CarlosKSD MONO
CarlosKSD MONO
CarlosKSD MONO
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
ANGICOS
2021
CARLOS KALWENDY SANTOS DAMASCENO
ANGICOS
2021
©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo
desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções
administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade
Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº
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homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de
patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e
seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos
bibliográficos.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Arthur Gomes Dantas de Araújo, Prof. Dr. (UFERSA)
Presidente
_________________________________________
Kleber Cavalcanti Cabral, Prof. Dr. (UFERSA)
Membro Examinador
_________________________________________
Paulo Leite Souza Júnior, Eng. Me. (Prefeitura do Assú/RN)
Membro Examinador
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e sabedoria, todas as condições
necessárias para o desenvolvimento deste trabalho e minha graduação, todas as pessoas que ele
colocou ao meu redor que contribuíram diretamente ou indiretamente na minha formação como
cidadão.
Agradeço a minha família por todos os concelhos e ajuda durante a graduação, todo
incentivo em continuar e buscar a tão sonhada formatura.
Agradeço a minha companheira, Laisa de Melo, por todo apoio e incentivo, e todo
conforto nas horas difíceis. Ao meu sogro e minha sogra, por toda assistência e condições, que
contribuíram diretamente para conclusão desse trabalho.
Agradeço ao grupo dos “Nerds”, que foi tão importante para a produção deste trabalho
e para minha formação, tal qual ao grupo Lenovo, onde estão grandes amigos que levarei para
a vida.
“Nossa maior fraqueza é a desistência. O
caminho mais certeiro para o sucesso é sempre
tentar apenas uma vez mais.”
Thomas Edilson
RESUMO
CA Concreto Armado
MPa Mega pascal
NBR Norma Técnica Brasileira
Nspt Índice de resistência a penetração
SPT Sondagem à Percussão
LISTA DE SÍMBOLOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 17
2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 18
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 18
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 18
3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 19
3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES. ................................................................................... 19
3.1.1 Tipos de fundação superficial. ................................................................................ 20
3.2 SAPATAS ................................................................................................................... 21
3.2.1 Classificação das sapatas ....................................................................................... 22
3.2.1.1 Quanto a rigidez ..................................................................................................... 22
3.2.1.2 Quanto à forma ...................................................................................................... 24
3.2.2 Sapata associada ou combinada............................................................................ 25
3.3 CAPACIDADE DE CARGA DE SAPATAS ............................................................................... 26
3.3.1 Modos de rupturas ................................................................................................. 26
3.3.2 Modelo teórico de Terzaghi.................................................................................... 28
3.3.3 Fatores de correção ................................................................................................ 32
3.3.4 Bulbos de tensão .................................................................................................... 35
3.4 RECALQUES DE SAPATAS ............................................................................................... 36
3.4.1 Método de Schmertmann....................................................................................... 37
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 39
4.1 REGIÃO ESTUDADA ...................................................................................................... 39
4.2 PERFIL DO SUBSOLO (SONDAGEM SPT) ........................................................................... 39
4.3 DADOS DE ENTRADA PARA EXECUÇÃO DA PLANILHA ............................................................ 41
4.3.1 Formato da sapata ................................................................................................. 41
4.3.2 Peso Específico ....................................................................................................... 42
4.3.3 Ângulo de atrito interno ......................................................................................... 42
4.3.4 Coesão .................................................................................................................... 43
4.3.5 Modo de ruptura .................................................................................................... 43
4.3.6 Dados de projeto .................................................................................................... 43
4.3.7 Dados do recalque .................................................................................................. 44
4.4 A PLANILHA. .............................................................................................................. 44
4.5 EXECUÇÃO DA PLANILHA ............................................................................................... 53
5 RESULTADOS E ANÁLISES ........................................................................... 57
5.1 DETERMINAÇÃO DO BULBO DE TENSÕES .......................................................................... 57
5.2 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DO SOLO .................................................................... 57
5.3 CAPACIDADE DE CARGA DO SISTEMA SOLO-SAPATA ............................................................ 58
5.4 DETERMINAÇÃO DA TENSÃO ADMISSÍVEL ......................................................................... 58
5.5 DIMENSÕES FINAIS DAS SAPATAS .................................................................................... 59
5.6 DETERMINAÇÃO DAS ALTURAS ....................................................................................... 60
5.7 VOLUME DE CONCRETO ................................................................................................ 61
5.8 RECALQUES................................................................................................................ 62
6 CONCLUSÕES .................................................................................................... 63
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 64
APÊNDICE A – INFORMAÇÕES ÚTEIS DA SAPATA S32 (01) ................................... 66
17
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
Determinar a capacidade de carga pelo método teórico de Vesic, tensão admissível por
métodos semiempíricos e estimar recalque imediato pelo método de Schmertmann.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Fundação pode ser definido como o ato de apoiar a estrutura, de modo que as cargas
resultantes que transmite entre os elementos estruturais, chegue até a sua base ou fuste em
contato com solo, e seja distribuído sem causar recalques inadmissíveis na estrutura (CAPUTO,
1988). Segundo Costa e Paz (2018), as fundações quando dimensionadas, devem ser capazes
de resistir os esforços provenientes da estrutura, sendo que o dimensionamento considera as
características do solo onde será construída, devido a isso, o solo deve ser estudado para se
obter informações necessárias, evitando-se deformações extremas e futuras patologias.
