Desenvolvimento de Software Ágil: Uma Revisão Sistemática Da Literatura Sobre Technostress E Exaustão No Trabalho
Desenvolvimento de Software Ágil: Uma Revisão Sistemática Da Literatura Sobre Technostress E Exaustão No Trabalho
Desenvolvimento de Software Ágil: Uma Revisão Sistemática Da Literatura Sobre Technostress E Exaustão No Trabalho
Objetivo do estudo
Baseando-se na literatura atual, o presente estudo tem como objetivo identificar os conhecimentos
consolidados e em construção acerca dos efeitos, causas e consequências do uso de métodos ágeis na
exaustão no trabalho e technostress em desenvolvedores de software.
Relevância/originalidade
Demonstra-se a relevância e originalidade diante da lacuna científica que há sobre a temática, em
especial quando une os pilares aqui abordados, quais sejam: technostress, exaustão no trabalho e
metodologias ágeis em equipes de desenvolvimento de software.
Metodologia/abordagem
Alcançou-se 177 artigos, em 4 bases, os quais foram submetidos a critérios de inclusão e exclusão de
modo que restaram 16 estudos lidos na íntegra a fim de compor o presente trabalho que desenvolve-se
como Revisão Sistemática da Literatura.
Principais resultados
Os resultados demonstram as influências positivas e negativas que as metodologias ágeis podem ter
em relação a exaustão do trabalho, bem como apresentam as principais consequências desta fadiga no
ambiente de desenvolvimento de software.
Contribuições teóricas/metodológicas
O presente estudo consolida o conhecimento atual acerta da intersecção que une metodologias ágeis no
ambiente de TI, exaustão no trabalho e technostress, dando o primeiro passo para o aprofundamento
dos estudos que abordem a saúde e bem-estar de desenvolvedores.
Study purpose
Building upon current literature, the present study aims to identify consolidated and emerging
knowledge about the effects, causes, and consequences of using agile methods on work exhaustion and
technostress in software developers.
Relevance / originality
The relevance and originality are demonstrated in the face of the scientific gap concerning the theme,
particularly when it combines the pillars addressed here, namely: technostress, work exhaustion, and
agile methodologies in software development teams.
Methodology / approach
A total of 177 articles were gathered from 4 databases, which were subjected to inclusion and
exclusion criteria, resulting in 16 studies that were fully reviewed to compose this work, developed as
a Systematic Literature Review.
Main results
The results demonstrate the positive and negative influences that agile methodologies can have on
work exhaustion, as well as presenting the main consequences of this fatigue in the software
development environment.
1 Introdução
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 1
2010), bem como a relação entre a utilização desses métodos e o bem-estar no ambiente de
trabalho (Tuomiraava, Lindholm & Kansala, 2017). Notadamente, há uma lacuna na
compreensão quanto a como e por que esses métodos são eficazes, especialmente em
entender como as práticas de desenvolvimento ágil se relacionam com os sentimentos dos
membros da equipe sobre seu trabalho (Tripp, Riemenschneider, & Thatcher, 2016).
As empresas de software enfrentam diretrizes contraditórias em relação às questões
de como o uso de métodos ágeis afetam seu recurso principal - os desenvolvedores de
software - e por que alguns desenvolvedores ficam mais exaustos do que outros ao utilizar
métodos ágeis
As empresas de software enfrentam diretrizes contraditórias em relação ao impacto
do uso de métodos ágeis em seu recurso primordial: os desenvolvedores de software. Além
disso, persiste a questão de por que alguns desenvolvedores experimentam maior exaustão do
que outros ao adotar métodos ágeis (Venkatesh et al., 2020). Uma das características
proeminentes das metodologias ágeis é a pressão por produtividade. Essas metodologias
impõem ciclos curtos, levando as equipes de desenvolvimento de software a produzirem
incrementos funcionais em iterações rápidas (Beck, 2000). Entretanto, Tripp,
Riemenschneider e Thatcher (2016) observaram que, apesar de equilibrar a carga de trabalho
durante um período, mantendo um ritmo sustentável, os desenvolvedores se sentem mais
pressionados ao final do projeto para alcance dos prazos.
