Leandro Tucunaré
Leandro Tucunaré
Leandro Tucunaré
1. Introdução...........................................................................................................................2
2. Dados de Projeto.................................................................................................................2
3. Determinação da Carga Térmica.........................................................................................3
3.1 Carga Térmica de Infiltração Através das Paredes, kcal / 24h .........................4
3.2 Carga Térmica de Resfriamento da Carga de Produto Diária, kcal / 24h.........5
3.3. Carga Térmica Introduzida Durante a Movimentação da Porta, kcal / 24h.....6
3.4. Carga Térmica Produzida pelos Ventiladores do Evaporador, kcal / 24h....... 7
3.5. Cargas Térmicas Diversas, kcal/24h................................................................7
3.5.1.Carga Térmica de Ocupação......................................................................7
3.5.2.Carga Térmica de Iluminação....................................................................8
3.5.3. Carga Térmica de Motores........................................................................8
3.5.4. Carga Térmica de Radiação Solar.............................................................9
3.6. Carga Térmica Total, kcal/24h.........................................................................9
4.Determinação do ciclo frigorífico..........................................................................................10
5. Determinação do fluido de trabalho..........................................................................12
6. Escolha dos equipamentos................................................................................................12
6.1.Compressor......................................................................................................12
6.2. Motor e flange................................................................................................14
6.3. Condensador...................................................................................................15
6.4. Evaporador.....................................................................................................16
6.5. Válvula solenóide...........................................................................................18
6.6.Válvula de expansão........................................................................................19
6.7. Filtro secador..................................................................................................19
6.8. Separador de óleo...........................................................................................20
6.9. Separador de líquido ......................................................................................22
6.10.Visor de líquido.............................................................................................22
6.11. Pressostatos..................................................................................................23
6.12. Termostato....................................................................................................23
6.13. Tanque de acumulação de líquido................................................................24
1
6.14. Isolante térmico............................................................................................25
6.15. Tubulação ....................................................................................................26
6.16. Quadro de comando......................................................................................26
7. Planta da câmara frigorífica..............................................................................................28
2
1- Introdução
2 – Dados de Projeto
3
Temperatura de condensação do fluido: 45ºC
3 – Determinação da Carga Térmica
Sendo:
4
realizada pois o poliuretano possui baixa condutividade térmica, elevada
resistência à compressão, peso específico reduzido, ótima
impermeabilidade e boa resistência à propagação de chamas, além de
se tratarem de painéis de fácil montagem, grande disponibilidade no
mercado e baixo custo.
Para as paredes e teto, utilizaremos o poliuretano expandido com
densidade de 25 kg / m3 e para o piso utilizaremos o mesmo material,
porém com densidade de 30 kg / m 3, tendo assim maior resistência à
compressão.
Como o isolante é a principal resistência térmica, a carga térmica de infiltração pode
ser calculada com boa aproximação pela equação a seguir:
Sendo:
= Carga térmica de infiltração através das paredes, kcal / dia.
= Coeficiente de infiltração para paredes, tetos e pisos, que para uma
espessura de 180 mm é aproximadamente 4,7 kcal / m2.ºC.dia.
= Área das superfícies internas da câmara, m2.
= Diferença de temperatura do ar externo e ar interno, ºC.
Portanto,
kcal / dia
Onde,
5
= Temperatura de congelamento do produto, ºC.
= Calor latente de congelamento do produto, kcal / kg.
= Calor específico do produto na fase sólida, kcal / kg ºC.
= Temperatura final do produto armazenado, ºC.
Pd = Pmax/30
kg
Então:
kcal / dia
Onde:
= Carga térmica introduzida durante a movimentação da porta da câmara,
kcal/dia.
= Renovação de ar durante a movimentação da câmara (emissão de ar para o
3
exterior), m / dia.
= Carga térmica por metro cúbico de ar trocado, kcal/m3.
6
A carga térmica para o resfriamento do ar de troca depende da temperatura externa,
da temperatura interna da câmara e da umidade relativa externa.
A carga térmica por metro cúbico de ar trocado e a emissão de ar para o exterior em
função do volume da câmara são fornecidas por tabelas publicadas em literaturas tais como
“ASHRAE – American Society of Heating, Refrigeration and Air-Condicitioning
Engineers, Inc” e “Manual prático do mecânico e do técnico de refrigeração” de
Giovavanni Anelli.
