Rito de Passagem Cedec e Lua Nova

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RITO DE PASSAGEM: CEDEC E LUA NOVA

Cicero Araujo
é professor titular do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e
diretor-presidente do Cedec. São Paulo, SP. Brasil. E-mail: <[email protected]>

http://dx.doi.org/10.1590/ 0102-015023/100

Em 2016, o Cedec completou quarenta anos de existência.


E, com este número, Lua Nova publica sua centésima edição.
Apesar da corrente onda de efemérides – cinquenta anos
disso, cem anos daquilo, para não mencionar as celebrações
com números menos redondos –, ainda não chegamos a ponto
de comemorar aniversários, como é costume se dar com pessoas.
Nesse terreno, aliás, com pessoas parece ocorrer o inverso do
que acontece com instituições. Conforme passam os anos,
tendemos a sentir certo desconforto com a lembrança de que
estamos envelhecendo. Gostamos muito mais, ao contrário, de
lembrar o envelhecimento das instituições ou dos grandes fei-
tos coletivos. A idade que avança parece ser antes um sinal de
vigor do que de declínio. E, no caso brasileiro, o fazemos até
com mais alegria, uma vez que determinados tipos de institui-
ções – especialmente os periódicos! – não raro duram menos
do que o tempo de vida normal de um ser humano.
Que o leitor nos conceda, então, essa oportunidade
para fazer um registro. Aqui se vai narrar, sumariamente,
uma espécie de “rito de passagem”, um pedaço da história
do Cedec e da revista Lua Nova, de que frequentemente se

Lua Nova, São Paulo, 100: 15-23, 2017


Rito de passagem: Cedec e Lua Nova

fala em conversas informais, mas sobre o qual, acreditamos,


ainda não se escreveu.
O Cedec foi fundado na cidade de São Paulo em 1976.
Seus primeiros passos foram dados por professores da USP
e da PUC-SP, alguns dos quais também oriundos do Centro
Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), mas que agora
pretendiam um caminho distinto1. A ideia original era fazer
uma instituição de pesquisa, mas também de intervenção polí-
tica e social, voltada especialmente para os movimentos sociais.
Em meados dos anos 1970, estes davam um novo impulso à
resistência ao regime autoritário e instigavam novas reflexões
e estudos sobre as relações entre Estado e sociedade no Brasil.
Práticas e reflexões teóricas emergentes, por sua vez, enseja-
vam a imaginação de possíveis alternativas de construção do
regime democrático que, mais cedo ou mais tarde, haveria de
suceder a uma ditadura em processo de esgotamento.
Assim, os anos iniciais do Cedec – sua “primeira fase”,
16 digamos assim – foram marcados por uma atmosfera de gran-
de esperança, a despeito da sombra que a persistência do
autoritarismo e do aparato repressivo ainda projetava sobre
o país. Se é verdade que os generais governantes ainda deti-
nham a iniciativa, eles mesmos se viam obrigados a acenar
para uma transformação interna do poder, com maior liberda-
de para a contestação. Era um jogo ambíguo, marcado pelas
tais “sístoles e diástoles” do general Golbery (o estrategista do
regime militar), que, conforme a expressão indica, abriam
as válvulas de controle político e social para logo em seguida
as comprimir. Porém, não era um jogo unilateral: também
dependia das pressões oposicionistas – a dissidência eleito-
ral-parlamentar e a dissidência social (sem falar da crescen-
te pressão internacional) –, que ainda corriam em paralelo
entre si, porém destinadas a convergir em algum momento à

1
O primeiro diretor-presidente do Cedec foi o professor Francisco Weffort, que
antes havia atuado no Cebrap.

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Cicero Araujo

frente. A tudo isso, a intelectualidade universitária, fonte dos


quadros da nova instituição, jamais assistia passivamente.
Note-se a influência nada desprezível que essa situação de
lusco-fusco imprimiu sobre a trajetória do Cedec nessa primei-
ra fase. Com muita efetividade, ela forneceu o estímulo para
uma atuação bifronte de seus quadros, mais ou menos nos
moldes do projeto fundador. Vale dizer, combinar, sem gran-
des constrangimentos, a “vocação científica” da instituição
com seus compromissos de intervenção prática, uma vez que
a tarefa de superação da ditadura aparecia, para o intelectual
brasileiro do tempo, como uma missão em harmonia quase
perfeita com a atividade investigativa. Embora o regime auto-
ritário tivesse construído para si o arremedo de um sistema
eleitoral e partidário, obviamente constituído de políticos pro-
fissionais, seus próprios esforços de reforma interna levavam
– em particular da parte da oposição – a uma condição fluida,
com amplas possibilidades de renovação das carreiras políti-
cas. Por outro lado, a opinião pública, sedenta de novas infor- 17
mações e reflexões após um longo período de censura oficial à
imprensa, abria seus olhos e ouvidos para a intervenção pública
das personalidades e agências acadêmicas. Sua ampla exposi-
ção na mídia ia construindo inéditas oportunidades de trân-
sito entre a atuação universitária – não só de docentes, mas
também de estudantes – e a carreira política. Isso explica por
que tanta gente desse círculo social terminou por alimentar
a crescente demanda de quadros partidários, especialmente
após a reforma de 1979, com a extinção do bipartidarismo e a
criação de novos partidos.
Não há dúvida, porém, que resposta tão favorável a essa
demanda não poderia ter ocorrido se não houvesse for-
te expectativa sobre a futura redemocratização do país. De
fato, a valorização da democracia emprestava prestígio à mili-
tância social e à participação política. E as possibilidades de
sinergia entre as duas traziam, naturalmente, a questão dos
partidos políticos. Uma democracia vigorosa não podia pres-

