NÚCLEO1

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ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA DE CIÊNCIA DO DESPORTO

(ESCID)

TRABALHO DE BIOLOGIA DE BIOLÓGIA

NÚCLEO

Docente
________________________
José Mutima

Luanda, 2024
ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA DE CIÊNCIA DO DESPORTO
(ESCID)

TRABALHO DE BIOLOGIA DE BIOLÓGIA

NÚCLEO

 Sala: 13
 Turno: Noite
 1º Ano
 Curso: Fisioterapia

INTEGRANTES DO GRUPO
NOME

Dionísia saraiva

Isabel Pinto

Luzia Muanha

Maria da Costa

Pedro de Oliveira
AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus pela vida, e a todos que se presam a


nos apoiar incondicionalmente.
DEDICATÓRIA

A Deus, pois sem Ele nada seria possível.


INDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5
1 2. OBJECTIVOS ............................................................................................................. 6

 Descrever a estrutura do núcleo; ..................................................................................... 6

 Descrever as funções do núcleo....................................................................................... 6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 7

3. Estrutura do núcleo...................................................................................... 8
3.1 Citoesqueleto .................................................................................................................... 8

3.2 Função .............................................................................................................................. 9

3.3 Cromossomos ................................................................................................................. 10

3.4 Envelope nuclear e poros nucleares................................................................................ 11

3.5 Nucléolo ......................................................................................................................... 12

3.6 Nucleoplasma ................................................................................................................. 14

4. Outros corpos nucleares ............................................................................ 16


4.1 Corpos e pedras preciosas de Cajal ................................................................................ 16

4.2 Domínios PIKA e PTF ................................................................................................... 17

4.3 Corpos PML-nucleares ................................................................................................... 17

4.4 Manchas de emenda........................................................................................................ 18

4.5 Paraspeckles ................................................................................................................... 18

4.6 Clastossomas .................................................................................................................. 19

5. Formato e aparência .................................................................................. 20


5.1 Funções ........................................................................................................................... 20

6. CONCLUSÃO............................................................................................... 22

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 23


1. INTRODUÇÃO

Núcleo – do latim Nucleus, noz da amêndoa, caroço de oliva. O termo, originalmente,


era o diminutivo de Nux, noz. Depois passou a designar o caroço da fruta. A palavra no seu
sentido científico atual (núcleo) foi introduzida por Robert Brown, em 1831, ao descrever o
núcleo das células vegetais. No grego a palavra utilizada para núcleo é Caryon, no entanto é
utilizada somente em termos compostos.

O núcleo celular é uma estrutura presente nas células eucariontes, que contém o ADN
(ou DNA) da célula. É delimitado pelo envoltório nuclear, e se comunica com o citoplasma
através dos poros nucleares. O núcleo possui duas funções básicas: regular as reações
químicas que ocorrem dentro da célula (metabolismo), e armazenar as informações genéticas
da célula. O seu diâmetro pode variar de 11 a 22,25 μm.

Além do material genético, o núcleo também possui algumas proteínas com a função
de regular a expressão gênica, que envolve processos complexos de transcrição, pré-
processamento do mRNA (RNA mensageiro), e o transporte do mRNA formado para o
citoplasma. Dentro do núcleo ainda se encontra uma estrutura denominada nucléolo, que é
responsável pela produção de subunidades dos ribossomos. O envoltório nuclear é
responsável tanto por separar as reações químicas que ocorrem dentro do citoplasma daquelas
que ocorrem dentro do núcleo, quanto por permitir a comunicação entre esses dois ambientes.
Essa comunicação é realizada pelos poros nucleares que se formam da fusão entre a
membrana interna e a externa do envoltório nuclear.

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1 2. OBJECTIVOS

OBJECTIVO GERAL:

 Conceituar núcleo;

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

 Descrever a estrutura do núcleo;


 Descrever as funções do núcleo.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O núcleo celular foi o primeiro organelo a ser descoberto, tendo sido primeiramente
descrito por Franz Bauer, em 1802.

Foi mais tarde descrito em mais detalhe pelo botânico escocês Robert Brown,
em 1831, numa palestra na Sociedade Linneana de Londres. Brown estava a estudar orquídeas
ao microscópio quando observou uma região opaca, que chamou de auréola ou núcleo,
existentes nas células da camada exterior, em flores. Na altura não sugeriu nenhuma potencial
função. Em 1838, Matthias Schleiden propôs que o núcleo desempenhava um papel na
geração de células, tendo introduzido o nome "citoblasto" (gerador de células).

