3379 2022 ANEXO Reestrutura Plano Municipal de Educação
3379 2022 ANEXO Reestrutura Plano Municipal de Educação
3379 2022 ANEXO Reestrutura Plano Municipal de Educação
Vice Prefeito
Márcio Pandofi
METAS E ESTRATÉGIAS
METAS
18
Meta 2: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 2º (segundo) ano do Ensino
Fundamental.
Estratégias:
2.1 garantir a aplicação dos processos pedagógicos regulamentados pelos sistemas de ensino;
2.2 articular via Secretaria Municipal de Educação com Centros de Educação Infantil e
escolas que ofertem a pré-escola, estratégias pedagógicas observando o período de transição
da educação infantil para o primeiro ano do ensino fundamental;
2.3 garantir que todos os alunos matriculados no ciclo de alfabetização realizem as avaliações
nacionais;
2.4 incentivar os sistemas de ensino a criarem seus instrumentos de avaliação e
monitoramento;
2.5 promover nos sistemas de ensino formação continuada aos professores alfabetizadores,
contendo conhecimentos de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas
inovadoras;
2.6 promover e assegurar intercâmbios entre os sistemas de ensino, a fim de socializar e
divulgar as diferentes práticas pedagógicas realizadas no ciclo de alfabetização;
2.7 proporcionar aulas de apoio pedagógico para os alunos matriculados no ciclo de
alfabetização.
Meta 4: Oferecer educação de qualidade em tempo integral para no mínimo, 40% (quarenta
por cento) das escolas públicas da educação básica do município, até 2025.
Estratégias:
4.1 ofertar a educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades de
acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, culturais, esportivas e lazer de forma que o
tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser
igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo;
4.2 garantir a construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para
atendimento em tempo integral;
4.3 garantir ampliação, reestruturação e manutenção efetiva das escolas públicas, por meio da
instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática com internet,
espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e
outros;
4.4 fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e
esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças e
parques;
4.5 adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando
a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas,
esportivas e culturais;
4.6 estabelecer no prazo de 2 (dois) anos contados da publicação deste plano, uma Política
Municipal de Educação em tempo Integral, através do Sistema Municipal de Ensino;
4.7 garantir para as escolas que ofertam educação em tempo integral um coordenador para o
núcleo diversificado, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Municipal de
Ensino;
4.8 ofertar a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na faixa etária de 4 (quatro) a 17
(dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado complementar e
suplementar, ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em
instituições especializadas.
Estratégias:
5.1 aprimorar e fortalecer a relação entre família, aluno e unidade escolar, infraestrutura e
materiais didáticos adequados ao processo educativo, considerando as características desta
etapa de ensino, conforme os padrões do CAQ - Custo Aluno Qualidade;
5.2 consolidar a identidade do Ensino Médio, aperfeiçoando a discussão e ressignificando a
concepção curricular que proporciona formação geral e específica;
5.3 manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo, por meio do acompanhamento
individualizado do aluno com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como
aulas de apoio específico no turno complementar, estudos de recuperação e progressão
parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;
5.4 redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a
distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de
acordo com as necessidades específicas dos alunos;
5.5 implantar, gradativamente, em pontos estratégicos conforme zoneamento e necessidade,
organização curricular para o ensino noturno regular, de modo a atender as especificidades do
aluno trabalhador.
5.6 garantir e ampliar no currículo a inserção de atividades que utilizem outros espaços
pedagógicos além da sala de aula, possibilitando o acesso e a mobilidade (transporte) a esses
locais em todos os turnos;
5.7 garantir nas escolas de ensino médio, até 2017, equipamentos de informática e equipar as
salas de aulas com kit multimídias em condições de uso, na proporção mínima de um
conjunto (rack multimídia) para cada 35 alunos, bem como espaço físico, além de garantir
assistência técnica para o efetivo funcionamento em todas as unidades públicas;
5.8 atender, imediatamente, a demanda por ensino médio nas populações do campo,
preferencialmente com professores habilitados e graduados na área, garantindo moradia e
transporte para os mesmos da própria comunidade;
5.9 estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência
dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda, no ensino médio, quanto à
frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações
de discriminação, preconceitos e violências; práticas irregulares de trabalho, consumo de
drogas, gravidez precoce; em parceria com as famílias e com órgãos públicos de assistência
social, saúde e proteção à adolescência e juventude;
5.10 ampliar e fortalecer a oferta de ensino médio integrado a educação profissional ou
concomitante para atender com qualidade a demanda;
5.11 garantir a melhoria da infraestrutura física da instituição (laboratório química,
informática, biblioteca, espaço externo) entre outros e um currículo próprio da realidade da
comunidade.
Estratégias:
6.1 garantir os direitos e objetivos de aprendizagens e desenvolvimento dos alunos para cada
ano do ensino fundamental e médio;
6.2 assegurar que:
a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% dos alunos do ensino fundamental e
do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50%, pelo menos, o
nível desejável;
b) no último ano de vigência deste PME, todos os estudantes do ensino fundamental e do
ensino médio tenham alcançado o nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento do seu ano de estudo, e 80%, pelo menos, o
nível desejável;
6.3 garantir o processo de formação continuada nas escolas de educação básica, por meio da
implementação de projetos que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando a
melhoria da qualidade educacional;
6.4 implementar as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a atingir e elevar as
metas do IDEB, garantindo a equidade da aprendizagem nas instituições educacionais no
município;
6.5 apoio técnico e financeiro à gestão escolar pública, mediante transferência direta de
recursos financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade escolar no
planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da transparência e o efetivo
desenvolvimento da gestão democrática;
6.6 promover, articular e ampliar os programas educacionais com as demais áreas; saúde,
assistência social, esporte, cultura e profissionalização, possibilitando a articulação da rede de
apoio integral às famílias como condição para a melhoria do processo ensino/aprendizagem
do aluno;
6.7 estabelecer políticas de estímulos às escolas que melhorem o desempenho no IDEB,
considerando a realidade de cada instituição de ensino, de modo a valorizar o mérito do corpo
docente, da direção e da comunidade escolar;
6.8 garantir que ao final do ciclo de alfabetização 100% das crianças estejam alfabetizadas;
6.9 prover e garantir a manutenção de equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a
utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica,
criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a
universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de
computadores, inclusive a internet;
6.10 garantir e aplicar políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo
desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de
suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências
adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de
segurança para a comunidade;
6.11 garantir políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se
encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios
da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;
6.12 garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e
indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro
de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas
diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação
para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;
6.13 garantir adaptação ou diversificação das provas da avaliação do IDEB, para alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Meta 8: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 95 % (noventa
e cinco por cento), erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir o analfabetismo funcional em
75% (setenta e cinco por cento), em regime de colaboração com a União e Estado, até o final
da vigência deste plano.