Segundo Cintra, Aoki e Albiero (2012), fundação superficial é responsável por receber
a carga do pilar, e distribuir exclusivamente por sua base em contato com o solo, de modo que
o fuste, ou o corpo não apresente uma resistência por atrito com o solo, de modo que não seja
considerável, por exemplo temos as sapatas isoladas, que também é o foco desse trabalho.
A NBR 6122 (2019), define alguns tipos de fundações superficiais:
• “Bloco: Elemento de fundação rasa de concreto ou outros materiais tais como alvenaria
ou pedras, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam
resistidas pelo material, sem necessidade de armadura.
• Radier: Elemento de fundação rasa dotado de rigidez para receber e distribuir mais do
21
3.2 Sapatas
Como característica, as sapatas têm uma capacidade de carga baixa a média, indicado
para regiões onde apresente nas sondagens, a presença do solo argila rija, e outros (Lima et al.,
2017).
• Rígida
A NBR 6118 (2014), defini no item 22.6.2.2 que o comportamento das sapatas rígidas
e descrito como:
“a) trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se que, para cada uma delas, a tração na
flexão seja uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata. Essa hipótese não
se aplica à compressão na flexão, que se concentra mais na região do pilar que se apoia na
sapata e não se aplica também ao caso de sapatas muito alongadas em relação à forma do
pilar;
23
b) trabalho ao cisalhamento também em duas direções, não apresentando ruptura por tração
diagonal,10 e sim por compressão diagonal verificada conforme 19.5.3.1. Isso ocorre porque
a sapata rígida fica inteiramente dentro do cone hipotético de punção, não havendo, portanto,
possibilidade física de punção.”
Para Alva (2007), as sapatas rígidas são habitualmente adotadas como elementos de
fundação em solos que apresentam boa resistência nas camadas próximas à superfície e para o
dimensionamento da armadura de flexão longitudinal, é utilizado o método geral de bielas e
tirantes. Alternativamente, sapatas rígidas podem ser dimensionadas da mesma forma que
sapatas flexíveis para obtendo-se precisão razoável. As tensões de cisalhamento devem ser
verificadas, em particular a ruptura por compressão diagonal do concreto na ligação laje
(sapata) – pilar. A verificação da punção é desnecessária, pois a sapata rígida situa-se
inteiramente dentro do cone hipotético de punção, não havendo possibilidade física de
ocorrência de tal fenômeno.
• Flexível
“Embora de uso mais raro, essas sapatas são utilizadas para fundação de cargas pequenas e
solos relativamente fracos. Seu comportamento caracteriza por:
a) trabalho à flexão nas duas direções, não sendo possível admitir tração na flexão
uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata. A concentração to ao pilar
deve ser, em princípio, avaliada;
b) trabalho ao cisalhamento que pode ser descrito pelo fenômeno da punção (ver 19.5). A
distribuição plana de tensões no contato sapata-solo deve ser verificada.”
De acordo com Carvalho (2015), as sapatas flexíveis trabalham a flexão nas duas
direções, e apresenta comportamento estrutural de uma peça fletida e são dimensionadas para
o momento fletor e força cortante, sendo necessário a verificação de punção, esse último não é
24
necessário quando sapata for rígida. Seu uso apesar de ser usados com pouca frequência, é
indicado para casos em que a carga no pilar seja relativamente baixa e o solo respectivamente
fraco. A NBR 6118 (2014) considera sapata rígida quando a verificação nas duas direções for
atendida (01), se não atender em alguma direção, chama-se de sapata flexível.
𝐵−𝑏 (01)
ℎ≥
3
Sendo:
h – Altura da sapata.
B – Dimensão da sapata em uma determinada direção.
b – Dimensão do pilar na mesma direção.
A norma recomenda que para as sapatas que não atendem a verificação ou em casos
extremos na qual a base da fundação esteja sobe rocha, mesmo que rígida, essa hipótese deve
ser revista.
O uso desse tipo é mais comum nas construções, sua principal função é transmitir a
carga de um único pilar, e distribuir pela área de contato com o solo, e sua geometria varia de
quadrada e retangular, em poucos casos pode ser construída também em base circular. Em
relação a sua altura, Alva (2007) cita que “é constante ou variando linearmente entre as faces
do pilar e a extremidade da base”.
A sapata associada de acordo com a NBR 6122 (2019), é caracterizada por “transmitir
as cargas de dois pilares ou mais”, sendo que o centro de gravidade da carga, esteja coincidente
com o da sapata, para que a distribuição seja uniforme entre a base e o solo. Portanto, seu uso
comum, é quando dois pilares estejam próximos e o dimensionamento das sapatas isoladas, se
sobrepõem em planta ou os bulbos de tensões, e por norma, quando os pilares não estiverem
alinhados, sua carga não deve ser superior a 70% da carga total da estrutura. [Figura 6]
• Sapata em divisa
Alva (2007) afirma que sapata em divisa é o caso em que o centro de gravidade do pilar
não coincide com o centro da sapata, fazendo uso da viga de alavanca ou equilíbrio (Figura 7).
