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COMO FAZER PLANO DE AULA

O plano de aula é um instrumento de trabalho do professor, nele o docente


especifica o que será realizado dentro de cada sala de aula com cada turma,
buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o
aprendizado dos alunos.
Um professor bom é facilmente reconhecido pelos alunos, seja pela forma de
se relacionar com eles, seja pelo domínio do conteúdo. Porém, uma
característica em qualquer tipo de professor destaque é saber montar um
bom planejamento de aula, que cative os alunos de forma criativa e
inovadora.

Conteúdo Programático (Bases Tecnológicas)


O conteúdo Programático está exposto na ementa do Componente Curricular.
No caso do IFB, em nossos Planos de Cursos, eles são definidos como Bases
Tecnológicas. Faça uma divisão deste conteúdo pela quantidade de aulas que
terá no semestre/ano e avalie quantas aulas terá para trabalhar cada conteúdo.
Esteja atento para flexibilização dos conteúdos. Avalie quais são mais
imprescindíveis e faça a escolha por aqueles que são essenciais para esta
turma, neste curso determinado no qual está atuando. Tenha o perfil da turma
em mente: alguns grupos e faixas etárias aprendem melhor com determinada
metodologia. Seja sensível! Uma avaliação diagnóstica pode ser um bom
instrumento para ajudar nessas escolhas.
O conteúdo não é só a matéria em si, com os conceitos, mas exemplos e
informações que se aproximem da realidade do aluno. Os conteúdos podem
ser:
● Conceituais: O que o aluno deve aprender e conhecer enquanto
conceitos. Ex: Aprender o que é empreendedorismo.
● Procedimentais: O que o aluno deve aprender a fazer. Ex: Aprender a
resolver equações de segundo grau.
● Atitudinais: O que o aluno deve aprender a ser. Ex: Aprender a ser
mais honesto.
Esta variação vai depender muito da característica específica de cada
componente curricular.
Não se pode esquecer que alguns temas são mais difíceis para os alunos
assimilarem: muitas dúvidas e perguntas podem “atrasar” o conteúdo
programático, e isso não é nenhum problema. O foco da aula é sempre a
aprendizagem dos estudantes, dirimir as dúvidas e fomentar o questionamento
em torno de uma questão não é perda de tempo. Não deu pra cumprir o
planejamento diário da aula? Retome na aula seguinte! Por isso é sempre
importante deixar algumas aulas como momentos de revisão, isso ajuda na
readequação do planejamento do semestre/ano.

Identifique Habilidades e Competências para cada conteúdo


Nos Planos de Curso do IFB temos as habilidades e competências que devem
ser trabalhadas em cada componente curricular. Entende-se que tais
habilidades e competências contribuam para formação do perfil do egresso do
curso. Identifique em quais conteúdos quais habilidades e quais competências
podem ser exploradas.
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Observe que uma habilidade ou uma competência pode ser trabalhada em


mais de um conteúdo, portanto, dificilmente se esgota uma habilidade ou uma
competência em apenas uma aula, este é um processo que faz parte da
formação do estudante de forma progressiva e rotineira. Assim as mesmas
habilidades e competências poderão aparecer em outros planos de aulas.