Acreditou que tinha observado novas células a aparecerem à volta dos


"citoblastos". Franz Meyen era um forte opositor a esta teoria, tendo já descrito células a
multiplicar-se por divisão e acreditando que muitas células não teriam núcleo.

A ideia de que as células podem ser geradas de novo, pelo "citoblasto", contradizia os
trabalhos de Robert Remak (1852) e Rudolf Virchow (1855), que decisivamente propagaram
o paradigma de que as células são geradas somente por outras células ("Omnis cellula e
cellula"). A função do núcleo permanecia, no entanto, pouco clara.

Entre 1876 e 1878, Oscar Hertwig publicou vários estudos sobre a fertilização em
óvulos de ouriço-do-mar, mostrando que o núcleo do espermatozoide entra no oócito,
fundindo-se com o seu núcleo. Esta foi a primeira vez que era sugerido que um indivíduo se
desenvolve a partir de uma única célula nucleada. Isto vinha em contradição com a teoria de
Ernst Haeckel, de que a filogenia completa de uma espécie era repetida durante o
desenvolvimento embrionário, incluindo a geração da primeira célula nucleada a partir de
uma "Monerula", uma massa sem estrutura, de muco primordial ("Urschleim").

A necessidade de um núcleo espermático para a fertilização foi discutida por algum


tempo. No entanto, Hertwig confirmou as suas observações em outros grupos animais, como
por exemplo em anfíbios e moluscos. Eduard Strasburger produziu os mesmos resultados em
plantas (1884). Isto abriu o caminho para estabelecer o núcleo como tendo um papel
primordial na hereditariedade. Em 1873, August Weismann postulou a equivalência das
células germinais paternais e maternas para a hereditariedade.

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3. ESTRUTURA DO NÚCLEO

O núcleo é o maior organelo celular em animais. Em células de mamíferos, o diâmetro


médio anda tipicamente à volta de 11 a 22μm e ocupa 10% do volume total. O líquido viscoso
dentro do núcleo denomina-se nucleoplasma, e é similar ao citoplasma encontrado no exterior
do núcleo.

O núcleo contém quase todo o DNA da célula, rodeado por uma rede de filamentos
intermediários fibrosos e envolto por uma membrana dupla chamada envelope nuclear. O
envelope nuclear separa o fluido dentro do núcleo, chamado nucleoplasma, do resto da célula.
O tamanho do núcleo está correlacionado com o tamanho da célula, e essa proporção é
relatada em uma variedade de tipos e espécies de células. Em eucariotos, o núcleo em muitas
células normalmente ocupa 10% do volume celular. O núcleo é a maior organela das células
animais. Nas células humanas, o diâmetro do núcleo é de aproximadamente seis micrômetros
(µm).

3.1 Citoesqueleto

Nas células animais, duas redes de filamentos intermédios providenciam suporte estrutural
ao núcleo: a lâmina nuclear forma uma rede organizada na face interna do envelope, enquanto
que um tipo de suporte menos organizado é providenciado pela face citosólica do envelope.
Ambos os sistemas dão o suporte estrutural para o envelope nuclear e actuam como pontos de
ancoragem para os cromossomas e poros nucleares.

Lâmina nuclear é essencialmente composta por proteínas denominadas laminas. Como


todas as proteínas, as laminas são sintetizadas no citoplasma e depois transportadas para o
interior do núcleo, onde são agregadas antes de serem incorporadas na rede existente de
lâmina nuclear. As laminas podem também ser encontradas dentro do nucleoplasma, onde

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formam uma estrutura regular que é visível com o auxílio de microscopia de fluorescência. A
função desta estrutura ainda não está totalmente estabelecida, embora se saiba que está
excluída do nucléolo e está presente durante a interfase. As estruturas de laminas que formam
esta estrutura ligam-se à cromatina e rompendo a sua estrutura dá-se a inibição da transcrição
de genes que codificam proteínas.

Tal como os componentes de outros filamentos intermédios, o monómero de lamina


contém um domínio em alfa-hélice, usados por dois monómeros para se enrolarem um no
outro, formando uma estrutura dimérica denominada coiled-coil.