Esse tipo é comum quando a sapata isolada sobrepõe a divisa do terreno, obrigando-se que seja
construída de modo que não ultrapasse o limite, e devido a isso ocorre a excentricidade dos
centros de gravidade, deste modo a viga de equilíbrio é ligada ao pilar mais próximo, sua função
é receber as cargas de dois pilares e transmitir para o centro de gravidade da mesma, além de
resistir aos esforços de momentos fletores causados pela excentricidade da carga do pilar em
divisa.
Cintra, Aoki e Albiero (2012) afirmam que as cargas provenientes da estrutura, que
chega gradativamente na sapata através do pilar, geram uma tensão na base da fundação, e
consequentemente surge uma superfície potencial de ruptura no interior do maciço do solo. No
instante antes da ruptura, é o momento de resistência máxima do sistema sapata-solo, e essa
resistência é denominada como capacidade de carga.
• Ruptura geral
A ruptura geral ocorre em solos que apresentam uma resistência maior, são menos
deformáveis, e a profundidade de assentamento das sapatas é consideravelmente rasa. A
superfície de ruptura, inicia em uma extremidade da sapata e vai até a superfície do terreno após
sua extremidade oposta, ilustrado na Figura 8. A rachadura é súbita e catastrófica, levando ao
tombamento da sapata e uma protuberância significativa no solo, a carga de ruptura é atingida
para pequenos valores de recalque.
Cintra, Aoki e Albiero (2012), afirma que para fundações rasas, consideramos que
ocorre ruptura geral em solos mais rígidos (areias compactas a muito compactas e argilas rijas
a duras).
Ainda de acordo com os autores, a ruptura por puncionamento ocorre em solos mais
deformáveis e menos resistentes. Diferente da ruptura geral, nesse tipo de deformação do solo,
temos a compressão do solo, fazendo com que a sapata adentre mais a camada superficial do
terreno, na Figura 9 podemos observar que nas arestas da sapata, o solo segue junto ao recalque.
28
• Ruptura local
Para Vesic (1975 apud AOKI, CINTRA e ALBIERO, 2012), também existe a ruptura
local, a mesma ocorre nos solos de media compacidade, areias mediamente compactas e argilas
médias, e não apresentam um comportamento típico, colocando-a como intermediaria nos casos
dos outros métodos de ruptura.
o Uma sapata, é considerada corrida quando seu comprimento L for pelo menos 5
vezes maior que sua largura B (𝐿 ≥ 5𝐵).
situada acima da cota de apoio da sapata, pode ser desprezada, e assim, substituir
essa camada de espessura de peso específico 𝛾 por uma sobrecarga 𝑞 = 𝛾𝑑.
Desta forma, a esquematização do problema pode ser demonstrada na Figura 10, na qual
o trecho ORST é identificado como a superfície potencial de ruptura, e os trechos retos OR e
ST, e a espiral logarítmica RS, formam 3 zonas distintas no maciço do solo, no qual tem a
mesma coesão 𝑐, ângulo de atrito ϕ e peso específico 𝛾.
Em que:
𝜃𝑟 – Tensão de ruptura
𝐶 – Coesão do solo
30
Segundo Terzaghi e Peck (1967 apud AOKI, CINTRA e ALBIERO, 2012, p. 29), as
três parcelas representam, respectivamente, as contribuições da coesão, sobrecarga e peso
específico. Os fatores de capacidade de carga 𝑁𝑐 , 𝑁𝑞 e 𝑁𝛾 são adimensionais e dependem
unicamente do ângulo de atrito (ϕ), não havendo solução analítica para 𝑁𝛾 e podem ser
extraídos com auxílio do gráfico apresentado na Figura 11.
Para Vesic (1975) o valor do fator de capacidade de carga 𝑁𝛾 , pode ser calculado pela
seguinte expressão:
Os valores dos fatores de forma 𝑆𝑐 , 𝑆𝑞 e 𝑆𝛾 , podem ser obtidos pela Tabela 1 pelo método
de Terzaghi. Porem através de estudos, De Beer (1967) chegou nas equações apresentadas na
Tabela 2, que posteriormente melhorada por Versic (1970).
Corrida 1 1 1
Tabela 2 - Fatores de forma por De Beer (1967) melhorada por Vesic (1970).
Corrida 1 1 1
𝐵 𝑁𝑞 𝐵 𝐵
1 + ( )( ) 1 + ( ) tan ϕ 1 − 0,4
Retangular 𝐿 𝑁𝑐 𝐿 𝐿
𝑁𝑞
1+( )
Circular e quadrada 𝑁𝑐 1 + tan ϕ 0,6
2 (05)
𝑐′ =
3𝑐
32
2 (06)
tan ϕ′ = tan ϕ
3
Um aperfeiçoamento da solução de Terzaghi foi feito por Meyerhof (1953). Ele passou
a considerar a resistência ao cisalhamento do solo situado acima da base da fundação. Assim, a
superfície de deslizamento intercepta a superfície do terreno.
