Relatório 1
Relatório 1
Relatório 1
ENGENHARIA MECÂNICA
Campinas - SP
Março de 2024
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1 Introdução
A partir dos dados, calculamos as trocas de calor em cada fluxo a partir da seguinte relação:
Q = V ∗ ρ ∗ cp ∗ ∆T
3 Sentido de Escoamento
Nessa seção tem-se por objetivo verificar experimentalmente o efeito do sentido de escoa-
mento na transferência de calor entre fluidos no trocador de casco e tubos.
Para isso, construiu-se gráficos de troca de calor a seguir utilizando os dados de troca de
calor para cada configuração, presentes na Figura 2.
Figura 3 – Gráfico de troca de calor comparativo dos sentidos paralelo e contracorrente para
configuração com set point 35°C e diferentes vazões.
Figura 4 – Gráfico de troca de calor comparativo dos sentidos paralelo e contracorrente para
configuração com set point 40°C e diferentes vazões.
Capítulo 3. Sentido de Escoamento 5
Figura 5 – Gráfico de troca de calor comparativo dos sentidos paralelo e contracorrente para
configuração com set point 45°C e diferentes vazões.
Figura 6 – Gráfico de troca de calor comparativo dos sentidos paralelo e contracorrente para
configuração com set point 50°C e diferentes vazões.
De início, ao analisar os valores encontrados podemos apontar que a troca de calor aumenta
conforme o aumento do fluxo de água, como era esperado do ponto de vista teórico, isso fica
claro comparando os primeiros pontos de cada curva (com ambas as vazões 1L/min) com os
últimos (vazões de 2L/min).
Além disso, já pode-se notar que conforme o aumento do ∆Tml os valores da troca de calor
também aumentam, mas isso será discutido mais afundo na próxima seção do relatório.
Por fim, abrimos a principal discussão dessa seção observando as curvas de troca de calor
para os diferentes sentidos de escoamento. Nota-se que em geral os valores são muito próximos
entre ambos os escoamento, com o paralelo levemente acima do contracorrente. O que indicaria
que a troca de calor no trocador independe do sentido de escoamento; porém sabemos através
dos estudos em EM670, Transferência de Calor, que na realidade o escoamento contracorrente
Capítulo 3. Sentido de Escoamento 6
tende a ser mais eficiente e apresenta menos limitações que o escoamento paralelo, como o fato
das temperaturas de saída nunca se igualarem no paralelo.
Algumas possíveis explicações levantadas para tal desencontro entre a previsão teórica e
os valores experimentais são a pequena escala do trocador, que talvez não tenha sido capaz
de nos proporcionar a visualização dos efeitos vantajosos do escoamento em contracorrente
que observamos em indústrias e outros usos comerciais; além do erro na obtenção de dados,
principalmente ligado ao tempo de espera para atingir o regime permanente antes de anotar as
temperaturas.
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4 Diferença de Temperatura
Figura 8 – Gráfico de troca de calor em função da variação de temperatura para a vazão quente
de 1L/min e fria de 2L/min.
Capítulo 4. Diferença de Temperatura 8
Figura 9 – Gráfico de troca de calor em função da variação de temperatura para a vazão quente
de 2L/min e fria de 1L/min.
Analisando essas curvas em que a vazão é mantida constante e varia-se a diferença de tem-
peratura média logarítmica, observa-se que com o aumento da diferença de temperatura a troca
de calor também aumenta em um comportamento bem próximo a linear. Essa tendência já era
esperada, tendo em vista que com a vazão constante e, portanto, U constante, a equação a seguir,
que caracteriza o trocador de calor, se torna linear em função de ∆Tml .
Q = U As ∆Tml
Além disso, através desses gráficos também podemos reafirmar observações feitas anterior-
mente na seção 3, como a proximidade da transferência de calor para as curvas de fluxo paralelo
e contracorrente; além do aumento no calor trocado para vazões maiores, como percebemos
comparando o último gráfico com o primeiro dessa seção.
