DESVENDANDO O ÁTOMO - Parte 1

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Profa.

Flávia / Química / IFBA


Campus de Paulo Afonso-BA

2021
É tudo que ocupa lugar no espaço e
tem massa

É uma medida da resistência à


mudança de velocidade

Refere-se à força com que um objeto é


atraído pela Terra
Refere-se à habilidade de uma
substância se transformar em outra.

É uma característica que podemos observar


ou medir sem mudar a identidade da
substância.
Exemplos: estado da matéria, PF, PE, dureza,
cor, temperatura, etc.
Independe do tamanho da amostra.
Ex: temperatura de dois recipientes
distintos de água.

Depende do tamanho (extensão) da amostra.


Ex: massa e volume
Matéria

Substância Pura Mistura


(composição (composição
constante) variável)

Compostos Elementos
Propuseram no século V a.C., que a matéria era
divisível até se chegar a uma partícula que não
poderia mais ser dividida e que seria a unidade
fundamental da matéria , a qual chamamos
de átomo, o qual seria maciço e esférico.
Através de experimentos realizados sobre a razão das
massas dos elementos que se combinavam para formar
compostos, ele foi capaz de detectar razões de massas
consistentes que o levaram a desenvolver a hipótese
atômica em 1807:
➢ Todos os átomos de um dado elemento são idênticos
➢ Os átomos de diferentes elementos têm massas diferentes

➢ Um composto é uma combinação específica de átomos de


mais de um elemento
➢ Em uma razão química, os átomos não são criados nem
destruídos mas trocam de parceiros para produzirem
novas substâncias
➢ átomo maciço e indivisível;
➢ átomos iguais são de um mesmo
elemento químico;
➢ durante as reações, os átomos se separam e
se reagrupam, formando novas substâncias.
1834: Michael Faraday relatou o resultado
de experiências mostrando que uma
transformação química podia ser causada
pela passagem de eletricidade através de
soluções aquosas de compostos químicos.

1874: Estas experiências demonstraram que


a matéria possuía natureza elétrica e
conduziram G.J. Stoney a propor a
existência de partículas de eletricidade a
que chamou de elétrons.
1897: analisou as experiências com as
descargas elétricas em gases rarefeitos (em pequenas
quantidades), nas quais ficou evidenciada a
presença de cargas positivas e negativas no interior
do átomo
Raios catódicos podem ser compreendidos como sendo
um feixe de partículas carregadas de carga elétrica
negativa.
Consideremos um tubo de vidro contendo gás no seu
interior e munido de dois eletrodos. Quando o tubo
contém gás sob pressão normal, verifica-se que não há
descarga elétrica no seu interior (não há emissão de
luz), mesmo quando aplica nos eletrodos uma diferença
de potência da ordem de 104 volts ( 10.000 volts ).
Rarefazendo-se progressivamente, ou seja,
diminuindo-se a pressão progressivamente no gás, por
meio de bomba de vácuo, até atingir a pressão da
ordem de 10 mmHg, aparece um fluxo luminoso
partindo do cátodo (eletrodo negativo) e dirigindo-se
ao ânodo.
Diminuindo a pressão sob o gás até atingir
aproximadamente 1 mmHg, a luminosidade passa a
diminuir. Quando a pressão for da ordem de 10-2
mmHg, desaparecerá o feixe luminoso,
permanecendo apenas uma mancha luminosa na
parede do tubo oposta ao cátodo.
Thomson mostrou que os raios catódicos eram feixes
de partículas carregadas negativamente . Esses feixes
provêm dos átomos que constituem o eletrodo (cátodo)

Thomson encontrou que as partículas carregadas eram


as mesmas, independente do material usado para o
cátodo. Ele concluiu que eram parte de todos os
átomos e essas partículas foram chamadas de elétrons.
Thomson aplicou um campo magnético de intensidade
conhecida através do tubo e verificou a deflexão do
feixe de elétrons; foi, então, aplicada carga às placas até
o feixe retornar ao seu ponto central.

