Extração de DNA de Células Vegetais: Colégio de Ermesinde

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Colégio de Ermesinde

Extração de DNA de células vegetais

Matilde Santos Martins 10ºA


16 de setembro de 2024
Índice
Objetivos....................................................................................................................................3
Introdução..................................................................................................................................4
Parte experimental.....................................................................................................................5
Resultados.................................................................................................................................6
Discussão de resultados.............................................................................................................8
Conclusão...................................................................................................................................9
Bibliografia..............................................................................................................................10

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Objetivos
Conhecer uma técnica de extração de DNA das células vegetais. Compreender o processo
necessário à extração do DNA.

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Introdução
Os ácidos nucleicos são as moléculas responsáveis pelo armazenamento da informação
genética e, consequentemente, estão envolvidos no controlo da atividade celular.

Os ácidos nucleicos são constituídos por unidades básicas designadas nucleótidos. Estes
nucleótidos podem formar dois tipos principais de polímeros, o ácido desoxirribonucleico
(DNA) e ácido ribonucleico (RNA).

Cada nucleótido é constituído por uma base nitrogenada, uma pentose e um grupo fosfato, que
lhe conferem as características ácidas.

Existem cinco tipos de bases nitrogenadas: adenina (A) e guanina (G) (bases púricas – possuem
dois anéis); citosina (C), timina (T) e uracilo (U) (bases pirimídicas – possuem um anel). A
timina só existe no DNA e o uracilo só existe no RNA. As restantes são comuns aos dois
compostos. Relativamente às pentoses, e tal como os nomes indicam, o DNA contém
desoxirribose e o RNA contém ribose.

Tanto no DNA como no RNA, os nucleótidos ligam-se entre si através de ligações fosfodiéster
que se estabelecem entre o grupo fosfato de um nucleótido e a pentose do nucleótido seguinte.
A formação de ligações entre os vários nucleótidos ocorre sempre no sentido 5´ para 3´.

A extração do DNA presente, sobretudo, no núcleo das células, exige a execução de


procedimentos que permitam a sua separação de outros componentes celulares. O processo de
maceração permite a desagregação dos tecidos vegetais, visando sobretudo destruir as paredes
celulares que são muito resistentes, e a adição de detergente tem como função de desagregar as
membranas, nomeadamente, o invólucro nuclear de natureza fosfolipídica.

O cloreto de sódio permite a neutralização de carga negativa conferida ao DNA pelo Grupo
fosfato (o Na liga-se ao grupo fosfato). Assim impede-se a repulsão elétrica entre as moléculas
de DNA, permitindo se a sua agregação de modo a formar filamentos mais espessos e
compridos (mais facilmente visíveis). Quando se adiciona lentamente o etanol filtrado, os
filamentos de DNA ascendem lentamente na camada de etanol. Esse processo é auxiliado pela
formação de bolhas de ar resultantes do choque térmico.

Fig 1 - DNA.

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Parte experimental

Material
- Kiwi;
- Almofariz;
- Bisturi;
- Gaze;
- Proveta de 100 ml;
- Proveta de 10 ml;
- Tubo de ensaio;
- Gobelé;
- Água destilada;
- Detergente de loiça;
- Cloreto de sódio;
- Etanol frio;
- Pipeta;
- Vareta de vidro.

Procedimento
1- Descasque um kiwi com o auxílio de um bisturi, corte em pequenos cubos e esmague-o
num almofariz;
2- Adicione uma solução composta por 50 ml de H2O, 5 ml de detergente da loiça e 1,5g de
NaCl;
3– Continue o processo de esmagamento;
4- Filtre o preparado com o auxílio de gaze e de um funil de forma a obter 5 ml de líquido
para um goblé passando de seguida para uma proveta;
5- De seguida, transfira o preparado para um tubo de ensaio;
6- Adicione 5 ml de etanol 96% frio;
7- Deixe repousar até se observar a ascensão de uma camada gelatinosa;
8- Observe e registe.

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Resultados

Fig 2 – Kiwi descascado e cortado em pequenos cubos (primeiro passo do procedimento).

Fig 3 – Preparado após ter sido adicionado a solução com água, detergente da loiça e cloreto de sódio (segundo
passo do procedimento).

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Fig 4 – Preparado após ser filtrado (quarto passo do procedimento).

Fig 5 – Preparado transferido para um tubo de ensaio (quinto passo do procedimento).

Fig 6 – Preparado logo depois de ser adicionado o etanol (sexto passo do procedimento).

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Etano
Filamentos de DNA l
10 ml de
preparado

Fig 7 – Preparado depois de ter sido deixado algum tempo a repousar no etanol (sétimo passo do procedimento).

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Discussão de resultados
Na parte inicial do procedimento experimental, esmagou-se um kiwi num almofariz, de modo
a procurar romper as paredes celulares e as membranas citoplasmáticas das diferentes células,
permitindo desta forma libertar o seu respetivo conteúdo celular. Contudo, devido às
pequeníssimas dimensões do núcleo da célula, este processo não permite romper o mesmo,
no qual se localiza fundamentalmente o DNA. Consequentemente, é necessário recorrer à
utilização de detergente da loiça, uma vez que a utilização do mesmo permite separar os
fosfolípidos, penetrando na estrutura das membranas nucleares e promovendo assim, sua
desagregação. Como consequência, o conteúdo nuclear acaba por ser libertado, dispersando-
se assim na solução.
A adição de 3 g de cloreto de sódio (NaCI) encontra-se diretamente relacionada com a sua
interferência com a carga das moléculas de DNA, permitindo tornar a molécula mais estável
e proporcionando um ambiente favorável à realização da experiência. Assim, a utilização do
mesmo permitiu a neutralização da carga negativa conferida ao DNA pelo grupo fosfato (o
ião Na+ liga-se ao grupo fosfato), impedindo a repulsão elétrica entre as moléculas de DNA e
promovendo a sua agregação, de modo a formar filamentos mais espessos e compridos, logo
mais facilmente visíveis a olho nu. Para além disso, o cloreto de sódio possibilita que as
proteínas se mantenham dissolvidas no líquido obtido, impedindo a sua precipitação, ao
contrário do DNA.
Por sua vez, no processo de filtragem, apenas uma parte translúcida do líquido atravessa a
gaze (que neste caso está a ser utilizado como filtro), depositando-se uniformemente no
fundo, enquanto as restantes substâncias mais espessas de kiwi não atravessaram a gaze,
ficando assim retidas no funil. Esta etapa permitiu desta forma separar as paredes celulares e
as membranas citoplasmáticas do restante conteúdo celular, nomeadamente dos núcleos.
A utilização do álcool etílico a uma baixa temperatura deveu-se ao facto de que quanto menor
for a temperatura do etanol, mais reduzida também será a solubilidade do DNA no mesmo.
Consequentemente, como as moléculas de DNA são insolúveis neste composto, as mesmas
irão precipitar, sendo que a densidade do DNA é menor do que a do etanol, e a deste menor
do que a densidade da água.
Como resultado, os filamentos de DNA ascendem, passando pela camada do preparado
constituída essencialmente por água e pela camada de álcool etílico, acumulando-se assim na
parte superior do tubo de ensaio A. O choque térmico auxilia também o processo, no sentido
da formação de bolhas de ar, contribuindo igualmente para a elevação do DNA.

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Conclusão
Foi possível compreender uma técnica de extração de DNA das células vegetais e o processo
necessário à sua extração.

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Bibliografia
BioFOCO 11 - Osório Matias, Pedro Martins - Areal Editores, SA.

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