Leandro Tucunaré

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USP

Escola de Engenharia de São Carlos


Departamento de Engenharia Mecânica

Projeto II – Câmara Frigorífica para armazenamento de tucunaré

SEM0251– Sistemas Frigoríficos

Prof. Antonio Moreira dos Santos

Aluno: Leandro Salgueiro Viola


Número USP: 5398132

São Carlos, Junho de 2008.


SUMÁRIO

1. Introdução...........................................................................................................................2
2. Dados de Projeto.................................................................................................................2
3. Determinação da Carga Térmica.........................................................................................3
3.1 Carga Térmica de Infiltração Através das Paredes, kcal / 24h .........................4
3.2 Carga Térmica de Resfriamento da Carga de Produto Diária, kcal / 24h.........5
3.3. Carga Térmica Introduzida Durante a Movimentação da Porta, kcal / 24h.....6
3.4. Carga Térmica Produzida pelos Ventiladores do Evaporador, kcal / 24h....... 7
3.5. Cargas Térmicas Diversas, kcal/24h................................................................7
3.5.1.Carga Térmica de Ocupação......................................................................7
3.5.2.Carga Térmica de Iluminação....................................................................8
3.5.3. Carga Térmica de Motores........................................................................8
3.5.4. Carga Térmica de Radiação Solar.............................................................9
3.6. Carga Térmica Total, kcal/24h.........................................................................9
4.Determinação do ciclo frigorífico..........................................................................................10
5. Determinação do fluido de trabalho..........................................................................12
6. Escolha dos equipamentos................................................................................................12
6.1.Compressor......................................................................................................12
6.2. Motor e flange................................................................................................14
6.3. Condensador...................................................................................................15
6.4. Evaporador.....................................................................................................16
6.5. Válvula solenóide...........................................................................................18
6.6.Válvula de expansão........................................................................................19
6.7. Filtro secador..................................................................................................19
6.8. Separador de óleo...........................................................................................20
6.9. Separador de líquido ......................................................................................22
6.10.Visor de líquido.............................................................................................22
6.11. Pressostatos..................................................................................................23
6.12. Termostato....................................................................................................23
6.13. Tanque de acumulação de líquido................................................................24

1
6.14. Isolante térmico............................................................................................25
6.15. Tubulação ....................................................................................................26
6.16. Quadro de comando......................................................................................26
7. Planta da câmara frigorífica..............................................................................................28

2
1- Introdução

A qualidade de alguns gêneros alimentícios depende de seu


armazenamento, principalmente produtos como congelados
comestíveis. Neste projeto será feita uma abordagem tanto das
propriedades do produto, quanto dos equipamentos necessários para
realizar tal tarefa.
O objetivo deste projeto, portanto, é dimensionar uma câmara
frigorífica para o armazenamento de peixes, e fazê-la da melhor maneira
possível.

2 – Dados de Projeto

 Dimensão da câmara frigorífica: 4 m de comprimento por 3 m de largura por 3 m de


altura.
 Volume da câmara ( ): 48 m3
 Área interna ( ): 80 m2
 Produto armazenado: Peixes (Tucunaré)

Para a obtenção dos dados que dependem do tipo de produto


armazenado, no nosso caso peixe, foi feita uma pesquisa onde
obtivemos os seguintes valores:

 Calor específico antes do congelamento ( ): 0,82 kcal / kg ºC


 Calor específico após o congelamento ( ): 0,41 kcal / kg ºC
 Calor latente de congelamento do produto ( ): 58,25 kcal / kg
 Densidade de armazenagem na câmara ( ): 350 kg/m3
 Temperatura do peixe ao entrar na câmara ( ): 1°C
 Temperatura de congelamento do peixe ( ): -2°C
 Temperatura de conservação do peixe ( ): -25ºC
 Umidade relativa da câmara: 90%
 Temperatura do ambiente externo ( ): 35ºC
 Umidade relativa exterior: 55%
 Tempo de conservação: 2 a 4 meses
 Temperatura de evaporação do fluido: -30ºC

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 Temperatura de condensação do fluido: 45ºC
 3 – Determinação da Carga Térmica

