Atividade Objetiva 3

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Atividade Objetiva 3

Iniciado: 17 out em 18:05


Instruções do teste
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Sinalizar pergunta: Pergunta 1


Pergunta 10,2 pts
Leia o texto a seguir:
Hoje, as doenças crônicas não transmissíveis correspondem a 72% das causas
de morte no País, e atingem fortemente a população mais pobre e vulnerável.
Além de importante causa de morte, elas impactam fortemente o orçamento da
saúde, visto que ampliam muito os gastos, pois necessitam, muitas vezes, de
tecnologias de alto custo e inovadoras.
As doenças crônicas podem ser caracterizadas como problemas de saúde que
estão relacionados a causas múltiplas, com início gradual, com prognóstico
usualmente incerto e com longa ou indefinida duração; que apresentam um
curso clínico que muda ao longo do tempo, com momentos de agudização,
podendo gerar incapacidades. Requerem, ainda, intervenções com uso de
diferentes densidades tecnológicas, associadas a estratégias que apoiem a
mudança do estilo de vida.
Assim, além do impacto orçamentário, elas também provocam desafios para a
organização do Sistema Único de Saúde (SUS) e para o processo de trabalho em
saúde, pois trazem consigo a necessidade de mudar o modelo de cuidado
(micro-organização) e de organização do sistema como um todo (macro-
organização). Exigem uma nova forma de funcionamento do sistema de saúde e
do processo de trabalho das equipes ao demandarem uma atenção contínua,
integrada e coordenada.
Nesse contexto epidemiológico e de desenvolvimento do SUS, a organização
das Redes de Atenção à Saúde (RAS) tem se colocado como uma ferramenta
importante para o enfrentamento de obstáculos, tanto com relação ao cuidado
das pessoas com doenças crônicas como no tocante aos sistemas de saúde
nacionais.
Chueiri, P. S. et al. Pessoas com doenças crônicas, as redes de atenção e a Atenção Primária à
Saúde. Divulgação em saúde para debate, 2014. pp. 115-116. Adaptado.

Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a


relação proposta entre elas.
I. Nos diferentes níveis de densidade tecnológicas que compõe o Sistema Único
de Saúde, é possível observar o impacto do aumento da carga de doenças
crônicas não transmissíveis.
PORQUE
II. A organização dos serviços em rede de atenção tem lançado mão de
estratégias que incluem medidas preventivas, diagnóstico precoce, o acesso a
medicamentos, tratamento contínuo e reabilitação a fim de assistir a essas
novas demandas de saúde.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Grupo de escolhas da pergunta

As asserções I e II são proposições falsas.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma


justificativa correta da asserção I.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição


falsa.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma


justificativa correta da asserção I.

A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição


verdadeira

Sinalizar pergunta: Pergunta 2


Pergunta 20,2 pts
Leia o texto a seguir:
O envelhecimento, a urbanização, as mudanças sociais e econômicas e a
globalização impactaram o modo de viver, trabalhar e se alimentar dos
brasileiros. Como consequência, tem crescido a prevalência de fatores como a
obesidade e o sedentarismo, concorrentes diretos para o desenvolvimento das
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Em 2011, quase a metade dos
adultos (≥ 18 anos de idade) em capitais brasileiras relataram excesso de peso
(48,5%), 17,0% referiram consumo abusivo de álcool, 20,0% consumiam frutas
e hortaliças em quantidade insuficiente e 14,0% eram inativos fisicamente. Não
é de se surpreender que, em 2010, as DCNT responderam por 73,9% dos óbitos
no Brasil, dos quais 80,1% foram devido a doença cardiovascular, câncer,
doença respiratória crônica ou diabetes. Esses dados reafirmam a relevância
das DCNT neste momento de transição epidemiológica do Brasil.
Duarte, E. C.; Barreto, S. M. Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e
Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2012. pp. 530-
531. Adaptado
Relacionado ao processo de transição epidemiológica observada no Brasil e sua
influência na área da saúde do país, avalie as afirmações a seguir.
I. As mudanças na forma de adoecer observadas na sociedade brasileira têm
afetado de sobremaneira os idosos, sendo as doenças crônicas não
transmissíveis as principais causas de morte nessa população.
II. O rápido aumento da carga de doenças crônicas no país tem trazido
importantes desafios para o setor de saúde, que repercutindo no crescimento
das demandas na Atenção Básica e da complexidade do cuidado para o controle
e tratamento dessas doenças.
III. Na atuação do médico de família e comunidade, na Atenção Básica, a
principal estratégia de cuidado está relacionada ao tratamento da
multimorbidade, condição de saúde que tem aumentado de maneira importante
nas últimas décadas.

