Manual Segurança
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CONSIDERAÇÕES
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1. ESTUDO DO PROJECTO
Nesta fase ainda se podem tecer considerações em projecto sem pôr em risco o
bom desenvolvimento da obra e que, para os métodos construtivos sejam previstas as
necessárias medidas de segurança. São por vezes pormenores executados na fase da
estrutura que podem tornar menos dispendioso o acto de prevenir. Exemplificando com
a betonagem de uma laje “o simples facto de na bordadura de uma laje sem cortina
serem aplicadas pontas de aço em varão de dim.16, com 35cm de comprimento e com o
espaçamento pretendido (normalmente de 90 em 90cm) e só depois executar a
betonagem da mesma, pode reduzir o custo da montagem de guarda corpos de periferia
em 23%, pois em todos os pormenores de obra é preponderante o factor custo.
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2. TAREFAS NECESSÁRIAS PARA A EXECUÇÃO DE ESTRUTUAS
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3. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS
Depois da marcação, deve ser feita uma análise a olho nu ao terreno em questão, isto é,
se são ou não evidenciados afloramentos rochosos, cursos de água, vegetação que
indique a presença de água, o tipo do terreno em questão, etc., para que possamos ficar
com uma ideia da composição do subsolo e quais as medidas que poderemos vir a
adoptar quer na escavação quer na segurança da futura obra.
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De uma maneira geral, pode-se afirmar que os materiais da superfície terrestre se
classificam como rochas e solos. As rochas são materiais provenientes da solidificação
do magma ou da consolidação de depósitos sedimentares, são materiais de difícil
desagregação. Os solos são genericamente o resultado da desagregação dos materiais
rochosos por diversos agentes físicos e/ou químicos.
Sempre que a opção inicial seja a remoção da primeira camada de terreno, deve ser
sempre salvaguardado o escoamento das águas se existirem condições para a sua
acumulação. É sempre desejável que o escoamento se proceda por via gravítica, mas se
não for possível, deve ser equacionada outra forma de retirar as mesmas, já que os
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trabalhos até á cota de soleira e posterior aterro demoram algum tempo a serem
executados, e a presença de água, não é um factor desejado para as futuras tarefas de
cofragem, aplicação de aço e betonagem.
O estudo geológico e geotécnico do solo deve ser feito antes do projecto, para que o
projectista disponha de todos os elementos necessários par realizar um bom trabalho.
O mais usual e com bons resultados é o ensaio com extracção de terreno e posteriores
ensaios em laboratório, ensaio este que se inicia á rotação com extracção do material
completamente danificado, sendo que de metro a metro (ou com espaçamento
previamente acordado) é feita uma recolha de terreno que na maior parte dos casos se
consegue quase intacto e que reflecte com grande exactidão as características do
geológicas do subsolo. Estes ensaios devem ser executados até uma profundidade nunca
inferior a 2 metros abaixo da cota inferior das fundações, se for exibida uma espessura e
homogeneidade considerável na última camada, caso o mesmo não se verifique, a
profundidade das prospecções deve ser avaliada por geólogos e pelo engenheiro
responsável pela estrutura do edifício.
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Pode ser visto na foto 28 um método
muito usado para a prospecção
geológica dos terrenos. Este método
consiste na recolha de amostras de
terreno com recurso a métodos não
destrutivos, todavia nem sempre os
carotes (amostras de terreno) são
recolhidos nas melhores condições
devido à natureza do terreno.
Foto 28
Foto 29
Desde o momento que se iniciam trabalhos com recurso a máquinas deve ter-se sempre
em atenção as prescrições do fabricante, os limites das máquinas e em especial os
operadores das mesmas devem ser experientes e qualificados para operar com as
máquinas em questão. O uso de EPI’s (equipamento individual de segurança) é
essencial, mas mais importantes é como conceber o plano de EPC’s (equipamento
colectivo de segurança).
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3.4. Tipo de fundações
Normalmente a escolha do tipo de fundações é consequência do incremento de cargas
que a futura estrutura provocará no solo e da resistência que o solo oferece. Existem
variadíssimos tipos de fundações, sendo que para uma melhor análise tratarei de dividir
as fundações em superficiais e profundas.
Sem cave:
Directas:
Trincheiras;
Sapatas;
Sapatas contínuas;
Indirectas:
Estacas:
Estacas moldadas;
Estacas coluna;
Micro estacas;
Com cave:
Directas:
Paredes de betão;
Muros de Berlim;
Cortina de estacas;
Paredes de betão;
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3.5. Montagem do estaleiro
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O estaleiro tem de ser fisicamente delimitado, têm de ser criadas vias de circulação para
o exterior e garantir a sinalização adequada. Se a vedação do estaleiro criar
constrangimentos à circulação existente na zona, este facto deve ser participado às
autoridades locais, licenciado e os constrangimentos das vias devem ser sinalizados em
conformidade para a prevenção de acidentes rodoviários. Se a vedação de obra alterar
ou eliminar as zonas pedonais, devem ser criadas alternativas através de passadiços
devidamente protegidos e que ofereçam aos seus utilizadores condições de segurança.
A circulação dentro do estaleiro não é menos importante, devem ser criadas zonas
distintas para o tráfego de máquinas/viaturas e pedonal, esta última não deve ser feita
sem protecção superior no raio de influência da grua. A escolha das zonas de circulação
de máquinas, deve ser feita em função do perfil transversal da via, as condições
climatéricas da zona, a estação do Ano, as viaturas que vão ser utilizadas, proximidade
de barreiras, etc. As vias tal como qualquer outra infra-estrutura devem ser mantidas em
bom estado de conservação e deve existir uma pessoa nomeada a quem se delega a
responsabilidade de verificar e reparar ou participar para que sejam reparadas.