A partir das intensidades dos campos elétrico e


magnético, Thomson foi capaz de medir o valor:

O resultado da experiência indicou que o


elétron ou tinha uma carga elétrica muito
grande, ou sua massa era muito pequena.
1908: Millikan aspergiu uma fina névoa de óleo sobre um par
de placas metálicas paralelas. As gotículas passavam através de
um orifício na placa superior e o ar entre elas era irradiado por
raios X. Os elétrons arrancados dos átomos de gás pelos raios X
eram absorvidos pelas gotículas de óleo, o que lhes conferia
carga negativa.
Millikan constatou que, mediante a aplicação de
uma carga elétrica às placas a queda das gotas
carregadas podia ser interrompida.

O conhecimento da massa de uma gota e a


quantidade de carga nas placas necessária para
manter a gota suspensa permitiu calcular a carga,
que era sempre um múltiplo de 1,602176 x 10 -19 C

Isso permitiu concluir que a massa do elétron é


9,109383 x 10 -28 gramas
http://www.youtube.com/watch?v=XMfYHag7Liw
Veja algumas das "ações" dos raios
catódicos ( elétrons ) no nosso
dia-a-dia:
·Televisão e Monitores de Computador: O tubo
de imagem dos televisores é uma ampola de
Crookes ( alto vácuo ) com certas adaptações.

Os raios catódicos incidem na superfície interna


do vidro, que é revestida com tinta fluorescente.
Durante a descarga, a tela fica iluminada.
· Lâmpada Fluorescente: A lâmpada fluorescente contém
vapor de mercúrio(Hg) como gás residual. A parede interna
do vidro da lâmpada é revestida de tinta fluorescente. Pela
descarga no interior da lâmpada, o vapor de mercúrio (Hg) ,
a essa pressão emite luz ultravioleta ( invisível ), a qual
excita a tinta fluorescente, que emite luz visível
característica dessa lâmpada.
· Lâmpadas de Sódio (Na) e Lâmpadas de Mercúrio (Hg): A luz
emitida pelas lâmpadas de sódio e de mercúrio resulta da
descarga elétrica em tubos, que são os cilindros de vidro, contendo
vapor de sódio e vapor de mercúrio como gás residual e estando a
baixa pressão.
1908: para verificar se os átomos eram maciços,
Rutherford bombardeou uma finíssima lâmina de ouro
(de aproximadamente 0,0001 cm) com pequenas
partículas de carga positivas, denominada partículas alfa,
emitidas por um material radioativo (polônio).
❑ Grande parte das partículas alfa atravessa a lâmina
sem desviar o curso;

❑ Poucas partículas alfa (1 em 20000) não atravessam a


lâmina e voltavam;

❑ Algumas partículas alfa sofriam desvios de trajetória


ao atravessar a lâmina.
❑ Boa parte do átomo é vazio. No espaço vazio (eletrosfera)
provavelmente estão localizados os elétrons;
❑ Deve existir no átomo uma pequena região onde esta
concentrada sua massa (o núcleo);
❑ O núcleo do átomo deve ser positivo, o que provoca uma
repulsão nas partículas alfa (positivas);
❑ A carga positiva cancela exatamente a carga negativa da
vizinhança eletrônica;
❑ Comparado com o tamanho do núcleo (diâmetro de 10-4 m)
o espaço ocupado pelos elétrons é cerca de cem vezes
maior, o equivalente a uma mosca no meio de um estádio de
beisebol.
Rutherford observou que apenas cerca da metade da massa
nuclear podia ser justificada pelos prótons. Sugeriu,
portanto, que partículas de carga zero e de massa
aproximadamente igual à dos prótons estavam também
presentes no núcleo.

Em 1932, James Chadwick bombardeou berílio com


partículas alfa e descobriu que eram emitidas partículas não
carregadas (NÊUTRONS), apenas um pouco maiores que os
prótons.
❑ Quão pequeno é um átomo? O raio de um átomo
típico tem entre 30 e 300 pm. Por exemplo, o número de
átomos existentes em uma colher de chá de água é 3x
maior que o número de colheres de chá de água
existentes no Oceano Atlântico.
As massas das partículas atômicas
fundamentais são expressas frequentemente
em unidades de massa atômica (u)

1u = 1,661 x 10 -24 g

Uma unidade de massa atômica corresponde


a 1/12 da massa de um átomo de carbono
com 6 prótons e 6 nêutrons.
É uma técnica analítica física para detectar e identificar
moléculas de interesse por meio da medição de sua massa e
da caracterização de sua estrutura química.
Somente em alguns poucos casos os átomos
de uma amostra natural de um determinado
elemento apresentam a mesma massa.