É correto o que se afirma em:


Grupo de escolhas da pergunta

I, II e III.

II, apenas.

III, apenas.

II e III, apenas.

I e II, apenas

Sinalizar pergunta: Pergunta 3


Pergunta 30,2 pts
Leia o texto a seguir:
Os modelos de atenção à saúde são sistemas lógicos que organizam o
funcionamento das redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as
relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os
focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de
intervenções sanitárias, definidos em função da visão prevalecente da saúde,
das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da
saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade. A
necessidade de se mudarem os sistemas de atenção à saúde para que possam
responder com efetividade, eficiência e segurança a situações de saúde
dominadas pelas condições crônicas levou ao desenvolvimento dos modelos de
atenção à saúde. Há modelos de atenção à saúde para as condições agudas e
crônicas.
As condições agudas e os eventos agudos decorrentes de condições crônicas
agudizadas exigem, para o seu manejo adequado, a implantação de modelos de
atenção à saúde que, em geral, expressam-se num tipo de classificação de
riscos. Isso se deve a que, nas condições agudas, a variável-chave para a
organização das redes de atenção às urgências e às emergências é o tempo-
resposta em relação ao risco. Os modelos de triagem nas urgências e
emergências mais avançados e que foram construídos numa concepção
sistêmica são o modelo australiano, o modelo pioneiro que usa tempos de
espera de acordo com a gravidade; o modelo canadense, semelhante, mas mais
complexo que o australiano; o modelo americano, que opera com um único
algoritmo e que se foca mais na necessidade de recursos para o atendimento; o
modelo de Andorra, que se articula em sintomas, discriminantes e algoritmos,
mas muito complexo e demorado; e o sistema de triagem de Manchester, que
opera com algoritmos e determinantes, associado a tempos de espera
simbolizados por cinco cores e que tem sido usado em vários países.
Por outro lado, os modelos de atenção à saúde, destinados à orientação dos
sistemas de atenção à saúde, voltados para as condições crônicas, são
construídos a partir de um modelo seminal, o modelo de atenção crônica, o
MAC. Dele, derivam várias adaptações aplicadas em diferentes partes do
mundo, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.
Ele tem sido adotado, com modificações adjetivas, no Canadá, Reino Unido,
Alemanha, Rússia, Espanha, Austrália, Dinamarca, Holanda e em alguns países
em desenvolvimento. No Brasil, Mendes propôs, também com base no MAC, um
modelo de atenção às condições crônicas para utilização no SUS.
Mendes, E. V. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 2010. pp. 2302-2303.
Adaptado

Relacionado às possibilidades de atuação do médico de família e comunidade e


a partir das informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir.
I. Baseada na Atenção Básica, a estratégia de atenção à saúde à pessoa com
doença crônica apresenta alguns pontos críticos em que algumas atividades
necessitam ser implementadas, incluindo a programação da assistência
conforme necessidades da população, o uso de diretrizes clínicas baseadas em
evidências e a estratificação segundo riscos.
II.O agrupamento, ou estratificação, de acordo com risco, decorre do
reconhecimento de que pessoas têm necessidades diferentes e, portanto, riscos
diferentes, sendo necessário para tal procedimento a identificação dos riscos de
cada pessoa, sendo que para cada um dos cinco níveis de estratificação existe
uma recomendação de intervenção específica em saúde.
III. Na atuação do médico de família e comunidade, conhecer a pessoa, seus
problemas de saúde e sua experiência com a doença, os medicamentos que faz
uso, seu contexto de vida e seus riscos à saúde são estratégias de grande valia
para o manejo adequado das condições crônicas, apresentando também a
capacidade de resolução de grande parte das agudizações das doenças crônicas
no próprio nível da Atenção Básica.

É correto o que se afirma em:


Grupo de escolhas da pergunta

I, II e III.

II, apenas.

II e III, apenas.

III, apenas.

I e II, apenas.