No estaleiro devem existir escritórios de apoio à obra, hoje em dia o mais usual são os
contentores de compra ou de aluguer. São módulos minimamente apetrechados para o
efeito, tornam-se mais baratos e mais cómodos que os executados em alvenaria, são de
mais fácil limpeza e a maior faculdade que lhes está associada é a mudança da sua
localização a qualquer momento única e exclusivamente com o auxílio de uma grua
e/ou um transporte se for para alem do raio de influência da grua, pelo que são muito
recomendáveis. Os estaleiros devem contemplar instalações sociais. A implantação do
estaleiro social deve ser alvo de um estudo apurado tendo em consideração as
necessidades a que deve responder e os condicionalismos da envolvente no local onde
está inserido. Deve ser tanto quanto possível uma zona distinta do estaleiro industrial,
ser uma zona limpa e arejada, com garantia de abastecimento de água e electricidade
sempre que necessário e com uma rede de drenagem adequada.
O projecto de estaleiro na sua fase mais avançada e em última revisão deve ser discutido
com a intervenção da maior parte dos subempreiteiros que estejam escolhidos para a
obra, só desta forma se conseguem conciliar os espaços disponíveis com as
necessidades de cada equipa e com a maior responsabilização dos seus intervenientes.
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O estaleiro deve ser um local limpo e arrumado, devidamente resguardado da intrusão
de pessoas estranhas ao serviço, desta forma não só se torna mais agradável trabalhar
como se promove a saúde, higiene e segurança no local de trabalho.
Foto 30 Foto 31
Foto 32 Foto 33
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Por vezes recorre-se a instalações de aluguer para escritórios e instalações sanitárias ou
são improvisados outros espaços sociais em obra.
Foto 34
3.6. Escavação
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Hoje em dia as escavações são normalmente executadas mecanicamente. O
grande volume de terrenos a movimentar, o custo da mão-de-obra e os prazos de
execução são as condicionantes mais fortes para a mecanização desta tarefa.
Os meios utilizados para a escavação podem ser muito diferentes, por isso, para
uma melhor análise da actividade de escavação há necessidade de subdividir a mesma
em dois tipos:
Escavação em terra;
Escavação em rocha ou desmonte;
Nas escavações surgem por vezes blocos rochosos. A escavação de rocha (desmonte)
por processos convencionais é feita através da perfuração por rotação dos maciços a
profundidades pré determinadas, pela introdução dos explosivos, detonação e remoção
dos escombros. Se o bloco se apresentar com fracturas orientadas favoravelmente ao seu
desmonte, podem ser utilizados outros meios mais económicos, tais como as
retroescavadoras ou giratórias providas de guilhos ou de martelos pneumáticos.
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Foto 35
Foto 36
Foto 37
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Foto 38
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Na grande parte dos casos, este tipo de escavação é próximo de valas técnicas ou em
valas técnicas já consolidadas. Nestes casos, devem ser consultados todos os cadastros
das redes técnicas subterrâneas a fim de se evitar roturas ou colisões com as mesmas e
prevenir possíveis acidentes.
Antes de optar pelo recurso a este tipo de escavação devem ser ponderadas as vantagens
e inconvenientes de tal opção, já que a legislação neste sentido é muito específica e
normalmente não se encontra ao alcance ou é do conhecimento do engenheiro da obra.
Deve solicitar-se às empresas da especialidade informação prática que nos ajude ao
cumprimento das disposições legais em vigor e nunca iniciar uma escavação com
recursos a explosivos sem que a mesma se encontre licenciada.
Se a empresa executante não tiver capacidade para o estudo prévio deste tipo de
trabalhos, deve ser mandado executar a pessoa ou entidade especializada, um plano de
fogo detalhado onde refira expressamente, a malha de furação, as características dos
furos, inclinação, diâmetro e profundidade, o explosivo a utilizar, o tipo de
escorvamento, as características da carga por furo e demais informações que permitam á
direcção de obra preparar convenientemente o trabalho e os meios de protecção.
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Se se pretender guardar explosivos em obra ou sobra de explosivos de um dia para o
outro, deve ser previsto a construção de paióis, mas já que a construção e manutenção
deste tipo de estruturas é bastantes dispendiosa, deve elaborar-se um plano de trabalhos
com a intervenção e responsabilização da entidade que vende os explosivos para que
este assegure o seu fornecimento dentro dos prazos previstos, com a empresa que
executa o fogo e com a empresa de escavação que fará a limpeza dos escombros
provenientes dos rebentamentos.
Tendo presente que a generalidade dos trabalhos com explosivos constitui normalmente
uma subempreitada entregue a empresas da especialidade, apontar-se-ão
atempadamente neste trabalho somente as medidas preventivas de carácter genérico, já
que as medidas de prevenção específicas são da responsabilidade do técnico
especializado.
Sempre que a capacidade de carga do terreno não satisfaça as necessidades de carga das
fundações ou quando o terreno é heterogéneo na área de implantação o recurso a estacas
é usual. É um trabalho que requer a intervenção de empresas da especialidade, pois o
equipamento para este tipo de escavações é muito específico e dispendioso.
Os principais cuidados a ter neste tipo de escavação podem confundir-se com todos os
outros que descrevo em capítulo apropriado pois também se utiliza maquinaria pesada.
Sempre que seja necessário se proceder á interrupção dos trabalhos de furação ou que o
furo não possa ser betonado, este deve ser protegido com tampa ou guarda corpos para
evitar quedas para dentro do mesmo.