Para elementos que apresentam isótopos,


calcula-se a massa atômica através da média
ponderada, ou ainda a abundância
percentual.
❑ Todos os átomos de um mesmo elemento
tem o mesmo número de prótons no núcleo;
❑ Número atômico (Z) = número de prótons
no núcleo de um elemento.

❑ É a soma de prótons e nêutrons de


um átomo e tem símbolo A.
Um mol é a quantia de substância que possui
um número de unidades fundamentais
(átomos, moléculas, partículas)
igual ao número de átomos presente em
exatamente 12 g do isótopo carbono-12.

1 mol = 6,0221415 x 10 23 partículas

Massa molar (M) é a massa em gramas de um


mol de átomos de qualquer elemento.
1) Pesquise os isótopos do hidrogênio,
do carbono e suas respectivas
abundâncias isotópicas.

2) O cloro presente no PVC tem dois


isótopos estáveis. O 35Cl com massa de
34,97 u constitui 75,77% do cloro
encontrado na natureza. O outro isótopo
é o 37Cl, cuja massa é 36,95 u. Qual a
massa do cloro?
3) Sobre o elemento fósforo (P)
responda:
a) Qual é a composição de um átomo de
fósforo com 16 nêutrons?
b) Qual é seu número de massa?
c) Se o átomo de fósforo tem uma massa
de 30,9738 u, qual é sua massa em
gramas?

4) Qual a massa de chumbo, em gramas,


é equivalente a 2,50 mols de chumbo?
(M Pb= 207,2 g/mol)
5) Qual quantia de estanho, em mols, é representada por
36,5 g de estanho? Quantos átomos de estanho há na
amostra? (M=118,7 g/mol)

6) A massa de um átomo de ferro é 9,29 x 10-26 kg.


Quantos átomos de ferro estão presentes na massa de
um magneto de ferro de 25,0 g?

7) Um mineiro procurando ouro em um riacho coleta


12,3 g de peças finas de ouro conhecidas como “pó de
ouro”. A massa de um átomo de ouro é 3,27 x 10 -25 kg.
Quantos átomos de ouro o mineiro coletou?
De acordo com o modelo atômico proposto por Rutherford, os
elétrons ao girarem ao redor do núcleo, com o tempo perderiam
energia, e se chocariam com o mesmo.

Como o átomo é uma estrutura estável,


Niels Bohr formulou uma teoria (1913)
sobre o movimento dos elétrons,
fundamentado na Teoria Quântica da
Radiação (1900) de Max Planck.

1º postulado: Os elétrons descrevem


órbitas circulares estacionárias ao redor
do núcleo, sem emitirem nem
absorverem energia.
2º postulado: Fornecendo energia (elétrica, térmica, ....)
a um átomo, um ou mais elétrons a absorvem e saltam
para níveis mais afastados do núcleo. Ao voltarem as
suas órbitas originais, devolvem a energia recebida em
forma de luz (fenômeno observado, tomando
como exemplo, uma barra de ferro aquecida).
Os químicos estudam átomos pela observação das
propriedades das radiações eletromagnéticas que
eles emitem. Ex: luz visível, ondas de rádio,
microondas e raios X.
Um raio de radiação eletromagnética consiste
de campo elétrico e magnético oscilando que
atravessam o espaço vazio a uma certa
velocidade, mais conhecida como
velocidade da luz

c = 2,99792458 x 108 m.s-1


Muitas das características da luz que encontramos
podem ser explicadas como propriedades de onda.

• Frequência (ν) é o número de ciclos (reversões


completas por segundo)
1 Hz = 1 s-1 (um ciclo por segundo)
• A amplitude é a altura da onda acima da linha central e
determina a intensidade ou brilho da radiação

• Comprimento de onda (λ ) é definido como a distância


entre os picos ou vales da onda
c= λ x ν
Velocidade da luz = Comprimento de onda x frequência
1) Raios X emitidos pelo cobre tem um comprimento de
onda de 1,54 x 10 -8 cm. Qual a frequência dessa
radiação?

2) Calcule as frequências das mudanças de cor de um


semáforo (verde 530nm; amarelo 580 nm; vermelho 700
nm).

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