O Natal Da Clara

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1.

O Natal da Clara e o Bosque Encantado

Era uma vez, em uma pequena aldeia coberta de neve, uma menina chamada Clara.
Ela tinha 7 anos e adorava o Natal mais do que qualquer outra coisa no mundo. Sua
casa estava sempre enfeitada com luzes brilhantes, e o cheiro de bolinhos de
gengibre pairava no ar. No entanto, esse Natal seria diferente, pois Clara sentia que
algo mágico estava prestes a acontecer.

Na véspera de Natal, quando a noite já havia chegado e as estrelas brilhavam no


céu, Clara estava deitada na cama, olhando pela janela. Ela ouviu algo muito suave,
como um som de sinos, vindo da floresta que ficava perto da aldeia. Curiosa, ela
vestiu rapidamente seu casaco de lã e suas botas, e decidiu seguir o som.

Clara atravessou a aldeia silenciosa e entrou no caminho coberto de neve que


levava ao bosque. A cada passo, os sinos pareciam ficar mais próximos. Ela andou
por alguns minutos até chegar a um ponto onde a neve brilhava como se tivesse
sido iluminada por milhares de luzes coloridas. Clara ficou maravilhada, porque
sabia que ali, no meio da floresta, havia algo muito especial.

De repente, uma figura apareceu diante dela. Era um esquilo muito simpático, com
um pequeno gorro vermelho e um cachecol verde. Ele sorriu para Clara e disse:

— Olá, Clara! Você veio para o nosso Natal encantado?

Clara ficou surpresa, mas também muito feliz. Ela sempre soubera que o bosque
era mágico, mas nunca imaginara que encontraria um esquilo falante!

— Um Natal encantado? — perguntou Clara, curiosa.

O esquilo assentiu com a cabeça e indicou um caminho coberto de árvores com


luzes douradas. — Venha, vou te mostrar. Este é o Bosque do Natal, onde todos os
animais e criaturas mágicas se reúnem para celebrar a noite mais especial do ano.

Clara seguiu o esquilo, que a guiou por um caminho mágico, onde


cada árvore tinha bolas de natal douradas e prateadas, e as folhas brilhavam como
estrelas. Ela viu coelhos brincando ao redor, corujas empoleiradas que cantavam
canções natalinas e até renas com narizes vermelhos, como o famoso Rudolph.

Finalmente, Clara chegou a uma grande clareira. No centro, havia uma árvore de
Natal gigante, mais alta que qualquer árvore que ela já tivesse visto. Ela estava
decorada com luzes cintilantes, fitas douradas e estrelas de todas as cores. Ao
redor da árvore, uma mesa cheia de guloseimas esperava por todos, e o cheiro doce
de biscoitos e chocolate quente se espalhava pelo ar.

— Bem-vinda ao nosso Natal, Clara! — exclamou o esquilo, enquanto outros


animais começavam a se reunir. Eles cantaram músicas, dançaram e
compartilharam histórias.
Clara se sentou com eles e participou de todas as festividades, sentindo-se parte
daquele mundo mágico. Ela percebeu que o Natal no Bosque Encantado não era
apenas sobre presentes, mas sobre estar junto de quem amamos, compartilhando
alegria e bondade.

Quando a noite já estava alta e a neve começava a cair mais suavemente, o esquilo
se aproximou de Clara e disse:

— É hora de voltar para sua casa, Clara. Mas leve com você o espírito do Natal
mágico. Lembre-se de que o Natal é mais do que os presentes, é o amor e a união
entre as pessoas e os seres ao seu redor.

Clara agradeceu aos amigos do bosque e, com um sorriso no rosto, voltou para sua
casa. Quando ela entrou em sua casa e viu sua família reunida ao redor da árvore
de Natal, sentiu que, de alguma forma, o Bosque Encantado estava dentro de seu
coração.

E assim, Clara teve o Natal mais mágico de todos, onde aprendeu que a verdadeira
magia do Natal está em espalhar alegria e amor por onde quer que vá.
2. O Natal da Estrelinha Valente

Era uma vez, no alto de uma colina coberta de neve, uma pequena vila chamada
Vila Nevosa. Na noite de Natal, o céu da vila era sempre iluminado por estrelas
brilhantes, mas nenhuma era tão especial quanto Estrelinha Valente. Ela não era a
maior ou mais brilhante do céu, mas tinha um coração cheio de coragem e
bondade.

Naquele ano, algo estranho aconteceu. A grande Estrela do Norte, que guiava o
trenó do Papai Noel, estava apagada! Um nevoeiro mágico cobriu o céu, e Papai
Noel não conseguia encontrar o caminho para Vila Nevosa e as outras cidades ao
redor.

— O que faremos? — perguntaram os duendes ajudantes.

Papai Noel coçou sua longa barba branca e suspirou. — Sem a Estrela do Norte, não
conseguiremos entregar os presentes a tempo.

Estrelinha Valente, ouvindo tudo, brilhou o mais forte que pôde e gritou:

— Eu posso ajudar!

Os duendes riram.

— Você? Mas você é tão pequenina!

Estrelinha Valente não se intimidou.

— O tamanho não importa. O que importa é a vontade de ajudar!

Papai Noel olhou para Estrelinha Valente com olhos gentis.

— Você tem certeza? O caminho será longo e cheio de desafios.

— Tenho certeza! — respondeu ela, com um brilho determinado.

E assim, Papai Noel prendeu Estrelinha Valente na ponta de seu trenó mágico. Com
um “Ho, ho, ho!” ele puxou as rédeas, e as renas começaram a voar.

Enquanto voavam, o nevoeiro parecia ficar mais espesso. Mas Estrelinha Valente
brilhava com toda a sua força, iluminando o caminho. As renas confiavam nela e
seguiam sua luz.

No meio da jornada, eles ouviram um barulho estranho vindo de baixo. Era um grupo
de coelhinhos presos em um buraco cheio de neve.

— Pare, Papai Noel! — gritou Estrelinha Valente.

O trenó pousou suavemente, e os duendes ajudaram a tirar os coelhinhos do


buraco.
— Obrigado, Estrelinha! — disseram os coelhinhos, balançando suas orelhas
felizes.

Mais adiante, enquanto sobrevoavam uma floresta, Estrelinha notou um brilho


vermelho fraco. Era a rena Rudolph, que estava presa em galhos!