Então, duas destas estruturas diméricas colocam-se lado a lado, num arranjo antiparalelo,
formando um tetrâmero denominado protofilamento. Oito destes protofilamentos formam um
arranjo lateral que é torcido de molde a formar uma estrutura semelhante a uma corda. Estes
filamentos podem ser juntos ou separados de uma maneira dinâmica, significando que o
comprimento do filamento depende das diferentes taxas de adição e remoção de filamento.

3.2 Função

A principal função do citoesqueleto é dar sustentação e resistência. Além disso, ele


está relacionado com o movimento celular, uma vez que auxilia na locomoção da célula, por
exemplo das amebas (movimentos ameboides).

As proteínas presentes nos microtúbulos são responsáveis pela organização celular e pela
formação dos cílios e flagelos.

Quanto aos movimentos intracelulares (dentro das células), o citoesqueleto auxilia no


transporte das organelas dentro do citoplasma.

Quanto à sua função, ele se assemelha aos ossos e músculos do corpo posto que está
relacionado com o deslocamento e a contração muscular. Em outras palavras, ele é o
"esqueleto celular".

Sendo assim, o citoesqueleto colabora com a forma celular, o transporte de substâncias e a


organização das organelas presentes na célula.

Saiba tudo sobre a célula com a leitura dos artigos:

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3.3 Cromossomos

O núcleo da célula contém a maior parte do material genético da célula na forma de


múltiplas moléculas lineares de DNA organizadas em estruturas chamadas cromossomos.
Cada célula humana contém cerca de dois metros de DNA. Durante a maior parte do ciclo
celular, eles são organizados em um complexo DNA-proteína conhecido como cromatina e,
durante a divisão celular, a cromatina pode ser vista formando os cromossomos bem
definidos, familiares a partir de um cariótipo. Uma pequena fração dos genes da célula está
localizada nas mitocôndrias.

Existem dois tipos de cromatina. A eucromatina é a forma menos compacta de ADN, e


contém genes que são frequentemente expressos pela célula.O outro tipo, a heterocromatina, é
a forma mais compacta, e contém ADN que não é frequentemente transcrito. Esta estrutura é
ainda mais categorizada em heterocromatina facultativa, consistindo de genes que estão
organizados como heterocromatina apenas em certos tipos de célula ou em certos estágios de
desenvolvimento, e a heterocromatina constitutiva, que consiste em componente
cromossómicos estruturais como os telómeros e os centrómeros.

Um núcleo de fibroblasto do rato no qual o ADN é azul manchado.

Os territórios cromossomos distintos do cromossomo 2 (vermelho) e

do cromossomo 9 (verde) estão manchados com a hibridação fluorescente in situ.

Anticorpos para certos tipos de organização da cromatina, em particular,


nucleossomos, têm sido associados a várias doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso
sistêmico. Estes são conhecidos como anticorpos antinucleares (ANA) e também foram
observados em conjunto com a esclerose múltipla como parte da disfunção geral do sistema
imunológico.

Durante a interfase, a cromatina organiza-se em pequenos aglomerados individuais,


denominados territórios cromossómicos. Os genes activos, que são normalmente encontrados

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na região da eucromatina, tendem a estar localizados nas fronteiras deste territórios
cromossómicos.

Anticorpos associados com certos tipos de organização da cromatina, particularmente


os nucleossomas, têm sido relacionados com um número de doenças autoimunes, tal como o
lupus eritematoso sistémico. Estes são conhecidos como anticorpos antinucleares (AAN) e
têm sido observados concertadamente com esclerose múltipla, como parte de uma disfunção
geral do sistema imunitário.

3.4 Envelope nuclear e poros nucleares

O envelope nuclear consiste em duas membranas, uma interna e outra externa,


perfuradas por poros nucleares. Juntas, essas membranas servem para separar o material
genético da célula do restante do conteúdo celular e permitem que o núcleo mantenha um
ambiente distinto do restante da célula. Apesar de sua estreita aposição em torno de grande
parte do núcleo, as duas membranas diferem substancialmente em forma e conteúdo. A
membrana interna envolve o conteúdo nuclear, fornecendo sua borda definidora. Embutidas
na membrana interna, várias proteínas se ligam aos filamentos intermediários que dão
estrutura ao núcleo. A membrana externa envolve a membrana interna e é contínua com a
membrana do retículo endoplasmático adjacente. Como parte da membrana do retículo
endoplasmático, a membrana nuclear externa é repleta de ribossomos que traduzem
ativamente proteínas através da membrana. O espaço entre as duas membranas é denominado
espaço perinuclear e é contínuo com o lúmen do retículo endoplasmático.