Estratégias:
8.1 garantir a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos – EJA a todos aqueles que não
tiveram acesso à educação na idade adequada e facilitar o acesso e permanência dos
estudantes, incluindo a oferta pela rede municipal e campanhas incentivando as matrículas;
8.2 assegurar, durante a vigência deste PME, a oferta de Educação de Jovens e Adultos – EJA
na etapa de ensino fundamental a 95% da população de 15 (quinze) anos ou mais;
8.3 garantir a oferta da Educação de Jovens e Adultos – EJA seguindo padrões de qualidade,
asseguradas nas Diretrizes Curriculares Nacionais;
8.4 ofertar, acompanhar e avaliar, em regime de colaboração com o Estado e a União, a
formação docente inicial e continuada, para que a qualidade da EJA atinja os objetivos
propostos, considerando as particularidades da oferta nas instituições educacionais e similares
8.5 sensibilizar as instituições de ensino superior e organizações não governamentais a
oferecer cursos de alfabetização direcionados ao público de EJA;
8.6 incentivar as empresas públicas e privadas a firmarem parcerias/convênios de programas
permanentes de educação de jovens e adultos para os seus trabalhadores, garantindo-lhes a
permanência na escola, sem prejuízo no seu posto de trabalho e de sua remuneração;
8.7 garantir, em parceria com o Estado, alimentação escolar para os alunos da EJA nas
instituições educacionais que ofertam a referida modalidade;
8.8 garantir, em parceria com o Estado e a União, recursos para a aquisição de materiais
didático-pedagógicos necessários aos professores e alunos da EJA;
8.9 garantir espaços físicos para funcionamento de salas de EJA que atendam aos requisitos
de infraestrutura necessários para oferta de educação de qualidade, considerando juntamente a
inclusão.
Meta 10: Fomentar a expansão das matrículas da educação profissional técnica de nível
médio, ampliando em 100% a oferta no segmento público estadual e federal até 2025.
Estratégias:
10.1 mapear, por meio de levantamento de dados junto às instituições educacionais e
principalmente nas empresas locais, visando localizar as demandas para profissionalização de
serviços com maior deficiência no município;
10.2 ampliar, progressivamente, a oferta da Educação Profissional pelo Estado e União, em
parceria com o Município, visando atender as necessidades de formação profissional, em
consonância com os arranjos produtivos locais e regionais;
10.3 assegurar que 100% das escolas disponham de padrões adequados que atendam as
necessidades dos cursos técnicos implantados, garantindo qualidade na oferta dos cursos
técnicos aos educandos;
10.4 fomentar, garantir e incentivar a interação entre as escolas que ofertam a educação
profissional e a sociedade, por meio de estágios na área de formação do estudante, incluindo o
menor e jovem aprendiz;
10.5 fomentar a integração entre as instâncias Federal, Estadual e Privada, visando articular as
ações de gestão e políticas de oferta da Educação Profissional no Município;
10.6 assegurar políticas de incentivo e parcerias com empresas e instituições locais, visando
garantir as condições necessárias à permanência dos (as) estudantes e à conclusão dos cursos
profissionalizantes;
10.7 ofertar qualificação profissional aos docentes nas próprias instituições dos cursos
profissionalizantes, ofertados no município, visando qualidade no ensino, podendo para tanto,
firmar parcerias com Estado, município, Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT e empresas
privadas.
Meta 11: Estabelecer parceria com o Governo Federal, Estadual e não governamentais, a
partir da aprovação deste plano, visando a ampliação de no mínimo 25% a oferta de educação
superior, de acordo com a demanda do município, até o termino de vigência deste plano.
Estratégias:
11.1 fomentar e ampliar a oferta de vagas na Educação Superior, considerando as demandas
locais em todas as áreas;
11.2 estimular a oferta de cursos de graduação e especialização em instituições de ensino
superior pública e privada, nas modalidades presencial e à distância, de acordo com os
parâmetros do ministério da educação e conselho nacional de educação, voltados à formação
profissional, para diferentes áreas do conhecimento;
11.3 fomentar cursos em nível superior na área de educação, para atender a necessidade de
formação inicial da educação básica;
11.4 estimular os programas especiais E as políticas de inclusão e de assistência estudantil na
instituição pública de educação superior, de modo a ampliar as taxas de acesso à educação
superior aos estudantes;
11.5 acompanhar os resultados gerados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior - SINAES, de que trata a Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004, para fortalecer as
ações de avaliação, regulação e supervisão;
11.6 promover a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas oportunizando
a realização de estágio supervisionado nas unidades públicas e privadas ampliando seu
conhecimento através da prática.
Meta 13: Garantir a manutenção da valorização dos (as) profissionais do magistério da rede
pública municipal da educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as)
demais profissionais com escolaridade equivalente, gradativamente, até 2020.
Estratégias:
13.1 garantir, por iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, até o final da vigência deste
PME, a manutenção da comissão permanente, com representação do Poder Executivo, Poder
Legislativo, Conselho Municipal de Educação, Sindicato dos Trabalhadores no Ensino
Público e também das instituições, nos seus respectivos níveis de atendimento, para
acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial para os profissionais do
magistério público da educação básica no Município de Lucas do Rio Verde, de forma a
atingir a meta até a data base de 2020;
13.2 utilizar o piso salarial profissional nacional, pautado na Lei Federal n. 11.738, de 16 de
julho de 2008, como patamar mínimo do Plano de Carreiras Cargos e Salários para os
profissionais da educação e implementar, gradualmente, o cumprimento da jornada de
trabalho em um único estabelecimento escolar;
13.3 assegurar outras fontes de receita para a educação, de forma a ampliar investimentos
financeiros específicos, para implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais
da educação, em particular acompanhando o piso salarial profissional, conforme garantido em
lei.
Meta 14: Assegurar até maio de 2018, a criação e implementação do Plano de Carreiras,
Cargos e Salários para todos os profissionais da rede municipal de educação, utilizando a Lei
Federal n. 11.738, de 16 de julho de 2008 e os termos do inciso VIII, do art. 206 da
Constituição Federal, e a Lei 12.014 de 6 de agosto de 2009, como patamar mínimo de
referência para sua elaboração.