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Foto 39
Antes, durante e depois da escavação existe muito trabalho a executar tendo como
finalidade a implantação da estrutura. A vedação do perímetro da obra, criação de
acesso à frente de escavação, remoção de terrenos, resguardos em plástico nos taludes,
etc. Neste caso as fundações são através de estacas moldadas in situ, é bem visível a
quantidade de detritos provenientes da tarefa de abertura de estacas.
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3.6.4. Escavação na abertura de fundações para paredes moldadas
Tal como na generalidade das escavações, este tipo de escavações também tem
recurso a equipamento pesado. Existe um risco particular associado a esta tarefa, já que
o uso de lamas bentoníticas é comum. As lamas bentoníticas são uma verdadeira
armadilha para quem trabalha perto delas, pois quando se encontram em repouso
aparentam uma elevada estabilidade e resistência, mas tal não é real. Se um operário
caminhar sobre as lamas, e que existam, buracos, valas ou descontinuidades no terreno
que possam colocar em risco a vida do operário, as lamas não resistem ao peso do
operário, e este encontra-se sobre risco eminente.
Foto 40 Foto 41
Como seria desejado o perigo deveria ser afastado do trabalhador ou vice versa e,
neste caso, o trabalhador não deve caminhar sobre as lamas bentoníticas e os locais
onde as lamas repousam deve estar fisicamente vedado e sinalizado.
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3.7. Entivações, contenções e estabilização de terrenos
Segurança;
Económica;
Tempo de execução da tarefa;
Tipo de terreno;
Níveis aquíferos;
Quantidade de tempo de descompressão terreno escavado;
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Foto 42
3.7.1. Entivações
Foto 43 Foto 44
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Quando a escavação a executar é do tipo de valas ou trincheiras até uma altura
máxima de 1,80m este tipo de entivações é o mais usual (fotos 43 e 44), sendo mais
rápido de montar e mais económico que o modelo apresentado de seguida. Confere uma
protecção muito eficaz aos operários que necessitam de utilizar as valas ou trincheiras
como posto de trabalho e é de fácil montagem e desmontagem, sendo a sua recolocação
feita como uma nova montagem, isto é, não existindo usualmente trabalhos acessórios
de limpezas ou reparações.
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Foto 48 Foto 49 Foto 50
3.7.2. Contenções
São cada vez mais usuais os trabalhos de contenções, as razões que obrigam a
sua aplicação são essencialmente as condicionantes de espaço limítrofe entre as
edificações, vias de comunicação e outros condicionalismos que possam colocar em
risco de desmoronamento de edificações ou queda dos terrenos quando se executa a
escavação. Existem vários tipos de contenções, a abordagem detalhada dos vários tipos
de contenções encontra-se para alem do âmbito do presente trabalho, como tal,serão
focados os aspectos fundamentais das contenções mais frequentes e farei uma breve
descrição das mesmas.
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Sendo claro que a importância e a disposição do escoramento variam com o tipo
de terreno e as profundidades que têm de ser alcançadas, pois com a profundidade
aumentam as tensões e, consecutivamente a resistência das peças de escoramento.
Foto 51
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Foto 52
Foto 53 Foto 54
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Este também é um método muito utilizado em contenções provisórias, é pouco
dispendioso e de rápida execução. A segurança que este sistema confere é de grande
fiabilidade quando bem estudado e executado, as suas limitações em altura são tanto
maiores quanto menor for o número de ancoragens feitas aos perfis metálicos.
Foto 55 Foto 56
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Foto 57
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3.7.3. Estabilização de terrenos
A estabilização dos terrenos com recurso a injecções está a adquirir cada vez mais
adeptos, quando a capacidade dos terrenos não é suficiente para as acções pretendidas e
a possibilidade de se melhorar através de injecções é suficiente, não deve existir
cepticismos relativamente a estes trabalhos, pois são fiáveis e de rápida execução. Este
processo consiste num tratamento ao terreno capaz de melhorar a estabilidade de um
maciço terroso ou rochoso. Propõe-se com este trabalho melhorar as características
mecânicas e de impermeabilização dos maciços terrosos e rochosos.
Estas injecções são aplicadas com sucesso nos terrenos granulares (desde o calhau
até à areia fina), limitando-se o seu emprego aos terrenos cujo diâmetro efectivo é
superior a 1mm. Nos terrenos arenosos de granulometria fina, antes de se injectar as
caldas, deve-se forçar uma injecção de água em tubos alternados, criando canais no
terreno entre os vários tubos para permitir a percolação do material a injectar.
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Existem especialmente quatro tipos de estabilização de taludes ou solos, divergem
na natureza do ligante:
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3.7.4. Reforço dos terrenos para as fundações
Foto 58
A foto 58 ilustra uma área de terreno que teve que ser escavada a uma
profundidade superior em 80cm à cota prevista para a implantação das fundações. Toda
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a área em questão foi saneada e substituída por materiais com uma capacidade de carga
superior á de terreno existente.
Foto 59
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• Drenagem (superficial e profunda):
• Revestimento do talude:
• Projecções e pregagens:
Quando a estabilidade do talude está posta em causa mas de uma forma moderada
e se prevêem deslizamentos ou escorregamentos de massas de terreno é frequente o
recurso a projecções ou gonitagens de betão com ou sem armadura e com ou sem
recurso a pregagens, que neste caso funcionam como ancoragens de reduzido
comprimento e diâmetro.