De acordo com a American Society of Heating, Refrigeration and


Air Conditioning Engineers (ASHRAE), no cálculo da carga térmica para
câmaras de estocagem de alimentos são considerados os seguintes
fatores: transmissão de calor por superfícies, calor que o alimento deve
perder para atingir a temperatura desejada, calor interno referente a
pessoas, lâmpadas e equipamentos, infiltrações de ar, calor de degelo,
calor de moto-ventiladores e tempo previsto de funcionamento, além do
coeficiente de segurança.
Entretanto, como algumas cargas térmicas estão presentes durante as 24 horas do
dia e outras estão presentes em frações pequenas do dia, é conveniente relacionar a carga
térmica às 24 horas do dia (kcal / 24 h) e depois dividi-la pelo tempo de funcionamento do
sistema de refrigeração da câmara, que normalmente é de 18 a 20 horas / 24 h. Isto resulta
na seguinte fórmula de cálculo:

Sendo:

 = Carga térmica da câmara, kcal / h.


 = Carga térmica infiltrada através das paredes, piso e teto, exceto a carga
de insolação direta, kcal / 24h.
 = Carga térmica de resfriamento da carga produto diária, kcal / 24h.
 = Carga térmica de respiração dos produtos tais como os
hortifrutigranjeiros frescos e queijos, kcal / 24h.
 = Carga térmica introduzida durante a movimentação da porta da
câmara, kcal / 24h.
 = Carga térmica produzida pelos ventiladores do evaporador, kcal / 24h.
 = Cargas térmicas diversas tais como pessoas, iluminação, carros
movimentadores de produtos e insolação direta, kcal / 24h.

3.1 – Carga Térmica de Infiltração Através das Paredes (kcal / 24h):

Como hipóteses iniciais adotaremos que as paredes serão de


alvenaria com 180 mm de material isolante, no caso poliuretano
expandido, e montadas em duas camadas de 90 mm. Esta escolha foi

4
realizada pois o poliuretano possui baixa condutividade térmica, elevada
resistência à compressão, peso específico reduzido, ótima
impermeabilidade e boa resistência à propagação de chamas, além de
se tratarem de painéis de fácil montagem, grande disponibilidade no
mercado e baixo custo.
Para as paredes e teto, utilizaremos o poliuretano expandido com
densidade de 25 kg / m3 e para o piso utilizaremos o mesmo material,
porém com densidade de 30 kg / m 3, tendo assim maior resistência à
compressão.
Como o isolante é a principal resistência térmica, a carga térmica de infiltração pode
ser calculada com boa aproximação pela equação a seguir:

Sendo:
 = Carga térmica de infiltração através das paredes, kcal / dia.
 = Coeficiente de infiltração para paredes, tetos e pisos, que para uma
espessura de 180 mm é aproximadamente 4,7 kcal / m2.ºC.dia.
 = Área das superfícies internas da câmara, m2.
 = Diferença de temperatura do ar externo e ar interno, ºC.

Portanto,

kcal / dia

3.2 – Carga Térmica de Resfriamento da Carga de Produto Diária (kcal / dia):

O resfriamento é composto de três processos, onde o primeiro corresponde à resfriar


o produto a partir da temperatura de entrada na câmara até o ponto de congelamento. A
segunda etapa compreende o processo de congelamento, e a terceira etapa compreende a
redução da temperatura do produto congelado até alcançar a temperatura final de
congelamento. Portanto, temos que a carga térmica de resfriamento da carga de produto
diária é dada por:

Onde,

= Carga máxima de produto diária, kg / dia..


= Calor específico do produto na fase de resfriamento, kcal / kg ºC.
= Temperatura do produto ao entrar na câmara, ºC.

5
= Temperatura de congelamento do produto, ºC.
= Calor latente de congelamento do produto, kcal / kg.
= Calor específico do produto na fase sólida, kcal / kg ºC.
= Temperatura final do produto armazenado, ºC.

Considerou-se alta rotatividade na entrada e saída de produto desta câmara, portanto


foi adotado que a reposição do produto será feita diariamente ( ) e que no fim de 30 dias
todo o conteúdo da câmara será trocado( ), logo temos que:

Pd = Pmax/30

Desta maneira evita-se um possível super dimensionamento para um período em


que não há reposição assim como uma operação deficiente no momento em que for feita a
recarga.
A carga máxima de produto da câmara é dada por:

kg

Portanto, temos que kg / dia.