Estratégias:
14.1 manter a comissão permanente de profissionais da educação do município e SINTEP,
escolhidos democraticamente, com representação de cada unidade escolar, a fim de subsidiar
a Secretaria Municipal de Educação, o Executivo e o Legislativo na elaboração,
reestruturação e implementação do Plano de Carreira;
14.2 garantir que na elaboração do Plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica
do município, seja adotado como referência o piso salarial nacional profissional, definido em
lei federal, nos termos do inciso VIII, do art. 206 da Constituição Federal;
14.3 garantir que o ingresso dos profissionais da educação seja através de concurso público,
definido em lei federal, nos termos do inciso V, do art. 206 da Constituição Federal;
14.4 assegurar que as redes públicas de educação básica possam ampliar para 90% (noventa
por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e profissionais da
educação não docentes, que sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em
exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados;
14.5 acompanhar os profissionais iniciantes, a fim de fundamentar, com base em avaliação
documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante o estágio
probatório, orientação didático-pedagógica de estudos na área de atuação do (a) professor (a),
com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada
disciplina. Reformular a ficha de avaliação de estágio probatório e merecimento dos
profissionais da educação básica;
14.6 garantir a prática das licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional,
inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu, conforme prevê no Plano de Carreira dos
profissionais da educação do Município onde, obrigatoriamente, o profissional deverá
permanecer vinculado ao município o dobro do tempo destinado aos estudos;
14.7 estabelecer Plano de Carreira para os profissionais da educação, a fim de garantir a
priorização de repasse de transferências federais voluntárias, na área da educação do
município;
14.8 redefinir/reformular a ficha de avaliação e os critérios da avaliação de todos os
profissionais da educação básica docentes e não docentes tanto de estágio probatório como
também merecimento;
14.9 garantir a perícia médica dos profissionais da Educação, preferencialmente no município;
14.10 garantir que todos os profissionais de Educação recebam em ganho real, evitando
benefícios;
14.11 Incluir os profissionais de apoio no Plano de Carreira de Educação;
14.12 Garantir e implantar ações efetivas nas unidades escolares dentro da carga horária,
especificamente voltadas para promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e a
integridade física, mental e emocional a todos os profissionais da educação, como condição
para a melhoria da qualidade educacional.
Meta 15: Consolidar a gestão democrática da educação, no âmbito das escolas públicas,
prevendo recursos e apoio técnico.
Estratégias:
15.1 manter os programas de apoio e formação aos conselheiros (as) dos conselhos de
acompanhamento de políticas públicas e controle social do Fundeb, Alimentação Escolar,
Conselho Municipal de Educação e Comissão de Transporte Escolar, como instrumentos de
participação e fiscalização na gestão escolar e educacional; Assegurar condições de
funcionamento autônomo e garantir a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico
adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas a rede escolar, com vistas ao bom
desempenho de suas funções;
15.2 estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de
Grêmios Estudantis, Associações de Pais e Mestres - APM ou Conselhos Deliberativos das
Comunidades Escolares - CDCEs, assegurando-lhes, inclusive, espaços adequados e
condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os
conselhos escolares, por meio das respectivas representações;
15.3 estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus
familiares na formulação dos projetos políticos-pedagógicos, currículos escolares, planos de
gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação
institucional;
15.4 favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos
estabelecimentos de ensino, com a participação efetiva do Conselho Deliberativo da
Comunidade Escolar – CDCE, Associação de Pais e Mestres - APM e/ou assembleia geral;
15.5 desenvolver e garantir cursos de formação para gestores escolares, orientadores
educacionais e coordenadores pedagógicos, a fim de subsidiar a definição de critérios e
objetivos para o provimento dos cargos e aprimoramento profissional;
15.6 convocar e mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação
formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos que a educação
seja assumida como responsabilidade de todos, visando o controle social, efetivando as
políticas públicas educacionais.
Meta 16: Igualar a escolaridade média entre grupos de cor e raça, declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE até 2025
Estratégias:
16.1 estabelecer políticas afirmativas que assegurem igualdade entre homens e mulheres,
cor/raça, credo, renda, cultura e nível de escolaridade dos pais, de forma a orientar ações
afirmativas para a diversidade;
16.2 potencializar a mediação pedagógica nos conflitos socioambientais, buscando a inclusão
social sem distinções étnicas, físicas, etárias, religiosas, de classe ou entre homens e mulheres,
nas instituições de ensino do município;
16.3 assegurar que a educação das relações étnico-raciais seja contemplada conforme
estabelece a lei nº 10.639 (2003), em todos os espaços de formação continuada da rede
educacional;
16.4 incentivar a participação dos profissionais da educação em fóruns, seminários e grupos
de estudos – relativos à temática da diversidade étnico-racial;
16.5 ampliar em todas as escolas acervo bibliográfico e didático que contemple as
diversidades étnico-racial e cultural;
16.6 garantir incentivo e dar apoio financeiro para a publicação de material didático-
pedagógico, produzidos pelas escolas, enfocando a diversidade étnico-racial e cultural do
município através de projetos e atividades desenvolvidas nas escolas;
16.7 fortalecer o desenvolvimento das ações em todas as escolas, de forma a promover o
conhecimento das diversidades étnico-racial e cultural do município;
16.8 a partir da aprovação do PME, promover projetos contínuos e permanentes dando
culminância, oficialmente na semana da consciência negra, na educação do município, a fim
de fortalecer ações desenvolvidas nas escolas;
16.9 promover a valorização da produção literária afro-brasileira, africana e indígena e a
reflexão sobre conceitos e estereótipos acerca da diversidade;
16.10 garantir recursos financeiros do orçamento total da educação, anual, para implementar
políticas públicas para a valorização e inclusão dos diversos segmentos étnico-raciais;
16.11 garantir o debate acerca da equidade entre homens e mulheres, principalmente da
violência doméstica e familiar, oferecendo palestras informativas sobre o assunto nas
unidades escolares e demais instituições públicas e privadas.
Meta 18: Vincular mais verbas para educação, aperfeiçoar os mecanismos e instrumentos de
controle social, através da recuperação ampla e irrestrita dos impostos, da exclusão da área
educacional de quaisquer benefícios tributários e inclusão de novas receitas.
Estratégias:
18.1 fiscalizar o controle que assegure o rigoroso cumprimento do artigo 212 da Constituição
Federal, que determina aos municípios garantir a aplicação dos percentuais mínimos de 25%
(vinte e cinco por cento) da receita resultante de impostos, compreendida e proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e, elevando, gradativamente, se
necessário, chegando ao investimento de 30% (trinta por cento), até o término de vigência
deste PME.