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Foto 60 Foto 61
Foto 62 Foto 63
Nas fotos 62 e 63 pode ser visto um caso onde o terreno envolvente é constituído
por um aterro de várias camadas de terrenos provenientes de vários locais e com fraca
compactação, associado á fragilidade pela proximidade de uma vala técnica, deu-se o
escorregamento de um volume significativo de terreno. Em qualquer fase da obra e
quando não previsto, tem sempre consequências negativas, neste caso procedeu-se à
remoção do terreno que escorregou e à limpeza e lavagem do betão de limpeza que já
estava aplicado em obra.
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3.8. Cofragens
o Tipo de cofragens;
o Mapa de courettes ou negativos;
o Descofragens;
O mapa de courettes deve ser executado com o auxilio dos vários intervenientes
das especialidades constantes no edifício, devem ser previstos todos e quaisquer
possíveis atravessamentos nos elementos estruturais, só desta forma se pode reforçar a
estrutura em conformidade antes da betonagem de qualquer elemento estrutural. O corte
ou furação de elementos estruturais no futuro é sempre mais pecaminoso que o reforço
da estrutura antes da sua betonagem, por isso, deve ser feito um estudo muito cuidado
dos reforços a incrementar nas zonas de courettes ou negativos.
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Foto 64
Foto 65
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3.10. Armaduras
Foto 66
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3.11. Betonagem
A betonagem, como qualquer outra tarefa também tem riscos associados, são mais ou
menos comuns as “entaladelas”, perfuração de partes do corpo por intermédio de
materiais pontiagudos, quedas de objectos e quedas em altura dos operários. Estes riscos
são de fácil controlo se as medidas de prevenção estiverem bem implementadas, tais
como uma boa implantação dos EPC’s, carecendo de uma revisão permanente e através
do uso de EPI’s sempre que necessário.
Foto 67
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Foto 68
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Foto 69
Foto 70
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Um bom início de nivelamento é indispensável para uma conclusão dos trabalhos
preparatórios de afagamento de uma laje. Nesta tarefa os riscos associados são menores,
mas nunca devemos descorar o uso de EPI’s.
Pode definir-se aterro como um maciço artificial de terras mais ou menos consolidas.
Sempre que a qualidade do solo disponível para o aterro não satisfaça na totalidade o
volume a aterrar, devem ser colocados os terrenos de pior qualidade nas camadas
inferiores melhorando sucessivamente até à camada superior e, ter em consideração o
período de tempo necessário e suficiente para a sua estabilização.
Na construção de aterros sobre terrenos que não conseguem suportar o peso próprio dos
equipamentos, a camada inferior deve ser executada com materiais granulares e com a
espessura mínima para suportar o equipamento. Contudo, se a escolha for a de utilizar
estas técnicas pode-se sempre recorrer a um geotextil com as características mecânicas
necessárias para suportar a capacidade desejada e colocar o aterro à posteriori.
Junto a edifícios ou no seu interior, os aterros não devem ser feitos por camadas
superiores a 20cm de espessura. Devem também ser compactados até se verificar que o
dispositivo compactador projectado para o efeito deixe de produzir resultados.
Na compactação dos terrenos, é indispensável a rega, mas não de uma forma excessiva
(em excesso prejudica a deslocação dos equipamentos).
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Toda a zona envolvente ao edifício numa faixa de pelo menos 50cm deve ser apiloado
com um maço em madeira ou no máximo compactado com placa vibratória, pois só
desta forma se pode salvaguardar a integridade da impermeabilização periférica e, uma
compactação homogénea e suficiente da área envolvente ao edifício.
Foto 71
Foto 72
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4. LEVANTAMENTO DOS RISCOS POR TAREFA
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Estaleiro
Exposição a vibrações;
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Escavação
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Escavação em valas ou trincheiras
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Cofragens
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Armaduras
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Betonagem
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5. MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA A SEGURANÇA
Estaleiro
Medidas de Prevenção
Projecto de escavação e contenção periférica;
O plano de estaleiro deve ser elaborado tendo em conta todas as equipas de
trabalhadores no futuro e se possível deve ser elaborado com a intervenção do
máximo de responsáveis pelas futuras equipas;
O estaleiro deve ser um local limpo e arrumado;
A água e electricidade devem ser fornecidas regularmente;
Deve ser feito um levantamento cadastral das infra-estruturas enterradas na área
abrangida pelo estaleiro;
O traçado de circulação de viaturas não deve coincidir com o traçado da circulação
pedonal;
Delimitação e sinalização dos espaços de circulação para veículos e para peões;
Quando a circulação pedonal coincidir com o raio de acção da grua deve ser
protegido superiormente;
Deve ser afixado no estaleiro em local bem visível os números de telefone de
emergência;
Deve existir no estaleiro extintores de incêndio em locais estratégicos;
Os estaleiros devem ser delimitados e vedados à intrusão de pessoas estranhas ao
serviço da obra;
Deve existir caixa de primeiros socorros e pelo menos uma pessoa habilitada a
prestar os primeiros socorros em caso de acidente;
No estaleiro devem existir instalações sanitárias, vestiários e refeitório, estes locais
devem estar apetrechados de uma rede pluvial fiável;
Deve existir um responsável pelo estaleiro, pessoa que se preocupa pela arrumação
e limpeza, estado das vias de circulação e participar sempre que sejam detectadas
anomalias;
O estaleiro deve estar bem sinalizado e quando existam trabalhos nocturnos deve
encontrar-se bem iluminado;
Deve estar afixado em local visível toda a documentação obrigatória por lei, tal
como o horário de trabalho, etc.