— Ali! Precisamos ajudar! — gritou Estrelinha novamente.

Papai Noel desceu mais uma vez, e juntos libertaram Rudolph, que ficou tão
agradecido que juntou-se ao trenó para ajudar a guiar o caminho.

Finalmente, depois de muitas aventuras, eles chegaram a Vila Nevosa. As crianças


estavam dormindo em suas camas, mas os sorrisos já podiam ser sentidos no ar.
Estrelinha Valente continuou a brilhar enquanto Papai Noel entregava presente por
presente.

Quando o último presente foi colocado sob a última árvore, Papai Noel olhou para
Estrelinha com um sorriso orgulhoso.

— Você salvou o Natal, minha pequena amiga.

Estrelinha Valente brilhou ainda mais forte, mas desta vez de alegria.

— Eu só fiz o que meu coração mandou!

Naquela noite, quando Papai Noel voltou ao Polo Norte, ele anunciou algo especial.

— A partir de hoje, Estrelinha Valente será lembrada todos os anos no Natal, como
um símbolo de coragem e bondade.

E assim, até hoje, se você olhar para o céu na véspera de Natal, poderá ver uma
pequena estrela brilhando mais forte que todas as outras. É Estrelinha Valente,
lembrando a todos que mesmo os pequenos podem fazer grandes coisas.
3. A Estrela Perdida do Natal

Era uma vez, numa pequena vila chamada Aurora, onde o Natal era um evento
extraordinário. As ruas estreitas brilhavam com luzes coloridas e os aromas
tentadores de biscoitos de gengibre pairavam no ar. Naquela vila, morava um grupo
de crianças curiosas e corajosas: João, Maria, Sofia e Lucas.

Na véspera de Natal, algo extraordinário aconteceu. Uma estrela cadente


atravessou os céus e deixou cair um objeto brilhante no bosque encantado nos
arredores da vila. As crianças, guiadas pela curiosidade, decidiram explorar o
bosque. Com lanternas em mãos, seguiram um caminho de luzes cintilantes até
encontrarem uma pequena árvore de Natal mágica, diferente de todas as outras.

A árvore, radiante e cintilante, parecia falar com elas. “Olá, crianças! Sou a Árvore
de Natal Encantada. Preciso da ajuda de vocês para restaurar a magia do Natal na
vila de Aurora”, disse a árvore com uma voz suave.

As crianças, fascinadas, ouviram a história da árvore. Ela revelou que seu brilho
mágico fora roubado por um duende travesso chamado Zonzo, que desejava ter
para si todo o encanto do Natal. Sem o brilho da árvore, a vila perderia toda a alegria
e espírito natalino.

Determinadas a ajudar, as crianças partiram em uma jornada para encontrar Zonzo.


Eles seguiram um mapa mágico, enfrentando desafios emocionantes, como
atravessar um rio encantado e desvendar enigmas em uma floresta de pinheiros.

Finalmente, chegaram à toca de Zonzo, um lugar repleto de bugigangas roubadas


de toda a vila. Zonzo, um duende pequeno e astuto, riu ao vê-los e desafiou-os a
recuperar o brilho da árvore em uma competição.

A competição era uma série de desafios natalinos: construir o boneco de neve mais
bonito, decorar a árvore mais rápido e cantar as canções de Natal mais afinadas.
As crianças, com trabalho em equipe e espírito natalino, venceram todos os
desafios.

Zonzo, relutante, devolveu o brilho à árvore. Enquanto isso, algo surpreendente


aconteceu: seu coração travesso amoleceu ao ver a bondade das crianças. Ele se
desculpou por suas ações e decidiu se juntar a elas para levar o brilho de volta à
vila.

Com Zonzo ao lado delas, as crianças retornaram à vila de Aurora, onde a Árvore de
Natal Encantada brilhava mais intensamente do que nunca. As luzes cintilantes
iluminaram a vila enquanto todos se reuniam para celebrar. Os sorrisos ressurgiram
nos rostos das pessoas, e o espírito natalino se espalhou por toda parte.
O Natal em Aurora tornou-se ainda mais especial com a adição de Zonzo à
comunidade. Ele trouxe consigo alegria e uma nova perspectiva sobre o verdadeiro
significado da época: a união, a generosidade e a importância de espalhar amor e
bondade.

E assim, naquela noite mágica, as crianças de Aurora aprenderam uma valiosa


lição: que até mesmo um duende travesso pode mudar seu coração quando
encontra a verdadeira magia do Natal – a magia do amor e da amizade.
4. Historinha de Jesus

Era uma vez, em um vilarejo encantador, uma linda menina chamada Joaquina. Sua
curiosidade iluminava seus olhos grandes e brilhantes. Joaquina vivia em um lugar
cercado por um bosque repleto de flores de todas as cores e perfumes
encantadores. Cada passeio com sua mãe, Maria, por aquele cenário
deslumbrante era uma aventura repleta de descobertas.

Num desses dias ensolarados, enquanto caminhavam entre as árvores altas e os


campos floridos, Joaquina percebeu algo peculiar. Ela olhou para as flores que
enchiam o caminho e, com sua curiosidade infantil, perguntou a sua mãe quem as
havia construído.

“Quem construiu todas essas lindas flores, mamãe?” indagou Joaquina, com um
brilho de curiosidade em seus olhos.

Maria sorriu ternamente para sua filha, sentindo a inocência e a admiração na


pergunta dela. “Ora, Joaquina, essa construção foi feita pelas mãos mais
poderosas do mundo, foi feita por Deus”, respondeu ela, com um toque de
serenidade em sua voz.

Joaquina ficou surpresa. “Deus? É verdade, mamãe! A vovó me falou que Deus era
o maior construtor do Mundo. Ela falou também que somos todos filhos de Deus,
então Jesus é nosso irmão?”

“Sim, minha linda, somos todos irmãos e filhos de Deus”, respondeu Maria,
acariciando suavemente o rosto de Joaquina.

No entanto, essa resposta gerou mais perguntas na mente curiosa da menina. Ela
queria saber quem era Jesus. Sentaram-se juntas em um banco sob a sombra de
uma árvore no bosque, e Maria começou a contar a história para sua filha.

