparação a outro
país, a teoria das vantagens comparativas defende que pode haver comércio de forma
vantajosa entre países quando os custos de produção envolvidos são diferentes
determinados pelas diferenças tecnológicas que se refletem na produtividade da mão de
obra e nas vantagens comparativas (SILVA; CARVALHO, 2007).
"O princípio das vantagens comparativas prevê que uma nação exportará os produtos
com custos de oportunidade relativamente menores e importará os produtos nos quais
tenha custos de oportunidade relativamente maiores" (VASCONCELLOS, 2007, p. 17).
David Ricardo, foi considerado o principal teórico da escola clássica, exibiu uma
reformulação da teoria do valor-trabalho de Adam Smith. (DROUIN, 2008). Para ele a
riqueza de um país é determinada não pela quantidade de dinheiro que este possúi, mas
sim pela abundância de mercadoria que contribuem para a comodidade e bem estar de
seus habitantes.
Além disso, elaborou uma nova ponderação sobre repartição de rendas, lucros e salários,
bem como adotou a teoria do livre câmbio a estabilidade da moeda. Ricardo consentia
com as ideias de Smith e Malthus em relação a taxa salarial resulta em um crescimento
demográfico, e quando a demanda de trabalho é maior que a oferta os salários tendem
a aumentar, dessa forma, acredita tal como Malthus que os desequilíbrios econômicos
decorrem da mão-de-obra excessiva. Além disso, defendia que a alta nos preços dos
bens de subsistência origina maiores salários e queda nos lucros causando a estagnação
a economia. (DROUIN, 2008).
"Os que se beneficiam de recursos econômicos suficientes poderão contrair uma aliança
matrimonial e procriar; por outro lado, todos os que apenas conseguem não morrer de
fome terão de se impor como dever uma castidade completa, até o momento em que
forem capazes de manter uma família" (DROUIN, 2008, p.59). Ou seja, para aliviar a
pobreza recomendava o controle da natalidade através da abstinência sexual e o
casamento depois de se possuír condições económicas para sustentar a família.
O termo entrepreneur foi primeiramente utilizado pelo economista francês Jean Baptiste
Say, para referir-se aos indivíduos capazes de gerar valor ao estimular o progresso
econômico através da convergência e interação entre os meios de produção disponíveis
(BULGACOV et al., 2007).
Para Say não existem as chamadas crises de super-produção geral, uma vez que tudo o
que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um bem é determinada pela
oferta de outros bens.
Ao contrário de Smith, que se concentrava na atividade industrial como sua tese sobre
a riqueza das nações, Say estendeu a noção de trabalho produtivo ao conjunto das
atividades dos prestadores de serviços, que devem ser incluídos no mesmo nível de
utilidade social das partes que contribuem para a criação das riquezas materiais
(DROUIN, 2008).
Auguste comte criador da teoria positiva ou positivismo que partia do princípio de que
os homensdeveriam aceitar a ordem existente e não deviam contestá-la, ou seja morte e
vida são efeitos naturais devem apenas ser estudados não alterados ou mudados. Assim
cabe ao ser humano revelar o mundo não existindo a possibilidade de mudá-lo, porque
o ser humano quando não conhece algo atribuí toda a responsabilidade a Deus mas
Comte defendia a análise e investigação para saber e justificar o porquê das coisas e não
considerá-las como sobre natural.
As leis estabelecidas pela ciência devem ser aceites, não podendo haver nenhum tipo
de contestação quanto ao que elas afirmam ou impõem. A crença no que de facto existe
é primordial. A filosofia positiva de Comte nega qua a explicação dos fenómenos
naturais, assim como saciais, provenha de um só princípio (Deus ou Natureza) e torna-
se pesquisa de suas leis.
“ Conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas acções, para que
o ser humano possa melhorar sua realidade.”
1º Estado
2º Estado
3º Estado