Em um envelope nuclear de mamífero, existem entre 3.000 e 4.000 complexos de


poros nucleares (NPCs) perfurando o envelope. Cada NPC contém uma estrutura em forma de
anel oito vezes simétrica em uma posição onde as membranas internas e externas se fundem.
O número de NPCs pode variar consideravelmente entre os tipos de células; pequenas células

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gliais têm apenas algumas centenas, com grandes células de Purkinje tendo cerca de 20.000.
O NPC fornece transporte seletivo de moléculas entre o nucleoplasma e o citosol.

O complexo do poro nuclear é composto por aproximadamente trinta proteínas


diferentes conhecidas como nucleoporinas. Os poros têm cerca de 60 a 80 milhões de daltons
em peso molecular e consistem em cerca de 50 (em leveduras) a várias centenas de proteínas
(em vertebrados). Os poros têm 100 nm de diâmetro total; no entanto, a lacuna através da qual
as moléculas se difundem livremente tem apenas cerca de 9 nm de largura, devido à presença
de sistemas reguladores no centro do poro.

Esse tamanho permite seletivamente a passagem de pequenas moléculas solúveis em


água, ao mesmo tempo em que evita que moléculas maiores, como ácidos nucléicos e
proteínas maiores, entrem ou saiam inadequadamente do núcleo. Essas moléculas grandes
devem ser ativamente transportadas para o núcleo. Anexado ao anel está uma estrutura
chamada cesta nuclear que se estende até o nucleoplasma e uma série de extensões
filamentosas que chegam até o citoplasma. Ambas as estruturas servem para mediar a ligação
a proteínas de transporte nuclear.

A maioria das proteínas, subunidades ribossomais e alguns RNAs são transportados


através dos complexos de poros em um processo mediado por uma família de fatores de
transporte conhecidos como carioferinas. As carioferinas que medeiam o movimento para
dentro do núcleo também são chamadas de importinas, enquanto as que medeiam o
movimento para fora do núcleo são chamadas de exportinas. A maioria das carioferinas
interage diretamente com sua carga, embora algumas usem proteínas adaptadoras. Hormônios
esteróides, como cortisol e aldosterona, bem como outras pequenas moléculas lipossolúveis
envolvidas na sinalização intercelular, podem se difundir através da membrana celular e para
o citoplasma, onde se ligam a proteínas receptoras nucleares que são trafegadas para o núcleo.
Lá eles servem como fatores de transcrição quando ligados ao seu ligante; na ausência de um
ligante, muitos desses receptores funcionam como histonas desacetilases que reprimem a
expressão gênica.

3.5 Nucléolo

O nucléolo é a maior das discretas estruturas sem membrana, densamente coradas,


conhecidas como corpos nucleares encontrados no núcleo. Forma-se em torno de repetições
em tandem de rDNA, DNA que codifica o RNA ribossômico (rRNA). Essas regiões são

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chamadas de regiões organizadoras nucleolares (NOR). As principais funções do nucléolo são
sintetizar rRNA e montar ribossomos. A coesão estrutural do nucléolo depende de sua
atividade, pois a montagem ribossômica no nucléolo resulta na associação transitória de
componentes nucleolares, facilitando a montagem ribossômica posterior e, portanto, a
associação adicional. Este modelo é apoiado por observações de que a inativação do rDNA
resulta na mistura de estruturas nucleolares.

Um micrografo de elétrons de um núcleo celular,

mostrando o nucleolus obscuramente manchado

Quando um núcleo não está se dividindo, uma estrutura chamada de nucléolo torna-se
visível. Na verdade, é a estrutura mais proeminente dentro do núcleo, sendo constituída por
uma por uma massa de grânulos proteicos, fibrilas e material genético sob a forma de
cromatina. Normalmente há apenas um único nucléolo presente, mas alguns núcleos têm
múltiplos nucléolos. Os nucléolos se desintegram durante a divisão celular.