“Deus nos ama muito e quer falar conosco. Através da palavra de Deus, ficamos
sabendo quem é Jesus. Ele é o filho de Deus. Ele deixou o céu e veio ao nosso
mundo, porque o amor de Deus é tão grande que enviou seu filho para viver entre
nós. Jesus é o nosso Salvador. Ele deu a sua vida para nos salvar e perdoar nossos
pecados. Quando convidamos Jesus para morar em nossos corações, ele perdoa
os nossos pecados. Ele é o nosso salvador, senhor e amigo. Podemos conversar
com Jesus todos os dias, em qualquer momento e em qualquer lugar.”

Os olhos de Joaquina brilhavam cheios de alegria e compreensão. Ela agora


entendia quem era Jesus e o que ele representava. Sua vontade de compartilhar
essa descoberta com seus amigos era imensa.

“Mamãe, muito obrigada por me falar quem é Jesus. Eu sempre ouvia falar sobre
ele, mas não sabia que ele era meu melhor amigo e que deu sua vida para salvar a
nossa. Eu fiquei muito feliz em saber que ele tem um coração cheio de amor. Eu
quero seguir todos os ensinamentos que ele nos deixou e ter um coração feliz.”

Maria abraçou Joaquina com carinho. “Isso mesmo, minha filha. Jesus está sempre
ao nosso lado, guiando-nos com seu amor e sabedoria.”

De mãos dadas, Joaquina e Maria caminharam de volta para casa, aproveitando o


entardecer. Joaquina mal podia esperar para contar aos seus coleguinhas sobre
Jesus, o amigo e salvador que agora conhecia tão bem.

E assim, no crepúsculo suave daquele dia, a história de Joaquina e sua jornada de


descoberta sobre Jesus encontrou um momento de alegria e aprendizado, que
continuaria a ecoar em seu coração e nas vidas daqueles com quem ela
compartilhasse sua história.

Pim Piririm Pim Pim, a jornada de Joaquina com Jesus estava apenas começando,
repleta de amor, compreensão e alegria.
5. O soldadinho de chumbo

Um menino ganhou de presente de aniversário uma caixa de papelão com vinte e


cinco soldadinhos de chumbo, todos iguaizinhos. Um deles era perneta, pois
durante a fabricação havia faltado chumbo para terminar a outra perna. Mas o
soldadinho perneta logo aprendeu a ficar em pé sobre aquela única perna e não
fazia feio ao lado dos irmãos.

O menino colocou os soldadinhos no quarto, enfileirados sobre uma mesa, ao


lado dos outros brinquedos. Naquele quarto havia muitos outros brinquedos, mas
o mais belo era uma bailarina que estava em pé na porta de um castelo. Seu lindo
rosto era emoldurado por longos cabelos negros, presos por uma tiara enfeitada
com uma pequenina pedra azul. Aquela atraente bailarina mantinha os braços
erguidos sobre a cabeça e uma das pernas tão dobrada para trás, que acabava
escondida pela saia de tule. O soldadinho a olhou longamente e pensou que
aquela jovem tão linda tivesse uma só perna, assim como ele.

À noite, antes de deitar, o menino guardou os soldadinhos, mas não percebeu que
aquele de uma só perna caíra atrás da caixa. À meia-noite, todos os brinquedos
animaram-se e começaram a aprontar uma enorme bagunça. As bonecas
organizaram um baile, enquanto o giz da lousa desenhava bonequinhos nas
paredes. Os soldadinhos de chumbo, fechados na caixa, golpeavam a tampa,
querendo sair e participar da festa. Somente o soldadinho de uma perna só e a
bailarina não saíram do lugar. O soldadinho não conseguia parar de olhar aquela
maravilhosa jovem. Queria conhecê-la para ficarem amigos. Estava começando a
se apaixonar. Na manhã seguinte, o menino tirou os soldadinhos de chumbo da
caixa, recolheu aquele de uma perna só, caído atrás da caixa, e os arrumou perto
da janela. De repente, um vento forte soprou e o soldadinho perneta caiu de
cabeça na rua. O menino foi logo procurar o soldadinho, mas não o encontrou.

Algum tempo depois caiu uma forte chuva: um verdadeiro tem poral. Quando a
tempestade foi cessando, e o céu limpando um pouco, chegaram dois meninos
que estavam se divertindo na chuva. — Olhe, um soldadinho! — disse um deles.
— Vamos colocá-lo num barco de papel? — perguntou o outro. E assim fizeram.
Com uma folha de jornal construíram um barquinho e colocaram o soldadinho
para navegar na enxurrada. O soldadinho de chumbo procurava manter o
equilíbrio enquanto o barquinho flutuava na água lamacenta. De repente, o
barquinho foi jogado num bueiro e continuou seu caminho, agora subterrâneo,
numa imensa escuridão. O coração e o pensamento do soldadinho estavam
voltados à linda bailarina que, imaginava, talvez nunca mais poderia ver

Mais adiante, a água do esgoto chegara a um rio. As águas agitadas fizeram o frágil
barquinho virar e rapidamente o soldadinho de chumbo afundou. Mal tinha
chegado ao fundo, apareceu um enorme peixe que, abrindo a boca, o engoliu. O
soldadinho se achava novamente numa imensa escuridão, agora no estômago do
peixe. Nada podia fazer; então, lembrava- -se da bailarina amada. “O que estará
fazendo a linda bailarina? Será que ela ainda se lembra de mim?”, pensou com
tristeza o soldadinho. Muito tempo se passou, até que num determinado
momento a escuridão repentinamente desapareceu. O peixe havia sido fisgado
por um pescador, levado ao mercado e vendido a uma senhora, justamente à mãe
do menino. Ela estava limpando o peixe quando encontrou dentro dele o
soldadinho. Surpresa, entregou o brinquedo ao filho. O menino lavou o soldadinho
com água e sabão para tirar o cheiro de peixe. Depois levou-o novamente ao
quarto.

O soldadinho foi colocado sobre a mesma mesa onde estava antes de voar pela
janela. De lá, avistou a bailarina, mais bela do que nunca. Ele olhou para a
bailarina, ainda mais apaixonado, e ela olhou para ele, mas não trocaram palavra
alguma. Se pudesse, ele contaria sobre a aventura vivida, certo de que a linda
bailarina teria apreciado sua coragem e, quem sabe, até se casaria com ele. O
garotinho brincava no quarto, quando, de repente, sem nenhum motivo, agarrou o
soldadinho de chumbo e o atirou na lareira acesa. O soldadinho sentiu um forte
calor. A única perna que possuía foi amolecendo e as belas cores do uniforme,
desaparecendo. Triste, ele lançou um último olhar para a bailarina e sentiu que
seu coração de chumbo começava a derreter. Naquele momento, uma forte
rajada de vento fez voar a bailarina diretamente para a lareira, bem junto do
soldadinho. E, entre as chamas, ela desapareceu. O soldadinho também se
dissolveu completamente.

