Atividade de História Vargas
Atividade de História Vargas
Atividade de História Vargas
Imerson
Getúlio Vargas conseguiu destacar-se na cena política nacional, e por isso a primeira fase de
governo dele na chefia da República, entre os anos 1930 e 1945, ficou conhecida como Era
Vargas. Há também historiadores que admitem que a Era Vargas compreende todo o período do
primeiro governo até o fim do segundo governo de Getúlio Vargas (1930-1954). No entanto, é mais
aceito denominar Era Vargas somente o período de 1930 a 1945, devido à centralidade da figura
de Vargas nessa época. Essa centralidade da imagem de Vargas ocorreu, sobretudo, durante
o Estado Novo quando conquistou a alcunha de “pai dos pobres”, por meio da massiva propaganda
do Departamento de Imprensa e Propaganda e (DIP) e também por causa da popularidade
alcançada pela legislação trabalhista Movimento político de 1930 A ascensão de Getúlio Vargas à
presidência do país em 1930 ocorreu devido à cisão política entre as oligarquias estaduais. Nas
eleições para a presidência da República em 1930 concorriam o candidato situacionista de São
Paulo, Júlio Prestes, e o então presidente da oligarquia dissidente do Rio Grande do Sul, Getúlio
Vargas. Foi declarado oficialmente vitorioso no pleito eleitoral o candidato paulista Júlio Prestes
que também era apoiado pelo então presidente da República Washington Luís. A Aliança
Liberal que impulsionava a candidatura de Getúlio Vargas reclamava o resultado das eleições,
considerado fraudulento. Apesar disso, a princípio a Aliança Liberal não exigiu que Getúlio Vargas
se tornasse presidente. Essa exigência somente foi feita com o atentado e assassinato do
candidato à vice-presidência João Pessoa, em 26 de julho de 1930. A concentração da influência
política em Getúlio Vargas iniciou-se já na organização da Aliança Liberal. Getúlio Vargas mediava
com destreza a diversidade de forças políticas presentes nessa aliança que era composta até
mesmo por forças opostas como os antigos próceres da Primeira República e por lideranças
do movimento tenentista. A Aliança Liberal corria o risco de dissolução antes mesmo de cumprir as
reformas nas instituições republicanas a que se propunha. Dentre essas reformas estavam a
instalação de uma indústria básica, a centralização do poder e a unificação dos Estados federados.
Governo Provisório Em outubro de 1930, a Aliança Liberal mobilizou as incursões armadas para
alçar Getúlio Vargas ao governo do país. Nesse momento, uma junta provisória militar depôs o
presidente Washington Luís e governou interinamente por dez dias, até a chegada das tropas
lideradas por Getúlio Vargas que assumiu o Governo Provisório, em 3 de novembro de 1930.
Durante essa fase provisória instaurou-se o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,
conhecido como “Ministério da Revolução”, que passou a organizar a legislação trabalhista. No
campo econômico investiu-se na industrialização para substituição de importações, no entanto a
produção cafeeira continuou a ser protegida pelo governo. O principal objetivo das políticas
adotadas a partir desse período foi o fortalecimento do Estado alcançado por meio da
concentração de poderes por Getúlio Vargas. Governo Constitucional A oligarquia paulista
encontrava-se insatisfeita com a perda de poderes sofrida com a ascensão de Getúlio Vargas, por
isso, em 1932, iniciou o processo de exigência da constitucionalização do país com a finalidade de
restituir a centralidade política e econômica de São Paulo. No Estado de São Paulo foi instaurada
uma guerra civil que militarmente foi derrotada, mas politicamente influenciou na convocação da
Assembleia Nacional Constituinte (1933). Com a votação do novo parlamento e Constituição de
1934 instituiu-se o Governo Constitucional, Getúlio Vargas foi eleito indiretamente para chefiar a
nação nesse período. Durante o Governo Constitucional de Getúlio Vargas foram realizadas a
implementação do Código Eleitoral, a representação classista no Congresso, e a criação do
Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC). O Código Eleitoral previa o voto direto e
o voto feminino. A representação classista no Congresso consistiu na indicação de sindicalistas por
Vargas para negociar com as demais forças os direitos das categorias das quais eram oriundos. E
o DPDC realizou a promoção e censura da produção cultural do país, de acordo com a política do
regime. A fase constitucional também foi marcada por conflitos políticos, destacando-se os
dissídios entre a frente de esquerda da Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista
Brasileira (AIB), grupo de extrema direita. A instabilidade política do Governo Constitucional foi
utilizada por Vargas como subterfúgio para a instauração da ditadura do Estado Novo. Estavam