Com isso, passa a ser considerado o efeito de profundidade, pois essa parcela deixa de
ser descartada, e consequentemente, em cada termo da fórmula geral é adicionando o fator de
correção do efeito de profundidade ( 𝑑𝑐 , 𝑑𝑞 e 𝑑𝛾 ). Anos depois, Brinch Hansen (1970), definiu
equações para esses fatores, como mostrado abaixo:
𝐷
• Para 𝐵 ≤ 1:
𝐷 (07)
𝑑𝑞 = 1 + 2 𝑡𝑎𝑛ϕ (1 − 𝑠𝑒𝑛 ϕ)2
𝐵
𝑑𝛾 = 1 (08)
1 − 𝑑𝑞
𝑑𝑐 = 𝑑𝑞 − (09)
𝑁𝑐 𝑡𝑎𝑛ϕ
Para ϕ = 0 a expressão de 𝑑𝑐 é:
𝐷 (10)
𝑑𝑐 = 1 − 0,4
𝐵
𝐷
• Para 𝐵 > 1:
𝐷 (11)
𝑑𝑞 = 1 + 2 𝑡𝑎𝑛 ϕ (1 − 𝑠𝑒𝑛 ϕ)2 𝑡𝑎𝑛−1
𝐵
𝑑𝛾 = 1 (12)
1 − 𝑑𝑞
𝑑𝑐 = 𝑑𝑞 − (13)
𝑁𝑐 𝑡𝑎𝑛ϕ
• Para ϕ = 0 a expressão de 𝑑𝑐 é:
33
𝐷 (14)
𝑑𝑐 = 1 − 0,4 tan−1 ( )
𝐵
De acordo com Aguiar (2015), os esforços que chegam no elemento estrutural podem
ser excêntricos ou inclinados, fazendo necessário o uso de fatores de correção. Brinch Hansen
(1961), introduzi-o os fatores na fórmula de Terzaghi, capazes de resolver essa situação para
caso de cargas inclinadas, porém, para excentricidade, foi feita uma nova formulação, na qual
é utilizado uma área real menor da base da fundação, chamado de área efetiva (𝐵 ′ , 𝐿′), nesse
cálculo é deslocado o centro geométrico da fundação, para o encontro do ponto de aplicação de
carga. Essa área efetiva é utilizada apenas para encontrar o valor da carga, e não da tensão de
ruptura. A equação é a seguinte:
𝐵′ = 𝐵 − 2𝑒𝑥 (15)
𝐿′ = 𝐿 − 2𝑒𝑦 (16)
Sendo:
𝑒𝑥 − excentricidade na direção transversal
𝑒𝑦 − excentricidade na direção longitudinal
Ainda de acordo com o autor, a sociedade alemã DEGEBO, realizou diversos ensaios
em grande escala, com sapatas assentadas em areias, chegando a uma relação de B/L com os
coeficientes de inclinação de carga. Vesic (1970), definiu como:
𝑝 𝑚
𝑖𝑞 = [1 − ] (17)
𝑞 + 𝐵′ 𝐿′ 𝑐 cot ϕ
𝑝 𝑚+1
𝑖𝛾 = [1 − ] (18)
𝑞+ 𝐵′ 𝐿′ 𝑐 cot ϕ
2 + 𝐵/𝐿
𝑚𝐵 = (19)
1 + 𝐵/𝐿
2 + 𝐿/𝐵
𝑚𝐿 = (20)
1 + 𝐿/𝐵
Anos depois, Vesic (1975), sugeriu o uso da expressão seguinte, para definir o fator 𝑖𝑐 ,
válida para ϕ = 0.
𝑚𝑃
𝑖𝑐 = 1 − (21)
𝐵′𝐿′𝑐𝑁𝑐
Aguiar (2015) fala que, na engenharia pode ocorrer das sapatas serem assentadas e
utilizar uma inclinação na sua base, isso ocorre com o intuito de facilitar a transmissão das
cargas horizontais elevadas. Outro extremo, o terreno ter sua superfície inclinada. A Figura 12,
ilustra os dois casos, na qual os termos 𝛼 e 𝜔 representam a inclinação da base da fundação e a
inclinação do terreno, respectivamente.
Para essas situações, ocorre também o acréscimo dos fatores de correção em cada termo
da fórmula, sugerido por Vesic (1970) baseado nos estudos de Brinch Hansen (1970) e
35
Meyerhof (1953), as expressões para cálculo dos fatores de correção da inclinação da base
𝑏𝑐 , 𝑏𝑞 e 𝑏𝛾 , estão descritos abaixo:
1 − 𝑏𝑞
𝑏𝑐 = 𝑏𝑞 − (23)
𝑁𝑐 𝑡𝑎𝑛ϕ
Quando ϕ = 0 o valor de 𝑏𝑐 é:
2𝛼
𝑏𝑐 = 1 − (24)
(𝜋 + 2)
1 − 𝑔𝑞
𝑔𝑐 = 𝑔𝑞 − (26)
𝑁𝑐 𝑡𝑎𝑛ϕ
Quando ϕ = 0 o valor de 𝑔𝑐 é:
2𝜔
𝑔𝑐 = 1 − (27)
(𝜋 + 2)
1
𝜎𝑟 = 𝑐𝑁𝑐 𝑆𝑐 𝑑𝑐 𝑖𝑐 𝑏𝑐 𝑔𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 𝑆𝑞 𝑑𝑞 𝑖𝑞 𝑏𝑞 𝑔𝑞 + 𝛾𝐵𝑁𝛾 𝑆𝛾 𝑑𝛾 𝑖𝛾 𝑏𝛾 𝑔𝛾 (28)
2
A área do bulbo é formada abaixo da sapata partindo das extremidades com uma
inclinação aproximada de 27º até uma distancia 𝑧. Segundo Simons e Menzies (1981) apud
Aoki, Cintra e Albiero (2012), essa distância varia de acordo com a geometria da sapata, onde
sapatas quadradas desenvolvem bulbos de ate 2,5𝑏 e retangulares 3𝑏.