Através destas tabelas obtivemos:
= 480 m3 / dia.
= 30,5 kcal / m3
Portanto:
kcal / dia
Como ainda não se conhece o evaporador que será usado, a carga térmica produzida
pelos ventiladores será estimada pela seguinte formula:
Onde:
= Carga térmica dissipada pelos ventiladores dos evaporadores, kcal / dia.
= Energia dissipada nos motores do evaporador em um dia de operação, kWh /
dia.
= Fator de conversão.
Portanto:
kcal / dia
Além das cargas térmicas mencionadas acima, há outras mais difíceis de serem
detectadas, sendo normalmente aproximadas. Algumas das mais importantes são:
7
É o calor na forma sensível e latente, emitido pelas pessoas que entram na câmara.
Pode ser calculado por:
Sendo:
= Carga térmica de ocupação, kcal / dia.
= Número de pessoas
= Tempo de permanência
= Calor de ocupação de pessoas
Assim:
kcal / dia
É o calor emitido pelas lâmpadas dentro da câmara. Pode ser calculado por:
Onde:
= Carga térmica de iluminação, kcal / dia.
= Potência de lâmpadas.
= Tempo que as lâmpadas permaneceram ligadas.
= Fator de conversão de unidades.
Assim:
kcal / dia
8
3.5.3 - Carga Térmica de Radiação Solar
É o calor que penetra na câmara por insolação quando esta está exposta ao sol. Na
determinação desta carga entram fatores complexos que demandam estudos específicos que
levam em consideração: latitude, orientação das paredes, coeficiente de absorção e
transmissão das paredes e atraso de infiltração.
Como a câmara frigorífica está em ambiente interno de um edifício, esta carga
térmica foi desprezada.
kcal / dia
kcal / h
Fazemos esta correção pois durante o uso diário da câmara pode ocorrer a formação de
gelo na serpentina do evaporador, fato que diminui a eficiência do mesmo. A DTe é
geralmente adotada como sendo de 10ºC, e o fator FG, como não possuímos os dados do
fabricante sobre este valor, podemos adotar um valor entre 0,87 e 0,94. Já a DTo é obtida
de um gráfico, em função da umidade relativa da câmara.
Adotamos que a DTe é de 10ºC, o fartor FG de 0,90 e a DTo, considerando a
umidade relativa de 0,90, um valor de 5ºC. Com estes dados, utilizamos à equação dada
abaixo:
9
Qter .DTe
Qe,nom
DTo .FG
Encontramos, portanto, um valor de Qe,nom de 17260,667 kcal/h, que é
aproximadamente 20,1 kW.
10
Diagrama T x s
Diagrama P x h
11
A tabela abaixo lista os pontos de 1 a 4 dos diagramas acima, juntamente com suas
respectivas propriedades termodinâmicas.
Propriedades
Fluido R 502 Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4
T (°C) -25 81,9 40,23 -30
Pressão (Mpa) 0,19 1,9 1,85 0,1979
Volume específico (m3/Kg) 0,09182 0,01135 0,0008776 0,04514
Entalpia específica (Kj/Kg) 178,3 237,9 90,5 96,08
Entropia específica (Kj/Kg.K) 0,7368 0,7835 0,3269 0,3958
Titulo - - - 0,5224
Vapor Vapor Liquido Mistura de líquido-
Fase superaquecido superaquecido Comprimido vapor
6.1 – Compressor
12
uma embreagem acionadora. As condições de operação e os dados técnicos do equipamento
estão especificados abaixo:
Valores de entrada
Resultados
Dados Técnicos
13
Pressão máxima (LP/H) 19 / 25 bar
Conexão da linha de sucção 54 mm - 2 1/8''
Conexão da linha de descarga 35 mm - 1 3/8''
Conexão para resfriamento a água R 3/4'' (Option)
Tipo de óleo R134a/R407C/R404A/R507A tc<55°C: BSE32 / tc>55°C: BSE55 (Option)
Tipo de óleo NH3 --
Tipo de óleo R22 (R12/R502) B5.2 (Standard)
Carga de óleo 5,0 dm3
Resistência de aquecimento de óleo 140 W (Option)
Monitoração da pressão de óleo MP54 (Option)
Válvula do serviço de óleo Option
Proteção da temperatura de desgarga Option (incl. INT69VS)