Deve existir uma pessoa responsável pela segurança que verifique diariamente os
EPC’s;
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Escavação
Medidas de Prevenção
Antes de iniciar qualquer trabalho de movimentação de terras deve fazer-se um
levantamento do tipo de terreno onde vamos intervir;
A influência da proximidade de outras construções ou estruturas;
A influência de fontes de vibração;
Levantamento cadastral das infra-estruturas enterradas;
Levantamento das infra-estruturas aéreas;
Delimitação e sinalização dos espaços de circulação para veículos e para peões;
Os acesos a viaturas e pessoal deve ser feito separadamente;
Devem ser devidamente entivadas todas as frentes de escavação onde se verifique
que o ângulo de corte é superior ao do talude natural;
As infiltrações de águas no topo dos taludes devem ser devidamente conduzidas
através de caleiras de superfície;
Os taludes devem ser protegidos com manga de plástico para evitar infiltrações de
água e descompressões causadas pelo Sol e calor;
Se a escavação atingir níveis freáticos, deve-se proceder á drenagem permanente
das águas e á verificação dos taludes;
Se a escavação for executada em aterros, deve ser feita por pequenos troços e fazer
a verificação dos taludes;
Se na imediação da escavação existirem edificações, muros, postes ou outro tipo de
sobrecargas, devem ser recalcados os seus alicerces ou proceder a outro tipo de
fixação;
Se junto ao coroamento dos taludes existirem árvores, estas devem ser cortadas
antes de proceder á escavação;
Se na junto á frente de escavação existirem estradas, deve ser diariamente vigiado o
comportamento do talude, se a intensidade e tráfego o justificar, devem ser tomadas
as medidas necessárias para o seu condicionamento;
Os taludes devem ser diariamente vigiados, especialmente se existirem
estratificações no Terreno ou se apresentarem fissuração, se for necessário deve
proceder-se ao saneamento das zonas de risco;
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Os coroamentos dos taludes devem estar sinalizados e protegidos numa faixa nunca
inferior a 2.00m com guarda corpos e rodapé para evitar a aproximação de
máquinas que possam produzir sobrecargas ou vibrações, deve ser criada uma outra
protecção com altura superior á anterior para precaver a entrada de pessoas
estranhas á obra;
Deve ter-se em atenção a acumulação de gases no interior da escavação;
Deve ser rigorosamente proibido trabalhar junto aos taludes, em especial se os
taludes tiverem sido recentemente abertos e ainda tenha existido tempo necessário á
sua descompressão;
Verificar se existem “check lists” para os diferentes equipamentos e se os
procedimentos e verificações preconizados são efectivamente cumpridos;
Estabelecer plano de fuga e informar os trabalhadores das medidas a tomar em caso
de ocorrência de acidente;
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Escavação em valas e trincheiras
Medidas de Prevenção
Devem ser entivados todos os taludes dos troços de valas ou trincheiras cuja
profundidade seja superior a 1,80m. A entivação deve ser adequada ao tipo de
terreno, grau de humidade e possíveis sobrecargas. Se a entivação escolhida for
executada em madeira, esta deve ser de boa qualidade, estar isenta de nós e
fissuras;
Nos locais expostos a vibrações, a entivação deve ser reforçada;
Se a entivação escolhida para um dado troço for executada por módulos, não devem
existir folgas entre os mesmos;
A desmontagem das escoras especialmente em terrenos de pouca coesão deve ser
feita única e exclusivamente quando os trabalhadores se encontrarem a uma
distância superior á zona de risco;
As escavações em valas técnicas deve ser executada por meios mecânicos até
1.00m de distância das infra-estruturas, devem o restante terreno ser removido
manualmente;
Na escavação com meios manuais os trabalhadores devem manter uma distancia
entre si no mínimo de 3.00m;
Nas valas ou trincheiras com profundidade superiores a 1.50m, devem ser
colocadas escadas de comprimento adequado ou outros meios para que os
trabalhadores possam ter acesso;
Os produtos da escavação não devem ser colocados a menos de 1.00m do bordo da
vala. No espaço sobrante não deve ser permitido o depósito de qualquer
equipamento ou material nem ser utilizado como via de circulação ainda que
pedonal;
No caso das valas ou trincheiras serem mais profundas que 1.80m, os cuidados a
tomar com a entivação ou com a colocação dos produtos sobrantes deve ser
equacionada com um rigor superior e devem ser conhecidos os parâmetros de
coesão e atrito interno do terreno;
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Assegurar o controlo da atmosfera dentro da vala, controlo esse que deverá ser
quase permanente se for possível a necessidade de foguear no seu interior;
Prever passadiços dotados de guarda corpos e rodapé para permitir a zona de
passagem das valas com equidistâncias entre si nunca superiores a 15m;
Colocar de reserva bombas para o escoamento de água de caudal e pressão
suficientes para dar resposta a algumas roturas ou chuvadas que não se possam
prever;
No caso de se verificar que alguns dos trabalhadores apresentam qualquer
perturbação funcional, nomeadamente enjoo, vómitos, tonturas ou desmaio, todo o
pessoal restante deverá abandonar imediatamente o local de trabalho até se saber
qual o motivo da perturbação do trabalhador;
Se for necessário alguém descer às valas quando seja detectado algo de anómalo, só
deve ser feito com uma espia amarrada á cintura do trabalhador de tal modo que,
em qualquer altura, seja possível recupera-lo para o exterior.
