Relatório de Física Experimental - MRUV
Relatório de Física Experimental - MRUV
Relatório de Física Experimental - MRUV
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA
SEMESTRE 2022.1
2 MATERIAL
- Trilho de ar com eletroímã;
- Cronômetro eletrônico digital;
- Unidade geradora de fluxo de ar;
- Carrinho com três pinos (pino preto, pino ferromagnético e um pino qualquer);
- Chave liga e desliga;
- Cabos;
- Fotossensor;
- Paquímetro;
- Calço de madeira;
- Fita métrica.
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3 INTRODUÇÃO
A cinemática é uma das vertentes da mecânica clássica, e é nesse tópico que o
movimento retilíneo uniformemente variado é estudado. De acordo com informações do site
Toda Matéria, o movimento é realizado em linha reta (para um referencial) e sua principal
característica é a presença de uma aceleração constante, o que resulta numa variação
padronizada da velocidade, por isso o nome: movimento retilíneo uniformemente variado. A
mecânica clássica foi desenvolvida de acordo com estudos feitos principalmente por Galileu
Galilei, famoso físico e astrônomo italiano e pelo matemático e físico, Isaac Newton. Como o
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) provém, da cinemática escalar, que
por sua vez é advinda da mecânica clássica, pode-se afirmar que os físicos citados anteriormente
têm uma grande influência sob a formulação dos estudos sobre o MRUV.
No MRUV, pode se notar a presença das seguintes grandezas físicas: distância, tempo,
velocidade e aceleração. É valido ressaltar, que para casos onde a aceleração é nula, o
movimento passa a ser considerado como retilíneo uniforme. Como a aceleração e a velocidade
são grandezas vetoriais, as duas precisam ser levadas em consideração para determinar se o
movimento é acelerado ou retardado. O movimento acelerado ocorre quando o módulo da
velocidade aumenta à medida que o tempo passa.
Figura 3.1 – Movimento acelerado.
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/movimento-retilineo-uniformemente-
variado/
Já no movimento retardado, ocorre o oposto:
Figura 3.2 – Movimento retardado.
Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/movimento-retilineo-uniformemente-
variado/
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Algumas equações foram criadas para facilitar os cálculos e estudos acerca do MRUV:
Figura 3.3 – Equações do MRUV.
Fonte: https://profbiribapvs.blogspot.com/2014/10/capitulo-0301-comentarios-sobre-os.html
Uma das equações mais importantes desses estudos com certeza é a Equação de
Torricelli, desenvolvida por Evangelista Torricelli, físico e matemático italiano. A equação foi
feita isolando o valor do tempo na equação horária da velocidade e substituindo na equação
horária da posição. Portanto, possui a característica de determinar um sistema sem a
necessidade de que um intervalo de tempo seja disponibilizado.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%A3o_de_Torricelli
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4 PROCEDIMENTO
Na quarta aula prática de física experimental, pudemos realizar e observar testes
experimentais de um movimento já estudado por nós, o movimento retilíneo uniformemente
variado. Como o assunto é bem discutido e em sala de aula, até mesmo no ensino médio, todos
os membros da minha equipe possuía domínio acerca do conteúdo, o que facilitou nossa
compreensão do que estava ocorrendo na aula experimental.
Como já dito, o assunto é de conhecimento mútuo dos alunos, então não tivemos um
aprofundamento conceitual específico, já que isso é visto em sala, entretanto, foi feita uma
revisão sobre o tópico para que as demonstrações experimentais partissem de conhecimentos
teóricos. Além disso, também nos foi dado uma introdução sobre o material que seria utilizado
e as descrições de cada um.
O experimento em questão envolveria uma série de objetos, alguns desses constituíam
um equipamento onde a partícula (carrinho com pinos) iria se movimentar, que era formado por
um trilho de ar com eletroímã e uma unidade geradora de fluxo de ar. A função dessa unidade
é justamente suspender a partícula, já que a estrutura de alumínio tinha diversas perfurações
para permitir a passagem do ar gerado, fazendo com que a força de atrito fosse desprezível,
dependendo apenas da inclinação desse equipamento para se movimentar.
O sistema também contava com a presença de um cronômetro digital, um fotossensor e
um interruptor, associados por meio de ligações elétricas ao eletroímã. Isso garantia que o
cronômetro e o fotossensor seriam ligados no exato momento em que o eletroímã seria
desativado, ou seja, no momento em que o carrinho partisse, já que o eletroímã era o responsável
por manter o corpo em repouso.
Figura 4.1 – Equipamentos utilizados no experimento.
Fonte: https://azeheb.com.br/trilho-de-ar-linear-155.html
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Depois de sermos instruídos sobre o sistema, pudemos montar nosso próprio sistema,
de acordo com as instruções dadas pelo professor. Antes de tudo, regulamos os apoios do trilho
para que o mesmo se mantivesse paralelo ao solo. Após isso, adicionamos um pedaço de
madeira a uma das extremidades para formar um ângulo de inclinação que proporcionasse um
movimento ao carrinho devido a aceleração da gravidade. Para medirmos esse ângulo,
utilizamos o modelo do triângulo retângulo e calculamos o arco tangente da divisão entre o
cateto oposto do ângulo (altura da tábua de madeira) e o cateto adjacente do ângulo
(comprimento entre os suportes do trilho).