Métodos e Objetivos
Os objetivos norteiam a atitude do professor perante a turma. Uma aula de
revisão para a prova terá um conteúdo programático extenso a ser dado de
forma breve. Uma aula expositiva sobre um tema controverso terá um conteúdo
pequeno a ser detalhado de forma longa, fomentando discussões. Os objetivos
também definem os métodos a serem utilizados.
Quanto aos métodos, deve-se pensar qual a ferramenta didática mais
adequada para abordar o assunto, respondendo à pergunta “como posso
apresentar esse conteúdo a esse perfil de aluno”. Métodos que despertem a
curiosidade e o interesse dos alunos são sempre boas opções: formas
alternativas de ensinar, utilizando música, teatro e visitas técnicas, estudos de
caso, problematizações, júri simulado, trabalhos e grupo, assim como o uso de
novas tecnologias da informação e comunicação (vídeos, internet, interações
com games, etc.) tendem a ser muito bem aceito pelos estudantes.
A metodologia pode ser uma das partes mais importantes do seu plano de
aula, pois é aí que você irá cativar os alunos e mantê-los atentos e
interessados.
É sempre bom lembrar que cada tipo de conteúdo encaixa melhor com um tipo
de metodologia. Uma aula expositiva pode não funcionar muito bem para
assuntos muito complexos, pois o aluno pode ficar confuso. Já exercícios
podem não funcionar muito bem para aulas de filosofia, por exemplo.
A problematização pode ser um bom instrumento de aproximação do conteúdo
com a vida prática do estudante. Muitos estudiosos da aprendizagem afirmam
que só aprendemos aquilo que nos é significativo, ou seja, quando um
conteúdo tem aplicação prática em nossa vida ele se torna significativo. Ai está
o desafio do professor: fazer com que o estudante perceba a relação do que
está sendo estudado com sua realidade presente ou futura.

Avalie o conhecimento
Avaliar a compreensão do conteúdo pelos alunos é fundamental como resposta
à metodologia adotada em cada aula. É por meio da avaliação diária que será
possível decidir se estamos no caminho certo ou devemos propor um ou outro
recurso a ser adotado. Aqui não estamos falando da prova, valendo nota ou
qualquer outro tipo de pontuação, mas do feedback a ser adquirido com eles ao
se fechar a aula.
No fim da aula, faça uma recapitulação do que foi abordado, das dúvidas, das
reações. Dessa forma, se consegue notar se o aprendizado foi satisfatório ou
se é preciso propor alternativas ao ensino de determinado conteúdo.
Esta avaliação pode ser oral, pode ser um pequeno teste com questões
objetivas, pode-se solicitar aos estudantes que escrevam em poucas linhas
aquilo que ficou compreendido da aula. O mais importante é que esta avaliação
seja algo que faça parte de formação continuada do estudante e que você
tenha condições de perceber se as habilidades e competências propostas
foram atingidas.
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Seja flexível com o planejamento de aula


Nem sempre o planejamento feito será cumprido da forma estabelecida. Tanto
o método utilizado quanto os objetivos da aula podem ser alvos de críticas dos
alunos, que são importantes avaliadores do plano. Esteja aberto a mudar e a
escutar, é uma ótima forma de crescer enquanto profissional.

Como fazer um plano de aula

Antes de começar a, de fato, escrever o plano de aula, é bom pensar nas


seguintes perguntas:
“Qual é a minha intenção com essa aula?”
“O que eu pretendo ensinar?”;
“Qual é o meu objetivo?”
“O que eu quero ter alcançado ao final da aula?”.
Com isso, você sempre mantém em mente o que quer e o trabalho de
elaboração do plano fica muito mais fácil. Além disso, tente sempre pensar que
a elaboração de um bom plano de aula vem da prática e, com o tempo, você irá
conseguir aprimorar os seus.

Tema e Objetivo
É importante pensar que o tema é o que será abordado naquela aula, e não no
curso em geral. Por exemplo, se você é professor de português, o tema da aula
não seria ‘português’, mas, por exemplo “verbos de ação”, ou “crase”, ou
“substantivos”, etc... Portanto o tema surge do conteúdo, ou das Bases
tecnológicas, apresentadas no Plano de curso.
Já o objetivo, é tudo que você deseja alcançar ao final da aula, ou seja, tudo
que você quer que os alunos tenham aprendido. Por exemplo, seguindo a linha
do português, uma aula com tema ‘verbos de ação’ pode ter como objetivo:
“Conceituar os verbos de ação”.
“Identificar verbos de ação em textos.”
“Entender a função de um verbo de ação na sentença”.
“Diferenciar verbos de ação dos demais tipos de verbo.”
Ou seja os objetivos são aquilo que os estudantes devem alcançar e não o que
você vai fazer durante a aula. Você pode listar várias coisas como objetivo final
da sua aula.
Os objetivos descritos no seu plano de aula devem ter as seguintes
características:
- Devem ser realistas: O professor não deve somente imaginar os objetivos
sem levar em conta se eles são possíveis de serem alcançados. É preciso
pensar na realidade dos alunos, no que eles já sabem e no que é possível, na
prática, alcançar.
- Devem ser viáveis: Os objetivos devem ser viáveis dentro da realidade de
tempo e materiais disponíveis.
- Devem ser específicos: Eles precisam apontar, claramente, o que deve ser
alcançado ao final da aula, para nortear todo o restante do planejamento da
aula.