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Escavação com recurso a explosivos
Medidas de Prevenção
Desde que o explosivo é entregue na obra até á sua aplicação deve ser sempre
sujeitos á vigilância da pessoa responsável;
O emprego de substâncias explosivas só pode ser feito por pessoas habilitadas para
a função, possuindo cédula de operador de explosivos válida e passada por entidade
autorizada para o fim em questão;
Dentro da medida dos possíveis, o fornecedor dos explosivos deve fazer a entrega
junto ao local onde estes vão ser utilizados, se a distancia ao entre o fornecimento e
o local da sua utilização for considerável, o transporte;
Não deve ser permitido o transporte de detonadores conjuntamente com os
explosivos propriamente ditos;
Embora os explosivos hoje em dia sejam muito seguros, devem ser tratados com
muito cuidado, evitando choques, fogo nas imediações ou submete-los a
temperaturas elevadas;
Deve ter-se um especial cuidado no uso e manuseamento dos detonadores, pois
estes são de fácil explosão quando submetidos a choque, pressão, fricção ou calor.
Quanto aos detonadores eléctricos, estes são sensíveis a correntes electrostáticas ou
a campos electromagnéticos;
Os detonadores devem permanecer na sua embalagem de origem até á sua
utilização. Admite-se, no entanto, a sua transferência para outro tipo de embalagem
de transporte desde que não seja metálica e garanta protecção adequada;
Os detonadores devem ser mantidos com os seus condutores unidos em curto-
circuito, até ao momento da ligação à linha de tiro;
Antes de iniciar o carregamento dos tiros devem ser retiradas todas as pessoas que
se encontrem em local de risco e não se encontrem directamente ligadas a esta
tarefa;
Antes de se dar inicio ao carregamento dos tiros, os acessos ao local de fogo devem
ser vedados e vigiados até depois da explosão e da verificação de tiros não
falhados;
Se se estiverem a utilizar detonadores eléctricos, deve ser interditado o uso de
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radiotransmissores na área envolvente da linha de tiro. O tamanho da área a
interditar depende, fundamentalmente, da potência do emissor;
Se o uso dos radiotransmissores na área envolvente da linha de tiro for de uso
indispensável, devem ser utilizados detonadores eléctricos especiais ou o recurso a
iniciadores não eléctricos;
As varas de atacamento dos explosivos devem ser em madeira e de diâmetros
ligeiramente inferiores aos diâmetros do furo;
Devem ser utilizados explosivos encartuchados e com diâmetros compatíveis com
os diâmetros dos furos;
Os todos os explosivos regra geral são constituídos por nitroglicerina em maior ou
menor percentagem. As pessoas que são sensíveis a esta substância devem ser
retiradas prontamente, já que podem desencadear dores violentas de cabeça e
vómitos;
No caso de se prever trovoadas, não se deve dar inicio ao carregamento dos furos;
Os circuitos devem ser testados com ohmímetro próprio para o efeito;
No final da operação de carregamento, deve ser revisto meticulosamente todo o
trabalho executado;
Se existir agregado populacional na zona, deve ser previamente avisado do horário
de fogo;
Sempre que seja necessário o acondicionamento de explosivos ou de iniciadores,
tem que ser prevista a construção de paiol e paiolim em local seguro;
Deve ser previsto e resguardado todo o material que possa desprender-se da
explosão;
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Cofragens
Medidas de Prevenção
Deve ser colocada uma cobertura tipo telheiro na zona de trabalhos de estaleiro,
sendo contudo assegurada a luminosidade e ventilações naturais;
As bancadas devem ter as dimensões necessárias para possibilitar a correcta
estabilização das tábuas a serem trabalhas;
O espaço da carpintaria de toscos deve ser dimensionado tendo em conta que em
qualquer máquina se possa operar sem interferir com as outras tarefas;
O espaço de circulação e operação junto ás máquinas deve manter-se limpo e
desobstruído;
Devem ser colocados extintores na carpintaria junto às máquinas e em locais
visíveis e bem assinalados;
As folhas de corte das serras e serrotes devem ser diariamente inspeccionados;
Os painéis devem ter olhais de forma a suportarem as cargas a que estão destinados
e, o seu estado de conservação deve ser verificado antes da utilização;
Na recepção, os painéis devem ser posicionados por cordas guia;
Deve ser proibida a permanência dos trabalhadores nas zonas de passagem de
cargas suspensas;
A zona de cofragem e descofragem deve ser devidamente sinalizada e delimitada;
A subida e descida dos trabalhadores aos elementos cofrados deve ser feita por
intermédio de escadas com comprimento adequado;
As plataformas de trabalho devem ter uma largura mínima de 80cm, para
permitirem a mobilidade necessária á execução do trabalho em condições de
segurança e permitir uma rápida evacuação em caso de emergência;
Os ferros em espera deverão ser cortados, dobrados ou protegidos;
O escoramento deve estar dimensionado para resistir aos esforços previstos com
um coeficiente de segurança de 1,5. Os calços devem ter solidez suficiente para
resistir aos esforços e os prumos devem ser colocados na vertical ou como
mencionado no projecto de cofragens;
A elevação e montagem de elementos e painéis de cofragem deve ser previamente
combinada com o gruísta;
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A movimentação mecânica dos painéis deve ser suspensa sempre que o vento sopre
a velocidades superiores a 40km/h ou quando o manobrador não consiga visualizar
a carga em todo o seu percurso;
A montagem da cofragem deve seguir uma sequência de forma a não permitir que
fiquem vazios para trás na sua montagem. Se for necessário deixar zonas por
cofrar, devem ser sinalizadas e resguardadas com o auxílio de guarda corpos;
A desmontagem das cofragens deve ser executada com plataformas protegidas com
guarda corpos;
Deve ser preconizado o uso de linha de vida sempre que necessário;
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Armaduras
Medidas de Prevenção
Os varões devem ser armazenados em locais acessíveis á grua ou ao multifunções.