No dia seguinte, que tristeza! Entre as cinzas da lareira, havia um pequenino


coração de chumbo: era tudo que restara do soldadinho. Ele fora fiel até o último
instante ao seu grande amor. Da pequena bailarina, só restou a minúscula pedra
azul da tiara, que antes brilhava em seus longos cabelos negros. E em algum lugar
eles viveram juntos para sempre.
6. A História da Cidade de Sopa

Era uma vez uma menina pobre, mas muito boa, que morava sozinha com a mãe.
Elas não tinham nada para comer em casa. Um dia, a criança saiu para a floresta,
e lá encontrou uma velha que a presenteou com uma panela que tinha um grande
poder.

Se alguém dissesse: "Ferva, pequena panela!", a panela faria uma sopa doce; e
quando dissesse: “Pare, pequena panela!”, ela iria imediatamente parar de ferver a
sopa.

A menina levou a panela para a casa da mãe. Agora, sua pobreza e angústia
haviam chegado ao fim, pois poderiam comer sopa doce quantas vezes
quisessem.

Certo dia, a menina saiu de casa e a sua mãe decidiu utilizar a panela. Ela disse:
“Ferva, pequena panela!”. A panela começou a cozinhar e ela logo comeu toda a
sopa feita; mas quando a pobre mulher quis que a panela parasse, ela descobriu
que não conhecia a palavra de ordem.

A panela continuou a ferver muito rapidamente ultrapassando a borda; e à medida


que fervia e fervia, a cozinha logo ficou inundada de sopa, depois a casa inteira, a
próxima casa e logo toda a rua estava repleta de sopa.

Parecia que iria saciar a fome de todo o mundo, e embora houvesse a maior
necessidade de fazer a panela parar, ninguém sabia como. Por fim, quando a
menininha chegou na cabana, disse: “Pare, pequena panela!”

Imediatamente parou de ferver; mas até hoje quem quiser entrar na aldeia deve
comer sopa até o caminho desejado!
7. História do Sapateiro e os Duendes

Há muito, muito tempo, vivia um sapateiro muito honesto, que trabalhava de sol a
sol. Mas apesar do seu esforço, não conseguia ganhar o suficiente para viver. E
assim foi gastando tudo o que tinha, até só ter couro suficiente para fazer um par
de sapatos.

Cortou o couro para fazer os sapatos, deixando tudo pronto para os terminar no
dia seguinte. Como tinha a consciência tranquila e o coração leve, apesar de
todas as dificuldades que atravessava, dormiu tranquilamente.

Na manhã seguinte, quando se sentou para retomar o seu trabalho, fez uma
descoberta espantosa: os sapatos que ele tinha começado estavam totalmente
terminados. Muito confuso, o bom homem não sabia o que pensar. O trabalho era
impecável, digno de um artista. Não havia qualquer ponto dado em falso. Os
sapatos estavam perfeitos!

No mesmo dia, entrou um cliente que quis experimentar os sapatos. Estes


ficavam-lhe tão bem que fez questão em pagar um preço maior do que o
esperado. O pobre sapateiro comprou então mais couro, que era o suficiente para
fazer dois pares de sapatos.

Tal como na noite anterior, o nosso sapateiro começou a cortar o couro e deixou-o
preparado para terminar o trabalho na manhã seguinte. Mas não teve que se
preocupar, pois de manhãzinha cedo encontrou dois pares de sapatos
perfeitamente elaborados.

Não tardaram a aparecer clientes que pagaram quantias generosas pelos dois
pares de sapatos. Isto permitiu ao sapateiro comprar couro para quatro pares de
sapatos. Mais uma vez, deixou o trabalho adiantado para terminar na manhã
seguinte, e mais uma vez encontrou os sapatos prontos para serem vendidos.

Assim sucedeu a mesma coisa durante algum tempo e o sapateiro voltou a


prosperar novamente.

Uma noite, perto do Natal, o sapateiro e a mulher estavam a conversar à lareira,


quando o sapateiro teve uma ideia.

– Gostava que ficássemos acordados esta noite e ver se conseguíamos quem é


que anda a fazer o meu trabalho – propôs o sapateiro.

-É uma ótima ideia. Vamos lá fazer isso!- respondeu a mulher.

Deixaram então uma vela na sala e esconderam-se num canto, atrás da cortina e
ficaram à espera.
Assim que deu a meia-noite, surgiram dois pequenos duendes sem qualquer
roupa a vesti-los. Sentaram-se no banco do sapateiro e puseram mãos ao
trabalho, cozendo e martelando o couro com as suas pequenas mãos.
Trabalhavam com tanta rapidez que o sapateiro não conseguia tirar os olhos dos
pequenos duende, tão fascinado que estava.

Muito antes do amanhecer, os sapatos estavam impecavelmente terminados e os


duendes foram embora, tão rapidamente como um raio.

No dia seguinte, a mulher disse ao sapateiro:

-Aqueles pequenos duendes tornaram-nos ricos e temos que lhes estar muito
agradecidos. Por isso acho que lhes devemos retribuir a bondade.

-Concordo contigo – respondeu o sapateiro – Mas o que poderemos fazer para


lhes retribuir a boa ação deles?

-Custa-me vê-los tão atarefados, sem nada no corpo que os proteja do frio –
indicou a mulher – Tive uma ideia. Vou fazer para cada um dos duendes uma
camisa, uma casaco e um colete, e ainda um par de calças. E tu fazes um par de
sapatos para cada um – propôs.

O sapateiro ficou muito agradado com a ideia da mulher e meteram mãos ao


trabalho.

Uma noite, quando todos os artigos estavam prontos, pousaram-nos em cima da


mesa de trabalho do sapateiro, em vez do trabalho que normalmente este lá
deixava. Feito isto, esconderam-se e ficaram à espera da visita dos duendes.