Porém, é utilizado a profundidade 𝑧 = 2𝑏 devido a mecânica dos solos que define essa
profundidade após a base da sapata, coincidente com o acréscimo de 10% da tensão.
Segundo Aoki, Cintra e Albiero (2012), o método desenvolvido pelo autor é uma
adaptação da teoria da elasticidade, levando em consideração uma variação do módulo de
deformabilidade em relação a profundidade. Schmertmann, apresentou sua teoria em 1970, e
em 1978 aprimorou com o objetivo de separar os casos de sapata corrida e quadradas.
Após estudos, o autor observou que o recalque máximo, não ocorre imediatamente no
local do contato com a sapata, e sim, em uma profundidade de 𝑧 = 𝑏/2, depois vai descrendo
até uma profundidade de 𝑧 = 2𝑏. A figura abaixo, demostra um perfil de deformação do solo.
Para essa teoria, é calculado fatores de correção para o recalque imediato (𝐶1 ), e recalque
de adensamento (𝐶2 ), o último é calculado levado em consideração o tempo em anos, sendo
que, para calcular apenas o recalque imediato, utilizar o valor de 𝐶2 = 1.
𝑞
𝑐1 = 1 − 0,5 ∗ ( ) ≥ 0,5 (29)
𝜎∗
𝑡
𝑐2 = 1 + 0,2 log ( ) (30)
0,1
38
Sendo:
𝑞 − tensão vertical efetiva à cota de apoio a fundação (sobrecarga);
𝜎 ∗ − tensão líquida (𝜎 ∗= 𝜎 − 𝑞);
𝑡 − valor em anos;
Por fim, para o cálculo do recalque em sapatas rígidas assentadas em areias, é somado
os recalques de n camadas consideras homogêneas, considerando os efeitos de embutimento e
do tempo, onde sua profundidade vai até o limite de 2𝑏.
𝑛
∗
𝐼𝑧
𝜌𝑑 = 𝑐1 𝑐2 𝜎 ∑( ∆𝑧)𝑖 (31)
𝐸𝑧
𝑖=1
Sendo:
𝐼𝑧 − fator de influência na deformação à meia altura da i-ésima camada;
𝐸𝑆 − módulo de deformabilidade da i-ésima camada (𝑘𝛼𝑁𝑠𝑝𝑡 );
∆𝑧 − espessura da i-ésima camada;
4 MATERIAIS E MÉTODOS
indispensável a análise do solo local para verificar se a solução de projeto sugerida atende às
condições geotécnicas do local.
Foram executados 3 furos de sondagem que determinaram o perfil do solo local. Os
furos atingiram uma profundidade de sondagem de 8,10 e 13 metros, onde mostra-se um perfil
arenoso e pouco argilosa, mediamente compacta a compacta. Não foi identificado Nível d’água
na data da sondagem.
Na Tabela 3 é abordado os dados obtidos referentes ao Nspt nos primeiros 30 cm de
cada metro de profundidade, e nos 30 cm finais, para os 3 furos realizados. O Gráfico 1 mostra
o perfil da distribuição do Nspt com a profundidade para os 3 furos executados, considerando
os Nspt finais de cada camada.
SONDAGENS
FURO 01 FURO 02 FURO 03
Profundidade (m)
Iniciais Finais Iniciais Finais Iniciais Finais
1 10 12 18 17 17 19
2 20 20 18 16 22 26
3 21 24 24 27 18 19
4 31 36 27 30 28 30
5 27 30 28 33 36 41
6 22 27 24 27 33 38
7 24 27 26 31 33 44
8 28 32 34 36 39 46
9 32 35 33 45
10 30 40 30 -
11 29 42
12 37 39
13 33 45
Fonte: Autor (2021)
41
Profundida (m)
6
10
12
14
A planilha precisa de dados de entrada para exercer sua função, pois eles serão usados
para os cálculos, ou definição de fatores. A primeira informação requerida, é sobre o formato
da sapata, o mesmo depende da geometria do pilar, devido a condição apresentada na Equação
32, que também atinge diretamente as dimensões finais da sapata. No estudo realizado, serão
analisadas apenas sapatas retangulares disponíveis no projeto.