Investigações recentes têm começado a analisar os efeitos do desenvolvimento ágil de
software em desenvolvedores individuais, explorando aspectos como a satisfação no trabalho
(Tripp, Riemenschneider & Thatcher, 2016), motivação, confiança (Conboy, Lang &
McHugh, 2011), bem-estar (Tuomiraava, Lindholm & Kansala, 2017) e exaustão no trabalho
(Venkatesh et al., 2020). No entanto, ainda são escassas as pesquisas que associam esses
temas ao technostress.
Apesar das premissas ágeis de otimizar os períodos de descanso no trabalho para
preservar o funcionamento, mudanças repentinas nas informações, problemas técnicos e
alterações nos recursos da equipe podem dificultar a recuperação e aumentar o estresse. A
pressão do tempo e a tensão cognitiva devido ao excesso de entradas da mídia também
elevam o estresse entre os desenvolvedores (Tuomiraava, Lindholm & Kansala, 2017).
Poucos estudos têm abordado o efeito do uso de TI no estresse experimentado pelos
desenvolvedores de software. Em geral, a atividade de desenvolvimento de software muitas
vezes se revela como uma área altamente estressante, com profissionais da área enfrentando
níveis significativos de estresse (Siitonen, Ritonummi, Salo & Pirkkalainen, 2022)
Nesse contexto, emerge o Technostress, um fenômeno emergente intimamente ligado
à disseminação abrangente das tecnologias de informação e comunicação (La torre et. al,
2019). No entanto, uma carência persiste no âmbito da pesquisa relacionada aos efeitos do
Technostress no ambiente de trabalho de desenvolvimento de software, assim como nas
causas subjacentes que geram esses fatores estressores (Siitonen et al., 2022). Diante desse
cenário, esta pesquisa tem como foco a seguinte pergunta: "Quais são os conhecimentos
atuais sobre os efeitos, causas e consequências do uso de métodos ágeis na exaustão no
trabalho e technostress em desenvolvedores de software?" Essa questão, por sua vez, se
desdobra nas seguintes subquestões:
1. Como os métodos ágeis (MAs) podem influenciar o technostress e exaustão no
trabalho em desenvolvedores de software?
2. Quais são as consequências observadas da exaustão no trabalho e technostress em
desenvolvedores de software que adotam métodos ágeis?
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 2
Para o andamento nesta pesquisa e resposta às perguntas levantadas, foi realizado um
aprofundamento no tema, conforme referencial teórico, bem como construiu-se uma revisão
sistemática da literatura, seguido do mapeamento dos resultados, conforme tópicos a seguir.
2 Referencial Teórico
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 3
à tona o conceito de technostress que pode ser definido como o estresse relacionado ao uso
de tecnologias de informação. De maneira ampla, esse tipo de estresse deriva do uso
excessivo ou inadequado de tecnologia no ambiente de trabalho, podendo, portanto,
desenvolver-se de fatores como sobrecarga de informações, interrupções, problemas de
usabilidade, falta de habilidades técnicas, entre outros (Siitonen et al., 2022).
Siitonen et al. (2022) aprofunda o technostress ao destacar alguns techno estressores,
a saber: (a) techno-overload, que se concretiza a partir de situações em que o usuário deve
trabalhar mais em função de demandas da tecnologia da informação, ou seja, é similar a
sobrecarga de trabalho; (b) techno-invasion, quando há uma confusão entre o momento de
trabalho e o tempo livre; (c) techno-uncertainty, refletida na necessidade de atualização
constante com o surgimento de novas tecnologias; (d) techno-complexity, que se faz presente
pela dificuldade de se usar as tecnologias de informação, fazendo com que os profissionais se
sintam frustrados e experimentem o (d) techno-insecurity, que diz respeito ao medo de perder
o emprego.