Sugestão de Modelo de Plano de Aula


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PLANO DE AULA
Curso: Ano/Semestre: Turma:
Componente Curricular: Data da Aula:
Professor: Duração da Aula:___ minutos
TEMA:
OBJETIVOS
GERAL:

ESPECÍFICOS:

CONTEÚDO

METODOLOGIA
Duração Atividade Habilidade Competência

AVALIAÇÃO

REFERÊNCIAS

● Básica:

● Complementar:

DICAS IMPORTANTES:
- É muito comum em aulas expositivas utilizarmos a projeção de slides como
forma de sintetizar os conteúdos trabalhados. Devemos tomar alguns cuidados
com esta prática. O data show – ou os projetores de imagem em geral – é uma
ferramenta tecnológica cada vez mais utilizada pelos professores como recurso
pedagógico. As vantagens são muitas, pois ele permite que se escape do ritmo
comum das aulas expositivas em lousas e também facilita a observação de
imagens e animações didáticas. Mas temos que tomar alguns cuidados:
- Tudo o que é demais faz mal - O professor não pode
simplesmente depender do projetor de imagens para todas as suas aulas, pois
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isso poderá transformá-las em algo monótono, previsível. Procure alternar ou


variar o uso dos projetores com outras ferramentas pedagógicas.
- Priorize o uso de imagens, palavras-chaves e frases curtas - Ao elaborar
os slides e recursos da sua aula, procure priorizar o emprego de palavras-
chaves e frases curtas, além de imagens, mapas, gráficos e demais elementos
que venham a ser necessários. Não use textos muito longos em um único
slide, Não leia aquele imenso conteúdo. O ideal é usar palavras, frases curtas,
imagens ou afirmações que sirvam de guia ou orientação para a fala.
- Não seja um “passador de slides” - Lembre-se de que o data show é o
seu auxiliar e não o protagonista de suas aulas. Em muitos casos, o
professor limita-se a passar imagens ou slides e esquece que isso é apenas
uma estratégia para desenvolver o aprendizado, não o objetivo final em si.
Lembre-se: o data show não substitui o professor!
– Cuidado com as luzes apagadas por muito tempo Em aulas mais longas
– ou quando o professor possui duas aulas seguidas – é bom tomar cuidado
com uma questão: as luzes apagadas por muito tempo, pois, além da
monotonia da aula, elas podem provocar sono ou desinteresse por parte dos
alunos.
– Planeje com cuidado e tenha sempre um “plano B” pois o professor deve
estar preparado para eventuais – e até comuns – defeitos técnicos que possam
ocorrer com o equipamento. Existem professores que simplesmente não dão
aula se não possuírem o projetor, o que é um erro muito grave na profissão
docente.
- Evite projeções muito prolongadas - as projeções não devem ultrapassar
dois terços do tempo total da aula (é preciso tempo para introduzir o tema e
para avaliar a aula).
- Quando possível disponibilize os Slides antes da aula para os estudantes.
- Evite reduzir os conteúdos de seu componente curricular aos slides
projetados. Faça com que os estudantes busquem outras fontes de
conhecimento.