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cindir de partidos igualmente vigorosos, dizia-se. Eis que a


emulação do papel positivo dessas agências, tão característica
desse período, nunca viria a se repetir posteriormente.
Atento a esses desenvolvimentos, o Cedec não só os
recebeu com entusiasmo, como tratou de contribuir para
reverberá-los e ressignificá-los em suas pesquisas empíricas e
elaborações teóricas. Ademais, empenhou-se em abrir espaço
para uma interlocução frequente com a militância social, de
membros de comunidades de base da Igreja Católica ou de
movimentos reivindicatórios urbanos a líderes sindicais, forne-
cendo-lhes assessoria e estimulando sua autorreflexão. Isso fica
muito evidente quando revisitamos as publicações do Cedec
nessa época: os livros editados (em colaboração com editoras
então prestigiosas, como a Brasiliense e a Paz e Terra), em geral
na forma de coletâneas, e os periódicos que antecederam a
fundação de Lua Nova, isto é, a Revista de Cultura Contemporânea
e a Revista de Cultura e Política, às quais se juntaram depois os
18 Cadernos do Cedec. Cabe mencionar também o investimento
em seminários internos e colóquios nacionais e internacionais,
destinados a discutir o futuro do país, assim como assuntos
mais específicos, quase sempre de ampla repercussão. Talvez
o ponto culminante dessas atividades tenha sido a realização
de um grande seminário em 1979, organizado por Maria Vic-
toria Benevides e com forte engajamento de Raymundo Faoro
(recém-saído de sua histórica gestão à frente da OAB), do qual
participaram figuras destacadas das ciências sociais e da ciência
econômica, além de expoentes da oposição.
Ao acompanhar com interesse os múltiplos trânsitos entre
os movimentos sociais e a política, os quadros da instituição
logo passaram a se preocupar com os desafios da construção
dos novos partidos. (Confirmam-no os concorridos seminários
internos sobre a transição brasileira e o papel dos partidos polí-
ticos, cujos conteúdos vieram a ser publicados em seções espe-
ciais da hoje falecida Revista de Cultura e Política – a exemplo dos
números 3 e 8, respectivamente de novembro de 1981 e junho

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de 1982.) Em vista da própria tradição da política universitá-


ria, acrescida de sua sintonia com movimentos que combatiam
uma ditadura de direita, seria natural que o Cedec dialogasse
mais com os processos em curso no campo progressista e de
esquerda. Em especial, exatamente porque foi aquele que mais
galvanizou as lideranças dos movimentos sociais, o processo que
levou à fundação do Partido dos Trabalhadores. Não por acaso,
vários de seus membros (inclusive seu então diretor-presidente,
Francisco Weffort) se dispuseram a ocupar postos importantes
da nova agremiação, nos planos nacional e estadual.
A fundação de Lua Nova – Revista de Cultura e Política,
em 1984, representou um lance marcante desse engaja-
mento. Nos primeiros meses daquele ano, recordemos, o
país era sacudido pela campanha que exigia eleições di-
retas para presidente da República. Nessa jornada, a dis-
sidência social e aquela formada no interior do sistema
político – além de obter apertada maioria na Câmara
dos Deputados, a oposição havia eleito, em 1982, dez gover- 19
nadores nos principais estados brasileiros –, conseguiam
fechar de vez o anel que em breve poria fim à sequência de
governos militares.
A nova revista havia sido projetada para uma intervenção
ágil, em sintonia com a conjuntura volátil, combinando uma
abordagem jornalística com análises mais densas, mas sem o
formato acadêmico. Articulada inicialmente com a editora
Brasiliense, visava claramente a um público amplo. Seu primei-
ro editor, José Álvaro Moisés, hoje aposentado, era docente
do Departamento de Ciências Sociais da USP, com pesquisas
importantes sobre o movimento sindical. Além de atrair cola-
boradores das mais diversas tendências políticas e ideológicas
– inclusive gente mais arejada das hostes governistas (como
Marco Maciel, ex-governador de Pernambuco e importante
figura parlamentar) –, Moisés montou uma pequena equipe
para a revista, que auxiliava a edição e preparava matérias pro-
priamente jornalísticas, como reportagens e entrevistas.