Cerca da meia-noite, tal como todos os dias, chegaram os duendes a saltitar e


foram sentar-se, como de costume, no posto de trabalho do sapateiro. Quando
viram a roupa e sapatos que lá estavam para eles, ficaram muito felizes. Vestiram-
nos num abrir e piscar de olhos e desataram a dançar cheios de alegria. Assim
continuaram, até dançarem para fora da porta e o nosso casal nunca mais os viu!

O bom sapateiro e a mulher continuaram a viver uma vida próspera e feliz durante
muitos anos.
8. O milagre da vela

Era uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um
caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e
queria ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua
casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e a
fome, nunca deixou de acender a sua vela.

Veio então uma grande guerra, e todos os jovens partiram, deixando a cidade
ainda mais pobre e triste. As pessoas do povoado ao verem a persistência daquele
pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade,
decidiram imitá-lo e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acederam
uma vela em suas casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da
igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os
jovens regressavam às suas casas!

Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia,


acender uma vela tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de
Natal.
9. O sonho do Papai Noel

Era uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um
caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e
queria ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua
casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e a
fome, nunca deixou de acender a sua vela.

Veio então uma grande guerra, e todos os jovens partiram, deixando a cidade
ainda mais pobre e triste. As pessoas do povoado ao verem a persistência daquele
pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade,
decidiram imitá-lo e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acederam
uma vela em suas casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da
igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os
jovens regressavam às suas casas!

Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia,


acender uma vela tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de
Natal.

10. O pinheiro de natal

A história do pinheiro de natal aconteceu há muito, muito tempo. Na noite de


Natal, existiam três árvores junto ao presépio. Eram uma tamareira, uma oliveira e
um pinheiro. Ao presenciar o nascimento do Menino Jesus, as três árvores
quiseram oferecer-lhe um presente.

A oliveira foi a primeira, e ofereceu ao Menino Jesus suas azeitonas. Já a tamareira,


logo a seguir, ofereceu as suas tâmaras. Contudo, o pinheiro, ao perceber que não
tinha nada para oferecer, ficou muito triste.

Vendo a tristeza do pinheiro, as estrelas do céu decidiram descer e pousar sobre


seus galhos. Assim, lhe iluminaram, enfeitando o pinheiro. Quando isto
aconteceu, o Menino Jesus olhou para o pinheiro, levantou os braços e sorriu!
Dessa forma, o pinheiro, sempre enfeitado com luzes, se tornou a típica árvore de
Natal.

11. A Rosa de Natal - Conto sobre a compaixão para as crianças

Era uma noite de inverno e fazia muito, muito frio. O vento gelado soprava com
força. A terra estava congelada e coberta com uma grossa camada de gelo e neve.
Num tempo como aquele o melhor era ficar em casa junto à chaminé...
Samuel, o jovem pastor, tinha ouvido pessoas falarem sobre o nascimento de um
menino num estábulo bastante perto de sua casa. Como esse dia era tão gelado,
ele pensava:

- Com esse frio, a criança vai congelar!

Samuel tinha nascido no verão, quando as rosas estavam florescendo. Muitas


pessoas chegaram com presentes o dia em que nascera. Todos queriam conhecê-
lo! O sol iluminava com força e o tempo firme animava os vizinhos a visitar a sua
casa. Mas, agora, tudo era tão cinza e frio. Assim, que ele se perguntou se aquela
criança teria alguém que iria visitá-lo.

Dava a entender que os pais do recém-nascido não eram daquela região e não
conheciam a ninguém. Decididamente Samuel desejava visitar o novo bebê no
estábulo.

- Só quero vê-lo para me assegurar que tudo está bem - pensou.

Assim, que decidiu partir.

Samuel se abrigou bem; se envolveu no seu agasalho de pele quente e forte para
se proteger do vento e do frio. Apesar do desejo em ver ao pequeno, ele estava um
pouco triste porque Samuel era tão pobre que não tinha nenhum presente para o
pequeno...

Ia caminhando pensativo e de repente avistou algo brilhante embaixo de uma


árvore, algo que parecia com uma flor.

- Em pleno inverno? – pensou – isso não pode ser verdade. Correu até ela para vê-
la melhor. E, na verdade, crescendo em um tronco robusto tinha uma flor branca
com cinco pétalas. Parecia uma estrela de cinco pontas! Esse seria o seu
presente!

Samuel pegou a pequena flor e se apressou. Finalmente chegou ao estábulo e se


colocou diante do bebê que estava deitado numa manjedoura. Samuel levava a
flor na sua mão.

O pastorzinho estava muito próximo ao recém-nascido, e justamente quando se


inclinou a ele para entregar-lhe sua flor, um potente raio de luz iluminou a
manjedoura. A luz, de cor dourada, procedia da pequena flor que Samuel
sustentava em suas mãos. Desde aquele dia, aquela flor, que floresce a cada
Natal se chama a Rosa de Natal.

12. O Gigante egoísta - Um conto para ensinar generosidade às crianças


Toda tarde na saída da escola, todas as crianças iam brincar no jardim do Gigante.
Um jardim amplo, bonito, com arbustos e flores e coberto de uma grama verde e
suave. Os pássaros se apoiavam nos ramos das árvores e cantavam com tanta
doçura que as crianças deixavam de brincar para escutar seu canto. As crianças
eram muito felizes ali, até que o Gigante, que tinha ido visitar seu amigo, o ogro da
Normandia, voltou. Depois de sete anos na casa do seu amigo, o Gigante decidiu
voltar para a sua mansão.

Ao chegar, o Gigante viu que todas as crianças brincavam no seu jardim, e furioso,
disse-lhes com uma voz assustadora:

- O que é que vocês estão fazendo aqui?

As crianças saíram correndo em debandada, enquanto o Gigante continuou:

- Este jardim é meu. Meu próprio jardim. Todo mundo tem que entender isso, e não
deixarei ninguém brincar aqui nunca mais.

Em seguida, colocou um cartaz que dizia: “ENTRADA ESTRITAMENTE PROIBIDA


SOB AS SEGUINTES PENALIDADES”. Era um Gigante egoísta e as crianças ficaram
sem um lugar para brincar. Tentaram encontrar outro lugar, mas nenhum era como
o jardim do Gigante.

Quando a primavera chegou, toda a cidade se encheu de pássaros e flores.