O nucléolo é importante por ser o local de produção do RNA ribossômico (RNAr),


além de estar envolvido na transcrição do RNAr, no processamento do pré-RNAr e na
montagem das subunidades do ribossomo, formados por uma combinação de moléculas de
RNAr com proteínas. O nucléolo não possui membrana, mas contém uma densidade única
que o separa do nucleoplasma circundante e permite que seja visualizado ao microscópio.
Além de estar envolvido na biogênese ribossomal, acredita-se que o nucléolo tenha outras
funções, pois contém uma série de proteínas não relacionadas à síntese de RNAr ou à
produção de ribossomos. Acredita-se que ele desempenhe um papel em atividades como
reparo de danos ao DNA, regulação do ciclo celular e processamento do RNA.

Na primeira etapa da montagem do ribossomo, uma proteína chamada RNA


polimerase I transcreve o rDNA, que forma um grande precursor do pré-rRNA. Este é clivado
em duas grandes subunidades de rRNA - 5.8S e 28S, e uma pequena subunidade de rRNA

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18S. A transcrição, o processamento pós-transcricional e a montagem do rRNA ocorrem no
nucléolo, auxiliados por pequenas moléculas de RNA nucleolar (snoRNA), algumas das quais
são derivadas de íntrons emendados de RNAs mensageiros que codificam genes relacionados
à função ribossômica. As subunidades ribossômicas montadas são as maiores estruturas que
passam pelos poros nucleares.

Quando observado ao microscópio eletrônico, o nucléolo pode ser visto como


constituído por três regiões distinguíveis: os centros fibrilares (FCs) mais internos,
circundados pelo componente fibrilar denso (DFC) (que contém fibrilarina e nucleolina), que
por sua vez é limitado pelo componente granular (GC) (que contém a proteína
nucleofosmina). A transcrição do rDNA ocorre no FC ou no limite FC-DFC e, portanto,
quando a transcrição do rDNA na célula é aumentada, mais FCs são detectados. A maior parte
da clivagem e modificação dos rRNAs ocorre no DFC, enquanto as últimas etapas
envolvendo a montagem da proteína nas subunidades ribossomais ocorrem no GC.

3.6 Nucleoplasma

O nucleoplasma é a substância na qual o DNA e outras estruturas nucleares, como os


nucléolos, estão imersos. É separado do citoplasma celular por meio da membrana central,
mas pode trocar materiais com ele através dos poros nucleares.

Seus principais componentes são a água e uma série de açúcares, íons, aminoácidos,
proteínas e enzimas envolvidas na regulação gênica, dentre essas mais de 300 proteínas além
das histonas. De fato, sua composição é semelhante à do citoplasma celular.

Nucleotídeos também são encontrados dentro deste fluido nuclear, que são os "blocos"
que são usados para a construção de DNA e RNA, com a ajuda de enzimas e cofatores. Em
algumas células grandes, como em acetabularia, o nucleoplasma é claramente visível.

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Anteriormente, pensava-se que o nucleoplasma consistia de uma massa amorfa contida no
núcleo, excluindo a cromatina e o nucléolo. No entanto, dentro do nucleoplasma é uma rede
de proteínas responsável pela organização da cromatina e outros componentes do núcleo,
chamada matriz nuclear.

As novas técnicas conseguiram visualizar melhor esse componente e identificar novas


estruturas, tais como folhas intranucleares, filamentos de proteínas que emergem dos poros
nucleares e da maquinaria de processamento de RNA.

O nucleoplasma, também chamado de "suco nuclear" ou carioplasma, é um colóide


protoplásmico com propriedades semelhantes ao citoplasma, relativamente denso e rico em
diferentes biomoléculas, principalmente proteínas.

Nesta substância é a cromatina e um ou dois corpúsculos chamados nucléolos. Existem


também outras estruturas imensas neste fluido, tais como corpos Cajal, corpos PML, corpos
em espiral ou salpicos nuclear, entre outros.

Nos corpos de Cajal concentram-se as estruturas necessárias para o processamento de


preRNA mensageiro e fatores de transcrição.

O salpicos As células nucleares parecem ser semelhantes aos corpos de Cajal, são muito
dinâmicas e se movem para regiões onde a transcrição é ativa.

Os corpos PML parecem ser marcadores de células cancerosas, pois aumentam


incrivelmente seu número dentro do núcleo.