𝐿 − 𝐵 = 𝐿0 − 𝐵0 (32)
Sendo:
𝐿 − Comprimento da sapata;
𝐿0 − Comprimento do pilar;
𝐵 − Largura da sapata;
42
𝐵0 − Largura do pilar;
Godoy (1972, apud AOKI, CINTRA e ALBIERO, 2012) realizou diversos ensaios, com
os resultados desenvolveu as tabelas 4 e 5, com valores aproximados para o peso específico,
que podem ser usados quando não houver valor definido por laboratório.
A ângulo de atrito interno é definido como o ângulo máximo entre a força aplicada ao
solo, com a força normal da superfície de contato, sem ocorrer o cisalhamento do solo no plano
de ruptura. Godoy (1983, apud AOKI, CINTRA e ALBIERO, 2012), criou a equação (33)
abaixo para determinação do ângulo de atrito, em função do Nspt.
43
4.3.4 Coesão
A coesão é definida como a força de atração entre as superfícies das partículas, sendo
responsável por uma parcela da resistência ao cisalhamento dos solos. Uma característica das
areias, é que sua coesão é zero, devido a granulometria e o alto índice de vazios, o qual permitem
serem rompidos a ligação atômica facilmente, pois a área de contatos na superfície das
partículas é baixa. Texeira e Godoy (1996, apud AOKI, CINTRA e ALBIERO, 2012), sugere
a equação 34 para determinar a coesão em solos não arenosos, no qual relaciona com o índice
de resistência a penetração Nspt.
𝐶 = 10 ∗ 𝑁𝑠𝑝𝑡 (34)
As dimensões dos pilares são fornecidas no projeto, e são calculadas para suportarem as
solicitações as quais estão sujeitas, seu formato pode ser circular, quadrada ou retangulares,
desde que atendam aos requisitos mínimos estabelecidos pela NBR 6118 (2014).
Os esforços as quais os pilares estão sujeitos serão transmitidos para a fundação e
subsequentemente para o solo. Os momentos geram excentricidade de carga, que a depender da
intensidade, podem ocasionar o tombamento da sapata. A carga fornecida é o principal fator
para efeitos de cálculo, pois as dimensões finais devem ser suficientes para as suportarem e
transmitirem para o solo, sem que o recalque seja significativo, ou que a área não seja suficiente
44
para evitar o rompimento do solo. Outro fator necessário é o ângulo de inclinação da carga em
relação ao eixo de alinhamento da sapata, pois se existir, terá uma ação na horizontal devido a
decomposição de carga, o qual deve ser previsto.
4.4 A planilha.
O primeiro passo foi a criação da planilha eletrônica, a qual vai dimensionar as sapatas
de acordo com as recomendações de Vesic para a capacidade de carga. Os dados a serem
introduzidos como dados de entrada, podem ser obtidos pelo ensaio geotécnico SPT.
O trabalho ao todo, foi dividido em 8 títulos principais e alguns com subtítulos,
facilitando o entendimento do mesmo, e permitindo localizar facilmente algum dado por motivo
qualquer, abaixo é demostrado o sumário do trabalho no Excel.
Para facilitar o uso da mesma, foi criado o quadro de legendas, logo nas primeiras linhas,
exemplificando quais células que devem ser inseridos os dados de entrada, células cinzas e
bordas pontilhadas, e quais células contem fórmulas para cálculo automático, células rosas e
bordas pontilhadas, demostrado na Figura 16.
46
Legenda de cores
Inserir dados
Formulas automaticas
Fonte: Autor (2021)
As instruções de como usar a planilha ficaram no primeiro item, junto com a tabela de
dados, pois a planilha ficou dividida em itens que abordem o mesmo tema, fazendo com que
durante todo o trabalho seja necessário inserir dados. As instruções abordam em quais itens
devem ser inseridos e onde eles estão localizados. [ Figura 17 ]
Para as características do solo são requisitados os valores de: peso específico, ângulo de
atrito, coesão e modo de ruptura, mostrado na Figura 19. Esses valores não vêm de forma
explicita nos ensaios SPT, mas podem ser obtidos através de tabelas disponíveis no livro de
Terzaghi e Peck (1967), que resulta os valores a partir da descrição do solo e sua
consistência/compacidade. As tabelas estão disponíveis em uma aba exclusiva da planilha,
nomeado de Auxiliar 2, para consulta e facilitar a inserção de dados.
Fck: 25Mpa
Fyk: CA-50
Em seguida será abordado os fatores de correção que serão necessários para calcular a
capacidade de carga de acordo com Vesic. Sendo 6 fatores para cada parcela da equação, apenas
1 será necessário que seja inserido informação, que é no caso de que ocorra inclinação de carga
em qualquer direção, para que seja calculado automático, assim como está nas instruções.
Em ordem, o primeiro fator a ser apresentado na planilha (Figura 22), é referente a forma
da sapata, no qual está configurada apenas para sapatas retangulares e quadradas.