No entanto, no jardim do Gigante continuava o inverno. Como não tinha crianças,


os pássaros não cantavam e as árvores não floreciam. Só uma vez, uma lindíssima
flor nasceu entre a grama, mas ao ver o cartaz, sentiu-se tão triste pelas crianças
que voltou para baixo da terra.

Os únicos que se sentiam bem ali eram a neve e a geada, que, observando que a
primavera tinha se esquecido daquele jardim, estavam dispostos a ficarem ali
todo o resto do ano. A neve cobriu a terra com seu grande manto branco, e a geada
cobriu de prata as árvores. E ainda convidaram seu triste amigo, o Vento do Norte,
para passar o inverno com eles. E o Vento do Norte convidou seu amigo Granizo,
que também se uniu a eles.

Enquanto isso, o Gigante Egoísta, debruçado na janela da sua casa, viu que seu
jardim aina estava coberto de cinza e branco, e pensou:

- Não consigo entender porque a primavera está demorando tanto de chegar aqui.
Espero que o clima mude logo.

Mas a primavera nunca chegou, nem tão pouco o verão. O outono deu frutos
maravilhosos em todos os jardins, mas no jardim do Gigante não deu nenhum. As
frutas diziam:
- Você é um gigante muito egoísta.

Assim sendo, o jardim do Gigante ficou para sempre submerso no Inverno, no


Vento do Norte, no Granizo, na Geada, e na Neve. Numa manhã, o Gigante, ainda
em sua cama, ouviu uma música tão linda que vinha de fora. Soava tão doce nos
seus ouvidos que pensou que tinha que ser o rei dos elfos que passava por ali. Na
realidade, era só um passarinho que estava cantando em frente à sua janela, mas
como fazia muito tempo que o Gigante não escutava nenhum canto de pássaro no
seu jardim, que parecia escutar a música mais linda do mundo.
Então o Granizo, parou com sua dança, e o Vento do Norte, deixou de soprar, e um
delicioso perfume penetrou entre as persianas abertas.

- Que ótimo! Parece que finalmente a primavera chegou – disse o Gigante, e pulou
da cama para ver da janela.

Diante dos seus olhos havia um espetáculo maravilhoso. As crianças tinham


entrado no seu jardim através de um buraco no muro, e tinham subido nas
árvores. Em cada árvore tinha uma criança,e as árvores estavam tão felizes que
estavam cobertas de flores. Os pássaros voavam cantando ao redor deles. Era
realmente um espetáculo belíssimo.

Só era inverno num cantinho do jardim. Era o canto mais afastado do jardim, e
nele se encontrava um pequeno menininho. Ele era tão pequenino que não
conseguia alcançar os ramos da árvore, e ele dava voltas ao redor do velho tronco
chorando amargamente. A pobre árvore estava coberta de Geada e Neve e o Vento
do Norte soprava e rugia sobre ela.

O Gigante sentiu o seu coração derreter. Como tenho sido tão egoísta! – exclamou
– Agora sei porque a primavera não chegava até aqui. Ajudarei esse pequeno
menino a subir na árvore e depois vou derrubar esse muro. A partir de hoje, meu
jardim será para sempre um lugar para as crianças brincarem.

O Gigante estava muito arrependido pelo que tinha feito. Desceu as escadas,
abriu devagarinho a porta da casa, e entrou no jardim. Mas quando as crianças o
viram, elas se aterrorizaram, e correram em disparada, e o jardim voltou a ser
Inverno outra vez. Somente o menininho do canto do jardim não escapou porque
tinha os olhos tão cheios de lágrimas que não viu o Gigante se aproximar. O
Gigante se aproximou por detrás, pegou delicadamente o menino pelas mãos, e o
ajudou a subir na árvore.

No mesmo momento a árvore floresceu, e os pássaros vieram para cantar, e a


criança abraçou o pescoço do Gigante e o beijou. As outras crianças, quando
viram que o Gigante não era mau, voltaram correndo. Com isso a Primavera voltou
ao jardim. E o Gigante lhes disse:
- De agora em diante, o jardim será de vocês.

E pegando um machado, derrubou o muro. Ao meio-dia, quando as pessoas se


dirigiam ao mercado, todos puderam ver o Gigante brincando com as crianças.
Brincaram o dia todo, e quando a noite chegou, todas as crianças foram se
despedir do Gigante.

- Mas, onde está o menino pequenino? Perguntou o Gigante? Essa criança que eu
ajudei a subir na árvore?

O Gigante amava mais esse menininho do que aos outros porque ele tinha dado
um beijo nele.

- Não sabemos. Responderam as crianças. Acho que foi embora sozinho.

- Diga a ele que volte amanhã – disse o Gigante.

Mas as crianças responderam que não sabiam onde o menininho morava, nem
nunca o tinham visto antes. E o Gigante ficou muito triste. Todas as tardes, quando
saiam da escola, as crianças iam brincar com o Gigante. Mas nunca mais
voltaram a ver o menininho. O Gigante sentia saudades dele. Os anos se passaram
e o Gigante envelheceu, e suas forças se debilitaram. Já não podia mais brincar.
Mas sentado numa grande poltrona, ficava olhando as crianças brincando e
admirava o seu jardim.

-Tenho flores formosas – dizia a ele mesmo – mas as crianças são o mais precioso
que tenho.

Numa manhã de inverno, olhou pela janela enquanto se vestia. Já não odiava o
inverno, pois sabia que o inverno era simplesmente a primavera adormecida, e
que as flores estavam descansando. Surpreso, esfregou os olhos, maravilhado e
viu uma cena lindíssima. No canto mais afastado do jardim, tinha uma árvore
coberta com flores brancas. Todos os seus ramos eram dourados e neles estavam
pendurados frutos de prata. Debaixo dessa árvore, estava parado pequenino
menino, de quem tinha muita saudade.

Cheio de alegria, o Gigante se aproximou da criança e percebeu que ele tinha


feridas nas mãos e nos pés. Preocupado, o Gigante lhe perguntou quem tinha se
atrevido a fazer ele se machucar. Então o menininho sorriu para o Gigante e disse:

- Não! Essas são as feridas do Amor.