- A correta definição de objetivos gerais e de objetivos específicos é


essencial para o sucesso do plano de aula. Aconselha-se que os objetivos
sejam iniciados por um verbo no infinitivo. Lembrando que se referem àquilo
que queremos que o estudante alcance.
Objetivos gerais
Para a definição de objetivos gerais, é recomendado o uso de verbos com
significado abrangente. Deve englobar a totalidade do problema, definindo de
forma clara o que se pretende no final do plano.

VERBOS PARA OBJETIVOS GERAIS QUE SE FOCAM EM


CONCEITOS PROCEDIMENTOS ATITUDES
● Compreender; ● Capacitar; ● Colaborar;

● Conhecer; ● Demonstrar. ● Contribuir;


● Entender; ● Desenvolver; ● Interiorizar;
● Generalizar. ● Estabelecer; ● Mostrar.
● Identificar;
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● Reconhecer; ● Organizar; ● Valorizar;

VERBOS ADEQUADOS PARA OBJETIVOS GERAIS QUE TENDEM A


INDICAR DETERMINADOS DOMÍNIOS:
COGNITIVOS AFETIVOS PSICOMOTORES

Administrar Aceitar Coser


Aprimorar Acompanhar Criar
Afirmar Apreciar Desenhar
Avaliar Cooperar Demonstrar
Analisar Completar Executar
Aplicar Demonstrar Escrever
Apreciar Elaborar Montar
Aprender Escutar Operar
Calcular Gostar Reparar
Constar Manter
Construir Mostrar
Compreender Oferecer
Delegar Obedecer
Demonstrar Participar
Distinguir Reconhecer
Enumerar Ter
Escrever
Entender
Fazer
Formular
Identificar
Interpretar
Integrar
Propor
Recitar
Resolver
Saber
Transferir

Objetivos específicos
Para a definição de objetivos específicos, é recomendado o uso de verbos com
significado mais restrito e direcionado. Os objetivos específicos contribuem
para a concretização do objetivo geral, pormenorizando-o. Estão relacionados
com as áreas específicas nas quais se desenvolvem.

VERBOS USADOS EM OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA INDICAR


ANÁLISE AVALIAÇÃO COMPREENSÃO CONHECIMENTO SÍNTESE APLICAÇÃO
Aplicar;
● Analisar; ● Avaliar; ● Concluir; ● Citar. ● Constituir;
Empregar;
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Operar;
● Classificar; ● Decidir; ● Deduzir; ● Definir; ● Desenvolver.
Praticar;
● Comparar; ● Estimar; ● Descrever; ● Enumerar; ● Documentar; Usar

● Comprovar;● Medir; ● Determinar; ● Especificar; ● Esquematizar;

● Contrastar;● Pesquisar; ● Ilustrar. ● Exemplificar; ● Estruturar;

● Diferenciar;● Precisar; ● Inferir; ● Identificar; ● Generalizar;


● Distinguir. ● Selecionar;● Interpretar; ● Nomear; ● Organizar;

● Investigar; ● Validar. ● Registrar;

VERBOS ADEQUADOS PARA OBJETIVOS IMEDIATOS QUE TENDEM A


INDICAR DETERMINADOS DOMÍNIOS:

DOMINIO DOMINIO DOMINIO DOMINIO


COGNITIVO SOCIAL PSICOMOTOR AFETIVO

Analisar Aceitar Automatizar Agir com


Apontar Ajudar Colocar Desempenhar
Aplicar Aplaudir Correr com
Avaliar Compartilhar Cortar Demonstrar
Citar Competir Demonstrar
Combinar Comunicar-se Deslocar-se
Comparar Cooperar Desempenhar
Classificar Contribuir Dramatizar
Criar Convidar Driblar
Distinguir Discutir Equilibrar-se
Definir Elogiar Explorar
Dizer Escolher Jogar
Explicar Interagir Quicar
Explorar Permitir Realizar
Enumerar Participar Percorrer
Indicar Saudar Saltar
Selecionar
Ordenar
Revisar
Identificar
Compor

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