18.2 assegurar o repasse automático dos recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento
do ensino para a secretaria de educação, cumprindo os prazos determinados no § 5º, do art. 69
da LDB;
18.3 garantir e fomentar o regime de colaboração entre o estado e o município, que incluirá a
instituição de instâncias permanentes de negociação, cooperação e pactuação;
18.4 garantir, entre as metas dos planos plurianuais vigentes nos próximos dez anos, a
previsão do suporte financeiro às metas constantes deste PME;
18.5 manter a autonomia financeira das escolas municipais, mediante repasse de recursos,
conforme números de alunos, diretamente aos estabelecimentos públicos de ensino, a partir de
critérios objetivos;
18.6 apoiar técnica e financeiramente o Conselho Municipal de Educação e o Sistema
Municipal de Ensino e os demais conselhos vinculados a educação;
18.7 contribuir para que a gestão tenha como elementos a destinação de recursos para as
atividades fim, a descentralização, a autonomia da escola, a equidade e o fortalecimento dos
Conselhos Deliberativos das Comunidades Escolares – CDCEs e Associações de Pais e
Mestres – APMs;
18.8 manter o encaminhamento dos relatórios de todos os recursos destinados à educação,
qualquer que seja a sua origem, ao Conselho de Acompanhamento e Controle Social (CACS-
FUNDEB), para fiscalização do mesmo;
18.9 garantir o cumprimento, a partir da aprovação deste plano, que as metas estejam
vinculadas ao orçamento anual, contemplando recursos oriundos das parcerias com a União e
o Estado e, de quaisquer benefícios tributários.
DIAGNÓSTICOS DA EDUCAÇÃO
Tabela 01- Número de alunos concluintes nas creches do Município de Lucas do Rio Verde.
Educação Fase Creche: Anos
Infantil 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Berçário (0 até 1 ano) 99 105 84 159 291 273 208
Infantil I (1 até 2 anos) 76 195 202 198 268 308 397
Infantil II (2 até 3 anos) 125 165 233 295 272 293 383
Total 300 466 519 652 831 874 988
Fonte – Secretaria Municipal de Educação.
Tabela 02- Número de alunos concluintes na pré-escola do Município de Lucas do Rio Verde.
Educação Fase Pré-Escola: Anos
Infantil 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Infantil III (3 anos 264 278 484 379 503 571 711
até 31/01)
Infantil IV (4 anos 500 554 585 723 721 825 944
até 31/04)
Infantil V (5 anos até 600 562 712 764 806 815 905
31/04)
Total 1.364 1.392 1.781 1.866 2.030 2.211 2.560
Fonte – Secretaria Municipal de Educação.
Ensino Fundamental
No que se refere ao ensino fundamental a Constituição Federal, no artigo 208,
preconiza que “O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público e subjetivo” e seu
não oferecimento pelo Poder Público ou sua oferta irregular implicará responsabilidade da
autoridade competente. Mesmo assim, no Brasil, ainda ocorre a exclusão da criança em idade
escolar, seja por omissão da família e da sociedade ou do Poder Público, o que é a forma mais
perversa e irremediável de exclusão social.
O Plano Municipal de Educação em Lucas do Rio Verde tem como foco a oferta do
atendimento da educação básica, quer seja na idade adequada ou para os que a ele não
tiveram acesso em idade própria.
O dever do município, no que se refere ao ensino fundamental é amplo, compete em
gerir um sistema de ensino. E isso implica na organização e orientação de uma estrutura
administrativa e gerencial com produção de normas jurídicas, de âmbito local, para atuar
sobre sua rede de ensino, a qual está em ritmo de expansão.
Sabendo que o município sozinho não terá condições de enfrentar essa demanda para
cumprir a meta do ensino fundamental, é de suma importância estabelecer no Plano Estadual
e Municipal mecanismos do regime de colaboração para fazer frente a esse desafio.
A oferta do ensino fundamental no Município de Lucas do Rio Verde ocorre em
quinze instituições da rede pública, e seis instituições da rede privada. Avaliados
externamente pela Provinha Brasil, que visa diagnosticar e investigar o desenvolvimento das
habilidades relativas à alfabetização e ao letramento em Língua Portuguesa e Matemática,
desenvolvidas pelas crianças matriculadas no 2º ano do ensino fundamental das escolas
públicas brasileiras. Aplicada duas vezes ao ano (no início e no final), a avaliação é dirigida
aos alunos que passaram por, pelo menos, um ano escolar dedicado ao processo de
alfabetização.
Outra forma de avaliação para o ensino fundamental é a Avaliação Nacional da
Alfabetização – ANA, essa avaliação está direcionada para as unidades escolares e estudantes
matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental, fase final do Ciclo de Alfabetização, e insere-
se no contexto de atenção voltada à alfabetização. Essa avaliação é censitária e contribui para
o processo de alfabetização nas escolas públicas brasileiras.
Além dessas duas formas de avaliação o ensino fundamental também passa pela
avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, criado pelo Inep em
2007 e, representa a iniciativa pioneira de reunir em um só indicador dois conceitos
igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho
nas avaliações.
Tabela 03- Número de alunos concluintes no ensino fundamental do município de Lucas do Rio Verde.
ANOS
Ensino Médio
O processo de socialização no ensino médio, através da escola, é marcante em uma
vivência de 90 anos. Nos anos 20, havia poucas escolas denominadas elementares, as quais
atendiam de forma insuficiente as necessidades e as demandas da população da época. Quem
recebia instruções de forma privilegiada eram as elites que frequentavam as escolas
profissionais superiores, ficando ao resto da população o acesso às escolas elementares.
A partir dos anos 50 abre-se espaço para atendimento da maioria da população,
mediante a expansão de cursos colegiais normais e o ensino técnico. Nas duas décadas
seguintes a educação começou a ter maior importância social, como condição de
desenvolvimento do indivíduo e construção de sua cidadania. Mas o que se viu foi a
ampliação do acesso a escola, com o aumento das redes escolares, embora insuficientes para
atender a demanda.
Nos anos 80, no Regime Militar autoritário e centralizador, a política pública de
educação refletia essa situação que era o modelo político vigente. Criou-se o III Plano Setorial
de Educação, Cultura e Desportos (III SPEC).
A educação brasileira vive em constante situação de alienação, ministrada sempre a
partir de esquemas elaborados por outros contextos sociais, diferentes do nosso, e sempre de
forma hierárquica de autoridade e poder, formando, assim, indivíduos submissos, ou seja, a
mão-de-obra necessária para a manutenção do capitalismo. Somos frutos de uma educação
burguesa, de uma sociedade elitizada e uma escola classificatória.
Numa população de dez milhões de jovens de 15 a 17 anos, menos de 15% ingressam
no Ensino Médio. De 4,5 milhões de alunos, apenas 784 mil concluem o ensino médio.
(OLIVEIRA, 1995).
Eis algumas razões que são evidentes para a exclusão ou evasão desses alunos das
escolas: ingresso no mercado de trabalho; repetência; procura por outra escola ou habilitação
que ofereça um curso mais técnico ou propedêutico; ingresso no ensino noturno ou supletivo.
Dessa forma, surge o seguinte questionamento: Qual é a especificidade, o lugar social do
Ensino Médio na Educação Escolar?
Decorrente da falta de respostas claras quanto a esta questão, tem-se um ensino
aprendizagem sem objetivos concretos e um total descompasso com a realidade.