Alívio de partida Option
Controle de capacidade 100-66-33% (Option)
Ventilador adicional Option
Cabeçotes refriados a água Option
Filtro de linha de sucção --
Kit para aplicação marítima Option
Valores de entrada
Resultados
14
Modelo do motor 180M
Componentes para motores conforme Norma 21.3 kW (60 Hz)
Flange para acoplamento GK6490
Diâmetro da árvore 48mm
6.3- Condensador
15
6.4- Evaporador
16
17
6.5- Válvula Solenóide
Dados de Operação
Capacidade Frigorífica 20 kW
Vazão Mássica 821 kg/h
Temperatura de Evaporação -30 °C
Pressão de Evaporação 1.98 bar
Temperatura de Condensação 45.0 °C
Pressão de Condensação 18.8 bar
Superaquecimento 5 K
Sub-Resfriamento 4 K
Máxima Perda de Carga 0.0293 bar
Máxima Queda de Temperatura 0.0692 K
18
A válvula foi definida através da análise dos seguintes parâmetros:
Perda de carga;
Temperaturas de entrada e saída;
Capacidade frigorífica;
Levou-se em conta ainda o fato da queda de pressão proporcionada por esta válvula
fizesse com que a pressão esperada no evaporador fosse próxima da mencionada no ciclo
que foi tomado como referência.
Dessa forma, a válvula escolhida foi a PMFH80-2 da Danfoss com diâmetros de
entrada e saída de 1”, que apresenta os seguintes dados de operação:
Dados de Operação
Capacidade Frigorífica 20 kW
Vazão Mássica 821 kg/h
Temperatura de Evaporação -30 °C
Pressão de Evaporação 1.98 bar
Temperatura de Condensação 45.0 °C
Pressão de Condensação 18.8 bar
Superaquecimento 5 K
Sub-Resfriamento 4 K
Máxima Perda de Carga 16.8 bar
Máxima Queda de Temperatura 74.9 K
6.7-Filtro Secador
O filtro secador foi selecionado a partir da capacidade frigorífica (20 kW ~ 5,7 TR)
e do fluido refrigerante R 502. Escolheu-se o filtro secador tipo duplex modelo AD 417 da
Parker, como especificado no catálago abaixo:
19
6.8 – Separador de Óleo
20
21
6.9 Separador de Liquido
22
Determinou-se o pressostato em função das pressões nas linhas de baixa e de alta,
ou seja, na entrada e na saída do compressor. Essas pressões são: 0,19 MPa e 1,9 MPa
respectivamente.
Escolhemos através do catálogo da Alco um pressostato que realiza a medição das
duas pressões, alta e baixa. Trata-se do PS2L7A.
PS2 = pressostato de L = Baixa: Pressostato, rearme. 7 = Baixa: 15"Hg – 100 psi A = 7/16"-20 UNF macho para
alta e baixa automático, faixa de aplicação e (-0,5 a 7bar) 1/4" SAE rosca macho
diferencial ajustáveis. Alta: Corte de Alta: 90 – 450 psi
pressão, rearme manual, faixa de (6 – 31 bar)
aplicação e diferencial ajustáveis
6.12 – Termostato
23
6.13 – Tanque de Acumulação de Liquido
Estimamos que a quantidade de fluido refrigerante presente nos dutos do sistema bem
como nos componentes é de aproximadamente 12 kg. Sabendo-se que este tanque estará
situado após o condensador, e que o volume especifico neste ponto é de 0,0008776 m 3/kg,
necessitamos de um tanque com capacidade de cerca de 11 litros.
Através deste valor definimos o tanque TQH 15 da APEMA
24
6.14 – Isolamento Térmico
Para fazer o isolamento térmico será utilizado espuma de borracha, por ser um material
de baixo custo e baixa condutividade térmica. Este isolamento será feito nas linhas de
baixa, ou seja, entre a válvula de expansão e o evaporador e entre este e o compressor.
25
6.15- Tubulação
Tubulação
Seção Material Comprimento [m] Diâmetro [mm]
Compressor-Condensador Cobre 1,5 35
Condensador-Válvula Expansão Cobre 3,3 25,4
Válvula Expansão-Evaporador Cobre 0,2 25,4
Evaporador-Compressor Cobre 6,5 54
26
27
7- Planta da Câmara Frigorífica
28
29