Há também uma série de corpos nucleolares com forma esférica que variam entre 0,5 e 2
µm de diâmetro, compostos de glóbulos ou fibrilas que, embora tenham sido relatados em
células saudáveis, sua frequência é muito maior em estruturas patológicas.

As estruturas nucleares mais relevantes que estão incorporadas no nucleoplasma são


descritas abaixo:

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4. OUTROS CORPOS NUCLEARES

Além do nucléolo, o núcleo contém vários outros corpos nucleares. Estes incluem corpos de
Cajal, corpos de Gêmeos de Cajal, associação cariossômica interfásica polimórfica (PIKA),
corpos de leucemia promielocítica (PML), paraspeckles e splicing speckles. Embora pouco se
saiba sobre vários desses domínios, eles são significativos porque mostram que o
nucleoplasma não é uma mistura uniforme, mas contém subdomínios funcionais organizados.

Tamanhos de estruturas subnucleares

Nome da Diâmetro da
Ref.
estrutura estrutura
Corpos de Cajal 0,2-2,0 μm
Conversas 0,2-0.5 μm
PIKA 5 μm
Órgãos PML 0,2–1,0 μm
Paraspeckles 0,5-1,0 μm
Feitiços 20–25 nm

Outras estruturas subnucleares aparecem como parte de processos patológicos


anormais. Por exemplo, a presença de pequenos bastonetes intranucleares foi relatada em
alguns casos de miopatia nemalínica. Essa condição geralmente resulta de mutações na actina,
e os próprios bastonetes consistem em actina mutante, bem como em outras proteínas do
citoesqueleto.

4.1 Corpos e pedras preciosas de Cajal

Um núcleo normalmente contém entre uma e dez estruturas compactas chamadas


corpos de Cajal ou corpos enrolados (CB), cujo diâmetro mede entre 0,2 µm e 2,0 µm,
dependendo do tipo de célula e da espécie. Quando vistos sob um microscópio eletrônico, eles
se assemelham a bolas de fios emaranhados e são densos focos de distribuição para a proteína
coilina. Os CBs estão envolvidos em vários papéis diferentes relacionados ao processamento
de RNA, especificamente a maturação do RNA nucleolar pequeno (snoRNA) e do RNA
nuclear pequeno (snRNA) e a modificação do mRNA de histonas.

Semelhantes aos corpos de Cajal são os corpos de Gêmeos de Cajal, ou gemas, cujo
nome é derivado da constelação de Gêmeos em referência ao seu próximo "gêmeo"

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relacionamento com CBs. As gemas são semelhantes em tamanho e forma aos CBs e, na
verdade, são virtualmente indistinguíveis ao microscópio. Ao contrário dos CBs, as gemas
não contêm pequenas ribonucleoproteínas nucleares (snRNPs), mas contêm uma proteína
chamada sobrevivência do neurônio motor (SMN), cuja função está relacionada à biogênese
do snRNP. Acredita-se que as gemas auxiliam os CBs na biogênese do snRNP, embora
também tenha sido sugerido a partir de evidências de microscopia que os CBs e as gemas são
diferentes manifestações da mesma estrutura. Estudos ultraestruturais posteriores mostraram
que as gemas são gêmeas dos corpos de Cajal, com a diferença no componente coilina; Os
corpos de Cajal são SMN positivos e coilin positivos, e as gemas são SMN positivas e coilin
negativos.

4.2 Domínios PIKA e PTF

Os domínios PIKA, ou associações polimórficas interfásicas cariossômicas, foram


descritos pela primeira vez em estudos de microscopia em 1991. Sua função permanece
incerta, embora não se acreditasse que estivessem associados à replicação ativa de DNA,
transcrição ou processamento de RNA. Verificou-se que frequentemente se associam a
domínios discretos definidos pela localização densa do fator de transcrição PTF, que promove
a transcrição de pequenos RNA nucleares (snRNA).

4.3 Corpos PML-nucleares

A proteína da leucemia promielocítica (corpos nucleares PML) são corpos esféricos


encontrados espalhados por todo o nucleoplasma, medindo cerca de 0,1–1,0 µm. Eles são
conhecidos por vários outros nomes, incluindo domínio nuclear 10 (ND10), corpos de Kremer
e domínios oncogênicos PML. Os corpos nucleares PML recebem o nome de um de seus
principais componentes, a proteína da leucemia promielocítica (PML). Eles são
frequentemente vistos no núcleo em associação com corpos de Cajal e corpos de clivagem.
Camundongos Pml-/-, que são incapazes de criar corpos nucleares PML, desenvolvem-se
normalmente sem efeitos nocivos óbvios, mostrando que os corpos nucleares PML não são
necessários para a maioria dos processos biológicos essenciais.