O ensino médio convive, também, com alta seletividade interna, se os alunos estão
chegando com maior número a esse nível de ensino, os índices de conclusão nas últimas
décadas indicam que há muito por se fazer. No período de 1970/1973, 74% dos que iniciaram
o ensino médio conseguiram concluí-lo; no período de 1977/1980, este índice caiu para 50,8%
e, no período de 1991/1994 caiu para 43,8%. Os números de abandono, evasão e repetência,
apesar da melhoria dos últimos anos, ainda são bastante desfavoráveis. Convém destacar que
abandono refere-se ao aluno que deixa de frequentar as aulas e que retorna na mesma série no
ano seguinte e evasão refere-se aos alunos que não retornam no ano seguinte. Os índices de
evasão e abandono no Centro-Oeste ainda são elevados, refletindo a realidade de Mato Grosso
e do Município de Lucas do Rio Verde.
Por outro lado, existem aspectos positivos no ensino médio e, o mais importante entre
eles, é que o nível de ensino apresentou a maior taxa de crescimento nos últimos anos, em
todo o sistema de ensino. Entretanto, em se tratando de ensino médio, não é apenas expansão,
ele foi o que enfrentou, nos últimos anos, a maior crise em termos de ausência de definição
dos rumos que deveriam ser seguidos em seus objetivos e em sua organização. Temos, então,
que a partir disso construirmos propostas concretas e articuladas para a ação de indivíduos
críticos e produtivos, em favor da equidade social com mais acesso à cidadania.
O ensino médio do Município de Lucas do Rio Verde também é marcado pela
dualidade estrutural enraizada na forma de organização da sociedade de classes, que explicita
as relações entre o capital e o trabalho. O Ensino Médio começou a ser ofertado em 1985, na
Escola Estadual Dom Bosco, com a modalidade propedêutica. A pedagogia escolar tem
buscado democratizar o processo ensino-aprendizagem, através de alternativas
contextualizadas, interdisciplinar, com o intuito de superar as dificuldades encontradas diante
de um currículo fragmentado, linear com fins estabelecidos e participação restrita. Em
decorrência disto ainda apresenta como resultado um alto índice de repetência e evasão,
seguido de um considerável número de transferências. Outro fator que contribui com os altos
números negativos também é a forma de organização da economia do município, pois os
estudantes do ensino médio são trabalhadores que movimentam a agricultura, agroindústria,
indústria moveleira e metalurgia, e especialmente o comércio e serviços, com jornadas
extenuantes, além dos empregos temporários que forçam a migração das famílias.
Em decorrência das transformações do mundo do trabalho e da globalização, o ensino
médio de Lucas do Rio Verde vem mudando seu currículo e sua proposta pedagógica, no
intuito de atender as necessidades dos educandos, de acordo com a realidade local, bem como
prepará-los para enfrentar a demanda e competitividade social.
Tabela 04- Número de alunos concluintes no ensino médio do município de Lucas do Rio Verde.
Ensino Anos
Médio 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total
1.939 2.110 2.035 2.297 2.314 2.582 2.419
Fonte Assessoria Pedagógica Estadual SEDUC/MT – Rede Privada
IDEB
Com vistas na melhoria do processo ensino e aprendizagem o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) instituiu o IDEB - Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica, que representa o indicador de dois conceitos
igualmente importantes para a qualidade de educação: fluxo escolar e médias de desempenho
nas avaliações. Agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala
do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis e, que permitem
traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O indicador é calculado a partir dos
dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e médias de desempenho nas
avaliações do Inep. O IDEB das escolas e das redes de ensino varia em uma escala de zero a
dez.
As instituições de ensino que ofertam 5°ano, 9°ano do Ensino Fundamental e 3º ano
do Ensino Médio participam do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, que afere
os desempenhos dos alunos, na área de Língua Portuguesa e Matemática, de 02 em 02 anos,
pelo Ministério da Educação, para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil
para os municípios.
O Município de Lucas do Rio Verde vem avançando, consideravelmente, nos anos
iniciais do ensino fundamental, ficando o desafio de melhorias nos anos finais do ensino
fundamental e ensino médio, fato que se comprova nos mais recentes resultados do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), relativos entre 2007 e 2013.
Tabela 05- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do município de Lucas do Rio Verde.
IDEB Observado
Lucas do Rio Verde
2007 2009 2011 2013
ANOS INICIAIS 4,9 5,8 6,1 6,3
ANOS FINAIS 4,4 4,5 5,0 5,1
ENSINO MÉDIO 3,2 3,4 3,4 3,4
Fonte: INEP
Educação Especial
No que se refere ao atendimento na educação especial, que é garantido na Constituição
Federal, preferencialmente na rede regular de ensino (artigo 208, inciso III), reforçado pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente, no art. 54, inciso III, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, n. 9394/96, em seu art. 58, além das legislações normatizadas pelo
Conselho Nacional de Educação – CNE e Conselho Estadual de Educação do Mato Grosso –
CEE - MT, que dispõem sobre o atendimento às pessoas com deficiências.
Dessa forma a nossa legislação determina que o atendimento do deficiente seja feito
preferencialmente na rede regular de ensino, no entanto, ressalva os casos de
excepcionalidade em que as necessidades dos educandos especiais exigem outras formas de
atendimento. As políticas recentes do setor, de acordo com a legislação vigente, têm indicado
três situações possíveis para a organização do atendimento: escola especial, matrículas nas
salas comuns de ensino regular com participação no turno inverso, nas salas de recursos
multifuncional, se necessário.
A inclusão do aluno na instituição de ensino acontece quando a família opta em
matricular seu filho na escola especial ou rede regular de ensino, tendo como fundamento as
diretrizes educacionais, que se constitui na garantia do acesso contínuo ao espaço comum da
vida em sociedade, orientado pelo acolhimento e aceitação da diversidade humana, esforço
coletivo pela equiparação de oportunidades com qualidade para todos os indivíduos e em
atenção à educação na formação de uma sociedade onde todos tenham o direito a cidadania.
A inclusão propõe a ruptura de princípios e práticas que excluem os que são
considerados fora dos padrões de normalidade, com mudanças nos projetos pedagógicos,
currículo, metodologia, avaliação e atitudes dos educadores, a fim de reforçar e favorecer a
integração social e opção por práticas heterogêneas, devendo haver uma preparação para os
profissionais da educação, a fim de oferecer um ensino de qualidade a todos os educandos,
inclusive àqueles que necessitam de atendimentos especiais nas classes comuns, tendo suporte
necessário a sua prática pedagógica.
A oferta de ensino, requer também a adequação das escolas, especial ou regular,
quanto à provisão de recursos humanos e materiais para a implementação de práticas
pedagógicas pautadas no perfil biopsicossocial dos alunos, possibilitando o pleno
desenvolvimento de suas habilidades e competências sensoriais, afetivas e intelectuais,
visando a inclusão destes ao processo cultural, econômico e social, cabendo para isto a
formação inicial e continuada dos profissionais envolvidos no processo.