É possível estabelecer uma relação entre esse conceito e as considerações de Ribeiro
(2022) sobre a instabilidade na engenharia de software. Dentre as várias formas de
instabilidade, destaca-se a instabilidade tecnológica, caracterizada pela introdução de novos
elementos como linguagens, frameworks e turbulências tecnológicas. O mesmo autor associa
diversas formas de instabilidade ao burnout, que pode ser conceituado como uma síndrome
originada por estressores interpessoais. Em seu artigo, Ribeiro (2022) aponta que o burnout
se manifesta através de três dimensões: (a) exaustão emocional, que se caracteriza pela
ausência de entusiasmo; (b) despersonalização, marcada pela insensibilidade emocional em
relação às pessoas próximas; e (c) baixa eficácia, que envolve uma tendência de
autoavaliação negativa.
Neste mesmo contexto, ao discutir o burnout, Tulili (2023) reforça as três dimensões
acima e ressalta que essa síndrome pode prejudicar a produtividade e bem-estar do indivíduo
no ambiente de trabalho. Em sentido complementar, Godliauskas (2021) ao abordar o
bem-estar no ambiente de trabalho sinaliza que este configura-se pela ausência de estresse e
burnout, associado a satisfação no trabalho, conceito que por Tripp (2014) é a resposta
positiva ao trabalho desempenhado, havendo uma relação de oposição entre a satisfação e a
exaustão no trabalho, que, segundo o mesmo autor, consiste no esgotamento recursos sejam
físicos, emocionais ou mentais em função de experiências no trabalho.
Venkatesh et al. (2020) observa que, de maneira mais superficial, há estudos na
literatura que consideram os termos "exaustão no trabalho" e "burnout" como sinônimos. No
entanto, como demonstrado acima, a exaustão é apenas um aspecto do burnout e envolve a
perda de recursos no ambiente de trabalho, enquanto o burnout é uma síndrome que se
manifesta de maneira mais abrangente.
3 Metodologia
Este estudo se configura como uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), uma
abordagem destinada a identificar, avaliar e interpretar as pesquisas pertinentes disponíveis
em relação a uma questão de pesquisa específica, campo temático ou fenômeno em foco
(Kitchenham, 2007). No desenvolvimento deste estudo, adotamos as diretrizes de RSL
delineadas por Felizardo, Nakagawa, Fabbri e Ferrari (2017) e também as de Kitchenham
(2007). Os passos metodológicos intrínsecos à RSL foram rigorosamente seguidos,
abrangendo a formulação das questões de pesquisa, a seleção de bases de dados, a definição
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 4
dos domínios de pesquisa, a criação de string de busca, a exploração de documentos
pertinentes, a implementação de um método de filtragem de duas etapas por meio da análise
de títulos e resumos, bem como a avaliação da qualidade dos trabalhos, culminando na
formação da lista definitiva de estudos primários. Em sequência, os dados relevantes foram
sintetizados por meio de análise temática.
Diante da necessidade de registrar todas as fases da RSL, juntamente com a
documentação integral do protocolo adotado, utilizamos a plataforma Parsif.al. Essa
ferramenta online foi desenvolvida para apoiar pesquisadores na realização de revisões
sistemáticas de literatura no âmbito da engenharia de software, e contribuiu para organização
dos estudos, a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, além da clusterização dos
resultados apresentados neste trabalho. Além das ferramentas tradicionalmente usadas em
RSL, foram incorporadas ferramentas baseadas em modelos de linguagem de grande escala
(Largue Language Models - LLMs), como o ChatGPT. Isso possibilitou uma exploração mais
flexível e criativa do domínio de pesquisa (Ramos, 2023).
Para a criação do string de busca, foram definidas palavras-chave que guiaram a
busca por documentos correspondentes. Essas palavras devem ser criteriosamente
selecionadas para assegurar a captura de pesquisas mais relevantes dentre as diversas bases
de dados científicas. Nesse sentido, foram definidos os domínios da pesquisa por meio de
múltiplas palavras-chave, as quais foram configuradas com o auxílio de operadores lógicos,
conforme ilustrado na Figura 1.