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A despeito das dificuldades operacionais e financeiras


que esse projeto ambicioso oferecia, a revista embrenhou-se
nele por cerca de três anos, até que, em meados de 1987,
admitiu um giro de orientação. Daqui para frente, dizia o edi-
torial do número 12, o leitor passaria a encontrar “uma revis-
ta de artigos e contribuições mais consistentes, mais longos
e, por isso mesmo, mais de fundo”. Na verdade, era apenas o
reconhecimento de um fato, uma vez que o novo editor do
periódico, Tullo Vigevani, já estava fazendo esse giro desde
o número anterior, quando assumira a função. A revista ain-
da anunciava em suas capas e no sumário a abordagem de
grandes assuntos do momento, como os desdobramentos da
Assembleia Nacional Constituinte, o destino do Plano Cru-
zado ou as reformas de Gorbatchev, na então União Sovi-
ética. Mas os artigos assumiam cada vez mais o formato de
elaborações acadêmicas, discutindo a bibliografia pertinen-
te ao assunto, demarcando campos teóricos, introduzindo
20 questões metodológicas etc. Em outras palavras, passavam a
visar a um público menos leigo. A transformação se comple-
ta no número 16, quando o leitor é apresentado a um novo
projeto gráfico: uma capa enxuta, sem “manchetes”, mas
registrando, em sua parte inferior, um tema central ou um
tema “guarda-chuva” da edição. Geralmente, tópicos menos
colados aos assuntos do momento, de sentido mais abstrato
ou com uma visada de longo prazo. Na primeira edição de
1990 (número 20), Gabriel Cohn assume o comando da
revista, aprofundando o enfoque teórico e filosófico, em par-
ticular nos campos da teoria social e da teoria política, mas
sem deixar de acolher elaborações empíricas e históricas. De
qualquer forma, sempre ancoradas em pesquisas e reflexões
de largo fôlego, fossem elas realizadas no próprio Cedec, em
outros centros independentes ou em institutos universitários.
Mais ou menos concomitantemente, Lua Nova começa a
receber auxílio de agências de fomento estatais, principal-
mente do CNPq.

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Por certo, a rápida evolução da revista rumo a um perió-


dico estritamente acadêmico refletia mudanças de perspec-
tiva do Cedec como um todo. Algo que poderia ser caracte-
rizado como o início de uma “segunda fase” de sua história.
Olhando, outra vez, para um contexto mais amplo, percebe-
-se uma gradual inflexão nas relações entre a vida universi-
tária e a política, conforme o regime democrático se afirma
no país, adquirindo caráter legal e oficial. Sem deixar de ter
seus sobressaltos, e até alguns reveses, a política democrática
ganha terreno e decanta certa rotina. Ao mesmo tempo, as
universidades públicas, em suas instâncias oficiais e dirigen-
tes, passam a acolher iniciativas que antes só os centros de
pesquisa independentes (como o Cedec e o Cebrap, em São
Paulo, ou o Iuperj, no Rio de Janeiro) ou universidades semi-
privadas, mas de orientação progressista (como a PUC-SP),
tinham a liberdade de promover. Entre um e outro, agora
só poderia haver as opções da concorrência ou da coopera-
ção. Como os quadros do Cedec eram (e são), em sua grande 21
maioria, também quadros da universidade, ou então estudan-
tes de programas de pós-graduação universitários, a coopera-
ção era o caminho mais óbvio e natural.
É sintomático, diga-se de passagem, que, quando Lua Nova
faz a mudança de sua linha editorial, suas páginas acolhem as
reflexões do novo reitor da Universidade de São Paulo, José
Goldemberg, nomeado pelo governador Franco Montoro, este
eleito pela antiga oposição peemedebista, o que significava,
mais do que a colaboração de um articulista, uma aproxima-
ção em nível institucional. Aproximação muito auspiciosa, sem
dúvida, mas que trazia consigo as exigências próprias do mundo
oficial: a formalização, a delimitação de um terreno específico
de atuação, a profissionalização. Ao ingressar nesse terreno – e
haveria outro caminho possível? –, o Cedec, no fundo, passava
a ser pressionado a sair da ambivalência que caracterizou seu
projeto original: como dito acima, ser um centro de pesquisa e,
ao mesmo tempo, de intervenção social e política.

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Porém, a pressão não vinha apenas do campo acadêmico.