Quanto à realidade do município, considerando-se que até o ano de 1993 não existia,
formalmente, atendimento educacional especializado para as pessoas com deficiências. No
ano de 1993 foi fundada a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) que era
uma Organização Não Governamental – ONG, em nível nacional, que tem por objetivo a
manutenção das Escolas de Educação Especial, atendendo pessoas com deficiência. Esta
Associação organizou a criação e manutenção da Escola Especial Renascer, que começou a
funcionar em agosto de 1994, com 08 alunos e 05 funcionários.
Foi implantada na rede municipal de ensino, no ano de1998, uma Sala de Recursos
para atender alunos com deficiência auditiva/surdez que contava com os serviços de uma
fonoaudióloga, durante 20 horas semanais, e de professora especialista em Línguas de Sinais.
No entanto, o atendimento aos alunos com deficiência auditiva iniciou em 1998 até o ano de
2010 na Sala de Recursos I. Inicialmente a Sala funcionava nas dependências da Escola Eça
de Queirós e os alunos frequentavam no turno inverso ao da escolarização, em agrupamentos
pequenos e variáveis; ou individualizado, durante a semana.
Atualmente, esse atendimento acontece na classe regular do ensino comum e, no
período de turno inverso recebem o atendimento educacional especializado- AEE, atendidos
nas salas de recursos multifuncionais, com profissionais especializados.
Esse atendimento tem como função identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos
alunos, considerando suas necessidades específicas, com atividades desenvolvidas, não sendo
substitutivas à escolarização e complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com
vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
Tabela 06 – Alunos com necessidades educacionais especiais atendidos no município de Lucas do Rio Verde.
Alunos com Necessidades Educacionais Especiais
Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total 132 136 74 191 217 261 292
Fonte – Secretaria Municipal de Educação.
Educação de Jovens e Adultos - EJA
No processo educacional um dos objetivos do Plano Nacional de Educação,
determinado pela Constituição Federal, é a integração de ações do Poder Público que
conduzam a erradicação do analfabetismo (artigo 214, inciso I). Trata-se de tarefa que exige
uma ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da
sociedade.
A legislação educacional, além dos dispositivos de caráter nacional, compreende as
Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas, dentro de nosso regime federativo, os Estados e
os Municípios, de acordo com a distribuição das competências estabelecidas na Constituição
Federal, gozam de autonomia e estabelecem uma normalidade própria, harmônica e
diferenciada. O Sistema Estadual de Ensino oferece cursos e programas com certificação de
competências, reconhecendo o grau de escolaridade real de cada jovem e adulto cursista, e
orientando-o para a etapa e modalidade adequada de volta aos estudos.
Tabela 07- Número de alunos concluintes do EJA no município de Lucas do Rio Verde.
EJA Anos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Ensino Fundamental 219 239 314 351 440 427 433
Ensino Médio 223 248 362 300 391 483 428
Total 442 487 676 651 831 910 861
Fonte: Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
SEDUC/MT.
Formação Profissional
A formação para o trabalho, por ser muito heterogênea, não existe no Brasil dados
precisos sobre a oferta. Temos instituições Federais, Estaduais e Particulares, Sistema S
(Senac-Senai-Sesc-Sesi), sendo presencial e a distância, além de treinamento em serviço de
cursos oferecidos pelas empresas para os seus funcionários. O Decreto Lei n. 2.208, de abril
de 1997, relaciona os três níveis de educação profissional:
a) O Básico, que não tem como pré-requisito a conclusão do ensino fundamental ou médio;
b) O Técnico, que deve ser cursado posterior ou concomitante ao ensino médio, e que supõe a
conclusão deste último para certificação profissional;
c) O Tecnológico, que supõe a conclusão anterior do ensino médio e se desenvolve em cursos
de nível superior.
A LDB com referência ao ensino profissional prevê que o mesmo seja ofertado:
a) No ensino superior e tecnológico, pela União e pelos Estados;
b) no nível médio, pelos Estados, e suplementarmente pela União e Municípios;
c) o nível básico, pela União, pelos Estados e pelos Municípios.
O município deve investir na formação profissional de cursos orientadores para as
vocações econômicas da região, assim, será maior a sua capacidade de desenvolvimento
sustentável. Em Lucas do Rio Verde já possuímos uma infraestrutura de equipamentos
necessários à adequação e implantação de educação a distância e tecnológica.
A Formação Profissional exige, atualmente, níveis cada vez mais altos de educação
básica, não podendo ficar reduzidas a aprendizagem de algumas habilidades técnicas,
oferecendo cursos de curta duração, voltada para a inserção do trabalhador às oportunidades
do mercado de trabalho, vinculadas a promoção de níveis crescentes de escolarização regular.
A educação formal e a não-formal devem estar integradas através das instituições
especializadas e as adquiridas por outros meios, principalmente aqueles no trabalho. Com isso
se dá um passo muito importante no estabelecimento de um sistema flexível, que reconhece os
créditos que o aluno obtenha em qualquer modalidade, dando certificação às competências
adquiridas por meio não-formal de educação profissional. Temos que considerar que a
responsabilidade da oferta dessa modalidade é do setor educacional, compartilhada com toda
a sociedade civil, pois os recursos provêm, portanto, de múltiplas fontes.
As metas deste Plano Municipal de Educação estão, assim como o PNE, direcionadas
para a implantação de uma educação profissional moderna, com a integração das iniciativas
pública e privada. O objetivo central é generalizar as oportunidades de formação e
capacitação para o trabalho.
A LDB introduziu uma abertura de grande alcance para a política educacional ao
estabelecer que o Poder Público deve incentivar o desenvolvimento de programas de
educação a distância, em todos os níveis e modalidades de Ensino.
O conceito de educação a distância precisa ser ampliado onde existe e incentivado nos
locais onde há a necessidade de ser implementado, para incorporar as inúmeras possibilidades
de todos os níveis e modalidades de educação, por meio de correspondência, transmissão
radiofônica e televisiva, programas de computador, Internet, ou seja, através dos mais
recentes processos de utilização conjugada de meios como a telemático e a multimídia.
Ensino Superior
Quanto a educação superior, atribui-se historicamente a União o papel de atuar, de
acordo com a Constituição Federal. As instituições públicas deste nível de ensino não podem
prescindir do apoio do Estado. As faculdades ou universidades têm um papel importante a
desempenhar no sistema, seja na pesquisa básica e na pós-graduação, como padrão de
referência no ensino de graduação.
Constitucionalmente não cabe aos municípios a oferta de Educação Superior, o Poder
Público Municipal precisa ter uma política de educação superior para seus munícipes, por
meio de parcerias com o ensino superior e empresas locais.