Dentre as inúmeras bases de dados reconhecidas, foram selecionadas aquelas a serem
consultadas: Google Scholar, Science Direct, Scopus e Web of Science. Ademais, também foi
delineada a equação a ser aplicada. É relevante destacar que a construção dessa equação
baseou-se em sinônimos das palavras-chave inerentes ao tópico de estudo, alinhando-se aos
domínios já previamente estabelecidos, como visualizado na Figura 1.
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 5
A string de busca final ficou estabelecida da seguinte forma:
Aplicação do ● O estudo aborda pelo um problema relevante a pelo menos uma das áreas
questionário de foco aqui estudadas (metodologias ágeis ou technostress)?
qualidade ● Os objetivos e perguntas de pesquisa são expressamente declarados no
artigo?
● Os métodos de pesquisa utilizados são apropriados para responder às
perguntas de pesquisa?
● Os procedimentos de coleta de dados e a análise são claros e bem descritos?
● Os autores reconhecem possíveis vieses ou questões não abordadas?
● Os resultados são apresentados de forma clara e apoiados por evidências
adequadas?
● O estudo discute implicações práticas e teóricas relevantes para a área de
metodologias ágeis ou technostress?
● O estudo faz referências adequadas a trabalhos anteriores e à literatura
relevante?
(Respostas para qualificação: Sim / Não)
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 6
Prosseguindo, realizou-se a seleção dos estudos. Isso implicou na análise dos títulos e
resumos, visando identificar a concordância temática. Na sequência, a leitura completa dos
trabalhos selecionados foi realizada. Após a conclusão dessa fase, aplicou-se um questionário
de avaliação de qualidade aos estudos selecionados. Por fim, os resultados foram mapeados.
A Figura 3 sintetiza o processo de condução da pesquisa, destacando a quantidade de
publicações submetidas a filtragens em cada etapa. A análise inicial revelou um total de 177
publicações, as quais foram submetidas aos critérios de triagem, culminando na seleção de 16
artigos para análise final.
Os estudos selecionados têm um caráter recente, a maior parte deles foi publicada a
partir do ano de 2020. Essa concentração recente de estudos indica uma atualização
significativa nas pesquisas que investigam o uso de métodos ágeis por equipes de
desenvolvimento de software. A relação completa dos artigos considerados nesta revisão
encontra-se disponível na Figura 4, oferecendo uma visão ampla dos trabalhos que foram
incorporados nesta análise.
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 7
Título Autoria Publicação Ano Abreviaçã
o
Agility and agile Cetin, Funda and Tolay, International 2022 E1
organizations from Ebru Journal of
employees perspectives: A Management
qualitative research in the Economics and
context of saas business Business
model
Burnout in software Tulili, Tien Rahayu, and Information and 2022 E2
engineering: A systematic Capiluppi, Andrea and Software
mapping study Rastogi, Ayushi Technology
Do agile work practices Uraon, Ram Shankar and International 2023 E3
impact team performance Chauhan, Anshu and Journal of
through project commitment? Bharati, Rashmi and Sahu, Productivity and
Evidence from the Kritika Performance
information technology Management
industry
Emotions online: Exploring Pultz, Sabina and Dupret, Research Square 2022 E4
knowledge workers’ Katia
emotional labour in a digital
context in an agile IT
company
How agile software Venkatesh, Viswanath and Information 2020 E5
development methods reduce Thong, James Y. L. and Systems Journal
work exhaustion: Insights on Chan, Frank K. Y.
role perceptions and andHoehle, Hartmut and
organizational skills Spohrer, Kai
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 8
The Role of Work Huck-Fries, Veronika and Proceedings of the 2019 E10
Engagement in Agile Prommegger, Barbara and 52nd Hawaii
Software Development: Wiesche, Manuel and International
Investigating Job Demands Krcmar, Helmut Conference on
and Job Resources System Sciences
Temáticas Estudos
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 11
Figura 6: Fatores influenciadores do uso de métodos na exaustão e technostress
Fonte: Elaboração própria, 2023
Diante desta, percebe-se que são identificados tanto aspectos negativos quanto
positivos em relação ao uso de metodologias ágeis face à exaustão no trabalho, ou seja, há
características de tais métodos que podem fomentar a exaustão, assim como existem
qualidades nas MAs que podem minimizar os riscos da exaustão no trabalho.