O armazenamento deve ser organizado por baias indicadoras dos diâmetros dos
varões. Os molhos de varão devem ser colocados em cima de barrotes de madeira;
Os desperdícios devem ser acondicionados em local apropriado para o efeito;
A oficina deve estar próxima do local de armazenagem, de forma a que os varões
possam ser retirados das baias directamente para a tesoura mecânica. As pilhas de
armazenagem não devem ter altura superior a 90cm;
A zona de corte e moldagem deve estar dimensionada de forma a que não exista
interferência entre os operadores das máquinas;
O trabalho deve ser organizado de forma a evitar interferências entre as tarefas
complementares, descarga, armazenagem, corte, moldagem, armação e
movimentação de elementos pré-fabricados para a aplicação em obra e a
aglomeração de pessoal em determinadas áreas;
A bancada deve ter dimensões suficientes para os elementos a moldar e armar e
altura adequada de forma a evitar posturas inadequadas dos trabalhadores;
Os postos de trabalho fixos devem ter uma cobertura tipo telheiro, montada de
forma a não interferir com as movimentações mecânicas do varão e dos elementos
armados, garantido condições de iluminação e ventilação naturais;
Deve ser proibido o trabalho junto ao bordo das lajes antes da instalação das redes
de segurança ou guarda-corpos;
A descarga dos molhos de varão deve ser feita pela suspensão dos mesmos por dois
pontos equidistantes e com resistência adequada, normalmente através de um
pórtico indeformável suspenso no gancho;
Deve ser rigorosamente proibida a suspensão ou movimentação de molhos de ferro
por um único ponto de suspensão;
Deve ser rigorosamente proibido efectuar a elevação dos molhos pelos atilhos que
envolvem os atados. A movimentação mecânica deve ser executada com estropos
adequados e em bom estado, preferencialmente, com correntes em vez de cabos de
aço ou cintas;
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Deve ser rigorosamente proibida a permanência de trabalhadores por debaixo de
cargas suspensas;
A recolha dos desperdícios deve ser feita de forma a não prejudicar outras tarefas;
Os elementos armados devem ser transportados por lingas fixadas em pontos cujos
afastamentos sejam suficientes para evitar deformações ou deslocamentos
indesejáveis;
Deve ser rigorosamente proibido caminhar por cofragem de traves, vigas, abobadas
e outras superfícies curvas quando não estejam resguardadas lateralmente;
Devem ser instaladas pranchas com uma tábua de largura não inferior a 30cm para
a circulação em cima da armadura das lajes;
As manobras para a colocação dos elementos armados devem ser efectuadas por
equipas de 3 trabalhadores. Dois guiam a peça através de cordas, e o terceiro dá
indicações ao operador da grua ou do multifunções;
As pontas de ferro em espera, devem ser cortadas e dobradas ou devidamente
protegidas;
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Betonagem
Medidas de Prevenção
Deve ser elaborado um plano de betonagem, definindo os modos operatórios,
equipamentos e meios humanos necessários;
Nas betonagens efectuadas no período nocturno, deve ser garantida iluminação
adequada (mínimo de 100 lux) e colocada de forma a não provocar encandeamento,
com instalação eléctrica protegida por disjuntor diferencial de 30 mA;
Devem ser construídos acessos a todos os locais de betonagem que permitam a
mobilidade necessária, para que a deslocação do trabalhador seja feita em
segurança e que permita a rápida evacuação do local em situação de emergência;
Antes do inicio dos trabalhos, o responsável deve verificar o bom estado de
conservação dos equipamentos de protecção colectiva e das plataformas de
trabalho;
O comportamento da cofragem e do cimbre deve ser constantemente vigiado,
suspendendo a betonagem sempre que seja detectada qualquer anomalia. O trabalho
só deve ser retomado depois de ser reposta a normalidade da estabilidade e
segurança dos elementos que provocaram a anomalia;
O descofrante deve ser aplicado de costas voltadas para o vento. O pulverizador de
dorso só deve ser reabastecido quando pousado no chão;
Deve ser rigorosamente proibida a aplicação de descofrante em tronco nu. Em caso
de contaminação acidental de qualquer parte do corpo, deve lavar abundantemente
a parte atingida com água e sabão;
Os vibradores de betão, demais equipamentos eléctricos devem ser abastecidos por
quadro eléctrico com protecção diferencial de 30mA;
Todos os cabos condutores eléctricos e extensões devem ser mantidos em bom
estado e os caminhos de cabos devem ser maioritariamente por tectos, zonas altas e
sinalizadas, quando existir necessidade de serem enterrados devem estar
devidamente sinalizados e colocados a uma profundidade suficiente para não serem
traçados;
Deve ser rigorosamente proibido o acesso à zona de escoramento enquanto
decorrem os trabalhos de betonagem;
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Deve ser executada uma bacia de lavagem para as betoneiras e baldes de
betonagem. No final da obra, a bacia deve ser limpa e os resíduos encaminhados
para aterro adequado;
As manobras com balde devem ser dirigidas pelo encarregado, arvorado ou pessoa
com experiência;
A tubagem da bomba deve ser amarrada para evitar movimentos indesejados;
A bomba só deve ser operada por trabalhadores experientes;
Deve ser rigorosamente proibido a escalada nas cofragens dos muros de suporte;
Quando se betonam muros de suporte, a betonagem deve ser feita por camadas ao
longo do comprimento total do muro, evitando sobrecargas pontuais;
Deve ser rigorosamente proibido trepar pela cofragem dos pilares e permanecer no
topo dela a fim de executar a betonagem do mesmo;
O betão deve ser despejado com suavidade, evitando as descargas brutas e
repentinas;
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Maquinaria Pesada
Tendo em conta que na generalidade dos casos as escavações são com recurso a
maquinaria pesada, enunciarei neste trabalho algumas medidas de prevenção genéricas a
serem seguidas aquando do uso de tais equipamentos, na sua grande maioria são
pequenos princípios, cuidados e verificações que ao serem feitas podem minorar muito
o risco de acidentes de trabalho nesta área.