Sinalizar pergunta: Pergunta 4


Pergunta 40,2 pts
Leia o texto a seguir:
Por si só, o aumento da população idosa e as demandas, crescentes, de um
envelhecimento saudável representam desafios importantes para o Sistema
Único de Saúde do Brasil. Esses desafios são potencializados pela sobreposição
de agendas, expressão de uma transição epidemiológica prolongada, com a
persistência das doenças transmissíveis, o crescimento dos fatores de risco para
as DCNT e a enorme pressão das causas externas. Adicionalmente, como
antecipado por Duarte Araújo, o país apresenta fases distintas dessa transição,
com polarização entre diferentes áreas geográficas e grupos sociais, ampliando
as contradições no território. Os atributos desse complexo contexto costuram e
pressionam as agendas da Saúde Pública e dos Sistemas Previdenciário e
Educacional no Brasil. Da mesma forma como foi debatido por Frenk e
colaboradores, os processos de transição demográfica e epidemiológica
também demandam transformações nas respostas sociais, expressas inclusive
pela forma como o sistema de saúde se organiza para ofertar serviços,
impondo, portanto, uma transição na atenção à saúde.
Duarte, E. C.; Barreto, S. M. Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e
Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2012. p. 531.
Adaptado

Considerando as informações apresentadas, assinale a opção correta


Grupo de escolhas da pergunta

As repercussões da transição epidemiológica podem ser evidenciadas pelo


aumento das demandas relacionadas às doenças crônicas na maioria dos
serviços e equipamentos de saúde, apontando como solução o
redirecionamento de recursos destinados ao cuidado com as condições agudas
para as crônicas, visto as transformações no modo de adoecer observadas nas
últimas décadas

Além da preocupação em relação à mortalidade por doenças crônicas, o sistema


de serviços de saúde brasileiro deve também estar atendo aos impactos
econômicos e nas internações por doenças infecciosas, maiores causas de
admissão nos serviços hospitalares e maiores causas tanto de gastos diretos
como indiretos, e que tem aumentado nos últimos anos.

O sistema de serviços de saúde brasileiro, a fim de atender as novas demandas


provenientes das mudanças na forma de adoecer, deve basear a atenção à
saúde nos indivíduos idosos, uma vez que essa é a faixa etária mais afetada
pelas doenças crônicas não transmissíveis, responsável também pelos maiores
gastos no setor.

Apesar das doenças crônicas não transmissíveis representarem importantes


desafios para a saúde pública, as causas externas (acidentes e violências) ainda
respondem como as principais causas de morte no Brasil, não devendo ser
suprimidas ou negligenciadas nas agendas de saúde e políticas.

Relacionado à transição epidemiológica, o aumento da carga de incapacidade


representa um importante reflexo para o setor da saúde no país. Situação que
ganha ainda mais importância visto a perspectiva de aumento da proporção das
doenças crônicas, que podem elevar, por sua vez, o número de anos de vida
perdidos por incapacidade no futuro.

Sinalizar pergunta: Pergunta 5


Pergunta 50,2 pts
Leia o texto a seguir:
O perfil de morbimortalidade pode ser considerado um indicador relativamente
sensível das condições de vida e do modelo de desenvolvimento de uma
população, sendo o resultado da interação de diversos fatores
interdependentes. Wood & Carvalho (1988), por exemplo, consideram que os
modos de produção econômica e de reprodução humana interagem para
determinar a estrutura econômica e demográfica (fertilidade, mortalidade e
migração) de uma população. Além disso, fatores ambientais e socioculturais
devem ser considerados, não sendo possível, portanto, separar o nível de
mortalidade de sua estrutura e de sua relação com fatores históricos,
socioeconômicos, demográficos e ambientais.
Tal como ocorreu anteriormente na Europa, no Brasil nos últimos 50 anos
observa-se a redução da mortalidade infantil, o aumento da expectativa de vida
da população e a modificação do seu perfil epidemiológico foram observados.
Prata, P. R. A transição epidemiológica no Brasil. Cadernos de saúde pública, 1992 (adaptado).
Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma característica
da transição epidemiológica
Grupo de escolhas da pergunta

Diminuição do número de adultos e idosos na população frente ao aumento


proporcional de crianças e adultos jovens.

Diminuição das causas de morte por causas externas e doenças crônicas,


principalmente, as não transmissíveis em relação às doenças agudas na
população.

Aumento proporcional do número de idosos na população em relação à porção


mais jovem.

Diminuição da mortalidade por todas as causas e aumento da morbidade, em


especial, de doenças infecciosas transmitidas por vetores como insetos
hematófagos.

Aumento proporcional da mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis e


causas externas em relação às doenças transmissíveis

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