No que diz respeito aos negativos, predominam problemas como a alta carga de
trabalho, bem como a pressão por prazo e por produzir continuamente, sobrecarga de
informações, instabilidade técnica e mudanças de prioridades e de requisitos. Por outro lado,
como particularidades que diminuem os riscos da exaustão no trabalho, tem-se que as
metodologias ágeis dão autonomia, possibilitam um maior equilíbrio entre as demandas e
recursos, e permitem maior controle do trabalho. Além disso, motiva feedbacks constantes e
distribui de forma mais equilibrada as demandas.
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 12
Quais são as consequências observadas da exaustão no trabalho e technostress em
desenvolvedores de software que adotam métodos ágeis?
Consequências Estudos
Aumento do estresse e ansiedade para concluir os
trabalhos. E1 E7 E8 E9 E11 E14
Percepção de sobrecarga e exaustão. E2
Technostress E4
Problemas de comunicação E4
Riscos à saúde e bem-estar E4 E7 E10 E13 E14
Conflitos interpessoais e de processo E4 E12
Aumento de erros em desenvolvimento, diminuição
na qualidade e aumento de custo com manutenção E5 E8 E9 E11
Turnover nas empresas. E5 E6 E8 E9 E11 E12 E13 E14
Redução de desempenho E7 E8 E11 E12 E14
Diminuição na satisfação e comprometimento
organizacional E7 E8 E12 E13 E14
Absenteísmo E8 E9
Conflito de trabalho e vida pessoal E9 E14
Comportamentos antiéticos E11
Figura 7: Consequências observadas da exaustão no trabalho e technostress.
Fonte: Elaboração própria, 2023
5 Considerações finais
6 Referências
Baham, C., & Hirschheim, R. (2022). Issues, challenges, and a proposed theoretical core of
agile software development research. Information Systems Journal, 32, 103-129. DOI:
10.1111/isj.12336.
Beck, K., Beedle, M., van Bennekum, A., Cockburn, A., Cunningham, W., Fowler, M., ... &
Thomas, D. (2001). Manifesto for agile software development. Agile Alliance. Disponível
em: https://agilemanifesto.org/
Benlian, A. (2022). Sprint Zeal or Sprint Fatigue? The Benefits and Burdens of Agile ISD
Practices Use for Developer Well-Being. Information Systems Research, 33(2), 557-578.
DOI: 10.1287/isre.2021.1069
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 14
Çetin, F. & Tolay, E. (2022). Agility and agile organization from employees` perspectives: A
qualitativa research in the context of the Saas business model. Uluslararası Yönetim İktisat
ve İşletme Dergisi , 18 (4) , 1128-1149 . DOI: 10.17130/ijmeb.1144105
Conboy, K., Lang, M., & McHugh, O. (2012). The Impact of Agile Practices on Trust in
Software Project Teams. Ieee Software.
Felizardo, K. R., Nakagawa, E. Y., Fabbri, S. C. P. F., & Ferrari, F. C. (2017). Revisão
sistemática da literatura em engenharia de software. Rio de Janeiro: Elsevier.
Fowler, M., J. Highsmith. 2001. Agile methodologists agree onsomething.Software
Development928–32
Gartner . Software Market View 2020/2021 -
https://www.gartner.com/en/documents/4004846
Godliauskas, Povilas. (2021). The Well-being of Software Developers: A Systematic
Literature Review. 10.13140/RG.2.2.31774.82248.