Então:

kcal / dia

3.3 – Carga Térmica Introduzida Durante a Movimentação da Porta da


Câmara, kcal / dia.

Durante a utilização da câmara, ar frio sai e ar quente entra na câmara introduzindo


uma carga térmica devido à renovação de ar.

Onde:
= Carga térmica introduzida durante a movimentação da porta da câmara,
kcal/dia.
= Renovação de ar durante a movimentação da câmara (emissão de ar para o
3
exterior), m / dia.
= Carga térmica por metro cúbico de ar trocado, kcal/m3.

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A carga térmica para o resfriamento do ar de troca depende da temperatura externa,
da temperatura interna da câmara e da umidade relativa externa.
A carga térmica por metro cúbico de ar trocado e a emissão de ar para o exterior em
função do volume da câmara são fornecidas por tabelas publicadas em literaturas tais como
“ASHRAE – American Society of Heating, Refrigeration and Air-Condicitioning
Engineers, Inc” e “Manual prático do mecânico e do técnico de refrigeração” de
Giovavanni Anelli.
Através destas tabelas obtivemos:
= 480 m3 / dia.
= 30,5 kcal / m3
Portanto:

kcal / dia

3.4 – Carga Térmica Produzida pelos Ventiladores do Evaporador, kcal / dia.

Como ainda não se conhece o evaporador que será usado, a carga térmica produzida
pelos ventiladores será estimada pela seguinte formula:

Onde:
= Carga térmica dissipada pelos ventiladores dos evaporadores, kcal / dia.
= Energia dissipada nos motores do evaporador em um dia de operação, kWh /
dia.
= Fator de conversão.

Porém sabemos que = 45 kWh / dia (obtido graficamente através do volume


total da câmara) e = 860 kcal / dia.

Portanto:

kcal / dia

3.5 – Cargas Térmicas Diversas, kcal / dia.

Além das cargas térmicas mencionadas acima, há outras mais difíceis de serem
detectadas, sendo normalmente aproximadas. Algumas das mais importantes são:

3.5.1- Carga Térmica de Ocupação

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É o calor na forma sensível e latente, emitido pelas pessoas que entram na câmara.
Pode ser calculado por:

Sendo:
= Carga térmica de ocupação, kcal / dia.
= Número de pessoas
= Tempo de permanência
= Calor de ocupação de pessoas

Assim:

kcal / dia

3.5.2 - Carga Térmica de Iluminação

É o calor emitido pelas lâmpadas dentro da câmara. Pode ser calculado por:

Onde:
= Carga térmica de iluminação, kcal / dia.
= Potência de lâmpadas.
= Tempo que as lâmpadas permaneceram ligadas.
= Fator de conversão de unidades.

Assim:

kcal / dia

3.5.3 - Carga Térmica de Motores

É o calor dissipado por motores de empilhadeiras e carros movimentadores de


carga. No nosso caso, esta carga térmica foi considerada nula, pois a movimentação diária
de peixe na câmara será, como estimado anteriormente, de 1257kg/dia, representando uma
quantidade suficientemente aceitável para que apenas os dois funcionários transportem com
o auxílio de um carrinho transportador manual.

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3.5.3 - Carga Térmica de Radiação Solar

É o calor que penetra na câmara por insolação quando esta está exposta ao sol. Na
determinação desta carga entram fatores complexos que demandam estudos específicos que
levam em consideração: latitude, orientação das paredes, coeficiente de absorção e
transmissão das paredes e atraso de infiltração.
Como a câmara frigorífica está em ambiente interno de um edifício, esta carga
térmica foi desprezada.

3.6 – Carga térmica Total, kcal / dia.

Adotando que a câmara frigorífica trabalhe diariamente por 20 horas, temos:

kcal / dia

kcal / h

Porém, para calcularmos a capacidade frigorífica nominal da câmara, temos que


corrigir este valor da carga térmica em função de três parâmetros, ou seja:

 DTe: diferença entre temperatura da câmara e temperatura de evaporação do fluido


durante ensaio;
 DTo: diferença de temperatura da câmara e temperatura de evaporação do fluido
durante operação da câmara;
 FG: fator de gelo;

Fazemos esta correção pois durante o uso diário da câmara pode ocorrer a formação de
gelo na serpentina do evaporador, fato que diminui a eficiência do mesmo. A DTe é
geralmente adotada como sendo de 10ºC, e o fator FG, como não possuímos os dados do
fabricante sobre este valor, podemos adotar um valor entre 0,87 e 0,94. Já a DTo é obtida
de um gráfico, em função da umidade relativa da câmara.
Adotamos que a DTe é de 10ºC, o fartor FG de 0,90 e a DTo, considerando a
umidade relativa de 0,90, um valor de 5ºC. Com estes dados, utilizamos à equação dada
abaixo:

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Qter .DTe
Qe,nom 
DTo .FG
Encontramos, portanto, um valor de Qe,nom de 17260,667 kcal/h, que é
aproximadamente 20,1 kW.

4 – Determinação do Ciclo Frigorífico

Para determinação do ciclo, tomamos como ponto inicial o estado do fluido na


entrada do compressor. Neste ponto, adotamos uma temperatura de -25°C e uma pressão de
0,19MPa, já que para o fluido refrigerante escolhido (R-502), a pressão de saturação para a
temperatura de evaporação desejada (-30°C) é de 0,1979MPa. Adotamos um
superaquecimento de 5°C para que na entrada do compressor houvesse apenas vapor
superaquecido. Além disso, consideramos uma perda de carga no evaporador de
aproximadamente 8KPa.
A partir das propriedades deste ponto, juntamente com a capacidade frigorífica pré-
determinada e uma temperatura de condensação fixada em 45°C, definimos um
compressor. Com os dados deste componente (temperatura de saída, potencia do
compressor e vazão mássica), conseguimos determinar os pontos 2 e 4.
Para a definição do ponto 4, tomamos a capacidade frigorífica, a vazão e a entalpia
do ponto 1, obtendo desta forma, a entalpia do ponto 4. Já para o ponto 2, utilizamos a
potencia do compressor, vazão e a entalpia do ponto 1, conseguindo a entalpia do ponto 2.
Por fim, o ponto 3 foi determinado considerando-se um sub-resfriamento de 4°C
(para que passe somente liquido na válvula de expansão) e uma perda de carga no
condensador equivalente a 50KPa.

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Diagrama T x s

Diagrama P x h

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A tabela abaixo lista os pontos de 1 a 4 dos diagramas acima, juntamente com suas
respectivas propriedades termodinâmicas.

Propriedades
Fluido R 502 Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4
T (°C) -25 81,9 40,23 -30
Pressão (Mpa) 0,19 1,9 1,85 0,1979
Volume específico (m3/Kg) 0,09182 0,01135 0,0008776 0,04514
Entalpia específica (Kj/Kg) 178,3 237,9 90,5 96,08
Entropia específica (Kj/Kg.K) 0,7368 0,7835 0,3269 0,3958
Titulo - - - 0,5224
Vapor Vapor Liquido Mistura de líquido-
Fase superaquecido superaquecido Comprimido vapor

Tabela do pré-dimensionamento para o ciclo idealizado.

Após a determinação de todos os estados termodinâmicos é possível prever algumas


características do sistema.

5- Determinação do fluido de trabalho

Utilizou-se o fluido refrigerante R-502, já que este apresenta pressões de


condensação e evaporação satisfatórias, diferentemente, por exemplo, do R-134a que para
temperatura de -30°C, apresenta uma pressão de saturação abaixo da pressão ambiente.
Além disso, quando comparado ao fluido R-22, verificou-se que a temperatura de saída do
compressor é bastante inferior, fazendo com que o coeficiente de performance seja maior.

6 – Escolha dos Componentes

A escolha dos componentes foi realizada com o fornecimento dos parâmetros


calculados no pré-dimensionamento (capacidade frigorífica; taxa de rejeição do
condensador; fluido refrigerante; temperaturas de condensação, evaporação, sub-
resfriamento, superaquecimento, entre outros). Utilizaram-se programas computacionais e
catálogos fornecidos pelos fabricantes dos itens de interesse, visando selecionar os
melhores componentes a partir dos dados de entrada.

6.1 – Compressor

O compressor foi definido com o auxílio de um programa comercial livremente


disponível a sociedade do fabricante Bitzer. A escolha foi feita a partir do fornecimento da
capacidade frigorífica, do fluido refrigerante e das temperaturas de condensação,
evaporação e sub-resfriamento.
O modelo de compressor escolhido foi do tipo pistão aberto, que necessita de um
motor elétrico para o fornecimento de energia requerida para o funcionamento do
componente. Seu acoplamento se fez por meio de uma polia de 210 mm, juntamente com

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uma embreagem acionadora. As condições de operação e os dados técnicos do equipamento
estão especificados abaixo:

Valores de entrada

Compressor modelo 6H.2


Refrigerante R502
Temperatura de referência Ponto de Orvalho
Temp. Evaporação SST -30°C
Temp. Condensação SDT 45°C
Sub-resfriamento do líquido 4K
Temperatura do gás sucção -25°C
Velocidade Compressor 1563 /min
Superaquecimento útil 100%
Regulador de capacidade 100%

Resultados

Compressor modelo 6H.2


Capac. Frigorífica 21.2 kW
Capac. Frigorífica * 24.3 kW
Capacidade Evaporador 21.2 kW
Potência no eixo 14.70 kW
Capacidade Condensador 34.7 kW
COP/EER 1.45
COP/EER* 1.65
Vazão em massa 882 kg/h
Modo de operação Polia 210mm
Velocidade Compressor 1563 /min
Motor de Acionamento 21.3 kW
Temperatura de descarga 81.9 °C

Dados Técnicos

Deslocamento LP/HP (1450 RPM) 110,5 m3/h


Deslocamento LP/HP (1750 RPM) 133,4 m3/h
No. de cilindros x diâmetro x curso 6 x 70 mm x 55 mm
Limite de velocidade permitido 900 .. 1750 1/min
Acoplamento (..-K) w. A/C + média temp. KK620 [<22kW] / KK630 [<45kW] (Option)
Acoplamento (..-K) w. baixa temp. KK625 [<22kW] / KK630 [<45kW] (Option)
Flange para acoplamento Option
Polia do motor (..-S) 190, 210, 230 mm (Option)
Correias canal V 5 x SPA (Option)
Peso 153 kg

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Pressão máxima (LP/H) 19 / 25 bar
Conexão da linha de sucção 54 mm - 2 1/8''
Conexão da linha de descarga 35 mm - 1 3/8''
Conexão para resfriamento a água R 3/4'' (Option)
Tipo de óleo R134a/R407C/R404A/R507A tc<55°C: BSE32 / tc>55°C: BSE55 (Option)
Tipo de óleo NH3 --
Tipo de óleo R22 (R12/R502) B5.2 (Standard)
Carga de óleo 5,0 dm3
Resistência de aquecimento de óleo 140 W (Option)
Monitoração da pressão de óleo MP54 (Option)
Válvula do serviço de óleo Option
Proteção da temperatura de desgarga Option (incl. INT69VS)
Alívio de partida Option
Controle de capacidade 100-66-33% (Option)
Ventilador adicional Option
Cabeçotes refriados a água Option
Filtro de linha de sucção --
Kit para aplicação marítima Option

6.2 –Motor e Flange

A escolha do acoplamento teve como fator preponderante o fato de que a relação de


transmissão influencia diretamente na temperatura de saída, ou seja, quanto menor a
relação, menor seria a temperatura de saída do fluido do compressor, de acordo com o
fornecedor. Porém existe uma pequena perda na transmissão que corresponde a uma
diminuição da eficiência do compressor.
Portanto, escolheu-se uma transmissão com a polia de 210 mm, pois com esta
obtivemos a menor temperatura de saída, associada a capacidade frigorífica requisitada.
O motor acionador foi uma solicitação do fornecedor do compressor (Bitzer), e seu
modelo é o 180M, como especificado abaixo.

Valores de entrada

Compressor modelo 1x 6H.2


Refrigerante R502
Temperatura de referência Ponto de Orvalho
Temp. Evaporação SST -30 °C
Temp. Condensação SDT 45 °C
Vazão em massa 882 kg/h
Modo de operação Polia 210mm
Velocidade Compressor 1563 /min
Motor de Acionamento 21.3 kW
Classe da proteção IP54

Resultados

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Modelo do motor 180M
Componentes para motores conforme Norma 21.3 kW (60 Hz)
Flange para acoplamento GK6490
Diâmetro da árvore 48mm

6.3- Condensador

A partir do ciclo escolhido foi possível calcular a taxa de rejeição de calor do


sistema. Segue abaixo:

Qcond = mR502 * (h2-h3)

Qcond = (882/3600)*(237,9-90,5) = 36,103 kW

Em quilocalorias por hora temos:

Qcond = 31048,58 kcal/h

Através deste valor, consultamos catálogos do fabricante MIPAL e encontramos o


melhor modelo disponível, que utiliza o ar como meio de refrigeração do fluido, e é
denotado pelo código CDR H 037 NS, cujas características técnicas estão apresentadas na
tabela abaixo:

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6.4- Evaporador

Calculando a capacidade frigorífica através do ciclo determinado, encontramos o


seguinte valor:

Qevap = mR502 * (h1 – h4)


Qevap = 882/3600 * (178,3 – 96,08)
Qevap = 20,144 kW

Transformando para quilocalorias por hora, temos:

Qevap = 17323,754 kcal/h

Através deste valor, consultamos catálogos do fabricante MIPAL e encontramos o


melhor modelo disponível, com o código EVIB 30, cujas características técnicas estão
apresentadas na tabela abaixo:

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6.5- Válvula Solenóide

A válvula foi definida através das temperaturas de condensação e evaporação


juntamente com o sub-resfriamento e superaquecimento, capacidade frigorífica e do tipo de
fluido refrigerante.
Consultando o catálogo da Danfoss, a melhor válvula solenóide encontrada para as
variáveis citadas anteriormente, foi a EVRST-20 que possui diâmetros de entrada e saída de
1”.
Para a configuração citada, esta válvula possui um excelente rendimento, ou seja,
ela apresenta uma perda de carga de apenas 0,0293 bar. Abaixo temos a válvula selecionada
com as condições de operação.

Dados de Operação

Capacidade Frigorífica 20 kW
Vazão Mássica 821 kg/h
Temperatura de Evaporação -30 °C
Pressão de Evaporação 1.98 bar
Temperatura de Condensação 45.0 °C
Pressão de Condensação 18.8 bar
Superaquecimento 5 K
Sub-Resfriamento 4 K
Máxima Perda de Carga 0.0293 bar
Máxima Queda de Temperatura 0.0692 K

6.6- Válvula de Expansão

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A válvula foi definida através da análise dos seguintes parâmetros:

 Perda de carga;
 Temperaturas de entrada e saída;
 Capacidade frigorífica;

Levou-se em conta ainda o fato da queda de pressão proporcionada por esta válvula
fizesse com que a pressão esperada no evaporador fosse próxima da mencionada no ciclo
que foi tomado como referência.
Dessa forma, a válvula escolhida foi a PMFH80-2 da Danfoss com diâmetros de
entrada e saída de 1”, que apresenta os seguintes dados de operação:

Dados de Operação

Capacidade Frigorífica 20 kW
Vazão Mássica 821 kg/h
Temperatura de Evaporação -30 °C
Pressão de Evaporação 1.98 bar
Temperatura de Condensação 45.0 °C
Pressão de Condensação 18.8 bar
Superaquecimento 5 K
Sub-Resfriamento 4 K
Máxima Perda de Carga 16.8 bar
Máxima Queda de Temperatura 74.9 K

6.7-Filtro Secador

O filtro secador foi selecionado a partir da capacidade frigorífica (20 kW ~ 5,7 TR)
e do fluido refrigerante R 502. Escolheu-se o filtro secador tipo duplex modelo AD 417 da
Parker, como especificado no catálago abaixo:

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6.8 – Separador de Óleo

Selecionou-se o separador modelo SO TD ¾ S da Parker, novamente através do


fluido refrigerante, da capacidade frigorífica e da temperatura de evaporação. As
especificações do componente são dadas abaixo.

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6.9 Separador de Liquido

Este separador foi escolhido a partir da capacidade frigorífica (20 kW ~ 27 HP). O


modelo determinado foi o SLE 30 da Evacon cujo parâmetro está definido na tabela abaixo.

6.10 – Visor de Liquido

O visor de líquido foi escolhido consultando-se o catálogo da Evacon. Serão


utilizados dois visores: um na entrada do evaporador e outro na saída do compressor.

6.11 – Pressostato de Alta e de Baixa

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Determinou-se o pressostato em função das pressões nas linhas de baixa e de alta,
ou seja, na entrada e na saída do compressor. Essas pressões são: 0,19 MPa e 1,9 MPa
respectivamente.
Escolhemos através do catálogo da Alco um pressostato que realiza a medição das
duas pressões, alta e baixa. Trata-se do PS2L7A.

Nome do Produto Função Faixa de Atuação Tipo de Conexão de Pressão

PS2 = pressostato de L = Baixa: Pressostato, rearme. 7 = Baixa: 15"Hg – 100 psi A = 7/16"-20 UNF macho para
alta e baixa automático, faixa de aplicação e (-0,5 a 7bar) 1/4" SAE rosca macho
diferencial ajustáveis. Alta: Corte de Alta: 90 – 450 psi
pressão, rearme manual, faixa de (6 – 31 bar)
aplicação e diferencial ajustáveis

6.12 – Termostato

Sabendo-se que o termostato irá controlar a temperatura da câmara frigorífica e uma


vez estabelecida que a temperatura de trabalho desta câmara não será inferior a -30ºC,
selecionamos o termostato KP 75 da Danfoss, cuja faixa de atuação está entre -40ºC e 70ºC.
Seguem os dados técnicos do equipamento.

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6.13 – Tanque de Acumulação de Liquido

Estimamos que a quantidade de fluido refrigerante presente nos dutos do sistema bem
como nos componentes é de aproximadamente 12 kg. Sabendo-se que este tanque estará
situado após o condensador, e que o volume especifico neste ponto é de 0,0008776 m 3/kg,
necessitamos de um tanque com capacidade de cerca de 11 litros.
Através deste valor definimos o tanque TQH 15 da APEMA

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6.14 – Isolamento Térmico

Para fazer o isolamento térmico será utilizado espuma de borracha, por ser um material
de baixo custo e baixa condutividade térmica. Este isolamento será feito nas linhas de
baixa, ou seja, entre a válvula de expansão e o evaporador e entre este e o compressor.

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6.15- Tubulação

Determinamos os comprimentos de tubos utilizados entre os principais componentes


do sistema frigorífico com base numa planta de instalação proposta. Os diâmetros das
linhas foram estabelecidos em função dos diâmetros nominais fornecidos pelos fabricantes
destes equipamentos.

Tubulação
Seção Material Comprimento [m] Diâmetro [mm]
Compressor-Condensador Cobre 1,5 35
Condensador-Válvula Expansão Cobre 3,3 25,4
Válvula Expansão-Evaporador Cobre 0,2 25,4
Evaporador-Compressor Cobre 6,5 54

6.16 – Quadro de Comando

O painel de comando foi selecionado a partir da potência requerida pelos


componentes elétricos da câmara frigorífica, ou seja, pelo motor acionador do compressor,
forçadores do evaporador e condensador, válvula solenóide, termostatos, pressostatos e
sistema de iluminação. Portanto, através do catálogo do fabricante Ebara, encontramos o
modelo APC com partida compensada. Este painel possui os contatores necessários para o
controle da temperatura da câmara, cujos serão acionados pelo termostato. Abaixo seguem
as características deste painel, bem como os componentes elétricos nele presentes.

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7- Planta da Câmara Frigorífica

Segue abaixo um esquema ilustrativo da instalação da câmara frigorífica.


Observação: o compressor e o condensador ficarão do lado externo do galpão.

Verifica-se que o esboço acima contém apenas os principais componentes


necessários para o funcionamento da câmara. A seguir será feito um detalhamento com os
outros acessórios.

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