- Quem é você, minha pequena criança? – perguntou o Gigante, e um estranho


temou o invadiu, e caiu de joelhos diante do pequenino.

ntão a criança sorriu e disse:


- Uma vez que você me deixou brincar no seu jardim, hoje brincarás comigo no
meu jardim, que é o Paraíso. E quando as crianças chegaram naquela tarde,
encontraram o Gigante morto debaixo da árvore. Parecia dormir e estava coberto
inteiro por flores brancas.

13. Nascimento do menino Jesus

No dia 24 de dezembro, José e Maria iam a caminho de Belém para o censo, tal
como havia ordenado César Augusto. José ia caminhando, e Maria, a ponto de dar
à luz ao seu filho, estava sentada em um burrinho. Meses antes, o arcanjo Miguel
havia visitado Maria para lhe dar a notícia que do seu ventre nasceria o filho de
Deus, um menino que se chamaria Jesus.

Quando chegaram a Belém, Maria e José buscaram um lugar para se


acomodarem, mas chegaram muito tarde e todas as instalações estavam cheias.
Finalmente, um bom senhor emprestou seu estábulo para passarem a noite ali.

José juntou um pouco de palha e fez uma cama para a sua esposa. O que ninguém
poderia imaginar era que antes do dia terminar, Jesus nasceria ali mesmo.

Ao cair à noite, no céu nasceu uma estrela que iluminava mais que todas as outra
e ficou justamente em cima onde estava o menino que acabara de nascer.

Muito longe dali, no Oriente, três sábios astrólogos chamados Melchior, Gaspar e
Baltasar, sabiam que essa estrela significava que um novo rei estava para nascer.

Os três sábios, que hoje conhecemos como os três reis magos, foram seguindo a
estrela brilhante até a manjedoura de Belém para visitar a Jesus.

Quando chegaram ao seu destino, Melchior, Gaspar e Baltasar, procuraram a


manjedoura e eles presentearam a criança com ouro, incenso e mirra.

14. O Boneco de Neve

Era noite de Natal e as crianças que sempre acompanhavam o boneco de neve


estavam em suas casas. O boneco de neve se sentia solitário e triste...

Próximo, existia uma casa e ele decidiu se aproximar para ver o que acontecia ali
dentro. Ao fazê-lo, ele viu o calor de um lar, uma mesa cheia de comida e um lugar
acolhedor onde não fazia frio porque não caía neve...

O boneco de neve quis entrar, mas não pôde porque não encontrou forma de fazê-
lo... Mas, logo viu cair uma estrela do céu que olhou e sorriu e lhe disse:
- Peça-me um desejo nesta noite especial.

O boneco respondeu rapidamente:

- Eu quero sentir o calor de um lar, como desta família...

- Peça o seu desejo, então – insistiu a estrela.

- Quero entrar nesta casa e passar o Natal com esta família...

- Mas, se você entrar ali se converterá numa poça de água – disse-lhe a estrela.

- Então quero que eles saiam e passem o Natal comigo.

- Não posso fazer isso porque se eles saírem vão morrer de frio.

- Então, o que eu posso fazer?

- É verdade, boneco de neve – pensou a estrela – o que você necessita é de outro


boneco de neve com quem compartilhar o Natal...

A estrela foi criando outro boneco de neve. Quando terminou a criança apareceu
na janela...

- Olha papai! Outro boneco de neve! Não tem cachecol! Posso colocar-lhe uma?

- Claro que sim – respondeu seu pai.

Assim que a criança saiu e lhe colocou o cachecol no boneco de neve recém-
criado... E assim, o boneco de neve jamais voltou a se sentir sozinho no Natal.

15. Um trato com o papai noel

Julio estava tão chateado pelos poucos presentes que tinha recebido no Natal
anterior, que a carta que ele escreveu ao Papai Noel naquele ano foi tão dura que o
próprio Papai Noel foi visitá-lo uns dias antes.

- Por que tanta chateação e tantos presentes, se você tem um monte de amigos?
Perguntou Papai Noel.

E Julio respondeu:

- Pra mim tanto faz! Quero mais brinquedos e menos amigos.

E a criança foi tão insistente que o bom Papai Noel teve que propor-lhe um trato:

- Está bem. Como muitas outras crianças me pediram para ter mais amigos, eu te
darei um presente a mais por cada amigo que você renunciar para ser oferecido a
outras crianças.

- Feito! Disse a criança sem duvidar. Além do mais, você pode ficar com todos.
Naquele Natal Júlio se encontrou com uma montanha de presentes. Tantos que
dois dias depois ainda continuava abrindo caixas e mais caixas. A criança estava
feliz e gritava aos quatro ventos como ela amava Papai Noel e até lhe escreveu
várias cartas de agradecimento.

Logo começou a brincar com seus presentes. Eram tão alucinantes que não podia
esperar para sair para a rua para mostrá-los às outras crianças.

Mas, uma vez na rua, nenhuma das crianças mostrou interesse por aqueles
brinquedos. E, tão pouco o próprio Júlio. Nem sequer quando ele oferecia que as
crianças experimentassem os melhores e mais modernos aparelhos.

- Ah! Fazer o que? Acho que fiquei sem amigos, mas tanto faz, eu tenho meus
brinquedos.

E Júlio voltou para casa. Durante algumas semanas ele desfrutou de um novo
brinquedo por dia e a emoção que ele sentia em estrear um brinquedo todas as
manhãs o fez esquecer sua falta de amigos. Mas, não tinha passado nem um mês
quando seus brinquedos começaram a ficar enfadonhos.

Sempre faziam o mesmo e a única forma de mudar os brinquedos era inventando


novos mundos e aventuras, como ele fazia normalmente com seus amigos. No
entanto, fazê-lo sozinho não tinha muita graça.

Então começou a sentir falta dos seus amigos. Ele se deu conta que quando
estava com seus amigos sempre ocorriam novas idéias e formas de adaptar seus
brinquedos e jogos. Por isso podiam brincar com um mesmo brinquedo durante
semanas! E ele pensou tanto nisso que finalmente se convenceu que seus
amigos eram muito melhores que qualquer brinquedo, pois já brincava com
seus amigos há anos e nunca se cansou deles!

E após um ano de mortal chateação, ao chegar o Natal ele escreveu para Papai
Noel uma humilde cartinha em que pedia perdão por ter sido tão bobo em trocar
seus melhores amigos por uns brinquedos enfadonhos e suplicou que Papai Noel
devolvesse todos os seus antigos amigos.