Huck-Fries, V., Prommegger, B., Wiesche, M., & Krcmar, H. (n.d.). The Role of Work
Engagement in Agile Software Development: Investigating Job Demands and Job Resources.
Proceedings of the 52nd Hawaii International Conference on System Sciences. Retrieved
from http://hdl.handle.net/10125/60141
Kitchenham, B. A. (2007). Guidelines for performing Systematic Literature Reviews in
Software Engineering.
Koch, J., & Schermuly, C. C. (2021). Who is attracted and why? How agile project
management influences employee's attraction and commitment. International Journal of
Managing Projects in Business, 14(7), 699-720. DOI: 10.1108/IJMPB-02-2020-0063
Koch, J., Drazic, I., & Schermuly, C. C. (2023). The affective, behavioural and cognitive
outcomes of agile project management: A preliminary meta-analysis. Journal of
Occupational and Organizational Psychology. Advance online publication. DOI:
10.1111/joop.12429
La Torre, G., Esposito, A., Sciarra, I., & Chiappetta, M. (2019). Definition, symptoms and
risk of techno-stress: a systematic review. International archives of occupational and
environmental health, 92, 13-35.
Maruping, L. M., Venkatesh, V., & Agarwal, R. (2009). A control theory perspective on agile
methodology use and changing user requirements. Information systems research, 20(3),
377-399.
Mueller, Lea & Benlian, Alexander. (2022). Too Drained from Being Agile? The
Self-Regulatory Effects of Agile ISD Practices Use and their Consequences for Turnover
Intention. Journal of the Association for Information Systems. 23. 10.17705/1jais.00766.
Müller, L. (2023). Using Agile Information Systems Development Practices: Organizational
Drivers and Individual Consequences. Darmstadt, Technische Universität Darmstadt. URL:
http://hdl.handle.net/123456789/12345
Pultz, Sabina & Dupret, Katia. (2022). Emotions online: Exploring knowledge workers’
emotional labour in a digital context in an agile IT company. 10.21203/rs.3.rs-2353341/v1.
Ribeiro, Danilo. (2022). Entendendo as relações entre as percepções do burnout e da
instabilidade na Engenharia de Software.
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 15
Siitonen, V., Ritonummi, S., Salo, M., & Pirkkalainen, H. (2022). The emergence of
technostress in software development work: Technostressors and underlying factors. In 8th
International Workshop on Socio-Technical Perspective in IS Development (STPIS 2022),
August 19–21, 2022, Reykjavík, Iceland.
T. R. Tulili, A. Capiluppi, A. Rastogi, Burnout in software engineering: A systematic
mapping study, Information and Software Technology (2022) 107116
Tripp, J. F., & Riemenschneider, C. K. (2014). Toward an understanding of job satisfaction
on agile teams: Agile development as work redesign. In 47th Hawaii International
Conference on System Science (pp. 3993-4002). IEEE. DOI: 10.1109/HICSS.2014.494
Tripp, J. F., Riemenschneider, C., & Thatcher, J. B. (2016). Job satisfaction in agile
development teams: Agile development as work redesign. Journal of the Association for
Information Systems, 17(4), 1.
Tuomivaara, S., Lindholm, H., & Känsälä, M. (2017). Short-term physiological strain and
recovery among employees working with agile and lean methods in software and embedded
ICT systems. International Journal of Human–Computer Interaction, 33(11), 857-867.
Uraon, R. S., Chauhan, A., Bharati, R., & Sahu, K. (2023). Do agile work practices impact
team performance through project commitment? Evidence from the information technology
industry. International Journal of Productivity and Performance Management, Advance
online publication. DOI: 10.1108/ijppm-03-2023-0114
Venkatesh, V., Thong, J. Y., Chan, F. K., Hoehle, H., & Spohrer, K. (2020). How agile
software development methods reduce work exhaustion: Insights on role perceptions and
organizational skills. Information Systems Journal, 30(4), 733-761.
__________________________________________________________________________________________
Anais do XI SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 25 a 27/10/2023 16