A educação superior é hoje condição sine qua non para o desenvolvimento
profissional, intelectual, cultural e humano dos cidadãos de qualquer parte do mundo. Desta
forma, o Município de Lucas do Rio Verde, que vem consolidando-se como exemplo na área
de educação, tendo recebido prêmios nos últimos anos, não poderia deixar de contemplar em
seu Plano Municipal de Educação, o estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas de apoio
à oferta, expansão e consolidação do ensino superior via Instituições Públicas e de
contribuição via Instituições Privadas ou comunitárias, seguindo, inclusive, os objetivos e
metas propostas nos Planos Estadual e Nacional de Educação.
A estrutura educacional presente no Estado, em nível superior, apresenta, segundo
dados do e-MEC (2014), um total de 225 opções de áreas de cursos superiores em 63
municípios. Entre cursos em atividade e em extinção, o Estado possui 1.536 ofertas de cursos,
sendo que apenas 44,6% dos municípios possuem ensino superior presencial ou EAD (com
polo presencial). São ofertados também 148 cursos de especialização (lato sensu) nas
modalidades presencial e/ou EAD. O sistema e-MEC (2014) apresenta listagem total de 64
instituições de ensino superior (IES) com atuação no Estado, sendo 4 IES públicas e 60 IES
privadas, sendo que 19 delas possuem sede ou atuação na capital, e outras 45 com atuação
apenas no interior.
Considerando este cenário educacional do Estado de Mato Grosso, pode-se concluir
que a maior parte dos cursos superiores ofertados no estado estão localizados em municípios
do interior, em especial em IES privadas. Segundo os dados do Censo Nacional da Educação
Superior (2013), apenas 45% do corpo docente é constituído de professores com formação
stricto sensu (mestrado e/ou doutorado), uma exigência que será sempre maior. Segundo
dados do e-MEC (2011), o Estado forma apenas 1,4% do total de docentes com mestrado no
Brasil, embora sua população seja 1,9% da população nacional, o que mostra uma defasagem
em termos estatísticos.
Considerando o Plano Nacional de Educação, que tem como um dos objetivos centrais
do seu desenvolvimento a melhoria da qualidade de ensino, que é tema de debates e
reinvindicações de toda sociedade civil organizada e elemento de preocupação dos governos
federal, estadual e municipal. Mas esse objetivo só poderá ser alcançado se for promovida
concomitantemente, a valorização do magistério.
Valorização Profissional
O Plano Municipal de Educação tem como um dos objetivos centrais do seu
desenvolvimento, a continuidade da qualidade de ensino, tema de debates e reivindicações de
toda sociedade civil organizada, do poder público e instituições privadas, promovendo a
valorização dos profissionais da educação.
A valorização dos profissionais da educação básica deve ser prioridade com ação
voltada a novas bases sócio histórico do contexto mundial, gestor de novos paradigmas do
conhecimento e de novas exigências para o desempenho da educação escolar.
A implementação de políticas públicas voltadas para a formação inicial e continuada
dos profissionais da educação, representa uma das condições da produtividade no contexto do
avanço científico e tecnológico. Tal fato cria a possibilidade da educação básica oferecer à
população deste município, maior possibilidade de inserção nas atividades produtivas, com
vista à melhoria da qualidade de vida da população.
De acordo com o Plano Nacional de Educação, é preciso criar condições que
mantenham o entusiasmo inicial, a dedicação e a confiança nos resultados do trabalho
pedagógico. É preciso que os profissionais possam vislumbrar perspectivas de crescimento
profissional e de continuidade de seu processo de formação.
O Plano Municipal de Educação pressupõe a valorização dos profissionais da
educação através de uma formação profissional que assegure o desenvolvimento da pessoa
enquanto cidadão e profissional, propriedade dos conhecimentos, objeto de trabalho com os
alunos e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem. Um sistema de educação
continuada que permita ao profissional um crescimento constante do seu domínio sobre a
cultura letrada, dentro de uma visão crítica e perspectiva humanística.
A Jornada de trabalho concentrada, sempre que possível, em um único
estabelecimento de ensino e que respeite o tempo necessário para as atividades
complementares ao trabalho em sala de aula, salários condignos, compatível no mercado de
trabalho, com outras ocupações que requerem nível equivalente de formação e o compromisso
social e político do magistério.
A sociedade atual exige o aprofundamento e ampliação dos conhecimentos, isso impõe
a qualificação permanente do educador, para o exercício da docência. Além disso, é
importante incentivar a participação em eventos acadêmico-científicos, que subsidiem a
formação técnica e crítica de todos os profissionais da educação, de modo a melhorar o seu
trabalho, incentivando-os a participação junto a entidade da categoria, de forma a fortalecer e
promover a sua formação inicial. Neste sentido, a formação continuada do profissional de
educação ganha significado e relevância, fundamentalmente, frente aos avanços científicos e
tecnológicos.
A ação educativa que se desenvolve no interior da escola deve ser oferecida para todos
os seus trabalhadores, com cursos de capacitação, com qualidade em áreas técnicas e
administrativas, constituindo-se de importância fundamental para o desenvolvimento da
qualidade de educação no município.
O Art. 206 da Constituição Federal, inciso V, determina que a valorização dos
profissionais da educação escolar, seja garantido, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas e, no
inciso VIII estabelece o piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública.
A valorização do profissional da educação, por um lado, depende das políticas
instituídas pelos poderes públicos para a garantia das condições de trabalho que, entre outros,
inclui espaço físico condizente com o processo educativo, equipamentos, instalações
adequadas, acervo bibliográfico, recursos pedagógicos e novos meios de comunicação e
informação. De outro lado, exige desse profissional respeito aos alunos, compromisso com o
processo de aprendizagem, interesse e dedicação ao seu trabalho, participação efetiva nas
atividades das instituições como componente de uma ação mais global, desenvolvida em
equipe.
O PME confirma as proposições das entidades científicas e profissionais do campo
para formação aos profissionais da educação em quaisquer níveis e modalidades. A formação
continuada é parte essencial da estratégia de melhoria permanente da qualidade da educação e
visa a criação de novos horizontes na atuação profissional. Essa formação terá como
finalidade a reflexão sobre a prática educacional e a busca do seu aperfeiçoamento técnico,
ético e político.
Educação Ambiental
O Plano Municipal de Educação não poderia deixar de considerar a importância da
questão ambiental, visto que nas últimas décadas, vêm se intensificando as preocupações
inerentes à temática ambiental e, concomitantemente, às iniciativas dos variados setores da
sociedade para o desenvolvimento de atividades, projetos e congêneres, no intuito de educar
as comunidades, procurando sensibilizá-las para as questões ambientais, e mobilizá-las para a
modificação de atitudes inadequadas e a devida apropriação de posturas benéficas ao
equilíbrio ambiental.