Sc: 1,42
Sq: 1,40
Sɣ: 0,74
k: 1,03
dc: 1,41 Ver essas equaçoes, pois
dq: 1,28
dɣ: 1,00
Fonte: Autor (2021)
𝐹𝑣 𝑀𝑥 ∗ 𝑦 𝑀𝑦 ∗ 𝑥
𝜎𝑚á𝑥 = ± ± (35)
𝐴 𝐼 𝐼
Sendo:
𝐴 = 𝐵. 𝐿 (36)
51
𝑀 = 𝐹𝑣. 𝑒 (37)
𝐼 = (𝐵. 𝐿3 )/12 (38)
𝑌 = 𝐿/2 (39)
Em casos que a excentricidade ocorre em apenas uma direção, o valor da tensão máxima
é obtido pelo princípio básico de resistência dos materiais relacionado à condição geral de carga
excêntrica, a expressão é limitada a uma área, onde até o seu limite não deve ocorrer esforços
de tração entre o solo e a sapata.
A área é calculada pela expressão da excentricidade ser menor do que um sexto da
dimensão da sapata na direção do deslocamento da carga, ou seja 𝑒𝑥 < 𝐿/6, ou 𝑒𝑦 <
𝐵/6 (Figura 25.a)). A tensão máxima é calculada a com a equação 37 para deslocamento em
x, e no caso de a direção ser no eixo y, trocar a excentricidade em x para a excentricidade no
eixo y.
𝐹𝑣 6 ∗ 𝑒𝑥
𝜎𝑚á𝑥 = (1 ± ) (40)
𝑎. 𝑏 𝑎
Quando a aplicação da carga coincide com o limite, 𝑒 = 𝐿/6, a tensão máxima vai ser
duas vezes a razão de força vertical sobre área.
𝐹𝑣
𝜎𝑚á𝑥 = 2( ) (41)
𝑎. 𝑏
Quando 𝑒 > 𝐿/6, apenas parte da sapata está comprimida (Figura 25.c)), deste modo, o
ponto de aplicação de carga deve coincidir com o centro de gravidade do diagrama triangular
de pressões, evitando o surgimento de tração entre o solo e a sapata.
2𝐹𝑣
𝜎𝑚á𝑥 = 𝐿 (42)
3𝐵(2 − 𝑒)
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A planilha ainda detalha retorna a área da sapata atual com as dimensões informadas, a
área mínima que proporciona segurança, e o resíduo de tensão, resultado da tensão admissível
menos a tensão máxima. Finalizando o item 4, é calculado a capacidade de carga, e aplicado o
fator de segurança, dividindo por 3, resultando na tensão admissível.
Outro fator calculado, é o recalque, no qual é preciso informar os dados referentes ao
SPT, na qual solicita o tipo de solo, o ∆𝑧 em metros até a camada de profundidade de
assentamento, além do NSPT de cada camada feito no ensaio, por fim, é mostrado o recalque
total, sendo o recalque máximo de 25mm.
No item 6, é abordado os resultados finais para a sapata, dimensões, profundidade de
assentamento, dimensão da base superior, altura da base rígida e altura total, além de alguns
quantitativos como volume de escavação, volume de concreto, e as áreas das fôrmas. Por fim é
calculado a taxa de armadura para cada direção, e ao informar a bitola é mostrado o número de
barras necessárias.
Após finalizar o dimensionamento, deve-se verificar se a sapata atende as considerações
de cálculo, se não, deve-se alterar alguma informação solicitada para os cálculos. Essas
condições foram reunidas em um conjunto de células, para que sejam mais fáceis de localizar
onde está o erro, mostrado na Figura 26. Algumas dessas considerações são apresentadas no
53
momento da inserção de dados, por exemplo a profundidade de assentamento que deve estar
entre 1 e 3 metros, ou a largura mínima que deve ser pelo menos 60 centímetros.
1<=D<=3 VERDADEIRO
B>=0,6 VERDADEIRO
L>=0,7 VERDADEIRO
L/B<=2,5 VERDADEIRO
(L-L0)=(B-B0) 0
Amin<=Aatual VERDADEIRO
σatuante<=σadm VERDADEIRO
Fonte: Autor (2021)
Finalizando o trabalho, foi criado dois botões no qual o primeiro utiliza os dados
inseridos, e roda a ferramenta do Excel, chamada de solver, para encontrar as menores
dimensões possíveis, de modo que seja atendida todas as condições de cálculo. O segundo
botão, imprime uma página em PDF, com todas as informações úteis da sapata, mostrado no
APÊNDICE A- Informações úteis da sapata S32 (01).
Para este trabalho foi estudado 3 sapatas que foram construídas na fundação de uma
creche localizada em Assú, interior do Rio Grande do Norte, as mesmas foram escolhidas
aletoriamente com o objetivo de comparar resultados com métodos semiempíricos, atestando
os resultados encontrados com a metodologia de cálculo recomendada por Vesic.
A área disponível para a construção, é aproximadamente 2 800 m², foram executados 3
furos de sondagem, com a localização do furo 02 mais ao Norte, furo 01 mais pro Sul e o furo
03 intermediário, sendo que os 01 e 02 ficaram em um mesmo alinhamento próximos da borda
lateral, e o 03, próximo da borda oposta. A Figura 27 mostra o mapa da área onde as sapatas
que serão estudadas estão em destaque, assim como a zona limite para cada furo. A sapata na
zona sul, vai ser analisado com os dados da sondagem no furo 01, o mesmo raciocínio segue
para as outras.