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4.4 Manchas de emenda

Os speckles são estruturas subnucleares que são enriquecidas em fatores de splicing de


RNA pré-mensageiros e estão localizados nas regiões de intercromatina do nucleoplasma de
células de mamíferos. Ao nível do microscópio de fluorescência, eles aparecem como
estruturas pontilhadas e irregulares, que variam em tamanho e forma, e quando examinados
por microscopia eletrônica são vistos como aglomerados de grânulos intercromatínicos.
Speckles são estruturas dinâmicas, e tanto seus componentes de proteínas quanto de proteínas
de RNA podem circular continuamente entre os speckles e outras localizações nucleares,
incluindo locais de transcrição ativos. Speckles podem trabalhar com p53 como
intensificadores da atividade do gene para aumentar diretamente a atividade de certos genes.
Além disso, os alvos do gene p53 associado e não associado ao speckle são funcionalmente
distintos.

Estudos sobre a composição, estrutura e comportamento dos speckles forneceram um


modelo para entender a compartimentalização funcional do núcleo e a organização da
maquinaria de expressão gênica que splicing snRNPs e outras proteínas de splicing
necessárias para o processamento do pré-mRNA. Devido aos requisitos de mudança de uma
célula, a composição e a localização desses corpos mudam de acordo com a transcrição e
regulação do mRNA via fosforilação de proteínas específicas. As manchas de splicing
também são conhecidas como manchas nucleares (manchas nucleares), compartimentos de
fator de splicing (compartimentos SF), aglomerados de grânulos de intercromatina (IGCs) e
snurpossomas B. Os snurposomas B são encontrados nos núcleos de oócitos de anfíbios e em
embriões de Drosophila melanogaster. Os snurposomas B aparecem sozinhos ou ligados aos
corpos de Cajal nas micrografias eletrônicas dos núcleos dos anfíbios. Os IGCs funcionam
como locais de armazenamento para os fatores de emenda.

4.5 Paraspeckles

Descoberta por Fox et al. em 2002, paraspeckles são compartimentos de forma irregular
no espaço intercromatina do núcleo. Documentados pela primeira vez em células HeLa, onde
geralmente existem 10 a 30 por núcleo, os paraspeckles agora são conhecidos por também
existirem em todas as células primárias humanas, linhas celulares transformadas e seções de
tecido. Seu nome é derivado de sua distribuição no núcleo; o "para" é a abreviação de paralelo
e os "manchas" refere-se aos pontos de emenda aos quais eles estão sempre próximos.

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Paraspeckles sequestram proteínas nucleares e RNA e, portanto, parecem funcionar como
uma esponja molecular que está envolvida na regulação da expressão gênica. Além disso,
paraspeckles são estruturas dinâmicas que são alteradas em resposta a mudanças na atividade
metabólica celular. Eles são dependentes da transcrição e, na ausência da transcrição do RNA
Pol II, o paraspeckle desaparece e todos os seus componentes proteicos associados (PSP1,
p54nrb, PSP2, CFI(m)68 e PSF) formam uma capa perinucleolar em forma crescente no
nucléolo. Este fenômeno é demonstrado durante o ciclo celular. No ciclo celular, os
paraspeckles estão presentes durante a interfase e durante toda a mitose, exceto na telófase.
Durante a telófase, quando os dois núcleos filhos são formados, não há transcrição do RNA
Pol II, de modo que os componentes proteicos formam uma capa perinucleolar.

4.6 Clastossomas

Os clastossomas são pequenos corpos nucleares (0,2–0,5 µm) descritos como tendo uma
forma de anel espessa devido à cápsula periférica ao redor desses corpos. Este nome é
derivado do grego klastos, quebrado e soma, corpo. Os clastosomas normalmente não estão
presentes em células normais, tornando-os difíceis de detectar. Eles se formam sob condições
proteolíticas elevadas dentro do núcleo e se degradam quando há uma diminuição na atividade
ou se as células são tratadas com inibidores de proteassoma. A escassez de clastossomas nas
células indica que eles não são necessários para a função do proteassoma. O estresse osmótico
também demonstrou causar a formação de clastossomas. Esses corpos nucleares contêm
subunidades catalíticas e reguladoras do proteassoma e seus substratos, indicando que os
clastossomas são locais de degradação de proteínas.