Medidas de Prevenção
Deve ser rigorosamente proibido todo e qualquer trabalho ou a permanência de
trabalhadores no raio de acção das máquinas;
Antes de iniciar qualquer trabalho com as máquinas deve verificar os níveis de
água, óleo e todas as outras prescrições do fabricante;
As máquinas devem estar munidas de sinalização luminosa e acústica de marcha a
trás em bom estado de funcionamento;
Levantamento cadastral das infra-estruturas enterradas;
Levantamento das infra-estruturas aéreas;
Delimitação e sinalização dos espaços de circulação para veículos e para peões;
Os acesos a viaturas e pessoal deve ser feito separadamente;
As máquinas utilizadas devem estar homologadas e em bom estado de manutenção;
Os caminhos de circulação devem ser mantidos em bom estado de conservação;
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Depois de um levantamento exaustivo dos riscos devem ser providenciadas as
adequadas medidas de prevenção a implementar em obra, as medidas de prevenção
consideram-se colectivas ou individuais, prevalecendo sempre as medidas de segurança
colectiva. Não deve ser esquecido que a melhor medida preventiva é aquela que de uma
ou de outra forma afasta o perigo do trabalhador ou vice-versa e nunca a que resguarda
o trabalhador do perigo.
Por vários motivos, nomeadamente rapidez, eficiência e custo, deve ser feito um
mapa dos riscos com a finalidade de que, com a aplicação de uma dada medida
preventiva se possa cobrir o maior número de riscos com a maior eficácia possível.
Toda a sinalética deve ser colocada com ponderação e em locais estratégicos, em
locais e posições onde se preveja que os trabalhadores olhem naturalmente pela mera
obrigação da função que lhes é devida. A sinalética deve ser apelativa em todo o seu ser,
isto é, no texto, forma, formato, cores e na mensagem que pretende passar aos
trabalhadores. Neste contexto é de esperar que se proceda à elaboração dos textos da
totalidade ou pelo menos dos principais letreiros nas diferentes línguas ou dialectos dos
trabalhadores efectivos. Existiu o cuidado de escrever os letreiros que antecedem as
figuras na presente proposta para o desenvolvimento de um Manual de Segurança para
obra num outro tipo de letra que não a utilizada ao longo deste trabalho, o mesmo
cuidado se deve ter para a elaboração dos letreiros para que se tornem mais apelativos.
Pelo presente, e supondo que a maioria dos trabalhadores são predominantemente de
três Nacionalidades como se constata através dos check list elaborados no presente
trabalho (Anexo I), os letreiros são escritos em Português, Romeno e Criolo.
Os letreiros e sinalética podem e devem ser apelativos, engraçados se possível,
pois mais facilmente captam a atenção dos trabalhadores. As figuras que se seguem são
bem exemplificativas, pois este tipo de figuras foi escolhido pela maior parte dos
trabalhadores inquiridos – são as mais “giras”, e logo a seguir vinha um comentário e
uma questão para os colegas sobre a figura que tinham na sua posse.
É este apelo que se quer fazer, sensibilizar sem punir dá aos trabalhadores uma
liberdade e motivação superior.
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LETREIROS MULTILINGUAS E FIGURAS
Pur isso tudu kôba ki ta cirbi pa trabadja la dentu tem ki ser entivadu.
Concêquência dês acidentis podi ser gravi: podi bafa alguem ô sufucal.
Figura 2
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Figura 3
Figura 4
Figura 5
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Figura 6
Figura 7
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Máquinas Máquina Masinile
limpeza e manutenção.
Antes de se iniciarem estes trabalhos, deverá ser assegurado que é impossível pô-
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Masinile pentru prelucrara materiale por (lemn, metal), betonierele, aparatele de
întretinere.
Inainte de începerea acestor operatii trebuie verificat decâ nu este posibil a le pune
Nu trebuie niciodatâ folosite masini sal unelte cu defectiuni care ar putea compromite
Figura 8
siguranta. Acestea trebui imediat anuntate sefului direct.Toate operatiile trebuie
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Figuras 9, 10 e 11
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Escadas Scadas Scarîlor
Figura 12
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Figuras 13, 14 e 15
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Andaimes Andaimi Trebui
Montante
Os Andaimes devem ser cuidadosamente montados e desmontados por pessoas
competentes.
Debi ser siguro e resistenti pa ka decha nem alguém nem material e faramentas
cai.
Tudu trabadjador debi toma conta di andaimi, pâ podi s’ta em bom stadu.
Ele trebuie sâ fie solida, rezistente si sâ prezinte toate garantiile necesare, în asa
mâsurâ încât sâ împiedice câderea persoanelor, materialelor si uneltelor.
Se interzice stationarea persoanelor sub schelâ în timpul montarii sal demontarii ei.
Folositi echipamentul de protectie disponibil împotriva caderilor.
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Figuras 16, 17 e 18
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Electricidade Iléctricus Electrician
Nunca devemos, por nossa iniciativa, voltar a pôr um circuito sob tensão!
Ki pôdi instala, modifica, fazi manutençon ô compu stalaçons ilétricus ê sô
iletricistas priparadus pâ kel.
Doar un electrician calificat si autorizat în acest sens poate instala, modifica, repara
si întretine instalatiile electrice.
Figura 19
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Figuras 20 e 21
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Figuras 22, 23 e 24
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