Figura 4.2 – Triângulo retângulo.
Fonte: http://www.matematiques.com.br/conteudo.php?id=204
Encontramos um ângulo de aproximadamente 0, 35º e terminamos de preencher a tabela.
Tabela 4.3 – Medidas.
Espessura da madeira = 1,1 cm Separação entre os pés de apoio = 175,5 cm
Ө = 0,35º
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. Dados obtidos pela equipe presente na aula.
Ligamos todos os aparelhos eletrônicos (cronômetro eletrônico digital, fotossensor,
eletroímã e interruptor) entre si e depois a unidade geradora de fluxo de ar. Já com todos o
sistema energizado, colocamos o carrinho conectado ao eletroímã e iniciamos os testes
experimentais necessários para completar a seguinte tabela, que tinha diferentes medidas de
espaço. A cada teste, nós zerávamos o cronômetro e iniciávamos uma nova contagem.
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Tabela 4.4 – Resultados experimentais.
Média de t Quadrado de t v = 2x/t a = 2x/t2
Nº x (cm) Medidas de t (s)
(s) (s2) (cm/s) (cm/s2)
1,779
1 10 1,857 1,852 3,430 10,799 5,831
1,920
2,672
2 20 2,558 2,601 6,765 15,379 5,913
2,575
3,276
3 30 3,034 3,126 9,771 19,194 6,141
3,069
3,836
4 50 3,898 3,880 15,054 25,773 6,643
3,069
4,529
5 70 4,610 4,623 21,372 30,283 6,551
4,730
5,336
6 90 5,287 5,312 28,217 33,885 6,379
5,313
6,199
7 110 6,289 6,182 38,221 35,587 5,756
6,059
6,876
8 150 7,062 6,944 48,219 43,203 6,222
6,895
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. Dados obtidos pela equipe presente na aula.
Depois de fazer todos os testes experimentais, verificamos se havia alguma
inconsistência no valor da aceleração, já que o valor da aceleração no sistema é uma só, e os
valores obtidos na aula experimental são uma média para cada intervalo de tempo, portanto
admite apenas valores com uma diferença de menos de 10% do valor total médio.
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Após isso, fomos instruídos a desenvolver um gráfico da posição do carrinho em função
do tempo seguindo os dados obtidos na tabela anterior.
140
120 110
Posição (cm)
100 90
80 70
60 50
40 30
20
20 10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (s)
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. Dados obtidos pela equipe presente na aula.
140
120 110
Posição (cm)
100 90
80 70 y = 3,0411x + 1,2288
60 50
40 30
20
20 10
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo (s2)
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. Dados obtidos pela equipe presente na aula.
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5 QUESTIONÁRIO
35
30 35,587
33,885
25 30,283
20 25,773
15 19,194
10 15,379
5 10,799
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5
Tempo (s)
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. Dados obtidos pela equipe presente na aula.
4- Trace o gráfico da aceleração em função do tempo, para os dados obtidos da Tabela 4.1.
12,00
10,00
Aceleração (cm/s2)
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (s)
Fonte: Tabela elaborada pelo autor. Dados obtidos pela equipe presente na aula.
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5- Determine a aceleração pelo gráfico x contra t2;
De acordo com a equação dada no material de apoio, a aceleração é igual a 2 vezes a
deslocamento, dividido pelo quadrado do tempo:
a = 2x / t2
Portanto, baseado no quarto ponto do gráfico, temos:
a = 2*50 / 16
a = 100 / 16
a = 6,25 cm/s2, visto que o valor do tempo foi obtido através de uma aproximação.
Para calcular a tangente do ângulo basta dividir o cateto oposto pelo cateto adjacente.
Então temos: 32,404/5,2 = 6,2
Como a tangente é o coeficiente angular, a aceleração é 6,2 cm/s2, sendo esse, um valor
aproximado.
Em nossos testes experimentais, o ângulo encontrado foi 0,35º. Considerando a gravidade como
9,8 m/s2, então temos:
a = 9,8 * sen 0,35º
a = 0,0599 m/s2
Convertendo para cm/s2, temos que o valor da aceleração teórico é: 5,99 cm/s2
Já em nossos testes experimentais, a aceleração foi em média: 6,180 cm/s2
Visto isso, podemos notar uma pequena diferença, que está abaixo dos 10% toleráveis, ou seja,
o valor está dentro do padrão descrito como tolerável.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
ESTEVÃO, Vanks. Cinemática e cinemática escalar. Efeito Joule, 2009. Disponível em:
https://efeitojoule.com/2009/01/cinematica-e-cinematica-escalar/. Acesso em: 04 junho 2022.
TRIGO, Thiago. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Info Escola, 2022. Disponível
em: https://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniformemente-variado/. Acesso
em: 04 junho 2022.
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