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5. FORMATO E APARÊNCIA

Em muitos organismos multicelulares o núcleo tem cerca de 5-10 µm de diâmetro,


constituindo a maior organela da célula. Os menores núcleos têm aproximadamente 1 µm de
diâmetro e são encontrados em células de leveduras.

O formato do núcleo é geralmente esférico ou alongado. Normalmente as células têm


um único núcleo, embora existam várias células multinucleadas. As células multinucleadas se
originam quando ocorre cariocinese (divisão do núcleo celular) ou quando as células se
fundem para formar um sincício - massa de citoplasma multinucleada formada pela fusão de
células originalmente separadas - como é o caso das células musculares maduras.

5.1 Funções

O núcleo tem papéis muito importantes a desempenhar. Como contém material


genético, ele coordena as atividades celulares, como a síntese proteica e a divisão celular.
Anatomicamente o núcleo é formado por vários componentes, tais como o envelope nuclear, a
lâmina nuclear, o nucléolo, os cromossomos e o nucleoplasma.

Todos esses componentes trabalham juntos para que o núcleo cumpra todas as suas funções:

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Controle da informação genética da célula e, portanto, das características de hereditariedade
de um organismo.

 Controle da síntese de proteínas e enzimas


 Controle da divisão e do crescimento celular
 Armazenamento de DNA, RNA e ribossomos
 Regulação da transcrição do mRNA
 Produção de ribossomos

Quando uma célula é corada histologicamente, o núcleo normalmente aparece como uma
organela grande e escura, geralmente no centro da célula ou próximo a ele.

Teste seus conhecimentos sobre a estrutura e os componentes da célula eucarionte com nosso
teste:

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6. CONCLUSÃO

O núcleo celular é uma estrutura crucial nas células eucarióticas, desempenhando um


papel central na regulação genética e na expressão de informações genéticas. Ele armazena o
material genético (DNA) e está envolvido em processos vitais como a replicação celular e a
síntese de proteínas. A compreensão do núcleo celular é essencial para a biologia molecular e
genética, pois permite avanços em tratamentos para doenças genéticas e em terapias celulares.
Além disso, estudos sobre o núcleo e suas funções são fundamentais para entender o
envelhecimento celular, o câncer e outras condições patológicas.

Independentemente da área de estudo, o conceito de núcleo está intimamente


relacionado à ideia de centro e origem, sendo essencial para o funcionamento de sistemas
complexos, seja no nível atômico ou biológico. Sua exploração continua a trazer descobertas e
inovações, impactando de maneira significativa tanto a ciência básica quanto a aplicação
prática em diversos campos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AARESTRUP BJ. Histologia Essencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 457p.
GARTNER LP. et al. Tratado de Histologia em Cores. Rio de Janeiro: 3ªed Guanabara
Koogan, 2007.

ROSS MH; WOJCIECH P. Histologia. Texto e Atlas – 6ª edição. Editora: Guanabara Koogan
(Grupo GEN). 2012.

G. M. Cooper: The Cell: A Molecular Approach, 2nd edition, Sinauer Associates (2000)

G. Morris: The cajal body. Biochimica et Biophysica Acta (BBA)-Molecular Cell Research
(2008), volume 1783, issue 11, pp.2108-2115.

H. Worman and G. Bonne: “Laminopathies”: a wide spectrum of human diseases.


Experimental cell research (2007), volume 313, issue 10, pp.2121-2133.

J. B. Reece, L. A Urry, M. L. Cain et al.: Campbell Biology, International Edition, Pearson


(2011), p. 148

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Pathways of Assembly during Nuclear Envelope Formation in Living Cells». Journal of Cell
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lamin organization inhibits RNA polymerase II–dependent transcription». Journal of Cell
Biology. 156 (4): 603–608. PMID 11854306

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repair». Eur J Biochem. 271 (12): 2335–2349. PMID 15182349

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remodelling during terminal cell differentiation». Chromosome Res. 14 (1): 53–69. PMID

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