Pode parecer paradoxal, mas justamente quando a atividade
política vai assumindo as feições exigidas pelo regime demo-
crático, mais a participação do militante leigo, em tempo
parcial, perde espaço para a do militante que atua metodica-
mente, se dedica a ela em tempo integral, e, obviamente, o
faz porque opta por transformar sua atividade numa carrei-
ra profissional. Quanto às condições de participação na vida
interna dos partidos de massa, sabemos o que a sociologia
política clássica já havia afirmado a respeito, e que mesmo
a recente experiência democrática no Brasil, não obstante
suas inovações participativas, aparentemente não conseguia
desmentir. Assim, não demorou muito para que os intelectu-
ais fundadores do Cedec, que, como foi dito, se entusiasma-
ram com a construção do PT e aspiravam assumir um papel
influente naquela agremiação política, se dessem conta da
persistência da chamada “lei de ferro da oligarquia”. Tão logo
22 o PT tomou para si, como não poderia ter sido diferente,
a tarefa de se construir como uma organização de massa, de
existência contínua e capaz de responder à altura os desa-
fios dos embates eleitorais, o espaço para a participação dile-
tante, leiga, foi se comprimindo. Porém, mais do que isso:
havendo divergências significativas, programáticas, estratégi-
cas ou mesmo de ambições pessoais no seio da militância, é
quase certo que a disputa intrapartidária entre o leigo e o
profissional se resolveria em favor do segundo. Se observar-
mos as trajetórias políticas de alguns dos principais quadros
do Cedec ao longo dos anos 1980, vamos constatar que foi
exatamente isso que aconteceu.
Enfim, o projeto inicial de atuação ambivalente se viu
afetado nas duas pontas de suas grandes aspirações. Ou
seja, a própria conquista da democracia, por um lado, e o
pleno desenvolvimento da especialização acadêmica, por
outro, foram exigindo da instituição a escolha entre identi-
dades que não deveriam ser excludentes, mas assim se tor-

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naram. Ao fim e ao cabo, seus associados nem precisaram


fazer a escolha, uma vez que um dos caminhos foi sendo
bloqueado por fatores alheios à vontade dos concernentes.
A partir desse ponto decisivo, o Cedec se viu levado a tomar
um rumo mais unívoco.
“Se viu levado”, aqui, significa que não foi, pelo menos
no começo, uma opção plenamente consciente, mas resul-
tado de um processo, de uma sondagem. Se é verdade
que um perfil mais acadêmico se confirmou, nem por isso
ocorreu uma neutralização política. Embora menos enga-
jado e com maior diversidade interna em virtude da pró-
pria democratização do país, o Cedec continuou atento aos
assuntos candentes da vida nacional e internacional. Suas
pesquisas, além disso, sempre estiveram sintonizadas com a
agenda política e social, mesmo nos enfoques mais técnicos.
Disso dá testemunho a própria revista Lua Nova, que,
periodicamente, acolhe em suas páginas os resultados dos
trabalhos dos grupos de investigação sediados no Cedec2. O 23
que revela, ao mesmo tempo, o vigor da instituição. Vigor
não exclusivo do Cedec, mas das ciências sociais brasileiras,
uma vez que as páginas da revista sempre procuraram espe-
lhar o melhor da produção intelectual, dentro e fora dos
espaços acadêmicos. Seja na escolha dos temas, no cuidado
técnico e editorial e, not the least, em seus artigos suculentos,
Lua Nova reafirma, em sua centésima edição, as qualidades
que fizeram dela uma referência obrigatória da reflexão, da
crítica e dos grandes debates nacionais. Vida longa!

Cicero Araujo
é professor titular do Departamento de Ciência Politica da
Universidade de São Paulo e diretor-presidente do Cedec.

2
Todas as edições da revista Lua Nova, desde o início, estão disponíveis em:
<http://cedec.org.br>, onde também se encontra uma amostra bastante ampla das
pesquisas, passadas e recentes, realizadas pelos diversos grupos sediados no Cedec.

Lua Nova, São Paulo, 100: 15-23, 2017


Resumos / Abstracts

RITO DE PASSAGEM: CEDEC E LUA NOVA


CICERO ARAUJO
Resumo: Para registro dos quarenta anos do Cedec e da
centésima edição de Lua Nova, este artigo recupera breve-
mente as histórias e os motivos da fundação do Cedec e,
posteriormente, da revista, e indica os dilemas que tiveram
de enfrentar para tornar-se o que são hoje.
Palavras-chave: Cedec; Lua Nova; Instituições Acadêmicas e
Política.

A RITE OF PASSAGE: CEDEC AND LUA NOVA


Abstract: Remembering the 40th year of Cedec and the 100th edition
of Lua Nova, this article briefly reviews the histories and the
reasons of Cedec and Lua Nova’s foundations, and points out the
dilemmas they had to face in order to become what they are today.
Keywords: Cedec; Lua Nova; Academic Institutions and Politics.
Recebido: 19/01/2017 Aprovado: 17/02/2017

Lua Nova, São Paulo, 100, 2017

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