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5 Coeficiente Global
Para a analise dos coeficientes globais de Troca de calor, este tópico irá comparar os coe-
ficientes calculados experimentalmente com os coeficientes teóricos encontrados por meio da
literatura e dos conhecimentos adquiridos em EM670, Transferência de Calor II.
Q = U As ∆Tlm (5.1)
∆T1 − ∆T2
∆Tlm = (5.2)
ln(∆T1 /∆T2 )
Inicialmente, para calcular os coeficientes globais U = [W/(m2 ∗ K)] pelos dados experi-
mentais, foi criada a seguinte tabela com base nas equações (5.1) e (5.2):
Realizando agora os cálculos teóricos dos coeficientes globais de troca de calor do sistema
segundo equação (5.3), é necessário inicialmente calcular o coeficiente de troca térmica por
Capítulo 5. Coeficiente Global 10
1 ln(D0 /Di ) 1
Req = Ri + Rparede + Ro = + + (5.3)
hi Ai 2πKL ho Ao
Onde: hi e ho representam os coeficiente de troca de calor por convecção no interior e no
exterior do tubo, Ai e Ao as as áreas de contato interna e externa, D0 e Di os diâmetros externo
e interno do tubo, K a condutividade térmica e L o comprimento do tubo. (ÇENGEL et al.,
2011)
Para calcular o coeficiente de convecção de escoamento interno do fluído quente serão uti-
lizadas as equações a seguir do (INCROPERA et al., 2000), além disso, as propriedades da
água serão calculadas em uma temperatura média de 320K referente às diferentes temperaturas
utilizadas no experimento.
hi = N uD K/D (5.4)
água serão calculadas em uma temperatura média de 310K referente às diferentes temperaturas
utilizadas no experimento.
6 Conclusão
Neste experimento foram realizadas diversas medições com um trocador de cascos e tubos,
variando as condições de vazões quente e fria, temperaturas de entrada e escoamento paralelo
ou cruzado.
Nas análises das trocas de calor para diferentes temperaturas de entrada, ficou claro que este
fator influencia na troca de calor, uma vez que o ∆Tlm está diretamente ligado com a troca total
de calor.
Já nas análises para diferentes fluxos, esta análise mostrou que a variação dos fluxos foi
o fator que mais influenciou nos resultados, já que a vazão está diretamente ligadas com os
coeficientes de convecção e com a capacidade térmica do escoamento.
Considerando os testes comparativos entre os escoamentos cruzado e paralelo, por mais que
os resultados não foram como o esperado e as diferenças foram pequenas, foi possível perceber
sim que existe uma influência desta configuração na troca total de calor, uma vez que aumenta
o ∆Tlm .
Sendo assim, por meio deste experimento, foi possível trabalhar diversos conhecimentos da
área de Transferência de Calor em trocadores de calor. Diante disso, é possível destacar que foi
possível relembrar e fixar ainda melhor os conhecimentos sobre troca de calor em escoamento
interno, externo e também sobre a troca global de calor em um sistema.
Além disso, por meio da análise das trocas de calor dos sistemas funcionando em diferentes
configurações, foi possível entender a influencia de cada fator na resposta final dos trocadores,
como vazão, escoamentos turbulentos e laminares, temperaturas de entrada, propriedades dife-
rentes da água dependendo da temperatura e também a diferença entre escoamentos paralelos e
contra correntes.
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7 Incertezas
• Já a vazão, também lida em painel digital, mostra uma incerteza de ±0, 01L/min =
±1, 67 × 10−7 m3 /s
• Por final, tem incerteza associada ao cálculo de Qmed . O cálculo dessa incerteza é feito
por: s 2 2
δQm δQm
µQm = µV + µ∆T ≈ 0, 1 V ρ cp (7.2)
δV δT
Referências
ÇENGEL, Y. A.; GHAJAR, A. J.; KANOGLU, M. Heat and mass transfer: fundamentals and
applications. 2011.