E desde então, não desejou de Natal qualquer outra coisa do que ter muitos
amigos e poder compartilhar com eles momentos de jogos, brincadeiras e
alegrias, ainda que fosse junto aos seus brinquedos de sempre...

16. Lenda do pinheiro de Natal


Há muito, muito tempo, na noite de Natal, existiam três árvores junto do presépio:
uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. Ao verem o Menino Jesus nascer, as
três árvores quiseram oferecer-lhe um presente.

A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao Menino Jesus as suas azeitonas. A


tamareira, logo a seguir, ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas o pinheiro,
como não tinha nada para oferecer, ficou muito infeliz.

As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro, que nada tinha para dar ao
Menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e
enfeitando o pinheiro. Quando isto aconteceu, o Menino Jesus olhou para o
pinheiro, levantou os braços e sorriu! Reza a lenda que foi assim que o pinheiro –
sempre enfeitado com luzes – foi eleito a árvore típica de Natal.

17. História A Princesa e o Sapo

Havia uma vez um reino distante, onde governava um rei sábio e justo. Este rei
tinha uma única filha, a princesa Luna, que era conhecida por sua beleza e
bondade. Luna adorava brincar nos jardins do castelo, especialmente com sua
bola de ouro, que era sua companheira favorita.

Um dia, enquanto brincava, a bola de ouro escapou de suas mãos e rolou para
longe, caindo em um poço tão profundo que era impossível enxergar seu fim. A
princesa ficou desesperada, sem saber como recuperar sua adorada bola e
chorou. Nesse momento, uma voz suave ressoou do poço:

- Por que você está chorando, filha do rei?

A princesa, assustada, procurou ao redor de onde vinha aquele som, mas não viu
nada além de seu próprio reflexo na água. De repente, para sua surpresa, um sapo
pulou para fora do poço. A menina então contou de sua adorada bola, de como ela
havia sido perdida e de sua profunda dor em perdê-la.

Sem hesitar, o sapo logo ofereceu ajuda.

- Não se preocupe com isso, princesa. Pare de chorar e busco a bola para você.
Para mim será um grande prazer ajudar.

A princesa Luna, surpresa com a oferta do sapo, hesitou por um momento, mas
logo aceitou. O sapo entrou de volta no poço e em pouco tempo retornou trazendo
a bola de ouro.

A princesa Luna ficou radiante! Grata pela ajuda do sapo, o convidou para
acompanhá-la até o castelo. No início, os servos e até mesmo o rei ficaram
surpresos ao ver a princesa na companhia de um sapo, mas logo perceberam a
gentileza e a sabedoria daquele pequeno anfíbio.

Com o passar do tempo, o sapo e a princesa Luna tornaram-se inseparáveis. O


sapo não era apenas habilidoso em recuperar objetos perdidos, mas também
possuía conhecimentos profundos em música e geografia. A princesa, por sua vez,
ensinou o sapo a apreciar a beleza do castelo e dos jardins, além de compartilhar
histórias e experiências de seu próprio mundo.

A amizade entre a princesa e o sapo tornou-se lendária em todo o reino. Assim,


com essa amizade incomum, eles viveram felizes para sempre, lembrando a todos
que a verdadeira beleza estava além das aparências, e que a amizade e aceitação
podiam transformar vidas e reinos.

18. História do Dragão e a Princesa

Era uma vez um rei e uma rainha que viviam em uma castelo dourado com sua
linda filha. Uma certa noite, um ogro feio sequestrou a bela princesa e a trancou
em uma torre alta e escura.

“Socorro!”, exclamou a princesa.

O rei e a rainha ficaram muito tristes. Eles prometeram dar um saco de ouro para o
cavaleiro que resgatasse a princesa.

“Por favor, salvem a nossa princesa!”, disse o rei.

Todos os cavaleiros da terra queriam resgatar a princesa. Eles cavalgaram para a


torre tão rápido quanto puderam.

'Me ajude!', gritava a princesa.

O ogro feio rugiu de raiva ao ver os cavaleiros. Seu rugido era tão assustador que
eles partiram o mais rápido que puderam.

Um dia, um dragão amigável estava voando sobre a torre do ogro quando ouviu o
grito de ajuda da princesa.

'Me ajude!'

O dragão voou para baixo da torre, respirou fundo e soprou o ogro para longe,
sobre as
montanhas e o oceano.

“Venha comigo, princesa. Não tenha medo!”, disse o dragão.


“Obrigada por me salvar”, disse a princesa.

“O prazer é meu, princesa”.

O dragão resgatou a princesa da torre e gentilmente a colocou em suas costas


fortes. Eles voaram para o céu. Eles voaram sobre a torre e o castelo, sobre as
montanhas e as cavernas e para muito longe em direção ao oceano azul profundo.

Era uma vez um rei e uma rainha que viviam em uma castelo dourado com sua
linda filha. Uma certa noite, um ogro feio sequestrou a bela princesa e a trancou
em uma torre alta e escura.

“Socorro!”, exclamou a princesa.

O rei e a rainha ficaram muito tristes. Eles prometeram dar um saco de ouro para o
cavaleiro que resgatasse a princesa.

“Por favor, salvem a nossa princesa!”, disse o rei.

Todos os cavaleiros da terra queriam resgatar a princesa. Eles cavalgaram para a


torre tão rápido quanto puderam.

'Me ajude!', gritava a princesa.

O ogro feio rugiu de raiva ao ver os cavaleiros. Seu rugido era tão assustador que
eles partiram o mais rápido que puderam.

Um dia, um dragão amigável estava voando sobre a torre do ogro quando ouviu o
grito de ajuda da princesa.

'Me ajude!'

O dragão voou para baixo da torre, respirou fundo e soprou o ogro para longe,
sobre as
montanhas e o oceano.

“Venha comigo, princesa. Não tenha medo!”, disse o dragão.

“Obrigada por me salvar”, disse a princesa.

“O prazer é meu, princesa”.

O dragão resgatou a princesa da torre e gentilmente a colocou em suas costas


fortes. Eles voaram para o céu. Eles voaram sobre a torre e o castelo, sobre as
montanhas e as cavernas e para muito longe em direção ao oceano azul profundo.

O Dragão e a Princesa ensina que não devemos julgar ninguém pela sua aparência
e que até mesmo um personagem que tem a fama de ser malvado, pode acabar
sendo o verdadeiro herói da história.

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