54
Em seguida, foi utilizado a Tabela 5 para determinar o peso específico (𝛾𝑠 ), em razão
do Nspt e a profundidade. A Tabela 7, reúne os dados de sondagens, em cada metro de
profundidade, o Nspt e peso específico.
O ângulo de atrito interno será definido da maneira que foi explicada no item 4.3.3. A
tabela 8, reuniu dados do índice de resistência a penetração em função da profundidade, e o
ângulo de atrito definido para camada correspondente.
5 RESULTADOS E ANÁLISES
Com os valores conhecidos do bulbo de tensão, foi calculado o Nspt médio no bulbo de
tensão, permitindo encontrar os valores para ângulo de atrito interno e peso específico do solo.
A areia no momento da sondagem, se encontrava no estado seco. As 3 sapatas se situaram em
solo arenoso com compacidade mediamente compacta a compacta, porém o Nspt médio se
encontra entre 19 e 40 golpes, deste modo o peso específico para os 3 casos serão iguais,
definidos predominantes pelo índice de resistência a penetração, pois pela Tabela 5, solos
mediamente compactos tem o número de golpes variando de 9 até 18.
A capacidade de carga foi definida com o modo de ruptura geral, pois, segundo o perfil
do solo, a região é formada predominante por areias mediamente compactas a compactas.
Cintra, Aoki e Albiero (2012), cita que a ruptura geral ocorre nos solos mais rígidos. O Nspt
médios dos bulbos de tensão, apresenta valores superiores a 18, indicando a boa resistência do
solo local.
Teixeira (1996) apud Cintra, Aoki e Albiero (2012), desenvolveu a Equação 43, que
ficou conhecida no brasil como o principal método para definição de tensão admissível
considerando o índice de resistência a penetração mais a parcela de sobrecarga (q), que pode
ou não ser considerada.
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𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = +𝑞 (43)
50
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,05 + (1 + 0,4𝐵) (44)
100
Mello (1975) apud Cintra, Aoki e Albiero (2012), também apresentou uma correlação
para definição de tensão admissível, exibido na equação 45.
A Tabela 13, apresenta a tensão admissível obtida por Vesic, assim como as tensões
admissíveis pelos métodos semiempíricos de Teixeira (1996) e Mello (1975).
Furo da Teixeira
Vesic - Geral Teixeira Mello (1975)
sondagem (1996)
01 (S32) 478,93 kN/m² 440 kN/m² 344,80 kN/m² 369,04 kN/m²
02 (S67) 527,53 kN/m² 430 kN/m² 338,10 kN/m² 363,68 kN/m²
03 (S17) 603,85 kN/m² 450 kN/m² 369,50 kN/m² 374,34 kN/m²
Fonte: Autor (2021)
Na próxima tabela, é reunido os dados tocantes das alturas da base rígida, assim como
a altura total, para as três situações estudadas na Tabela 14.
Furo da
Alturas Projeto (m) Vesic (m) Semiempírico (m)
sondagem
Base rígida (h0) 0,25 0,15 0,15
01 (S32)
Altura Total (H) 0,25 0,25 0,25
Base rígida (h0) 0,20 0,15 0,15
02 (S67)
Altura Total (H) 0,30 0,20 0,25
Base rígida (h0) 0,25 0,15 0,15
03 (S17)
Altura Total (H) 0,25 0,25 0,25
Fonte: Autor (2021)
As sapatas S32 e S17 do projeto, tem sua altura total, da mesma altura que base, desde
modo assume uma aparência de bloco (Figura 28). As dimensionada na planilha pelo modo de
ruptura geral, tem geometria de sapata cônica, mostrado na Figura 29, o mesmo serve para as
semiempíricas.
61
5.8 Recalques
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Ana Luiza Salgueiro de. Capacidade de carga de fundação superficial de tanque
de armazenamento de grande diâmetro. Orientador: Alessandra Conde de Freitas. 2015. 106
p. Monografia (ENGENHARIA CIVIL) - Universidade Federal do rio de Janeiro, Rio de
Janeiro/RJ, 2015.
BASTOS, Saulo Sérgio dos Santos. Sapatas de fundação. 2019. 120 p. Apostila (Engenharia
Civil) - Departamento de Engenharia Civil, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA,
Bauru/SP, 2019.
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11, Danish Geotechnical Institute, Copenhagen, pp. 38-46.
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Boletim Número 28, Danish Geotechnical Institute, Copenhagen, pp. 5-11.
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Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 1988.
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de Belgique, Belgique, 68, No 6, pp. 481-506; 69, No 1, pp. 41-88; No 4, pp. 321-360; No 5,
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Handbook, New York, McGraw-Hill, pp.121-147.
66
DIMENSÕES DA SAPATA
Alturas Quantitativos
Armadura
Profundidade da
0,20 m
armadura (d):
Armadura na direção
0,9 cm²
de B (Asb):
Armadura na direção
0,9 cm²
de L (Asl):
CONSIDERAÇÕES
1<=D<=3 VERDADEIRO
B>=0,6 VERDADEIRO
L>=0,7 VERDADEIRO
Atende todas as
L/B<=2,5 VERDADEIRO
(L-L0)=(B-B0) 0 condições
Amin<=Aatual VERDADEIRO
σatuante<=σadm VERDADEIRO