As ideias ligadas à temática ambiental não surgiram de um dia para outro. Numerosos
fatos de âmbito internacional foram delineando o que conhecemos hoje por educação
ambiental.
Ilustrativamente, podemos citar alguns desses acontecimentos: Considerado um clássico na
história do movimento ambientalista mundial, o livro “Primavera Silenciosa”, lançado em
1962, que alertava para a crescente perda da qualidade de vida produzida pelo uso
indiscriminado e excessivo dos produtos químicos e os efeitos dessa utilização sobre os
recursos naturais.
A Carta de Belgrado (1975) preconizou que as fundações de um programa mundial de
Educação Ambiental fossem lançadas; A Declaração da Conferência Intergovernamental de
Tibilisi, sobre educação ambiental (1977), atentou para o fato de que, nos últimos decênios, o
homem, utilizando o poder de transformar o meio ambiente, modificou rapidamente o
equilíbrio da natureza. Como resultado, as espécies ficaram frequentemente expostas a
perigos que poderiam ser irreversíveis. No Congresso de Moscou (1987), chegou-se à
concordância de que a educação ambiental deveria objetivar modificações comportamentais
nos campos cognitivos e afetivos.
Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na
implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de
sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de
participação que levem à autoconfiança, às atitudes positivas e ao comprometimento pessoal
com a proteção ambiental, implementados de modo interdisciplinar.
No Brasil, conforme orientação da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n.
9.795/99) e do Programa Nacional de Educação Ambiental, o cenário é rico em ações
relacionadas às questões sociais e ambientais. Nesse contexto, os Estados se organizam em
redes e comissões colegiadas, traçando diretrizes, metas e proposições.
O Estado de Mato Grosso não se esquiva desse compromisso, possui leis, programas e
projetos em parcerias, redes, comissões e coletivos de educadores, que formam uma grande
comunidade de aprendizagem nos setores escolarizados, além de fortalecer a educação
popular.
No intuito de fortalecer as políticas públicas que favoreçam a construção dos projetos
ambientais escolares e comunitários, os municípios, aliados à dimensão escolar e ao saber
popular, resgatam a função do processo pedagógico à capacidade de sensibilizar, para a
importância de inserir a educação ambiental nos projetos políticos-pedagógicos, como
programa e fortalecimento da educação ambiental. Consolidando, assim, a função social da
educação, que converge para o compromisso com a transformação social e a responsabilidade
ecológica.
A educação ambiental do município deverá estar pautada em ações que tenham como
base: parceria com outras instituições; estímulo à mediação pedagógica; reconhecimento dos
múltiplos saberes; incentivo a um enfoque complexo e emancipatório; reflexão sobre a ética
menos antropocêntrica; respeito à diversidade biológica e à diferença cultural e étnica,
oportunizando, assim, a visão da complexidade ambiental, sem perder a dimensão regional.
O Programa de Educação Ambiental Semeando a Educação foi implantado na rede
municipal de ensino no ano de 2007, com o objetivo a sensibilizar os educandos para a
responsabilidade de proteger e cuidar do meio ambiente, levando informações para que
construção do conhecimento sobre valores e ações, que contribuam para a formação de uma
sociedade justa, ecologicamente equilibrada e sustentável. Nos anos de 2007 e 2008 o
programa era realizado apenas com os alunos da rede municipal de ensino, porém, de 2009 a
2012 o mesmo se tornou municipal, atendendo todas as redes de ensino. Em seis anos de
duração foram produzidas 83.000 mudas de árvores nativas e recuperadas 12 áreas
degradadas, algumas das quais constituem hoje mata fechada. O desenvolvimento desse
programa rendeu ao município alguns prêmios relacionados ao Programa Agrinho de Meio
Ambiente em 2008/2009/2010/2011 e o prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente em 2009.
O Projeto Escolas Sustentáveis e Com Vidas também faz parte da educação ambiental
no município. O desenvolvimento desse projeto teve início em 2009, com a participação de 4
instituições de ensino. No ano de 2013, 9 instituições do ensino fundamental adeririam ao
projeto e criaram as COMVIDAS, realizaram as conferências nos ambientes escolares,
desenvolveram projetos ambientais, participaram da conferencia municipal infanto-juvenil
pelo meio ambiente e 7 projetos foram selecionados para etapa estadual e 5 representaram o
Estado de Mato Grosso, na etapa nacional em Luziânia (GO), em novembro de 2013,
destacando o nosso município no cenário nacional e, no ano de 2014, 5 instituições de ensino
foram contempladas com o PDDE, sustentáveis recursos financeiros para ser investido em
ações ambientas na instituição de ensino.
Financiamento da Educação
Quanto à educação básica como um todo, cabe à União redistribuir recursos e
suplementar os estados e municípios que não dispuserem de arrecadação suficiente para
financiar o acesso universal a uma educação de qualidade. No que se refere ao financiamento
da educação, a Constituição Federal, nos artigos 212 e 213 garante que:
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos
respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto
neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo serão
considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os
recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a
universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do
plano nacional de educação.
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde,
previstos no art. 208, VII serão financiados com recursos provenientes de
contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma
da lei.
§ 6º As cotas estaduais e municipais de arrecadação da contribuição social
do salário-educação serão distribuídas, proporcionalmente ao número de
alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de
ensino.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo
ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas
em lei, que:
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes
financeiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento
de suas atividades.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de
estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que
demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e
cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando,
ficando o Poder Público obrigado a investir, prioritariamente, na expansão
de sua rede na localidade.
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à
inovação, realizadas por universidades e/ou por instituições de educação
profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder
Público.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb
O poder público de Lucas do Rio Verde busca os caminhos seguros para a educação,
visando a melhoria do ensino-aprendizagem de seus educandos, viabilizando recursos
provenientes de diversas esferas administrativas e, buscando a qualidade social adequada para
todos os cidadãos luverdenses.
O Plano Municipal de Educação caracteriza-se como instrumento definido em função
das políticas educacionais que serão implementadas, da legislação que lhe sustenta e das
condições humanas, materiais e financeiras que está a disposição da sociedade, assegurando o
pleno desenvolvimento do processo de universalização da Educação Básica no município,
garantindo um modelo de gestão que tenha como princípios fundamentais: o caráter público
da educação, a representatividade social e a formação da cidadania, através da articulação
democrática com as diferentes esferas dos poderes públicos federal, estadual e municipal, com
vistas à necessidade da integração de seus planos educacionais.
O desenvolvimento da gestão do ensino público, orientado pela democratização e
cooperação, através da responsabilização dos entes federados, conforme disposto nas
Constituições Federal e Estadual, referente aos percentuais a serem aplicados na educação,
visam instituir políticas que garantam salários dignos aos profissionais da educação, de
formação continuada e condições dignas de trabalho, só assim teremos uma educação de
qualidade.
REFERÊNCIAS: