Consolidação Óssea - Fraturas - 2020 - 2

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Fraturas

Consolidação Óssea
Tipos de fixação

Prof. Francisco Araujo


FRATURAS
! É a interrupção da continuidade óssea, ou seja, é toda
e qualquer solução de continuidade do tecido ósseo.
! Fraturas por fadiga ou patológicas ou por trauma.
Sinais Clínicos

! Dor
! Impotência funcional
! Deformidade
! Mobilidade anormal
! Atitude do paciente
Sinais Clínicos
Sinais de suspeita de fratura:
!Limitação funcional
!Dor forte
!Edema
!Equimose
Sinais de certeza de fratura:
!Deformidade
!Mobilidade anormal
!Crepitação óssea
!Exposição de espícula óssea
Suspeita de Fratura / Necessário RX?
Questões importantes
que devem ser levantadas

! É uma fratura exposta?


! Há lesão em outros órgãos?
! Existem outras fraturas?
! Há lesão nervosa?
!Há lesão visceral?
! Há lesão circulatória?
Diagnóstico Radiológico

! Indispensável diante de suspeita de


fratura.
! É um meio de obter diagnóstico,
avaliação e evolução da
consolidação.
! As articulações próximas devem ser
incluídas.
Classificação das Fraturas

! Quanto à integridade da pele

! Quanto ao sítio de localização

! Quanto ao traço da fratura

! Quanto à estabilidade

! Quanto ao deslocamento
Integridade da Pele/Exposição
Fechadas:
!A mais comum, a pele no sítio da fratura permanece
intacta.
Integridade da Pele/Exposição
Fechadas:
Integridade da Pele/Exposição
Abertas (expostas):

!Ocorre em aproximadamente 3% dos


casos, há lesão de pele no foco da
fratura e contato com o meio externo.
!Aumenta o risco de complicações,
há perda sanguínea, lesão de partes
moles, consolidação mais lenta, risco
de infecção (osteomielite pós –
traumática).
Integridade da Pele/Exposição
Abertas (expostas):
Sítio de Localização

Podem ocorrer em qualquer parte do osso.


Sítio de Localização
! Estas diferentes áreas consolidam por diferentes
mecanismos e diferentes velocidades.
! A fratura intra-articular deve consolidar em perfeita
congruência para minimizar os efeitos de osteoartrite
pós-traumática, por isso, existe tendência de serem
tratadas cirurgicamente.
Traço da Fratura
! Inúmeros termos são usados para descrever padrões
de fraturas.
! Está diretamente ligado ao mecanismo, ao tipo e à
potência do agente agressor.
Fratura por Stress
Fratura por Stress

Cintilografia Óssea
Estabilidade – Estáveis/Instáveis

! Estáveis ! quando não são completas, sem


deslocamento, ou quando as forças que agem sobre
a fratura tendem a manter ossos em posição
anatômica, normalmente pela contração elástica
dos músculos (transversas).

! Instáveis ! com deslocamento, ossos ficam


desalinhados, as forças musculares funcionam como
agentes desestabilizadores (oblíquas, espirais,
cominutivas).
Deslocamento

! Quanto ao desvio ou deslocamento,


as fraturas podem ser classificadas em
sem desvio ou com desvio/
deslocadas ou sem deslocamento.
!As sem desvio se mantém
posicionadas em seu sítio anatômico.
! As com desvios são descritas de
acordo com o tipo de deformidade
produzida no momento do
deslocamento.
Extensão

! Completa
! Incompleta
! Segmentar
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
A Consolidação pode ser Primária
ou Secundária

! 1ª Na presença de uma fixação rígida.

!2ª Na ausência de estabilização e/ou fixação


rígida.
Consolidação óssea

Primária Secundária

com contato direto com “mobilidade”


e íntimo entre os no local da
segmentos fratura
A consolidação óssea secundária (com formação
de calo ósseo) é mais rápida que a consolidação
primária (sem formação de calo ósseo).
Consolidação Óssea Primária
- Osso novo cresce diretamente através das extremidades ósseas
comprimidas.

- Exige contato cortical direto e


vasculatura intramedular intacta.

- Sem evidência radiográfica de


calo de união.

- Reabsorção osteoclástica
seguida pela formação
osteoblástica.
Consolidação Óssea Primária
Consolidação Óssea Secundária
- Mineralização e substituição de matriz cartilaginosa por osso.
- Formação de calo ósseo (“união externa”).
- Quanto maior a mobilidade, maior o calo ósseo.
Consolidação Secundária
! Isso ocorre com a aplicação de gesso, fixação externa
e colocação de haste intramedulares.

! É O TIPO MAIS COMUM DE CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA!


3 Estágios de Consolidação de
uma Fratura

! Fase inflamatória (10%).


! Fase reparativa (30%).
! Fase de remodelamento (70%).
! Estas fases podem se sobrepor, podendo os eventos
principais de uma ou de outra iniciar numa fase
anterior.
Fase Fase de
Fase Reparativa
Inflamatória Remodelamento
Correção das Fraturas

! Há 2 tipos de redução de fraturas:

Fechada: sem cirurgia (tratamento conservador - gesso)


Aberta: com cirurgia

OBS: Redução é o alinhamento da fratura


Tipos de Tratamento
Cirúrgico das Fraturas

! Redução aberta ou cruenta.


! Tipos de implantes metálicos: osteossíntese.
! Fixadores internos.
! Fixadores externos.
! Tração esquelética.
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Aparelho gessado
! Hastes intramedulares
! Fixadores externos

NÃO PROPICIAM FIXAÇÃO RÍGIDA NO LOCAL


FRATURADO, ESPERA-SE CONSOLIDAÇÃO
SECUNDÁRIA COM FORMAÇÃO DE CALO
ÓSSEO.
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Aparelho gessado
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Aparelho Sintético
Dispositivos de compartilhamento de estresse

Hastes intramedulares
!Age, dando suporte e estabilidade a fixação
!Emprega-se fresagem intramedular para
aumentar área de contato
!Instabilidade rotacional e angular nas áreas de
osso esponjoso
!Uso de pinos para bloqueio
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Hastes intramedulares
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Hastes intramedulares
Dispositivos de compartilhamento de estresse

Fixadores externos
! É um método de fixação óssea ou de
fragmentos ósseos, utilizando pinos ou fios ou
transfixantes que penetram
perperndicularmente o osso e são fixados uns
aos outros por uma armação metáica.
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Fixadores externos
Dispositivos de compartilhamento de estresse

! Fixadores externos

ILIZAROV
Dispositivos de compartilhamento de estresse

Parafuso Deslizante e Placa


Dispositivos de compartilhamento de estresse

Fios de Kirschner
!Introduzidos em 1909 por Martin Kirschner
!São fios ou pinos esterilizados, afiados, feitos de aço
inoxidável liso.
!São usados para manter fragmentos ósseos juntos ou
para fornecer uma fixação para tração esquelética.
!Os pinos são muitas vezes levados para o osso através
da pele (fixação percutânea)
!Também formam parte do aparelho de Ilizarov.
Dispositivos de compartilhamento de estresse

Fios de Kirschner
Dispositivos de proteção contra estresse

! Placas de compressão PROPORCIONAM FIXAÇÃO


R Í G I D A N O L O C A L F R AT U R A D O E ESPERA-SE
CONSOLIDAÇÃO PRIMÁRIA E NO RAIO-X O CALO NÃO É
VISÍVEL.
! A haste intramedular estaticamente travada obtém
maior rigidez e a formação de calo ósseo não é tão
abundante.
Dispositivos de proteção contra estresse

! Protege o local contra qualquer tipo de estresse


mediante a transferência de estresse para o
dispositivo.

! As extremidades são mantidas sob compressão e


não ocorre movimento do local fraturado e resulta
em consolidação primária, sem formação de calo
ósseo.
Dispositivos de proteção contra estresse

! Placas e parafusos
de Compressão
Tração

! A tração é usada principalmente como uma


prescrição em curto prazo até que outras
modalidades, como a fixação externa ou interna,
sejam possíveis. Isso reduz o risco da síndrome do
desuso.
! A tração é a aplicação de uma força de tração
sobre uma parte do corpo.
Tração

A função da tração é:

!utilizada para minimizar os espasmos musculares;


! reduzir, alinhar e imobilizar fraturas;
! Reduzir as deformidades;
! Aumentar os espaços entre as superfícies da
fratura.
Tração Cutânea
Tração Transesquelética

! A tração é aplicada diretamente no osso através de um


pino ou fio metálico, o qual é inserido através do osso
distal à fratura, evitando-se nervos, grandes vasos,
músculos, tendões e articulações.
! Tratar de fraturas de fêmur, da tíbia, do úmero e da
coluna vertebral cervical.
! A colocação dos pinos é realizada através de ato
cirúrgico.
! Usa com freqüência pesos de 7 a 12 kilos para uma
tração efetiva.
Tração Transesquelética
Determinando o Momento de
Consolidação da Fratura

Como avaliar quando a fratura já está consolidada o


suficiente para suportar as forças normais cotidianas?
Julgamento Clínico

! Baseado na combinação de sintomas do paciente,


ajudam a indicar a situação do processo de cura.

! PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE DOR, NATUREZA DA DOR


(relacionada ou não com a sustentação de peso e as
ADMs).

! Verificar se há dor À PALPAÇÃO e ao MOVIMENTO.

! Ausência de dor, sensibilidade e movimento presentes


no foco da fratura indicam consolidação.
Julgamento clínico

! Movimento com dor localizada INDICAM NÃO


CONSOLIDAÇÃO.

! O paciente deverá ser testado durante a realização


de atividades funcionais, para verificar se há dor,
desconforto e instabilidade.

! ATENÇÃO: A dor pode ser oriunda do enrijecimento


e desuso. É um papel maior do médico fazer esta
avaliação!

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