previstas eleições para a presidência da República para o ano de 1938. Em 1937 iniciaram as
campanhas dos candidatos para o pleito. Getúlio Vargas não se candidatou, porém articulava
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modos de permanecer no poder por meio de golpe de Estado. Desde a Revolta Comunista de
1935, a perseguição aos comunistas e às ideias de esquerda asseverou-se. E a “ameaça
comunista” foi utilizada como mote para a decretação do Estado Novo. A Ação Integralista
Brasileira forjou um documento chamado de Plano Cohen que dizia que os comunistas pretendiam
estimular insurreições no Brasil. Esse documento, evidentemente falso, foi veiculado nas mídias de
massas e utilizado para decretar o “estado de guerra”. A decretação do “estado de guerra”
viabilizou o fechamento do Congresso e a instauração de uma nova Constituição de teor
autoritário, efetivando-se assim o Golpe de 1937, em 10 de novembro.O Estado Novo O Estado
Novo teve cunho nacionalista, corporativista e desenvolvimentista e concentrou ainda mais poderes
nas mãos de Getúlio Vargas. Os partidos políticos foram fechados e o parlamento eliminado,
apenas permaneceu o poder Judiciário intrinsecamente atrelado ao regime. A centralização política
no poder Executivo Federal também foi simbolizada pela cerimônia cívica da queima das bandeiras
Estaduais, em dezembro de 1937. Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas começou a construir a
imagem popular de “pai dos pobres” arregimentada pelo Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP). No período do Estado Novo foram implementadas a Justiça do Trabalho, em
1939, e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1943. Cada categoria de trabalho podia
apenas ser representada por um sindicato, essa restrição inviabilizou a organização autônoma de
sindicatos. Assim, toda categoria era apenas representada pelos sindicatos atrelados ao regime
varguista. Nesse período também foram construídas muitas indústrias de base, como a Companhia
Siderúrgica Nacional (1941), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), e a Fábrica Nacional de
Motores (1942). A Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) resultava dos Acordos
de Washington em que o governo brasileiro comprometia-se em fornecer aço aos Aliados durante
a Segunda Guerra Mundial em troca do subsídio estadunidense para a construção da Siderúrgica.
O acordo brasileiro com o Estados Unidos retirou o país da condição de neutralidade que assumiu
inicialmente na guerra. As forças do Eixo atingiram submarinos brasileiros, impelindo o Brasil a
declarar-se em guerra, em 22 de agosto de 1942. Um ano após ingressar na guerra, foram
enviadas tropas da recém criada Força Expedicionária Brasileira (FEB) que combateram na Itália
fascista até o término da guerra em 8 de maio de 1945. Com a iminente derrota do nazi-fascismo
na Europa, o apoio à ditadura de Vargas esvaia-se e iniciavam-se medidas liberais como o fim da
censura à imprensa, a construção de partidos nacionais e a previsão de eleições diretas para o
cargo de presidente da República e demais cargos políticos. Em outubro de 1945, a campanha
eleitoral para a presidência da República estava em curso e Getúlio Vargas participou de um
comício para a continuidade do governo dele, realizado pelo movimento “queremista”. O termo
“queremismo” surgiu das inscrições “Queremos Vargas” que surgiram nos muros das principais
cidades do país na época. O crescimento desse movimento atemorizava a oposição ao regime
varguista. Desse modo, o ministro da Guerra, Góis Monteiro destituiu Getúlio Vargas do governo do
país. Assumiu interinamente o cargo o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, até
ocorrerem as eleições e o candidato eleito, o general Eurico Gaspar Dutra, tornar-se presidente.
Assim encerrou-se o Estado Novo.
Getúlio Vargas assumiu o cargo de deputado federal, após o fim do Estado Novo. Com o fim do
mandato de Dutra, Getúlio Vargas governou novamente o país entre os anos de 1951 e 1954,
dessa vez, respaldado pelos votos diretos.
COPIAR E RESPONDER NO CARDERNO:
1)Segundo o texto, quais as fazes do Governo Vargas? 2)Como ocorreu a ascensão de
Vargas ao Poder? 3)O que provocou o atentado de assassinato do candidato à vice-
presidência João Pessoa? 4)Com se deu o governo Provisório? 5)O que se instaura no
Governo provisório? 6)O que ocorre no campo econômico nesse período? 7)Qual principal
objetivo das políticas adotadas nesse período? 8)O que foi o Governo Constitucional e o
resultado da instabilidade política do Governo Constitucional? 9)O que foi o Plano Cohen?
10)A decretação do “estado de guerra” fez o que? O que foi o Estado Novo? 11)O que houve
com os partidos políticos nesse período? 12)No período do Estado Novo o que foram
implementados no país? 13)O termo “queremismo”, o que é? 14)Quando Vargas volta ao
poder eleito?